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Após um ano trabalhando intensamente, tirei minhas férias e parti em direção ao tão sonhado destino: a Patagônia!

 

Com muita pesquisa aqui e em outros sites, fechei meu roteiro:

 

SP – El Calafate – TDP – El Chaltén – Ushuaia – BsAs

 

A ideia original era incluir Punta Arenas no roteiro também e não fazer BsAs. MAS por questão de logística e tempo, resolvi mudar um pouco os planos. E não me arrependo de nada. Valeu muito a pena!

 

PREPARAÇÃO

 

Roupas

 

Eu já tinha algumas roupas de frio que tinha adquirido no meu mochilão pra Bolívia e Peru, mas o frio patagônico é bem famoso e precisei comprar mais algumas coisinhas:

Luvas Quechua F500 Biface (tam M)

Moletom Quechua Sweat Lady 400 (polares p caminhada)

Blusa Polar lilas jr (12 anos)

Regata para caminhada Quechua Forclaz 100 cinza/verde

Blusa Underwear Quechua

Calça Underwear fem

2 pares de meias Quechua Forclaz warm 400

Bota para caminhada Forclaz 500

 

Os preços estão na planilha anexa. Minhas melhores aquisições foram a bota para caminhada (macia por dentro, não machucou meu pé em nenhum momento e foi minha companheira a viagem toda!) e o moletom quéchua (quente, confortável, foi essencial). A única coisa que não usei foi a blusa polar (e já tinha uma outra da Bolívia tb). Não achei necessário nem senti falta.

 

Passagens

 

Como estava fazendo a viagem sozinha, optei por evitar trajetos de bus muito longos, como Calafate-Ushuaia. Tirando o trecho Calafate-Chaltén ou o bate-volta para o Chile, o resto fiz de avião. Ao todo, foram cinco trechos:

 

SP-BsAs (para conexão)

BsAs-El Calafate

El Calafate-Ushuaia

Ushuaia-BsAs

BsAs-SP

 

As passagens saíram por R$ 1.420,00 pela Aerolíneas Argentinas, o que achei um preço bom, ainda mais depois que comparei com outras pessoas e afins. A viagem ocorreu entre os dias 04 e 17 de fevereiro de 2013.

 

AGRADECIMENTOS

 

Como não podia de ser, o Mochileiros ajudou muito na montagem do meu roteiro. Li 400 mil relatos daqui, mas queria destacar dois que, para mim, foram muito essenciais:

 

Relato Patagônia Dez/2010 - Ushuaia, Punta Arenas, Torres del Paine, El Calafate, El Chaltén, do José Luiz Gonzalez

 

Patagônia (El Calafate, El Chaltén, Ushuaia) e Buenos Aires - 22 dias 'sozinha' - ¿Por qué no?, da Camila Lisboa

 

Planilha de Gastos_Mochilão Patagonia.xls

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A VIAGEM

 

1º dia: 04.02.13 (segunda) – São Paulo / El Calafate

 

O que fiz: Trilha Laguna Nimez

Valor: $ 35

 

O voo saia de SP às 3h da manhã, chegava em BsAs às 4h55 (horário local) e saia de novo às 07:10, chegando, finalmente, em Calafate, às 10h30.

As viagens foram tranquilas, sem nenhum imprevisto ou atraso.

 

Tinha combinado com o hostel de alguém me pegar de taxi no aeroporto, mas quando cheguei não tinha ninguém com plaquinha me esperando. Logo no desembarque, você encontra um balcão de uma empresa de transporte de vans, chamada Ves Aiport Shuttle, que te leva para o seu hotel. No final, isso foi muito bom, porque gastei 45 pesos para ir para o hostel ao invés dos 130 de taxi. São 15 minutos de viagem até chegar à cidade em si e a primeira parada foi a minha, no hostel America Del Sur – então foi super rápido e confortável.

 

Chegando lá, fui super bem recepcionada e já falei pra moça tudo que queria fazer na cidade e fechei todos os passeios por lá mesmo, para evitar a fadiga (já que tinha visto aqui também que não tinha muita diferença de preço em outros lugares). E eles ainda deixaram pagar tudo de uma vez, quando fizesse check out!

 

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Cada quarto no hostel tem um nome de cidade ou local. O meu era o Fitz Roy. Quarto compartilhado para quatro pessoas, com banheiro dentro e lockers.

Peguei um mapa no hostel e sai para explorar a cidade. O hostel fica um pouco afastado do centrão, mas nada que uma caminhadinha não resolva. Acho que não dá nem dez minutos para chegar no início da Av. Del Libertador – a principal. A cidade é bem pequena e tudo fica concentrado nessa avenida: restaurantes, bares, hotéis, agências. A vida acontece ali.

 

Parei no La Lechuza para almoçar. Comprei duas empanadas, uma de presunto e queijo e outra de frango, por nove pesos cada. Achei absurdo eles não servirem suco (depois descobri que isso é meio comum lá). Fiquei com a água mesmo, por 15 pesos (!!!!). Nesse restaurante eles cobram 10 pesos pelo serviço de mesa (de novo, depois descobri que não tem uma regra nos restaurantes para cobrança de serviço de mesa, couvert ou gorjetas – cada um tem um jeito). Lá o couvert estava incluso no valor do serviço de mesa, então trouxeram pãozinho com berinjela – como não curto berinjela, trocaram por manteiga. As empanadas lá eram bem gostosinhas, mas não gostei muito do serviço.

 

O restaurante fica em frente ao Parque Nacional Los Glaciares – tem entrada gratuita e fica aberto das 8h às 16h, de segunda à sexta. Lá dentro tem várias estatuetas contando a história de Darwin e outras do gênero. Não é nada de ó, mas é legal passar por ali durante a caminhada.

 

De lá, segui para a Laguna Nimez – para chegar lá basta caminhar pela rua do Parque e seguir as indicações da placas no caminho (nem sempre é bem sinalizado). Mas da avenida principal até lá, são uns 800m.

Para entrar na reserva da Laguna tem que pagar 35 pesos. A caminhada lá é de 2,5 km, é tranquila de se fazer e bem sinalizada com bastões. É um lugar bem calmo, agradável, com paisagens muito bonitas (a diversidade de plantas é demais e a lagoa é linda). Além disso, não tem muito gente que vai lá, então você tem um local só pra vc, praticamente.

 

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O dia estava quente, apesar de ter um ventinho gelado. Então, fui tomar sorvete no Ovejitas de la Patagonia. Uma casquinha pequena, com uma bola, saiu por 14 pesos.

Depois passei no mercado La Anonima e comprei água (2 litros) para o dia seguinte, por 8 pesos.

 

Na rua do meu hostel, tinha um restaurante chamado Esquina Varela. Passei lá para jantar. Pedi prato milanesa de peceto, com batata frita e ovo – que saiu por 55 pesos; suco de laranja, por 20 pesos (!!); e aqui o couvert era pago (8 pesos). O prato era imenso e não consegui comer tudo!

 

De lá, fui para o hostel descansar e me preparar para o dia seguinte.

 

MAPAS

 

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2º dia: 05.02.13 (terça) – El Calafate

 

O que fiz: Navegação por todos os glaciares

Valor: $ 620 + 70 (entrada)

 

Acordei cedinho, tomei café da manhã e fiquei esperando o bus passar para nos levar ao passeio. Estava marcado de me pegarem às 7h. Passaram às 7h30. Às 8h30 já estávamos no Puerto P. Bandera.

Quando chegamos no parque, vamos logo para uma fila para entrar no barco, porém, é necessário pagar a entrada do parque antes. Eles não avisam isso logo de cara, então muita gente fica na fila principal de besta e só quando chega mais perto da entrada, avisam e ai tem que ir para outra fila comprar o ticket.

 

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Depois de um tempo navegando, começamos a ver alguns icebergs, no início pequenos e depois grandões. Quando chegávamos em algum importante/grande, o barco parava para que todo mundo pudesse apreciar e tirar fotos.

Chegamos no glaciar Upsala – lindo! E ainda logo em frente tinha um iceberg de um azul intenso e diferente.

 

Dali demos a volta e eu estava achando que estávamos voltando já(era umas 11h e pouco) e ai acabei dormindo um pouco (hehe). Quando acordei, tínhamos chegado no glaciar Spegazzini – lindíssimo! Adorei esse!

Depois de tirarmos mil fotos, seguimos por mais duas horas para chegarmos no Perito Moreno (voltamos todo o caminho percorrido e seguimos mais uma parte do lago). Dormi de novo ::hãã2::

Chegamos umas 14h30 no Perito. É de tirar o fôlego a imensidão do glaciar. Um muralha de gelo. Demais!

 

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Em todos os glaciares, eles param, giram o barco, rodam, viram, desviram. Dá para aproveitar bastante. Adorei o passeio. Vale muito a pena. Mas lá venta horrores, então é importante levar cachecol, casaco e luvas. ::Cold::

 

Depois do passeio, voltamos para os nossos ônibus – já era umas 16h. Ainda bem que o motorista lembrava de mim, porque eu não lembrava em qual ônibus eu deveria entrar hahaha.

 

Dali, todos são deixados nos seus hostels, mas eu optei por descer no centro para passear e jantar. Depois de caminhar um pouco no centro, parei no Librobar para comer salada com frango, por 48 pesos.

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3º dia: 06.02.13 (quarta) – El Calafate

 

O que fiz: mini-trekking Glaciar Perito Moreno

Valor: $ 640 + 70 (entrada)

 

O bus estava marcado para me pegar às 8h30, mas passou às 8h45.

 

No meio do caminho, lá pelas 9h30, paramos e uma moça entrou no ônibus para pagarmos a entrada do parque. Depois seguimos viagem por mais ou menos uma hora. Paramos de novo. Dessa vez pro pessoal fazer um pipis. Retomamos viagem por mais um tempinho e chegamos no porto. De lá, pegamos um barco para atravessar o lago Brazo Rico. A viagem dura 20 minutos. Chegando na outra margem, entramos no refúgio, onde deixamos nossas coisas (e pudemos usar o banheiro).

 

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Fizemos uma pequena trilha pela margem do lago (e onde fizemos paradas para as fotos) até o local onde colocam os grampones. Lá os guias prenderam os grampos nos nossos pés e nos dividiram em dois grupos (para segurança e comodidade de todos :) ) Com meu grupo foram dois guias. Um falava em inglês com uns três gringos que estavam com a gente.

 

No início, andar de grampones é meio estranho – você não tem noção de como pisar direito. É importante manter os pés um pouco afastados para não enganchar um no outro, se enroscar e cair.

Já quando chegamos no gelo (e aqui fica mais fácil andar), o guia para e explicar como caminhar na descida e na subida. Dali, seguimos para a trilha propriamente. Foi muito tranquila, eu estava esperando algo mais difícil como o Chacaltaya, na Bolívia, mas foi sussa (até por isso que optei pelo mini-trekking e não o Big Ice). Acho que a altitude atrapalhou muito na Bolívia, os grampones ajudaram e acho que também estava mais bem preparada. Mas ok, gostei do passeio mesmo assim :D

 

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Cada passo era uma nova combinação de formas e paisagens lindas.No fim da trilha, rolou o básico drink com alfajor e logo saímos do gelo, tiramos os grampones e fizemos a trilha de volta para o refúgio (uma diferente da da ida – e parecia um pouco maior também).

 

Chegamos no refúgio lá pelas 14h40 e ficamos por mais uma hora, mais ou menos, para comermos e apreciarmos a vista. O barco saiu às 15h30 para o porto.

A vista é linda, o dia estava fantástico, com sol forte e muito vento.

 

No ônibus, achei que estávamos voltando, quando paramos nas passarelas do Glaciar para admirá-lo. Foi de tirar o fôlego. Coisa mais linda de Deus!

Não dá para explicar a sensação e a magnitude do glaciar se estendendo na sua frente por 14 km a perder de vista. Foi fantástico!

 

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Chegamos ai umas 16h15 e saímos às 17h15. Próximo as passarelas, tem um “snack bar” com banheiro, mas não entrei para ver como era.

 

O glaciar fica a 80 km de Calafate.

 

Diferença Big Ice / Mini trekking

 

Big Ice: passeio de 7hrs no total (3hrs no gelo); a trilha inicial é maior e a caminhada no gelo começa mais “ao fundo” do glaciar

Mini trekking: 3h30 de passeio (quase duas horas no gelo, de acordo com o guia); trilha inicial menor e a caminhada começa mais na “boca” do glaciar

 

Quando voltamos à cidade, desci no centro para jantar com uma amiga argentina (viramos fotógrafas uma da outra durante o passeio :wink: ). Paramos no Casablanca, onde comi lomito com batata frita, por 48 pesos.

 

Depois de nos despedirmos, voltei para o hostel, encantada e feliz. :D

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4º dia: 07.02.13 (quinta) – El Calafate / Chile

 

O que fiz: full day trip para Torres Del Paine (Chile)

Valor: $ 600 + 38 usd (entrada)

 

O bus estava marcado para nos buscar às 5h30 da manhã. O povo do hostel foi super simpático e disponibilizou o café às 5h pra mim e um outro rapaz (o café lá começa às 6h30 e vai até às 9h30)!!

 

Pegaram a gente umas 5h45. Foi uma viagem longuíssima (são 5h). Paramos na fronteira com o Chile para carimbarmos nosso passaporte e depois seguimos para a imigração chilena, onde paramos numa cafeteria que fica ao lado para comprar quitutes e trocar dinheiro (apesar que o cara do caixa não trocava dólares, vai entender). Ficamos um tempo lá e seguimos viagem. Antes de entrar oficialmente no parque, paramos em alguns locais para tirarmos fotos do lago com as Torres ao fundo (lindo!). Numa dessas, recebemos uma sacola plástica com uma garrafa de água, um lanche de presunto e queijo (numa fatia de pão imenso) e snacks (barrinha e um salgadinho).

 

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Me apaixonei pelo parque. As paisagens são lindas. Tínhamos um tempo considerável pra apreciar cada uma e tirar fotos. E meu Deuuus como ventava!

 

Nas primeiras paradas, achei que ficamos até tempo demais, pois eram coisas mais simples e porque queria aproveitar mais as outras coisas. Mas foi muito bom. Conseguimos parar em bastante lugares, mas queria ter visto mais, obviamente. O mapa que nos deram do parque mostrava que ainda tinha muuuitos lugares pra ver – a maioria sem acesso para carros.

 

Salvo muito engano, passamos pela Laguna Amarga, paramos no Sendero de observação de avifauna, fomos na Laguna Larga, no Mirador de Nordenskjöld, no Lago Sarmiento Chico, fizemos trilha e paramos no Salto Grande e pra fechar com chave de ouro, no lindíssimo Lago Pehoé.

 

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A volta para a Argentina pareceu mais longa do que a ida. A estrada é sempre a mesma e o bus vai na mesma velocidade – não sei como o motorista não dorme nessas horas. Fora que fizemos muitas paradas: as duas alfândegas, a cafeteria, outro restaurante, a entrada do parque – isso me cansou muito e acho super desnecessário – perdemos um tempão com isso.

 

Chegamos no hostel às 22h. No bus conheci o rapaz do meu hostel, um lituano, fizemos amizade e, quando retornamos, fomos jantar no restaurante da esquina da nossa rua.

 

Pedi sorrentinos com espinafre, tomate e azeitona preta (55 pesos), suco (20 pesos) e couvert (8 pesos). O mocinho pagou tuudo! Fiquei tãao feliz ::otemo::

 

Já no hostel, aproveitei para pagar minha estadia e todos os passeios. Foi uma dorzinha no peito desembolsar de uma vez mais de 2600 pesos, mas valeu a pena!

 

MAPA

 

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5º dia: 08.02.13 (sexta) – El Calafate / El Chaltén

 

O que fiz: Trilha Laguna Torre

 

O bus para El Chaltén saia do terminal às 8h. Como conheci um alemão na noite anterior, combinamos de dividir um taxi até lá. Saiu 18 pesos (demos 10 cada um). No terminal, ainda tem que pagar 5 pesos, pelo direito de usá-lo (!!).

 

Após 1h30 de viagem paramos num hotel/cafeteria e depois seguimos viagem. Às 11h, chegamos em El Chaltén. Cinco minutos antes de estacionar no terminal, paramos na casa de informações turísticas, onde somos dividimos em dois grupos (quem fala espanhol e quem fala inglês). A moça explica como funcionam as trilhas e qual seria a melhor opção para quem iria ficar só um dia ou uma tarde. Depois disso ela distribui mapas (mas apenas para quem fosse ficar mais tempo – pq eles tinham poucos e quem fosse ficar menos tempo não precisaria deles).

 

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Ao chegar ao terminal, combinei com o alemão onde nos encontraríamos para fazer a trilha da Laguna Torre e peguei um taxi para o Hotel Fitz Roy Inn. Saiu 20 pesos (MEGA caro). Eu tinha perguntado o valor antes de entrar no taxi e nem me toquei que a cidade era super pequena e talvez aquele valor fosse alto. Então, quando chegamos lá não podia falar muita coisa, já que eu já tinha concordado de antemão, mas ok.

 

Estava muuuito quente lá. Não estava esperando essa temperatura. Deixei minhas coisas no hotel, troquei de blusa (ainda bem!) e segui para a entrada da trilha. Na Av. Libertador San Martin (a principal) tem uma indicação de onde seguir para a entrada. Entrei nessa rua, caminhei até o fim e não tinha nenhuma placa se eu deveria ir pela direita ou esquerda – é a direita, descobri depois.. hehe.. daí você sobe uns degraus, segue reto à esquerda e ai tem uma subidinha de matar (os despreparados como eu) e aii você chega na entrada do Sendero. (na indicação da placa na Av. San Martin, você tem um segundo caminho a seguir – ao invés de ir reto, como eu, tem uma mini bifurcação à direita – uma espécie de rampa de acesso – seguindo por ela, você segue em linha reta até a subidinha que leva à entrada do Sendero).

 

Nesse ponto, achei que já tinha perdido o alemão, pois estava atrasada em relação ao horário que tínhamos combinado. Mas ele chegou 5 minutos antes de mim (ele tb se perdeu um pouco ).

Ali, paramos um pouco, passamos nossos protetores e começamos a caminhada. São 3 horas para ir e 3h para voltar. Fizemos a trilha no tempo estimado. A primeira hora, para mim pelo menos, foi mais tensa, porque tem bastante subida e tem 250m de desnível (fora que vc tá aquecendo seu corpo ainda, praticamente). Nessa primeira parte, passamos pelos miradores Cascada Margarita e del Cerro Torre.

 

O alemão ainda parou para passar mais protetor e esqueceu a câmera dele no meio do caminho. Menos de cinco minutos depois percebeu o erro e voltou para procurá-la e não a encontrou. Ele voltou onde eu estava, eu refiz o caminho de volta com ele (uns 10min) e não achamos nada. Ficamos na esperança de encontrar na volta.

 

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Na minha opinião, a segunda hora é a melhor. Temos uma vista melhor, conseguimos enxergar o glaciar e a paisagem com as plantas é linda – e depois ainda chegamos no rio De Agostini, que também é muito bonito. Para mim, foi o que fez valer a trilha.

Depois dessas duas horas, já estava um pouco cansada de não chegar nunca à Laguna.. hehe A subida final para alcançá-la para mim foi difícil – estava cansada, só tinha pedras à nossa volta e estava ventando muito, o que atrapalhou bastante (meu óculos caiu duas vezes e eu ficava sambando de um lado pro outro).

 

Quando finalmente chegamos no topo, estava ventando horrores e, por isso, não conseguimos ficar muito tempo lá. Comemos, descansamos uns 15 minutos e começamos a descer. A Laguna é bem bonita, mas como eu tinha visto paisagens lindas no Chile, não me impressionou.

 

Na volta, minha animação voltou e estava em ritmo forte. No caminho, conhecemos uma argentina que passou a andar com a gente. Chegamos no final da trilha sem problemas (e nada da câmera do meu amigo – o estranho é que na hora que ele deixou a câmera lá tinha apenas umas 4/6 pessoas ali..).

 

Fiquei feliz de ter tido companhia para fazer a trilha, porque foi um incentivo para continuar caminhando até o fim.

 

Ao final, nos separamos e combinamos de nos encontrar no dia seguinte para fazer a trilha do Fitz Roy.

 

A sola do meu pé estava doendo e eu queria muito descansar, mas fui jantar primeiro para não precisar sair do hotel depois. Parei no Benjamin´s – uma padaria que fica na Av. principal. Comi milanesa napolitana, com fritas, por 45 pesos, e aqueles mini suquinhos de laranja (5 pesos), e ainda comprei uma garrafa de água de 1,5 l para o dia seguinte, por 15 pesos.

 

MAPA

 

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6º dia: 09.02.13 (sábado) – El Chaltén

 

O que fiz: Trilha Fitz Roy

 

Acordei um pouco mais tarde nesse dia, o que foi bom para descansar das 6hrs de caminhada do dia anterior. Dessa vez, coloquei uma calça mais leve por causa do calor (e meias grossas para proteger meu pé).

 

Às 10h, passei no hostel do alemão para fazermos o Sendero do Fitz Roy juntos. Por coincidência, a argentina estava hospedada no mesmo lugar e, na noite anterior, eles conheceram uma francesa, que também fez a trilha conosco. O problema era que os calcanhares da argentina estavam em carne viva, com bolhas imensas. Ela passou na farmácia e comprou gaze e pomadas e fez um bem bolado para proteger seus pés.

 

Seguimos então, os quatro para a entrada do Sendero, que fica no final da Av. San Martin.

 

No dia anterior, analisei o mapa e a trilha e tomei a decisão de não fazê-la toda (no total, eram 9hrs, com a última 1h30 de ida com subida íngreme). Esse trecho foi difícil para mim, pois era um subidinha super chata, com 350m de desnível. A primeira parada foi no mirador Río de las Vueltas. Parei bastante para beber água e fiquei bem atrás do grupo. Uma hora até achei que ia seguir o resto da caminhada sozinha, mas eles foram super tchucos e me esperaram. Então, após mais ou menos 1h25, finalizamos a primeira parte da trilha e chegamos à Laguna Capri. Linda, linda, com o Fitz Roy ao fundo!

 

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Ficamos um tempo na Laguna (o alemão até entrou na água!! Eu coloquei a mão na água e tava gelo puro!) e nos despedimos.

 

Como tinha levado meu iPod, fiquei ouvindo música e admirando a paisagem por quase uma hora. Em seguida, voltei uma parte do caminho e segui para o pedaço da trilha que levava ao mirador do Fitz Roy. Essa parte é super fácil, sem dificuldades. Que vista fantástica!

 

Você vê o Fitz Roy altivo na sua frente! Demais!

 

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Fiquei um tempinho lá admirando e tirando fotos e depois comecei a descer. No caminho encontrei algumas pessoas que estavam subindo, passei informações sobre a trilha e ainda encontrei umas britânicas que tinham feito o passeio do Chile comigo.

 

Pelo que vi, muita gente começa a fazer o Sendero após às 13h/13h30 e poucas pessoas iniciam a caminhada pela manhã. Cheguei ao final da trilha lá pelas 14h30 e conheci um austríaco – voltamos conversando e fomos ao centrinho em um bar. Paramos no Ritual del Fuego, onde comprei as empanadas mais caras do mundo: duas por 30 pesos (!!). Em compensação, estavam uma delícia, foram as melhores que comi em toda a viagem.

 

Dali nos separamos e voltei para o hotel para pegar dinheiro e sair para agendar o passei do Viedma. No quarto, o cansaço bateu forte e resolvi tirar um cochilo. Às 18h sai do hotel e passei na Patagonia Aventura para me informar sobre preços e horários (essa é a única agência que faz o trekking no Viedma).

 

Resolvi ir no banco para sacar dinheiro (e não ficar com pouquíssimo) e no caminho reencontrei o austríaco. Ele me acompanhou até o banco e de lá fomos ver os miradores Las Águilas e Los Cóndores – trilhas pequenas de uma hora.

Depois de um tempinho andando, chegamos em uma bifurcação que dizia que faltavam 10 minutos para o primeiro mirador e 30 para o próximo. Chegamos ao primeiro (Los Cóndores) e por confusão minha, achei que a bifurcação queria dizer que as trilhas se separavam. Foi tchonguisse total, eu tinha o mapa na mochila, mas não peguei para confirmar. ::toma::

 

Então, voltamos e começamos a fazer a outra trilha e não estávamos chegando a lugar nenhum (era na verdade a trilha Loma Del Pliegue Tumbado, que dura 4hrs e tem um desnível de mil metros!). Daí resolvemos voltar. De volta à bifurcação, ele me perguntou se eu queria caminhar para chegar finalmente no outro mirador (Las Águilas), mas ai tava cansada e com preguiça e descemos de volta ao centro. Nos despedimos e fui ao supermercado.

 

A cidade tem dois mercados principais: um na Av. San Martin, que na minha opinião não tinha muita opção de nada e outra na Av. Lago Del Desierto, que vende um pouco de tudo, desde massas até cacarecos. Não é imenso, mas acho que dá para fazer umas comprinhas pelo menos.

 

Nesse meio tempo, voltei à Patagonia Aventura para, finalmente, fechar meu passeio, MAS, como já tinha passado das 20h, a agência estava fechada.

 

Voltei ao Benjamin´s para jantar. Comi uma empanada de carne e outra de presunto e queijo (por 8 pesos cada), comprei 5 suquinhos (5 pesos cada) e um alfajor (por 5 pesos). As empanadas não estavam boas, meio secas :?

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7º dia: 10.02.13 (domingo) – El Chaltén

 

O que fiz: dia livre

 

Como não consegui fechar o trekking para esse dia, resolvi passear na cidade e quem sabe fazer trilhas menores, como a do Chorillo Del Salto ou tentar ir para o Lago Del Desierto (mas o transfer custa 150 pesos e eu não queria gastar, pois não tinha tanto dinheiro assim).

 

Fui ao mercadinho da Av. Lago Del Desierto, encontrei novamente as britâncias por lá e comprei alguns quitutes para mim (já estava sentindo falta de açúcar!).

Comprei: 4 barrinhas de chocolate, 2 alfajores e uma água de 1,5 l. Tudo saiu por 36 pesos.

 

Fechei o trekking para o dia seguinte e voltei para o hotel, fiz uma horinha por lá, resolvi não fazer nenhuma trilha naquele dia e às 13h sai para almoçar num lugar chamado Wafleria. Assim que entrei, para minha surpresa, encontrei as britânicas mais uma vez! Sentei com elas e ficamos a tarde inteira conversando e rindo. Na trilha do Fitz Roy no dia anterior, elas acabaram se confundindo e, ao invés de chegarem ao topo, estavam caminhando para o outro lado do Poincenot, chegando até as Piedras Blancas.

 

Para comer, pedi um waffle caprecce, por 35 pesos, suco de limão por 19 e, de sobremesa, waffle de doce de leite com sorvete, que saiu 28 pesos.

 

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De lá, voltei ao hotel para descansar e carregar a câmera. A tomada argentina é diferente e fiquei com receio durante toda a viagem de não conseguir carregar minha câmera. Em Calafate, o America Del Sur tinha uma tomada especial na recepção, mas em El Chaltén o hotel não tinha nada (e até aquele momento não tinha precisado carregar a câmera nesta cidade). Sai em busca de uma Ferreteria para comprar um adaptador (os dois que eu tinha levado, não serviam lá). Como era domingo, nenhuma estava aberta. Passei no hostel Lago Viedma para perguntar se tinha outra loja em que eu pudesse comprar o adaptador. A moça, super tchuca, me emprestou o dela (!!). Fiquei muito feliz com o gesto!! ::kiss::

 

Dormi um pouco no hotel e às 20h fui me arrumar, pois tinha combinado de sair com o garçom da Wafleria =]

 

Ele passou às 22h para me pegar e fomos de moto até o hostel devolver o adaptador, mas ninguém atendeu a porta! De lá, fomos na casa de um amigo do moço e ficamos conversando até tarde. A noite começou desastrosamente já que o pessoal começou a fumar maconha (e eu pensando “o que eu to fazendo aqui!” ::putz:: ), mas depois que pararam, foi super divertido! ::hahaha::

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8º dia: 11.02.13 (segunda) – El Chaltén / El Calafate

 

O que fiz: mini-trekking Glaciar Viedma

Valor: $ 650 + 80 (transfer)

 

Acordei cedo, tomei café e fui devolver o adaptador. Ninguém estava atendendo e eu tava vendo que não ia conseguir devolver o negócio nunca. Mas logo a moça apareceu, com a cara sonolenta, pedi desculpas por acordá-la e agradeci o empréstimo. Segui para a Patagonia Aventura. O ônibus saiu pontualmente às 8h15 (mandaram a gente chegar lá às 8h). Em menos de 30 minutos chegamos ao porto e começou a chuviscar.

 

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Após uma hora de navegação, chegamos ao porto natural. O local era bem rochoso, deixamos nossas mochilas lá, ao ar livre, embaixo de uma pedra. Diferentemente do mini trekking do Perito Moreno, esse não tinha um refúgio para guardar as coisas.

Não tinha também uma trilha definida, fomos subindo por entre as pedras, por uns 20 minutos, até chegarmos ao local onde colocamos os grampones (para pessoas mais velhas é mais difícil de fazer). Lá, eles estavam dispostos no chão (também diferente do outro, que tinha uma estrutura para guardar os grampos e bancos para sentarmos). À medida que passávamos por determinado local, os guias entregavam os grampones para a gente. Paramos depois de uns 5 minutos, sentamos no chão e os guias começaram a amarrar os grampos nos nossos pés (esses eram diferentes, pois tinham uma parte de ajuste manual para ficarem maiores ou menores de acordo com o pé de cada um).

 

Em seguida, os guias explicaram como caminhar com eles e depois começamos a andar. O gelo aqui era diferente, com aparência de sujo (por causa da sedimentação) e pedrinhas pelo caminho. Mas, claro, que a paisagem também era linda. Com mais fendas e acidentes e caminho mais difícil por causa disso. Ao final, distribuíram Bailey´s para todos (sem alfajor :cry: )

 

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Voltamos às 13h no porto rochoso, tivemos 15 minutos para comer ali mesmo e às 13h30 o barco saiu em direção ao porto. Às 14h30 chegamos à Bahía Tunel (a 18 km de Chaltén). Esperamos mais uns 5 minutos nosso bus chegar e às 15h10 estávamos de volta à cidade.

 

Fui almo-jantar. Parei no Ahonikenk Chaltén e pedi uma suprema napolitana com fritas, por 72 pesos.

 

Peguei o bus para Calafate às 18h. Chegamos às 21h. Peguei um taxi pro hotel, que foi um absurdo de caro. Saiu 25 pesos!! Mas eu tinha esquecido de perguntar quanto ia sair ::prestessao::

 

Fiquei no Hostel Del Glaciar Pioneros – o pagamento desse dia foi presente da minha mãe ::otemo::

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9º dia: 12.02.13 (terça) – El Calafate / Ushuaia

 

O que fiz: Navegação no Canal Beagle

Valor: $ 270 + 10 (taxa do porto)

 

No dia seguinte, levantei cedo, tomei café, arrumei minhas coisas e segui para o aeroporto. De novo, esqueci de agendar a van para me levar ao aeroporto (aquela mesma que tinha vindo no dia que desembarquei em Calafate) e tive que pagar um taxi para lá. Saiu 115 pesos. São 15 minutos de carro.

 

No aeroporto, fiz check in e fui pagar a taxa de embarque de 38 pesos. O voo foi tranquilo e saiu no horário certo. Saímos às 11h10 e chegamos às 12h25 em Ushuaia. Lá, peguei um taxi para o Hostel Antarctica, que saiu por 46,50 pesos. Não fui muito com a cara do recepcionista do hostel, mas ok. O quarto era compartilhado para seis pessoas, com banheiro fora (o quarto dá para um corredor ao ar livre e você chega ao banheiro descendo as escadas).

 

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Sai para andar um pouco pela cidade, sacar dinheiro e fechar a navegação para o mesmo dia. Fui na central turística, peguei umas informações e fui em uma das casinhas/agências que fazem passeios marítimos e fechei com a Canoero. O passeio saía às 15h30 e durava 2h30.

 

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Perto desse horário fui para a fila para entrar. Ela seguia até a entrada do porto. Lá, tem uma outra cabine/seção onde você paga os 10 pesos de entrada (é bom pagar antes de entrar nessa fila, porque senão quando você chegar lá na frente, vão mandar você sair da fila, pagar e depois se infiltrar ali no meio para passar de novo – um mini transtorno desnecessário). Combinei com a moça que tava na minha frente dela guardar meu lugar enquanto eu pagava a taxa. Fofa ela! :)

 

Eu cheguei em Ushuaia meio desanimada, não sei por que. Então, achei o passeio bem ok. Passamos pela Isla Bridges, Isla de lós Lobos, Isla de Los Pajaros e Faro Les Eclaireurs com direto a uma caminhada de 5 minutos na primeira parada. É aquele passeio que você tem que fazer, mas não achei nada demais, talvez se Ushuaia tivesse sido minha primeira cidade, mas não sei.

 

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Depois caminhei pela cidade e parei em umas lojas de tranqueiras e meu desânimo começou a desaparecer e passei a curtir mais a cidade.

Parei para jantar no Bar Ideal, onde comi um lanche chamado Hamburguesa Galway, por 55 pesos. De lá, fui para o hostel descansar e conheci o pessoal do meu quarto, super simpático ::tchann::

 

MAPA

 

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