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Bolivia - Chile - Peru: 28 Dias - 10.000 Km - R$ 3.100,00 (Dez/12 e Jan/13)


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5º Dia – La Paz (Virada 2012/2013)

 

Acordamos tarde (8h30min), afinal era a primeira noite bem dormida depois de tanto tempo de estrada. Descemos pra tomar o desanuyo que era torradas, manteiga, geléia, café, chá de coca, leite, frutas (banana, mamão e melancia), iogurt e cereais.

A Plaza Eqüino fica a 1 quadra do hostel e mal colocamos o pé na rua vimos a diferença na quantidade de barracas e vendedores ambulantes entre o que havia no domingo e o que tinha na segunda. Com muito mais opções de compra fica muito mais fácil pechinchar e pensando nisso saímos em busca de roupas baratas. Eu não queria comprar nada, pois julgava ser suficiente tudo o que havia levado, mas a Lú e a Taia não tinham blusas quentes o bastante, afinal em Três Lagoas onde moramos faz no máximo 15ºC no inverno.

 

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Passamos uma boa parte da manhã nas redondezas entre a Plaza Eqüino, Calle Mariano Graneiros e Calle Max Paredes, que em minha opinião são os melhores lugares para comprar roupas e afins, caso você não esteja procurando nenhuma roupa técnica. A Lú e o Roger sofriam nas negociações e sempre acabavam aceitando o primeiro preço, quando vi que isso tava acontecendo falei pra eles pedirem pra eu negociar quando quisessem algo. Dez minutos depois eles pediram pra eu ver quanto uma chola fazia em um casaco que eles haviam gostado e já estavam achando super barato, custava Bol 140. Conversa vem, conversa vai a chola chegou aos Bol 90, ai os dois endoidaram, queriam levar de qualquer forma, então disse a eles pra que dessem uma boa olhada em tudo antes de se decidir porque poderiam achar algo melhor. Logo a frente vimos o mesmo casaco por Bol 100, porém essa chola estava irredutível e não abaixou um centavo sequer, enquanto tentava negociar com ela eu reparei que a chola da barraca anterior estava gritando lá da esquina pra eu voltar que ela fazia um desconto, então deixamos a chola muquirana e voltamos na anterior que já mandou um super desconto “na lata” e fez o casaco por Bol 70, ou seja pelo primeiro preço que ela disse agora dava pra comprar 2 casacos. Tô contando isso pra reforçar ainda mais a idéia do quanto negociar é muito importante nestes países, então meu amigo, se você não tem muita prática nisso vá treinando muito, nunca aceite o primeiro valor e use sempre argumentos como “yo soy brasileño, compañeiro de luta, no reciben en euros” ou “es el final de mi viaje, no tengo más dinero”... eles semprem caem! Rsrsrs, na real, fico achando que o que eles querem mesmo é que você negocie!

Nessa busca por roupas a Taia comprou uma jaqueta de couro vermelha forrada de pele, super quente e ela quase não tirou a jaqueta do corpo até voltarmos ao calor de Sta Cruz.

Outra coisa que ela comprou, e fica a dica para as mulheres não comprarem, foi uma calça legging (bol 35) muito bonita, mas não dava pra ela sentar que a calça descia até o meio da bunda, então a solução foi usá-la com 2ª pele. Eu que não queria nada, comprei uma jaqueta impermeável idêntica a que eu estava usando, mas essa tinha gorro, só que pela bagatela de Bol 50 (menos de R$13,00), dá pra acreditar? Essa mesma jaqueta eu havia comprado no Japão quando morava lá e paguei U$ 100,00.

 

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Compras feitas, voltamos ao hostel pra deixar as sacolas e encontramos novamente o Alexandre e a Laritza, eles haviam acabado de conhecer na recepção do hostel o Cristiano que estava hospedado lá também. Cristiano estava procurando por uma boa agência para fazer o passeio ao Chalcataya, porque havia feito no dia anterior por uma outra agencia em frente ao hostel e não havia curtido os serviços deles. Nisso o Alexandre indicou a Lupan, recepcionista do hostel que contrata bons passeios a baixo custo. Aproveitando a deixa, reservamos 4 lugares pra nós, com a condição de confirmar no fim da tarde.

Depois fomos andar um pouco pra procurar o Burger King que fica na Calle Socabaya uma quadra abaixo da Plaza Murilo, eu pedi o Combo BK Picanha (Bol 37) que sempre peço por aqui e a Taia comeu um lanche do SubWay que funciona na mesma loja.

Eu adoro uma cervejinha e quando vamos a um bar tenho que sair da mesa toda vez que quero fumar. Eu tinha lido, se não me engano no relato da Gabriela, sobre um café que era no estilo pub, onde inclusive se pode fumar dentro do bar. Saímos do Burger King subindo em direção a Plaza Murilo, quando logo na esquina demos de cara com esse café (Alexander Café), mais do que ligeiro aproveitei a oportunidade pra instigar uma gelada na galera. Entramos e pedimos 4 huari que veio a temperatura ambiente de tão quente. Levei um susto quando folheando o cardápio vi o incrível valor de Bol 32 por uma long neck, já os doces e tortas do cardápio não pareciam tão caros e eram lindos, mas não experimentei nenhum pra dizer se são bons. De repente apareceu do nada um garçom gritando com a gente sem explicar porque gritava, até que entendemos que só se pode fumar depois das 4 da tarde no bar, o problema é que nada indica isso, pelo contrário, no buteco que tem uma tabuleta gigante indicando a área de fumantes. Ficamos putos da vida com a delicadeza do sujeito e o preço da cerveja não ajudava, então tratamos de sair dali rapidinho.

 

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Bastou meia quadra pra acharmos outro buteco legal, esse era o bar do Museo Nacional de Artes na esquina da Plaza Murilo, muito legal e com atendimento nota mil o bar/café tem a entrada no nível da calçada, mas logo que se entra dá de cara com um ambiente todo fechado com teto abaulado onde antes funcionava a adega do prédio que hoje é o museu. Tem um clima meio árabe, talvez por conta das almofadas jogadas no chão e o cheiro de incenso no ar. Lá tomamos mais umas paceñas (Bol 21 / 600ml) e as meninas chá de coca (Bol 6). No mesmo bar tem uma coleção de máquinas fotográficas antigas e instrumentos de navegação, inclusive um astrolábio do sec XV, que por si só já basta para uma visita. Já o museu estava fechado, pois não abrem as segundas!

No meio da tarde, já contentes com a siesta às avessas, fomos conhecer a Plaza Murilo que é o principal espaço público da cidade, seu nome é uma homenagem a Pedro Domingo Murillo, patriota boliviano e precursor da independência do país. Rodeada pela Sede do Governo Boliviano, o Congresso e a Catedral de La Paz impõem respeito pela importância e beleza do lugar, mas incomoda um pouco tantas pombas que por vez ou outra, em pleno vôo, quase trombam nas pessoas, já os Bolivianos não parecem ligar muito pra isso e até vendem saquinhos de milho para alimentar os pombos. As cholas fazem filas para serem retratadas, claro sob pagamento (Bol 1~3), mas dá pra tirar várias fotos sem pagar porque são muitas cholas.

 

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Após a sessão “fotos na praça” resolvemos dar uma esticadinha até o mirador Killi Killi e demos o maior azar, além de começar a chover no caminho chegamos lá e o mirador estava fechado para reformas. Eu e o Roger fingimos ser Europeu/Americano que não sabem ler a enorme placa em espanhol e pulamos o cercado pra tirar umas fotos, não deu nem nega...rapidinho apareceu um cara gritando pra sair dali, aliás ô povo que gosta de gritar heim...

 

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O taxista que nos levou até lá cobrou Bol 15 pelo trajeto até o Mirador e ficou nos esperando pra irmos até a Calle Jaen por mais 10 bolivianos. Essa é uma rua colonial muito bem conservada que tem 5 museus: Museu Costumbrista Juan de Vargas, Museu do Litoral Boliviano, Museu dos Metais Preciosos, e Museu de Instrumentos Musicais e Museu Casa de Murillo. Infelizmente 4 dos museus estavam fechados e só voltariam a abrir em fevereiro restando apenas o museu dos instrumentos musicais aberto. A entrada em cada um deles varia entre 4 e 10 Bolivianos. O museu possui muitos instrumentos, partituras, músicas e uma oficina de instrumentos, também é possível se matricular em aulas de vários instrumentos que acontecem no auditório do prédio, aliás, existe uma história bem interessante sobre este prédio, nele foi fixada uma cruz verde que depois vimos em muitos outros lugares e que reza a lenda (veja foto) protegia dos “fenômenos sobrenaturais”.

 

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Saindo da Calle Jaen fomos andando pelas ruas paralelas até constatar que estávamos perdidos, parecia que a gente tinha andado muito para ir ao Mirador e mais ainda pra chegar até a rua dos museus, então parecia que estávamos muito longe da área histórica/turística da cidade e por via de dúvidas resolvemos pegar um taxi. Logo que paramos um e perguntamos quanto era até a Plaza Murilo o taxista disse Bol 10, estranhamos pois nunca nenhum taxista havia dito esse valor logo de cara, mas nem pechinchamos. Duas quadras depois, quando ele parou na frente da catedral de La Paz descobrimos porque era tão barato.

Da Plaza até o hostel nós sabíamos o caminho e resolvemos voltar à pé, mas quando chegou na frente da Iglesia de San Francisco e vimos a ladeira da c. Sagarnaga resolvemos pegar uma van até a Plaza Eqüino e foi uma grata surpresa pois custa apenas Bol 1,50 por pessoa. Depois disso praticamente demos adeus aos taxis e toda locomoção era feita por vans. Fica a dica: o transporte de vans e ônibus circulares em La Paz, apesar de confuso é muito simples, basta você reparar no vidro dianteiro qual o próximo destino, que em geral é um ponto de referencia bem conhecido, ou seja, veja qual a praça/avenida mais próxima de onde quer ir em um mapa e procure a van que vai até lá, mas tome cuidado, pois quando pedir para o motorista parar ele vai parar imediatamente, mesmo que esteja bem no meio de uma avenida super movimentada.

 

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Lá pelas 4 da tarde fomos na Calle de Las Brujas, que já havíamos conhecido no dia anterior, mas desta vez o endereço era o Museo da Coca, porque este sim funciona todos os dias. É sem dúvida o museo mais doido que eu vi em toda a viagem, conta fatos interessantíssimos sobre a coca que eu desconhecia completamente e faz você refletir muito sobre a importância da erva na cultura Andina, até tem uma receitinha de como preparar cocaína, mas não consegui bater uma foto para os interessados...kkkk.

Dentro do Museu tem um café que oferece um monte de pratos e bebidas feitos a base de coca. Tomamos licor (Bol 15), chopp (2 por Bol 30) e comemos um brigadeiro de coca. Todos adoraram tudo. O chopp em especial dá uma “alegria extra”, apesar de todo lero-lero que não tem nenhum efeito parecido com drogas a sensação é muito diferente de um chopp normal.

 

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Saímos de lá sorridentes e bem “altos” e na quadra seguinte descobrimos o nosso bar favorito em La Paz., o El Pueblito, na Calle de La Brujas entre Sagarnaga e Sta Cruz, fica no segundo andar e tem a entrada escondida em uma galeria. O buteco é decorado com o motivo da Civilização Tiahuanaco e tem até a porta do sol. Lá comemos uma sopa de legumes com quinoa (Bol 23) pra dar uma acalmada nos ânimos e conseguir agüentar acordado até virada de ano que seria logo mais a noite. Nesse bar tem cerveja de tudo quanto é tipo e acho que além do baixo preço e sabor admirável de todos os pratos, a diversidade alcoólica foi o que mais agradou a todos.

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Perto das 8 da noite voltamos ao hostel e a Srª Lupan avisou que conseguiu o passeio ao Chalcataya por Bol 40/pessoa e se podia confirmar para amanhã. Fechamos o pacote para 4, pagamos e subimos para um banho e merecido descanso.

As 11 nos encontramos todos na recepção. Sonolentos mas animados com o ano novo que se aproximava, decidimos ir comer rapidinho ali por perto, a pedida foi a pizzaria Itália novamente com pizza grande de 16 pedaços e um refrigerante 2 L, isso mesmo, refri. Ninguém agüentava mais nada de álcool uma hora dessas.

De lá fomos até a praça para virada e encontramos Ale e Laritza além de um grupo de brasileiros do Rio de Janeiro, quem prometeu que iria e não deu as caras foi a Maria Emília. À meia noite os fogos começaram a pipocar por toda a cidade e da praça era incrível a visão que se tinha. O pessoal ficou conversando mais um pouco e logo decidimos voltar ao hostel.

 

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Pergunta se subimos aquela ladeira andando? Que nada, fizemos questão de pagar um taxi (bol 10), já que não haviam vans aquela hora, para andar míseras 2 quadras. Em frente ao hostel comprei duas coca-cola pra que a Lú, que não tomava refrigerante havia 2 anos por conta de uma promessa que tinha acabado de vencer com a chegada de 2013, pudesse sentir novamente o sabor. Segundo ela, o chopp do museu é muuuuuito melhor!

 

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Ola Leo.... nossa quanta historia legal!!! adorando ler os relatos!! e fico mais empolgada ainda :)

 

Como faco para pegar teu contato? Vamos combinar um chopp sim, chama tua namorada e assim compartilharemos mais informacoes... Estamos quase todos os dias em 3 Lagoas,,,.

 

Aguardo contato...

 

Obrigada!!

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OPaaaa

 

Estou viajando para Cuzco em outubro, e vou ficar 8 dias, gostaria de saber se dá pra eu ir visitar com conforto Cuzco, MP, Ica e Nazca ou diante do curto prazo daria para ir Cuzco, MP, Copacabana e La paz?

 

De La Paz consigo um onibus que retorna direto para Cuzco? Qual o tempo? ainda não achei nada a respeito

agradeço

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Desculpe me intrometer no post dos outros (perdão aí Leo) mas vou responder algumas dúvidas do Samuelpm.

Para viajar por todos esses lugares que vc falou o tempo é curto demais!!

Se quiser ir a La Paz eu acho corrido tb, mas dá! Vc pega um ônibus da Nuevo Continente (70 soles) e vai direto. Procure ir no das 22:00, pq vc chega às 8:00h em La Paz. Depois é só utilizar o ônibus da mesma empresa para voltar.

Mas atenção!! A fronteira que vc vai passar nessa linha é a de Desaguadero e não são raros os casos em que os agentes da polícia de fronteira pedem para o sujeito ficar totalmente pelado pra fazer uma revista completa!! Há alguns casos de tentativa de extorsão tb. Mas se vc mantiver a calma é tranquilo!

Abraço.

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  • Membros

Bom dia Leo,

 

estou planejando um mochilão com minha namorada, com um roteiro parecido com o seu.

E, lendo o seu relato, (frizar que esta muito bom ::otemo:: ) surgiu a duvida que, no titulo dele você diz que gastou em média 3.100,00 R$, esse valor foi gasto entre vocês dois? Ou sua namorada, esposa, ::tchann:: levou mais dinheiro tambem?

E se sim, quanto foi mais ou menos?

 

Vlw cara. Abraço

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....Como faco para pegar teu contato? Vamos combinar um chopp sim, chama tua namorada e assim compartilharemos mais informacoes... Estamos quase todos os dias em 3 Lagoas,,,.

Aguardo contato...

Obrigada!!

 

Holiday, te passei uma Mensagem Privada ok!

 

OPaaaa

Estou viajando para Cuzco em outubro, e vou ficar 8 dias, gostaria de saber se dá pra eu ir visitar com conforto Cuzco, MP, Ica e Nazca ou diante do curto prazo daria para ir Cuzco, MP, Copacabana e La paz?

De La Paz consigo um onibus que retorna direto para Cuzco? Qual o tempo? ainda não achei nada a respeito

agradeço

 

Samuel,

 

O péricles disse tudo! Com 8 dias eu ficaria só com Cuzco/MP ou La Paz/Copacabana ou Ica/Nazca/Lima.

Repare que coloquei três possibilidades pq são as cidades que são próximas umas das outras, caso contrário, ou tu gasta uma boa grana com passagem aérea ou vai perder muito tempo em deslocamentos.

 

Bom dia Leo,

 

estou planejando um mochilão com minha namorada, com um roteiro parecido com o seu.

E, lendo o seu relato, (frizar que esta muito bom ::otemo:: ) surgiu a duvida que, no titulo dele você diz que gastou em média 3.100,00 R$, esse valor foi gasto entre vocês dois? Ou sua namorada, esposa, ::tchann:: levou mais dinheiro tambem?

E se sim, quanto foi mais ou menos?

 

Vlw cara. Abraço

 

Marcel,

 

Os valores em 99% dos casos são individuais, mas há algumas poucas coisa em que considero o valor para os dois como por exemplo hospedagem já que o custo é por habitação e não por pessoa.

Ao todo nós dois gastamos 7,2 mil reais, sendo que deste valor, R$ 1,2 mil foram presentes, gastos pessoais, etc...

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6º Dia – La Paz

 

No dia anterior a Lupan havia dito que a agência passaria entre 8h e 8:30h no hostel pra nos pegar pra ir ao Chalcataya , então tratamos de acordar cedo no primeiro dia do ano.

Eu acordei com uma leve dor de cabeça, só não sei dizer se de ressaca ou se eram sintomas da altitude. Tomei um banho, me vesti e sai pra procurar uma meia grossa pra Taia, porque ela não havia trazido nenhuma. Enquanto isso ela se arrumava, depois desceria até a recepção pra pedir que fizessem um chá de coca bem forte pra gente levar e nos encontraríamos lá pro café.

Já sai derrotado né, afinal, 1º de janeiro, antes das 8 da manhã, só milagre pra ter alguém na rua vendendo meia..kkkk. E não é que tinha! E nem precisei andar muito procurando, cheguei na Praça Eqüino e subi a C. Tumusla, logo na primeira esquina tinha um tiozinho tirando um monte de meia de uma sacola e montando a barraquinha. Logo imaginei que a sorte acabaria quando perguntasse o preço, mas quando o tio respondeu meio soluçando, meio groge da festança do réveillon, que 3 pares saiam por Bol 10, desconfiei que ela não havia me abandonado. Quando paguei, entreguei uma nota de Bol 50 e recebi Bol 140 de troco tive certeza que sorte estava comigo, porque alertei o tiozinho que estava me dando troco a mais, mas ele achou que eu estava reclamando de alguma coisa e nem quis me ouvir.

Voltei para hostel e encontrei todos na sala do café. O pessoal já tinha se enturmado com o Cristiano que havíamos conhecido ontem e que também iria fazer o passeio. No café da manhã ele nos ensinou como se masca a folha de coca, que tem um segredinho e que nunca tinha visto ninguém descrever por aqui: se pega a folha e tira o talo principal, aquele mais grosso que fica no meio da folha. Faz isto com várias folhas e vai pondo tudo na boca até formar uma bola como um chichete. Quando as folhas estiverem bem umedecidas e moles você põe um teco de uma pasta chamada alcalinador que tem gosto de bala de menta e é vendida junto com as folhas, mas atenção eles só põe o alcalinador no pacotinho da folha se você pedir porque nós já havíamos comprado dois pacotinhos e em nenhum veio, em alguns lugares eles cobram por essa pasta. Esse alcalinador dá um upgrade na sensação que a folha proporciona, parece que “disponibiliza” mais oxigênio e você se sente bem melhor, isso sem contar o gostinho de menta que fica na boca e tira o gosto amargo horrível da folha pura.

Enquanto esperávamos o transporte da agência fui fumar um cigarro na frente do hostel e conheci o Iã com quem fiquei conversando sobre San Pedro, fisioterapeuta no Rio ele tem uma coisa que falta pra mim para que eu viaje muito mais do que viajo hoje: Tempo! Iã é da marinha e trabalha de um jeito muito doido, fica de 3 a 4 meses direto em operações em alto mar ou no meio da Amazônia, depois tem de 20 a 30 dias de férias de uma vez...puta inveja do cara quando ele me contou isso! Já pensou...você ter 3 ou 4 férias remuneradas no ano????

 

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O mini bus passou no hostel já era 9 da manhã, entramos e já partimos em direção ao Chalcataya. Já quase saindo de La Paz o bus faz uma parada rápida em uma conveniência para que todos comprem algumas coisinhas na venda do cunhado da guia que não lembro o nome, até porque ela entrou muda e saiu calada do passeio. Eu comprei chicletes (Bol 10) + gatorade (Bol 10) + pilha duracell (Bol 22 c/ 2) + paceñas (Bol 11 - 475 ml) e um pãozinho doce delícia (Bol 15). Quando cheguei no bus eu me achei um ET porque tomos me olhavam com aquela cara “cerveja uma hora dessas?”. Eu não tava nem ai pro monte de austríaco, holandês, alemão e japonês olhando feio pra minha lata e tratei de me acomodar no fundo do busão.

Lá estávamos eu, Taia e Cristiano no banco do fundo, tinha também um careca (Juliano) que no fim da viagem encontraríamos perdido na praça em Sta Cruz. O trajeto até a estação de esqui é deslumbrante e amedrontador. No início por estradas largas e muito esburacadas, então, ao poucos a estrada vai afunilando e quando se dá conta não cabem dois veículos lado a lado, até chegar num ponto que você dúvida que caiba apenas 1. No caminho o frio vai batendo aos poucos, conforme vai aumentando a altitude. Junto com o frio vem um zumbido no ouvido e falta de ar, efeito da menor pressão atmosférica e ar rarefeito. Nesse ambiente foi a primeira e única vez que senti necessidade de mascar coca, então acabei a última lata de pacenã e tomei uns goles daquele chá forte que havíamos trazido, o ar voltou instantaneamente.

 

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Cerca de 2 horas depois que saímos do hostel, no meio do caminho começou a nevar, então paramos para tirarmos fotos deste primeiro contato com a neve em solo Boliviano. Das 5 pessoas do nosso grupo apenas eu já conhecia neve, mas nunca fazendo turismo e sim na rotina do dia a dia, então minhas lembranças não eram nada felizes, porque tem uma enorme diferença entre estar na neve rindo, se divertindo com guerra de bolas de neve e fazendo bonecos do que estar na neve atrasado para o trabalho, com o transito todo parado ou escorregando no gelo da calçada.

A galera pirou com a neve rala que caia. Estendiam a mão e ficavam fascinados com o formato e delicadeza dos cristais de gelo. Eu também me diverti, não com a neve, mas com a felicidade dos amigos e namorada.

Continuamos em direção ao Chalcataya e quando faltava mais ou menos uns 3 Km pra chegar até a estação de esqui o bus parou porque estava muito perigoso continuar na estrada, então descemos todos e começamos a caminhar em direção a estação.

Não é difícil, mas é penoso! A neve segura muito o pé e a altitude faz você ter a impressão que está em uma maratona fazendo com que a necessidade de recobrar o ar seja constante, ai você dá 4 passos e para 3 minutos pra descansar e vai nesse ritmo até onde o corpo agüenta.

 

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Tinham uns alemães no bus que pareciam que estavam no Everest, todos encapotados, com aqueles balões de oxigênio portáteis, bota com garras pra neve, bastão e mais um monte de frescura. A gente olhava pro caras e pensava que eles iam subir aqueles 3 km até a estação, continuar até o cume, chegar lá, dar duas piruetas no ar e voltar pulando em um pé só de tanta “viadagem” que eles estavam carregando. Mas ai meu amigo...os caras abriram o bico...kkkk. nem chegaram na porra da estação de esqui. Ta certo que tava foda e aquela neve fina da estrada agora era nevasca forte que ardia o rosto, os 5 mil e lá vai pedrada de altitude pegaram feio. A Taia tava olhando pra mim e falando que merda de ano novo do cacete. O Roger desistiu nos primeiro km e voltou pro busão. Os únicos que estavam rindo disso tudo era eu e a Lú. Fizemos uma festa danada, mas chegou uma hora que repensamos e vimos que não íamos conseguir chegar até a estação também, mas não por cansaço e sim pelo tempo. Ficamos brincando e perdemos o foco da subida, quando reparamos a galera já estava descendo de volta e a gente e bem perto, uns 500 metros, mas tínhamos que voltar. Foi realmente uma pena pela vista que deve ser fantástica lá de cima, mas conseguimos boas fotos mesmo assim.

 

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Quando chegamos ao busão, estavam lá a Taia e Roger refeitos da aventura e surpresos com o calor que estavam sentido quando parou a nevasca e abriu um sol gritante. Sentamos todos em uma pedra e fomos fazer um lanche enquanto aguardávamos os retardatários retornarem. Quando a guia chamou para todos entrarem no busão reparamos que o Cristiano não havia voltado. Demos o alerta, mas mal sabíamos que esta seria a primeira de várias oportunidades em que o Cristiano iria mostrar seu lado “desligado”. Cristiano é uma cara bem legal, disposto e de papo fácil, mas pensa num cara inocente, daqueles que você fala: vai ver se eu tô na esquina...e o cara vai! Rsrsrsrs

 

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Meia hora depois aparece o cara, bravo porque estava a 1 hora esperando todos e ninguém aparecia e ele só se ligou que estava esperando no bus errado quando o guia do outro bus não deixou ele entrar. Detalhe: só havia dois buses, um azul (o nosso) e outro preto. Rimos muito dele, mas também demos os parabéns pois só nos perdemos dele porque ele foi o único que encarou a subida com seriedade e chegou até a estação.

Voltamos pela mesma estradinha sem vergonha desmaiados de sono e umas 3 horas depois, perto das 4 da tarde, estávamos na praça São Francisco onde uma parte do pessoal que estava no bus desceu, enquanto o restante seguiria caminho até o Vale da Luna. Quando você compra o passeio até o Chalcataya, você tá comprando apenas o transporte na maioria das agências. Na estação de esqui tem de se pagar Bol 15 pra entrar e no Vale de La Luna mais Bol 20.

 

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Seguimos em direção ao vale morrendo de fome e quando chegamos lá o bagaça tava fechada, com um bilhete gigante nos portões, no vidro do guichê e pra todos os lados: “Cerrado para las excursiones dia 01/01”...porra dona guia?!?!?!

Subimos uns morros ali por perto pra dar uma espiada no vale e confesso que apesar de ter ouvido falar mal do passeio fiquei morrendo de vontade de entrar. Tiramos umas fotos e a guia chamou todos para voltar a praça.

O que limpou um pouco a barra dessa guia com a galera foi ela ter nos deixado lá no alto da Sagarnaga no cruzamento com a Lhampu, bem na frente de uma conveniência que vende um vinho boliviano ótimo por Bol 22.

Enquanto a galera fazia uma votação pra decidir se levava vinho, tequila ou cerveja, o Cristiano foi pegando um monte de coisa e só na hora de pagar é que percebemos a idéia dele: Macarrão com molho vermelho e atum!

Na volta pro hostel alguém levantou a lebre se podia ou não cozinhar lá, mas quando chegamos Lupan foi solidária, disse que não podia, até porque não haviam utensílios pra isso, mas como nós já havíamos comprado tudo ela deixaria, desde que deixássemos a cozinha em ordem depois.

 

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Tudo combinado e Cristiano já foi pra cozinha, ajudado por Roger e Taia. Eu fui tomar um banho e quando voltei me contaram a aventura de cozinhar. Pra começar não havia detergente e tiveram que lavar tudo com sabão em pó, a única panela estava furada e só cabia coisa de 1 litro de água, então imagina a caca que não ficou o fogão e a cara de contende da Lupan. No final deu tudo certo e o rango até que ficou muito bom, ou era fome! Comemos muito e experimentamos aquele vinho Boliviano, só 3 garrafas.

Ficamos conversando no sofá da recepção sobre o passeio para o Salar que embarcaríamos no dia seguinte e Cristiano decidiu nos acompanhar. Lá pelas 9 da noite o sono bateu e todos foram dormir.

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7º Dia – La Paz x Uyuni (Salar)

 

Nem combinamos, mas todos se encontraram no café da manhã, inclusive Cristiano que havia se decidido nos acompanhar até Uyuni para o passeio no Salar. Combinamos que a prioridade era fechar o bus para Uyuni até o fim da manhã, então pedimos a Lupan que ligasse na Todo Turismo para ver se conseguíamos um desconto por 5 pessoas, mas o bus estava cheio e só haveria lugares para dali dois dias. Assim que soubemos disso resolvemos que os homens iriam até o Terminal terrestre para ver a transOmar que era a segunda da lista, enquanto as meninas procurariam nas agências entorno do hostel pra ter alguma outra opção caso a TransOmar melasse.

Saímos os três a pé apesar do Roger não ter gostado nada na idéia de subir a avenida Uruguai caminhando, isso porque é só uma quadra, mas é reflexo de como estávamos cada vez mais acostumados com taxi ou van em qualquer ladeira.

Chegando lá, surpresa geral, TransOmar fechada e um bilhete com um nº de celular grudado no vidro. Tiramos uma foto e procuramos um telefone público pra ligar e foi ai que eu me liguei que até então não havíamos visto nenhum na cidade. Rodamos todos os cantos da rodoviária e nisso achamos uma outra empresa que ia até Uyuni, a Cruz Del Norte. Meu amigo...pensa em uma empresa derrubada! Qualquer empresinha mixuruca tem a foto de um busão top de linha na fachada do guichê, por mais que o bus seja uma verdadeira merda, a foto vai ser de um bus 0km, mas essa...nem a foto da fachada dava pra enganar. O bus parecia um 4x4 de 45 lugares com pneus pra lama, prontinho pra entrar no rali dos sertões, não inspirava nenhuma confiança. O preço até que era convidativo: Bol 100.

Desistimos de tentar achar um telefone e voltamos para o hostel com o contato da transOmar e por via das dúvidas, da Cruz Del Norte também. No caminho demos uma passada na TodoTurismo novamente e estava tudo fechado mais uma vez.

Chegando no hostel encontramos as meninas que só haviam achado passagens na agencia Vicuña Travel, quase ao lado do hostel a Bol 130. Então decidimos dar um tempo nessa busca e relaxar um pouco, afinal estávamos de férias!

 

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Fizemos o check out e deixamos nossas coisas na recepção, o Cristiano e Roger saíram pra comprar umas coisas pra eles, o Cristiano comprou uma calça e mais umas coisas pra levar pro salar, já Roger comprou uma bota Timberland de Bol 800 porque tinha molhado o pesinho quando subiu o Chalcataya. Ta certo que Bol 800 é muuuuito mais barato que no Brasil, mas falar que comprou porque a outra molha o pezinho foi dar brecha pra ser zuado, o que fiz muito. Faço questão de fazer uma observação aqui sobre esse assunto: Durante minhas pesquisas pra montar meu roteiro eu via posts e mais posts sobre roupa técnica, botas, impermeáveis e o escambal a quatro. Então ficava refletindo sobre a real necessidade de todo esse equipamento pra fazer a viagem e lembrava muito do tempo que enfrentava neve até o joelho pra poder ir trabalhar sem nada disso. Não entrava na minha cabeça, gastar horrores por causa de um dia na neve. Mas entendia perfeitamente a importância de se vestir em camadas e ter um corta vento para o corpo, além de um calçado que fosse impermeável para evitar congelar o pé, lembrava também que quando eu ia caminhar bastante na neve, embrulhava o pé com aqueles rolos de filme plástico e dava tudo certo. Então logo pensei comigo: que calçado eu tenho que está “amaciado” e é impermeável? Só uma bota velha daquelas de EPI que custou R$ 35,00. Bem...só tem tu, vai tu mesmo! E resolvi arriscar. No dia anterior, levei um rolo de filme plástico mas nem precisei usar, a botinha de EPI deu pro gasto com folga. Importante mesmo foi a jaqueta corta vento, mas aquela que comprei por Bol 50 dois dias antes dava e sobrava.

 

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Eu e a Taia saímos pra andar um pouco e descobrimos um mercado “Ketal” muito perto do hostel, na calle Zoilo Flores. Lá compramos mais pilhas duracell em um pacotinho com 5 unidades pelos mesmos Bol 22 que havia pago em duas pilhas na conveniência do cunhado da guia do Chalcataya. Águas 2L é Bol 5 e batatas Lays Gigante Bol 18,30. Deixamos tudo no hostel e chamamos a galera pra ir almoçar.

 

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Na esquina da c. Lhampu /c a C. de lãs Brujas tem um boteco que fica no segundo andar e a entrada é uma portinha minúscula, subindo descobrimos um bar com pinturas de cores vibrantes nas paredes, mas o serviço deixou muito a desejar. Pedimos uma cerveja 3 vezes até ela vir a nossa mesa, além disso veio quente. Mas foi lá que começamos a reparar a cara que o Cristiano aparecia em todas as fotos que tirávamos com uma cerveja por perto, tipo psicopata por breja!

 

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De lá voltamos ao El Pueblito porque sabíamos que não iríamos nos decepcionar com a cerveja, além do que havia várias outras marcas para experimentar,...hehehehe.

Saímos do Boteco e voltamos ao hostel, então pedimos para a Lupan ligar na TransOmar e descobrimos que não haveria bus naquele dia. A Lupan tentou algumas outras empresas que conhecia, mas sem sucesso algum, então nos vimos em um beco sem saídas, era Cruz Del Norte ou empresa da Vicunã Travel que nem sabíamos qual era. Fomos a Vicuña e lá descobrimos que o busão era o mesmo da Cruz Del Norte, só que mais caro, então voltamos ao hostel e pedimos a opinião da Lupan que disse nunca ter ouvido falar dessa empresa, mas eram quase 4 da tarde e não tínhamos mais outra opção, ou cancelávamos a ida ao Salar naquele dia ou arriscaríamos com essa empresa mesmo. A lupan ligou no guichê dos caras lá no terminal e adivinha só...não tinha mais passagens!!!! Voltamos na Vicuña e falamos para a moça que não haviam mais passagens, então ela ligou pra alguém que confirmou que havia um 2 bus, logo pensei: “putz...deve ser mais fudido que o outro”.

Fechamos assim mesmo e seja o que Deus quisesse. Tudo resolvido e o que fazer??? Todos se olharam e pensamos que eram as últimas horas em La Paz, tínhamos uma viagem de 12 horas pela frente em um busão porcaria, o que mais podia dar errado? Roger com sua sabia filosofia disse: alguém vomitar no bumba! Cristiano já emendou: Ow...e aquela tal de Platinium? Será que é boa? E vamos nós ao Pueblito novamente.

 

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Ficamos lá até umas 15 p/ 7 da noite e o busão saia as 19:30h. Corremos para o hostel e lá chegando, enquanto arrumávamos as mochilas que haviam ficado na recepção, uma garotinha passou a nos perseguir, era Yashin, filha de Lupan e super simpática.

Pegamos um taxi até o terminal e aquilo que suspeitávamos aconteceu: busão porcaria, banco que não deita, poeira nas cobertas e de lambuja uma confusão porque venderam passagens a mais. Nós que não somos bestas entramos no bumba e sentamos em nossos lugares com cara de “daqui não saio, daqui ninguém me tira” e a discussão nem espirrou pro nosso lado. Só me mexi pra pagar o direito de uso do terminal (Bol 2)

 

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As 20 horas o busão saiu e eu apaguei, só acordei na madrugada em uma parada rápida em um buteco no meio da estrada que não vou nem comentar pra não revirar o estomago de ninguém, mas que sirva de aviso as meninas, pra que estejam preparadas caso precisem ir ao banheiro, que o matinho na beira da rodovia é muito mais limpo e cheiroso.

 

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  • 3 semanas depois...
  • Membros de Honra
De lá fomos até a praça para virada e encontramos Ale e Laritza além de um grupo de brasileiros do Rio de Janeiro, quem prometeu que iria e não deu as caras foi a Maria Emília. À meia noite os fogos começaram a pipocar por toda a cidade e da praça era incrível a visão que se tinha. O pessoal ficou conversando mais um pouco e logo decidimos voltar ao hostel.

 

Leo, perdão mais uma vez, mais nesse horário as crianças já estavam dormindo, pois em La Paz "perneiam" bastante durante o dia nos parques da cidade (que tem bastante brinquedos) e quando chega a noite só comem algo e já estão em "alfa"

 

Mais não vai faltar oportunidade, o Alexandre e Laritza encontramos na Mallasa e em Chacaltaya, depois do ano novo.

 

Maria Emília

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