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Esse é o relato da nossa viagem para a Chapada dos Veadeiros- Goiás no Carnaval de 2013 (08-02 a 12-02). Formamos um grupo de seis pessoas: Eu, Fernanda, Elizabeth, João, Leandro e Matias.

 

Antes da viagem, pouco sabíamos sobre o que seria a Chapada dos Veadeiros e, assim, nunca imaginaríamos que um dia sairíamos de Porto Alegre pra passar o Carnaval no Estado de Goiás. Bem, de verdade, nossa ideia não era aproveitar o Carnaval da forma tradicionalmente brasileira, mas, sim, fazer bom proveito do feriado mochilando por aí. E a oportunidade surgiu em outubro de 2012, quando a Tam e a Gol lançaram diversas promoções aéreas para o verão. A notícia no Melhores Destinos foi o ponto de partida para a trip: surgiram várias ideias de destinos e, no fim, compramos passagens para Brasília por inacreditáveis R$250,00 reais (ida e volta POA-Brasília + taxas).

 

Na Chapada dos Veadeiros está localizado o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com belas quedas d’água e é uma ótima oportunidade pra se conhecer o bioma cerrado! Não só no Parque, mas de poucos quilômetros até as cidades vizinhas é possível encontrar outras cachoeiras, mirantes, águas termais, enfim, belezas naturais que não se esgotam em uma só viagem. E os atrativos não são só as belas cachoeiras e corredeiras, o local transborda o ambiente místico do paralelo 14, que também atravessa Machu Picchu, no Peru, o local é sede de uma das últimas comunidades de ensino de esperanto do mundo e tem mais terapeutas alternativos do que doutores formados em medicina.

 

Bom, escolhido o destino e com todo esse tempo de antecedência, é de se imaginar que faríamos uma programação meticulosa... Mas não foi bem assim. Fizemos um planejamento geral (com muitas coisas baseadas em outros depoimentos de viagem) e seguimos conforme nosso humor, sugestões e disponibilidade. Como a leitura de outras viagens foi bem útil, aqui retribuímos com o nosso relato também.

 

08/02/2013-sexta

 

Eu e mais três chegamos ao aeroporto de Brasília às 10h, um já nos aguardava lá e mais dois iriam chegar no domingo (com a superpromoção, não fomos rápidos o bastante para comprar as passagens nos mesmos voos). Foi estabelecido que iríamos alugar um carro para ir até Alto Paraíso, uma vez que a rodoviária não dispunha de muitos horários de ônibus e para termos a liberdade de circular sem depender dos horários do transporte público. Alugamos uma doblô na Hertz que saiu, por todos os dias (sexta à terça), por aproximadamente R$ 1100 reais.

 

O caminho até Alto Paraíso é fácil e a estrada é muito boa, excetuando um trecho na saída do Distrito Federal, depois, chegando a Goiás, a estrada volta ao bom estado. Parando para almoçar, levamos 3 horas e meia para chegar até a cidade. Lá, aproveitamos para tirar umas fotos com o OVNI da praça do turista e para não perder o dia, fomos direto para a Fazenda Loquinhas, o passeio mais próximo da Cidade de Alto Paraíso (3Km), com trilha fácil, rápida, e 13 poços para conhecermos! Sentimos que começamos com o pé direito! Mesmo fechando as 17h30, ganhamos meia hora de tolerância, conseguimos mergulhar nas águas transparentes e azuladas e tirar fotos como esta:

 

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Depois, fomos procurar um Camping no Povoado de São Jorge, porque o local é pertinho do Parque, dá pra ir a pé, e tem toda a estrutura necessária. “A vila de São Jorge é porta de entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, uma antiga vila de garimpeiros do início do século XX que hoje tem como atividade principal o ecoturismo, uma alternativa ecológica e sustentável para os moradores da região”. No caminho, passamos por dois mirantes (Maytrea e da Baleia), onde paramos, e também passamos pelo Restaurante do Waldomiro, a Fazenda São Bento e a Raizama. A 30 m do povoado é de terra, e sofremos pelo doblô! É necessária muita atenção, pois, segundo a concessionária, o maior índice de carros avariados vem da região.

 

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Escolhemos ficar no Camping Pedú-Espaço Flora, simples e barato (R$25,00), apesar de ficarmos tentados com o Camping Taiuá, com mais estrutura (R$40,00). Montamos as barracas embaixo de algumas lonas do camping, porque a previsão era de chuva para o fim de semana e especialmente para o sábado, pois, como descobrimos um pouco antes da viagem, havíamos comprado passagens para a época das chuvas! Para nossa sorte, durante toda a viagem pegamos só uma chuva passageira, que ajudava a refrescar o calor da região!

 

09/02- sábado

 

Depois de tomar um bom café, saímos 11h e fomos a pé até o Parque Nacional. Optamos por seguir sem guia, o que tornou o passeio gratuito. Podíamos escolher entre duas trilhas, então ficamos pela que seguiria até a Cascata Cariocas e o Cânion II (o Cânion I só é aberto à visitação em época de estiagem), em ambos é possível nadar e as cachoeiras são lindas. A trilha é de moderada a difícil com cerca de 9 km (ida e volta) e trechos inclinados e com pedras (dica: levar lanche para as trilhas, pois não há lancherias no parque). Neste dia, demos uma volta pelo povoado e jantamos uma pizza muito boa em um restaurante em frente ao Camping Taiuá.

 

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10/02- domingo

 

Na madrugada, juntamos os dois viajantes faltantes, que vieram em um ônibus que saía de Brasília às 23h e chegava a Alto Paraíso às 2h. Começamos o dia com um café reforçado, levamos maçãs e bananas para a trilha (juntamos as cascas, como orientado pelos funcionários do parque). Neste dia, decidimos ir para o Parque Nacional novamente e desta vez seguir a trilha que passava pelos Saltos 1 e 2 do Rio Preto (é possível tomar banho no Salto de 80m) e as corredeiras. Esta trilha é mais curta que a outra, mas igualmente cansativa. Completamos o percurso antes das 16h e aproveitamos para conhecer a trilha da Seriema (800m), que é bem fácil e o curso d’água é evidente em épocas de chuva (há atrações para todas as épocas!). Depois do passeio, fizemos um café-janta no restaurante Sabor do Cerrado.

 

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Para o final do dia, pensamos em ir para as águas termais da região. O Jardim do Éden é aberto até às 22h e há outras que ficam abertas até às 23h. Por indicação do dono do nosso Camping, o Pedú, decidimos ir nas águas termais um pouco mais distantes e que, segundo ele, possuíam uma melhor estrutura. Após 14 Km na estrada de terra, a ideia de fazer esse passeio já não parecia mais tão boa. Vendo a entrada para o Jardim do Éden, resolvemos tentar esta mais perto mesmo. Infelizmente, o que nós considerávamos ser água termal era um pouco diferente do que havia ali, as águas eram apenas um pouco mais quentes do que o normal ::bad:: . Enfim, acabamos olhando o local, molhando os pés e indo embora. Chegando ao camping a noite foi salva quando nos reunimos com os outros campistas no centro de convivência, onde era possível conversar e beber alguma coisa. Para quem prefere algo mais agitado, o Povoado também oferece algumas opções de festas.

 

11/02 – segunda-feira

 

A idéia do último dia inteiro era aproveitar o tempo e conhecer o maior número de locais possíveis. Abandonamos a possibilidade de ir para o Abismo (cachoeira e que passa pelo Mirante da Janela) e para a Cachoeira Santa Bárbara (em Cavalcanti, no povoado do antigo quilombo Kalunga), pois tomariam o dia inteiro devido ao deslocamento. Decidimos ir para a Fazenda São Bento, na estrada entre a cidade e o povoado, com entrada por R$15,00 reais e trilhas tranquilas. Encontramos ali as Almécegas I e II e a Cachoeira São Bento (esta última foi a mais fraquinha da viagem). Na volta, no caminho, paramos no Restaurante do Waldomiro (famoso nos outros relatos de viagem) conhecer a matula, prato típico da região, à base de carne de sol, lingüiça, feijão e açafrão, que custou R$15,00. A comida é bem simples, mas é bem servida.

 

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Como saímos tarde, não sobrou tempo para irmos à Raizama, então completamos o dia com um programa bem gaúcho: tomar um chimarrão no Mirante do Abismo vendo o pôr-do-sol! A rua que chega ao Mirante e também na Antena de uma operadora de telefonia sai do povoado de São Jorge, fizemos uma boa parte do trajeto e depois seguimos a pé, para preservar a integridade do carro!

 

12/02 – terça-feira

 

Último dia! Fizemos o passeio obrigatório: conhecemos o Vale da Lua. Segundo pesquisa na internet, o nome Vale da Lua vem da aparência que lembraria uma paisagem lunar, com pequenas crateras escavadas pelo atrito da areia levada pela água com as rochas, nas curvas onde as corredeiras são mais fortes, dando origem a pequenos rodamoinhos e funis.

 

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Conhecemos o Vale e voltamos para Brasília, aguardar o embarque. Ficamos nos devendo nesta viagem a cachoeira Raizama, o Mirante da Janela, a Cachoeira do Abismo, a de Santa Bárbara... e muito mais! Encerramos o passeio, mas sem vontade de ir embora. Ainda havia muita coisa pra ser vista, muitos outros poços cristalinos pra nadar, amizades por fazer, enfim, aproveitar mais um pouco dos privilégios que este lugar único tinha pra oferecer. Certamente, um local para se visitar e voltar mais vezes. ::love::

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