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Bolívia, Chile e Peru retornando pela Argentina - 25/12/12 a 17/01/13 (24 dias) 1º Mochilão


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Hola mochileiros!

 

Resolvi hoje, uma sábado chuvoso, começara escrever um relato acerca da minha viagem na qual vivi diversas experiências novas, tive alguns problemas e aprendizados que servirão para a vida.

 

Então, a ideia de fazer um mochilão surgiu em outubro de 2011, estava em um bar com uns amigos, e como estávamos terminando a faculdade pensamos que a formatura apenas não seria marcante, e que deveríamos fazer uma viagem para comemorar este término do curso, como não queríamos ir muito longe, decidimos ficar por aqui, naquele dia estávamos em 4 programando o mochilão, porém pelo caminho infelizmente dois amigos não puderam ir e fomos em dois apenas eu e o Déco.

 

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O André "Déco" e eu (depois eu procuro uma foto melhor).

 

Começamos a organizar o mochilão desde lá, tínhamos mais de um ano para planejar roteiro comprar passagens conseguir os documentos necessários, enfim tempo de sobra. Porém deixamos tudo para a última hora e acabamos indo sem o certificado de vacinação internacional, o que no acarretou um problema com a Interpol :| que será relatado adiante.

 

Utilizei muito o Mochileiros.com, em especial ao relato do Sorrent http://www.mochileiros.com/bolivia-chile-e-peru-30-dias-inesqueciveis-junho-2012-t71539.html (aqui fica meu agradecimento ;) ) para planejar meus relatos e tirei muitas dicas destes fóruns, peguei alguns bons ônibus por causa disto :) enfim escrevo este relato, tentando especificar os detalhes para que ele possa auxiliar quem for para aqueles lugares, haverão dicas importantes e histórias hilárias. Importante pois tinha muitas dúvidas de como retornar, pois foi algo que não tínhamos planejado, a princípio retornaríamos de um carro alugado em Salta - Argentina até Puerto Iguazú - AR, e depois de busão para Santa Catarina, porém houveram alguns contratemos e mudamos este retorno, retornando, tinha muitas dúvidas de como retornar pela Argentina, visto que não achei nenhum tópico relacionado ao assunto, enfim ao final vocês verão o retorno.

 

Espero que gostem do relato e façam as perguntas que quiserem, que tentarei responder :) , mas já aviso que sou um pouco esquecido, então muitas coisas não lembrarei.

 

Roteiro

Corumbá

Santa Cruz de la Sierra

La Paz

Copacabana

Cusco

La Paz

Uyuni

San Pedro de Atacama

Salta

Foz do Iguaçu

 

No roteiro inicial estavam inclusas as cidades de Ica e Arequipa, porém por alguns problemas durante a viajem fui obrigado a cortar estas duas cidades, as quais deixarei para uma próxima viajem :D

 

Documentos Necessários

 

- Carteira de Identidade com menos de 10 anos, sim é necessário, e é bom que seja um pouco nova para evitar transtornos :|

- Vacina da Febra Amarela Carteira Internacional de Vacinação, sim é necessária, como eu falei fui sem ela, mas tive problemas por causa disto, a Carteirinha Internacional só é emitida 14 dias após a vacina, fiquem atentos.

- Passaporte, levei junto, mais pelos carimbos, ele não é necessário para as viagens na América do Sul, mas é legal, tu pode carimbá-lo com o Carimbo de Machu Picchu mas eu esqueci de carimbar :|

- Carteirinha de Estudante ISIC, é legal ter, principalmente se um dos seus destinos for Machu Picchu, pois o desconto conseguido na compra da entrada já compensa o valor gasto com a Carteirinha.

- Carteirinha Hostelling International, acho que não é necessário, mas se tiver e quiser levar é melhor ainda.

 

Dicas

 

- Procure não ficar muito tempo em rodoviárias, principalmente na Bolívia, explicarei o porque durante o relato.

- Compre suas passagens aéreas com antecedência, pois esta ação proporcionará menores gastos.

- Não há a necessidade de reservar hostels com antecedência,há riscos nestas reservas principalmente se necessitem de um pagamento antecipado, pois você nunca sabe o que pode acontecer no caminho que poderá acarretar um atraso de um ou dois dias, perdendo desta forma o valor pago antecipado, reservei apenas o Wild Rover para o Reveillon em Cusco pois sabia que estaria cheio e porque não precisei efetuar depósito antecipado.

- Não feche pacotes de passeios do Brasil, a não ser que o passeio seja muito restrito, como por exemplo a Trilha Inca para Machu Picchu, pois normalmente os passeios fechados no país ou em outras cidades durante a viagem se tornam mais caros que la na cidade do atrativo turístico.

- Na Bolívia, nem tudo o que se compra é o que se leva, ou seja, nem sempre o passeio que tu fechou será como foi lhe explicado, então se acostume é o jeito deles.

- Olhe sempre bem a embalagem de água, pois há um costume de encher as garrafinhas com água de lá e revender, além de olhar se se encontra lacrada, observe o fundo da garrafa para ver se não foi violado, é isso mesmo, eles abrem um buraco no fundo para colocar água de novo, então fiquem atentos.

- Procurem não comer muitas coisas na rua, mas lá vocês verão o porque desta dica, afinal evitar uma dor de barriga é sempre bom.

 

Equipamento

Comprei um bom tempo antes da viajem um par de botas Finisterre da marca Nômade, que hoje se chama Vento, assim que comprei já comecei a usá-las, pois precisava amaciar elas a fim de que não me dessem calos durante os passeios ou viagens, não funcionou, verão no relato que sofri muito por causa dos calos :| .

A Toalha super absorvente é um item bem interessante, como não sabíamos do que se tratava levamos uma toalha normal maior que as outras ainda ::putz:: , pois lemos que deveria ser super absorvente, então para não cometer o mesmo erro que nós, estas toalhas tem a venda em diversas lojas de esportes e pela internet, são toalhas especias que não ocupam muito espaço, e secam muito rapidamente, o preço delas não é alto custam cerca de R$20,00, e vale muito a pena.

Mochila eu iria comprar uma da Trilhas e Rumos, mas demorei para decidir pois não sabia se comprava no Brasil ou na Bolívia, enfim quando fui comprar uma que havia aqui na minha cidade pelo preço de R$290,00 75lts, eles já haviam vendido uma semana antes, enfim acabei indo viajar com uma mala normal de mão, que me incomodou por um tempo, mas assim que cheguei em La Paz comprei uma Cargueira da Doite, que é uma marca muito recomendada aqui no mochileiros e eu confirmo a qualidade. Comprei então uma Tundra 80 http://www.doite.cl/catalogos_outdoors4.php?producto_id=3 por um preço muito melhor do que pagaria na da Trilhas e Rumos aqui no Brasil, então minha dica se você for passar por La Paz no início da viagem, deixe para comprar sua mochila lá.

Outro acessório importante que compramos em La Paz foi a Money Belt, também da Doite (http://www.doite.cl/tienda_outdoors4.php?producto_id=92), é muito bom para carregar dinheiro e seu documento, evita que fique a mostra e facilita nos passeios, trekking e downhills.

 

Chega de enrolação e vamos ao relato.

 

1º Dia São Bento do Sul/SC - Curitiba - Campo Grande - Corumbá. 25/12/12

 

O primeiro dia após as comemorações e comilanças do Natal :D , era dia de viagem, e começava ali o tão esperado mochilão havia um frio na barriga, pois ficaríamos um bom tempo longe de casa em países diferentes e teríamos muitas aventuras, acabou sendo muito pior, mas muito mais divertido.

Saímos de nossa cidade, no interior de Santa Catarina, as 6:20 com destino a Curitiba a capital do Paraná, eram apenas 90 Km até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, chegamos lá bem cedo e tivemos tempo o suficiente para despachar as bagagens, comer um lanche e nos despedir de quem ficava. Fomos para a sala de embarque e esperamos o voo, que por sinal estava atrasado como de costume, Entramos no avião e aguardamos a decolagem, estávamos cansados mas decidimos não dormir pois a viagem seria curta nosso voo saia as 9:30 de Curitiba e chegava as 10:00 em Campo Grande, pensamos que em 30 min de voo não adiantava dormir, aí estava nosso primeiro engano, pois Campo Grande está a uma hora a menos de Curitiba e o horário do voo tanto de saída quanto de chegada não é o de Brasília mas sim o de cada cidade, isto significa que nosso voo em vez de uma hora durou uma e meia, durante o voo nos questionamos como estava demorando, porém nenhum dos dois estava com relógio e com os celulares ligados, então só notamos isto quando chegamos em Campo Grande ::putz::

Já no aeroporto de Campo Grande, na saída conhecemos um casal de amigos que estavam viajando também, a Manu e o Fabio, ouvimos que estavam indo para o terminal, e como iríamos para lá também nos oferecemos para dividir um táxi, no terminal iríamos pegar um ônibus direto para Corumbá, e eles iriam dormir em um hotel na metade do caminho, mas conversando sobre os roteiros e tal eles decidiram ir conosco até Corumbá, também porque iriamos ficar um um hostel com o preço muito bom em Puerto Quijarro.

Pagamos R$96,00 pela passagem, o que nos garantiu de brinde o choro duas crianças que não ficaram quietas durante parte da viagem, mas tudo bem, era dia e só eram umas 6h até Corumbá.

Chegando em Corumbá, fomos abordados por um agente de viagens que nos ofereceu alguns hotéis na redondeza, quando dissemos que ficaríamos no Hostel Tamengo http://www.tamengo.com ele nos avisou que este hostel estava FECHADO havia algum tempo já, não sabemos se é verdade ou se eles estava tentando nos empurrar os hotéis dele, mas por garantia não atravessamos a fronteira, e resolvemos ficar por Corumbá.

Estávamos sem Hostel em Corumbá, questionei acerca do Gold Fish, que é um hotel da rede Candeias, mas todos os taxistas disseram que era muito caro e ninguém tinha o telefone, um dos taxistas nos levou então a um hotel que queria cobrar R$230,00 por um quarto, enfim consegui com a recepcionista deste hotel o telefone do Gold Fish, e descobri que para associado o valor era de R$135,00 o quarto para 4 pessoas, e como meu pai é associado e eu por um acaso havia levado a minha carteirinha sem dúvidas fomos para lá.

http://www.candeias.com.br/hoteis/hotel-gold-fish-ms-corumba/

 

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Chegamos e fomos tomar um banho de piscina, após jantamos a beira do rio da divisa Brasil/Bolívia, comemos peixe, foi nosso dia de luxo como falávamos, o começamos bem o mochilão. :D

 

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Jantamos ali naquelas mesas.

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2º Dia Corumbá - Puerto Quijarro - Santa Curz de la Sierra e a van da morte !! 26/12/12

 

Obs: Esqueci de falar o preço da passagem aérea, pagamos R$120,00 com taxas comprando Curitiba-Campo Grande pela Gol antecipadamente.

 

O segundo dia começou bem, acordamos cedo e fomos para a fronteira, só que não, sim acordamos cedo, mas com o sol e o calor de Corumbá, a piscina do hotel nos chamou mais a atenção, então aproveitamos o restante da diária no hotel na piscina. Saímos da piscina já próximo ao meio dia e fomos tomar banho e arrumar as malas pois dali em diante nossa viagem seria diferente.

 

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Aproveitando a piscina no último dia!!

 

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Saindo do hotel.

 

Checkout do hotel feito e hora de ir para a fronteira, mas antes paramos para comprar algo para comer, e que seria nosso almoço do dia. Chegando na fronteira, uma fila enorme e que não andava, fomos perguntar se brasileiros também necessitavam esperar na fila, já que só víamos bolivianos, e nos disseram que sim, era 13:10 e a fronteira estava fechada para o almoço voltaria a abrir as 14:00 apenas. Enquanto esperávamos na fila conhecemos o João Paulo, que juntou-se ao nosso grupo.

Quando voltaram ao trabalho a fila começou a andar, e de repente alguém nos avisou que a fila para os brasileiros era na outra porta, fomos para lá e não haviam muitas pessoas em nossa frente, depois que chegamos formou uma grande fila atrás de nós, enfim não era uma fila só de brasileiros mas dava para entrar por qualquer uma das duas portas, diante disto levamos apenas 15 min para carimbar o passaporte (sim na Bolívia eles exigem que você carimbe o passaporte com a saída do Brasil).

Passaporte carimbado era hora de atravessar a fronteira e sair do país :D

 

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Fronteira.

 

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Vejam a chuva que estava vindo.

 

Chegamos então no controle de fronteira da Bolívia, e tivemos que esperar mais uma vez em uma fila, pois só começavam a trabalhas as duas também, atravessamos a fronteira e voltamos no tempo novamente uma hora a menos, pois a Bolívia não adota o horário de verão, então ao atravessar voltamos uma hora nos relógios e tivemos que esperar até as duas de novo, enquanto esperávamos caiu uma baita chuva e tivemos que nos apertar para que todos ficassem na área coberta e ao mesmo tempo não impedissem o tráfego de carros e caminhões que deixavam a Bolívia.

Primeiro controle fronteiriço e aquele frio na barriga afinal não tínhamos o Certificado de Vacinação Internacional, porém ninguém cobrou, carimbamos nossos passaportes e recebemos o controle deles (um papel verde que tu não pode perder e tem que apresentar na saída).

 

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Fronteira da Bolívia.

 

Atravessada a fronteira pegamos um táxi nós cinco mais o motorista, até o terminal ferroviário, pois queríamos pegar o Trem da Morte até Sta Cruz. No caminho paramos para trocar dólares por bolivianos e a cotação que obtivemos foi de 6,93 bol por dollar, tínhamos ficado ricos :D . Chegando lá não haviam mais passagens para aquele dia :( , apenas a Manu e o Fabio conseguiram porque tinha reservado antes, então mais um conselho, se quiser ir de trem da morte, reserve sua passagem antes, acho que não precisa pagar nada e é só enviar um e-mail ou ligar para lá, apesar de que o trem demora mais para chegar em Sta Cruz.

 

Nos despedimos então da Manu e do Fabio e fomos nós três, eu o Déco e o João, procurar algum meio de transporte para ir a Santa Cruz ainda naquele dia. Fomos ao terminal rodoviário, que é um galpão no qual vendem de tudo, eu fiquei no carro cuidando dele enquanto o motorista e meus amigos foram ver se conseguiam passagem. No fim voltaram e avisaram que não havia mais passagem para aquele dia, porém quando saíamos o taxista parou e falou com o mesmo cara que disse que não havia mais passagens e ele falou que tinha conseguido três lugares, e que poderíamos ir, pagamos 150,00 bol ao taxista que repassou ao cara da van, o taxista deve ter ficado com a parte dele :|, mas não ligamos pois havíamos conseguido um transporte.

 

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Eis nossa van, carinhosamente apelidada de Van da Morte.

 

Junto conosco foram mais 4 bolivianos Fred, José, Jorge e o outro que não lembro o nome e o motorista, primeiro o motorista queria colocar nossas malas sobre o teto da van acima da dos bolivianos :roll: , mas depois da primeira parada falamos para ele que cabiam atrás de nosso banco, que era o último, levamos muita sorte com isso pois apesar das malas estarem cobertas por uma capa, esta se soltou da van umas 3 vezes bem enquanto estava chovendo molhando as malas dos bolivianos.

A van era muito apertada e não conseguíamos dormir, mas por sorte as estradas eram boas e passamos boa parte da viagem conversando com os bolivianos, que trabalhavam em São Paulo (nos disseram que tem muitos bolivianos trabalhando lá e que ficam todos muito juntos, dificultando o aprendizado da língua portuguesa por parte deles), conversamos sobre musicas e bandas enquanto às ouvíamos.

 

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Nós três apertados dentro da van.

 

No começo do caminho a van parou em um galpão para que comprássemos coisas para comer e beber, dispensamos as coisas para comer pois ainda estávamos assustados com o jeito com que faziam a comida por lá, compramos uma água e o João comprou um suco de balde, sim de balde mesmo ele é servido em baldes e pego com uma concha, o suco era amarelo mas não tinha gosto de laranja ou tangerina e era meio estranho mas gostoso. Ficamos lá por um tempo, e nos preocupamos quando o motorista disse que iria comprar gasolina e saiu com nossas bagagens, porém logo depois ele voltou e seguimos viagem.

Durante a viagem há muitos postos de pedágio, alguns ilegais montados pela policia como se fossem blitz na qual eles param todos os carros e cobram uma taxa para poder continuar, pelo jeito isto é comum visto que o motorista mostrou indiferença quanto as cobranças.

Levamos um baita susto quando apareceram vacas no meio do caminho e tivemos que frear bruscamente, mas por sorte não atropelamos nenhuma. Continuamos o caminho e quando vimos estávamos andando em meio a um vilarejo, uma estrada de terra com pouca iluminação e com muitas casas em volta, perguntamos ao motorista o que estávamos fazendo, já que havíamos saído da estrada principal, e este nos falou que tínhamos que procurar gasolina, não sei se não há postos por lá só sei que procurávamos gasolina nos hotéis da cidade, até que achamos neste da foto abaixo.

 

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Após comprar a gasolina, fomos comer algo, no "centro" da cidade, próximo ao terminal do trem, achamos engraçado pois era quase meia noite e todos os bares restaurantes e mercadinhos estavam abertos, isso é normal naquele lugar. Escolhemos o menos pior dos restaurantes e entramos eu o déco e os bolivianos, sentamos em uma mesa e pedimos uma coca cola e um pollo com papas, ali foi nossa primeira dificuldade com o espanhol não entendíamos direito o que havia para comer e acabamos escolhendo polo com papas, no fim eu acho que não tinha outra coisa mesmo. Veio a coca cola e enquanto esperávamos o prato o Fred foi pedir uma cerveja para ele, de repente veio a dona do restaurante nos expulsando levou a coca e começou a nos xingar, nós não entendemos nada a simplesmente saímos do local, depois ficamos sabendo que o Fred havia discutido com a dona por causa da cerveja, ele tentou se passar por alemão e queria uma cerveja grande ::lol4:: a dona se sentiu ofendida e nos retirou do restaurante, no fim fomos a uma mercearia e compramos pringles, esta foi nossa janta.

Naquele lugar percebemos que eles não dava a mínima atenção para o cliente, parece que eles nos estavam fazendo um favor em nos vender comida.

 

Lá mesmo o João, que fala muito bem espanhol, conversou com o motorista e o convenceu de nos deixar dormir dentro da van pois chegaríamos em Santa Cruz por volta da 1 hora da madrugada e o terminal rodoviário só abria as 6:00, continuamos a viagem e chegando em Santa Cruz deixamos os bolivianos no terminal e fomos com o motorista até a casa dele, ele parou a van na frente da casa, na rua, e nos deixou dormir dentro desde que cuidássemos da van.

 

Passamos a segunda noite do mochilão dormindo dentro da van no meio de uma rua em Santa Cruz de la Sierra.

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3º Dia Santa Cruz de la Sierra - La Paz - Roubados pela Interpol! 27/12/12

 

Acordamos no terceiro dia assim que o sol nasceu, dormimos bem apesar da van ser um pouco apertada :) , assim que acordamos o dono da van veio ver se ainda estávamos lá, pensamos que seríamos convidados para um cafe da manhã, já que estava tudo posto a mesa, porém isto não ocorreu, mas ele nos deixou pegar carona com outra van que trabalha para ele e que estava indo ao terminal. :D

Chegamos no terminal e uma correria, filas para todos os lados nos guichês das companhias, algumas não tinha mais vaga para aquele dia, resolvemos nos separar, eu e o Déco fomos procurar passagens para La Paz, enquanto o João procurava passagem para Sucre. Pesquisamos, comparamos os preços, pedimos muito desconto e fechamos com a Trans Copacabana MEM, o ônibus era um pouco antigo, mas era três fileiras, tinha calefação e o banco reclinava muito, se não me engano pagamos 175bol a passagem : D - outra dica, para viagens longas procure sempre pegar ônibus três fileiras, o conforto compensa a diferença de valores.

 

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Aquela destacada em vermelho é a Transcopacabana MEM, fica já na entrada do terminal.

 

Compramos as passagens e era por volta de 7:00 da manhã, nosso ônibus só saia as 15:00 (todos os ônibus que fazem o mesmo trajeto costumam sair no mesmo horário, então o que diferencia é a companhia mesmo), enquanto esperávamos fomos dar uma volta fora da rodoviária e comer algo, entramos em uma galeria que fica em frente a rodoviária, comemos andamos um pouco para matar tempo e retornamos, perguntamos se havia algo para fazer no entorno da rodoviária, mas nos responderam que não, diante disto voltamos e ficamos sentados na rodoviária esperando a hora do embarque.

 

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Naquele centro comercial que tomamos café da manhã.

 

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Frente do Terminal.

 

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Déco e João esperando.

 

Neste meio tempo eu e o João saímos para trocar dinheiro, ele estava com reais e a cotação dentro do terminal não estava boa, andamos nas ruas, buscamos cotações mas não achávamos nenhuma que nos agradasse, até que na frente de terminal conseguimos trocar por um valor muito bom, não me recordo do quanto, mas se você tiver reais, vale a pena, na frente do portal de entrada do terminal tem uns cambistas, mas a cotação para a troca em dólar era a mesma.

 

Voltamos a rodoviária e fomos almoçar lá mesmo no segundo andar há algumas lanchonetes, tem desde sopa, até pollo com papas ::lol4::

 

Voltamos ao térreo e ficamos esperando a saída do ônibus, já eram 14:00 e faltava uma hora para nosso ônibus sair e tínhamos que deixar as bagagens 30 min antes na companhia.

 

Roubados pela Interpol

 

Enquanto esperávamos notei que alguns estrangeiros saíram de uma sala juntamente com um policial da Interpol, achei legal no começo afinal eles estava trabalhando, mas isso foi até o policial vir falar conosco. Nós estávamos la sentados quando ele veio perguntou de onde éramos, pediu os passaportes, lhes entregamos ele conferiu, viu que estava tudo certo, mas mesmo assim pediu para que fossemos com ele até a sala da Interpol pois ele iria verificar se não tinha nenhum mandado de prisão emitido contra nós, seguimos ele pois sabíamos que estava tudo certo.

Chegando na sala ele pediu todos os documentos e eu e o Déco não tínhamos o certificado de vacinação internacional, mas tínhamos a carteirinha de vacinação de nossa cidade comprovando que havíamos tomado a vacina. O policial então ficou falando que estávamos ilegais no país e que teríamos que ser deportados e ficaríamos presos e tal pois não tínamos o certificado, sabíamos que não ficaríamos presos, estávamos mesmo preocupados com o horário do ônibus ou ter que voltar para o Brasil, visto que estávamos no começo da viagem.

 

Então ele nos mandou para fora, na plataforma de trem esperar enquanto o João tinha ido falar com o delegado da Interpol, enquanto esperávamos o policial ficou colocando pressão que estávamos ilegais e blá blá blá. Assim que o João saiu ele chamou o Déco, nisso o João foi levado para outra sala, após o Déco foi a minha vez, entrei na sala o delegado da Interpol pediu para que eu mostrasse meus documentos, enquanto outro policial iria ver o que eu tinha na minha mala, ocorre que o primeiro bolso que ele colocou a mão ele tirou para fora a sunga que eu havia usado um dia antes, nem estava seca ainda, eu só dei risada dele e falei que só haviam roupas naquela mala, então ele desistiu de procurar. ::lol4::

O delegado então perguntou quanto de dinheiro eu tinha e pediu para que eu o mostrasse, eu havia acabado de sacar então sabia exatamente quanto tinha, nisso ele pegou o dinheiro, contou e me devolveu. Aí ele jogou um tanto de drogas em cima da mesa e perguntou se eu estava transportando aquilo, já para colocar medo, disse que não, eles revistaram meus bolsos, minha bota e minha meia.

Após toda a revista eles chamaram o Déco e o João, falaram para o João ir, que os documentos dele estavam Ok, mas nós estávamos com problemas, pois não tínhamos o certificado de vacinação internacional. Disse que teríamos que pagar uma multa, e perguntou quanto nós queríamos pagar, perguntei se 250bol eram o suficientes, ele disse que era pouco, aumentei para 250 bol cada um, ele falou que era pouco ainda, nisso ele virou para o Déco e perguntou se ele tinha reais (ele já sabia pois havia pedido para o déco mostrar seu dinheiro antes), e falou que R$200,00 estaria bom para ele nos liberar, mas que teríamos que nos vacinar em La Paz. ::vapapu::

Saímos correndo da sala acompanhados por um dos policiais, pois já havia passado das 15:00 e estávamos atrasados para o ônibus, enfim conseguimos pegar o ônibus mas não tivemos tempo de nos despedir do João, que seguiu sua viagem e nem de despachar as malas, que foram conosco.

Já no ônibus, conversando com o déco sobre toda a palhaçada que passamos ele me contou que o diretor havia pego U$$200,00 dele enquanto contava o dinheiro ::vapapu:: e disse que aquilo já era por nós não termos o certificado, depois ainda cobrou mais R$200,00 :( No fm conversamos e rachamos toda esta despesa entre nós dois, ficando um prejuízo de U$$100,00 e R$100,00 para cada um. :x

 

Nossa viagem de ônibus começou muito mal, estávamos muito putos com tudo o que havia acontecido de termos sido roubados pela Interpol, no fim achamos que fizemos o certo, pois estávamos em um país diferente, eles tinha drogas com eles, poderiam dizer que nós estávamos transportando, e nesse caso seríamos presos por tráfico internacional, como estávamos no começo a viagem, então pagamos e pudemos prosseguir, muito bravos mas prosseguimos.

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Obrigado galera, então esta meio chato o começo e com poucas fotos, mas isso porque os primeiros dias foram só em viagem mesmo.

 

Então M.Hoffman, a viagem de Sta Cruz até La Paz era para durar 17h como a companhia nos havia prometido, mas como sempre atrasa ela demorou 20h saímos as 15:20 +/- do terminal de Sta Cruz e chegamos as 11:00 no terminal de La Paz, a entrada em La Paz é muito demorada, muitas filas e um trânsito caótico !!

 

Então Leo, que pena que vocês também tiveram este problema com a Interpol, isso acaba com a alegria de qualquer um, não vou lhe perguntar como foi pois vou esperar você chegar nesta parte de seu relato!!!

 

Também estou acompanhando seu relato, no relato eu é quem está um dia atrasado, ainda estou chegando em La Paz ahahaha

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No caso da Interpol caberia uma denuncia. Dá muita revolta saber de uma coisa dessas.

Eu denunciaria de alguma forma. Não dá para aceitar que uma instituição criada para combater o crime seja ela criminosa.

Bom relato! Não dá pra parar de ler!

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