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Vou relatar aqui a minha viagem em agradecimento ao site que me ajudou tanto ao realizar um sonho. Fui com o meu marido Cleber. Nossa viagem começou dia 25/12/12 na Argentina e terminou dia 23/01/13 no Peru.

 

Roteiro

Buenos Aires

Salta

La quiaca

Villazón

Tupiza

Uyuni

La Paz

Copacabana

Cuzco

Lima

 

Já planejava esta viagem faz tempo, mas eu ter sido demitida me possibilitou ter o tempo e o dinheiro. Comecei os preparativos pouco tempo antes, coisas como: tomar a vacina contra a febre amarela, que no caso tomei no Hospital das Clinicas, comprar as mochilas, máquina fotográfica, comprar dólares e acalmar nossos pais.

Eu não levei muita roupa (mais ou menos) mas se fosse novamente, levaria apenas uma calça jeans e umas 3 leggins, só levei uma e ela foi muito usada nas viagens de busão, porque era mais confortável, tive que comprar aquelas calças coloridas de argentina que agora só usarei em casa.

 

Não sei se conseguirei fazer um relato curto, mas vamos lá!! ::otemo::

 

Para começar viajamos no dia 25/12/12 ás 6h para Buenos Aires, o que significou sair de casa 3h para ir para Guarulhos, depois de uma noite de muitos fogos e nenhum sono não foi tão legal. :( Quando cheguei ao aeroporto meu mau humor diminuiu e o clima de vai e vem me lembrou que eu estava preste a fazer a viagem que seu tanto esperava.

 

1° dia Buenos AiresViagem tranqüila, chegamos em Buenos Aires bem cedo. Pegamos um táxi para o centro, pois já tínhamos reserva no Suítes Catalinas, hotel legalzinho que tínhamos ficado em 2008. Queria ficar em hostel mas como não procurei antes, não consegui pois era Natal.

O centro de Buenos Aires estava às moscas, também é Navidad, o que eu queria? Entramos no primeiro lugar que vimos aberto para comer, El Gato, tomamos o café mais caro da viagem: 2 capuccinos, 6 medialunas e 1 tostado custaram ARS 109 ::ahhhh:: . Voltamos para o hotel e fomos dormir o resto do dia porque estava chovendo, o Cleber estava com muita dor de garganta e com febre. A noite quando acordamos comemos bolachas.

 

Gastos

Passagem de avião SP- BA / Lima- SP R$944,00

Hotel Catalinas 5 diárias (quarto matrimonial, c/ banho privado e café) R$900,00

Táxi Aeroporto- Hotel ARS180

Café El Gato ARS 109

 

2° dia Buenos Aires

Resolvemos tirar o atraso do dia anterior e andar muito, Casa Rosada, Florida, Corrientes, 9 de Julio e arredores. Vimos tudo com calma e a cidade já estava cheia e ensolarada. Almoçamos num restaurante bem próximo ao hotel, acho que o nome era Simple, o menu era ARS 33 e foi muito bom. Á tarde fomos ao Puerto Madero o que nos rendeu lindas fotos. Lá experimentei o sorvete de doce de leite da Freddo, eu não curti muito, mas o Cleber amou, ainda bem, ele fez valer os ARS 24 de cada um, depois tomei sorvete da Freddo dentro do café do Mc Donalds e foi ARS 13, não sei porque.

 

Gastos

Comida: ARS 150

Lembrancinhas ARS 200

Telefone ARS 30 (pais e sogros)

 

3° dia Buenos AiresEu queria tirar foto no Obelisco logo cedo para aproveitar as ruas mais vazias, mas não deu muito certo porque era dia de trabalho normal e as ruas estavam lotadas. Saímos andando meio que sem rumo tirando fotos, admirando a arquitetura dos prédios. Passamos em frente ao monumentos das Malvinas no Retiro e é meio bizarro aqueles seguranças lá, mas tudo bem. Aproveitamos que estávamos ali e compramos nossas passagens para Salta. Compramos as passagens pela empresa Almirante Brown por ARS 739, achei caro, mas todas estavam o mesmo preço e era cama, e são 20h de viagem.

O Cleber é um São paulino doente e tinha estado em Buenos Aires umas semanas atrás para ver o jogo do São Paulo e Tigre e fez um contato com uns meninos da torcida do Chacarita, time de 3° divisão que tem as mesmas cores do Tricolor paulista e simpatizam um com o outro, e fomos convidados a ir no bairro deles e visitar o estádio do Chacarita. Só que o Cleber também é grafiteiro e queria fazer algo no bairro deles e para isso tinha que comprar as latas de spray, aí começou nossa saga.

Sabíamos que a loja que vende spray MTN era em Belgrano e teríamos que ir comprá-los antes de ir ao bairro dos meninos. Fomos para a estação do Retiro pegar o trem a Belgrano, mas chegando lá adivinhem???? Há 2 Belgranos, C e R e agora? Só tínhamos o nome da rua, ficamos olhando os quadros acima das Boleterias para entender, e nada, até que veio um senhor e disse: “Onde queres ir?” O Cleber foi explicar e eu não acostumada com tanta gentileza já estava colocando a mochila para frente do corpo toda desconfiada achando que era esses golpes de distrair para roubar, no fim o tiozinho era gentil mesmo e nos explicou direitinho qual trem tomar, e onde era a rua, paulista vive assustado. ::putz::

Descemos na estação certa e fomos procurar a rua, e descobrimos que a rua era próxima mesmo, mas não a altura que queríamos, no fim das contas andamos umas 10 quadras e chegamos próximo a outra estação Belgrano, tadinho o tiozinho não teve culpa. Achamos a loja, só que ela só abria as 15h e ainda era 12h, merda, ô povo preguiçoso!!!

Decidimos que iríamos em San Martin que era umas 7 estações mais para o bairro para o Cleber comprar camisas do time Chacarita que não havia encontrado no centro, os vendedores nos diziam que não havia porque não vende. Chegamos nesse bairro e procuramos as lojas de esporte, o Cleber comprou várias e pegamos um táxi para a Villa Ballester um bairro mais a frente que é o bairro dos meninos do Chaca.

Fomos recebidos com assado na rua, estavam uns 8 meninos nos esperando e fizeram a maior festa, tiramos fotos e ficou combinado que no dia seguinte voltaríamos com os sprays para o Cleber grafitar e era para o Pito nos esperar na esquina as 10h.

O Nico nos colocou no bus para a estação de trem, descemos em Belgrano novamente, mas dessa vez a certa e compramos as latas.

Como estávamos decididos a usar ao máximo transporte público e já tínhamos ido de trem resolvemos voltar de bus, acho que pegamos o 152 Olivos-Boca, era umas 17h, horário de pico na Av. Cabildo e o bus demorou uma vida para chegar ao centro, mas tá valendo.

Chegamos cansados e só saímos para uma pizza no Capataz, calle Maipú.

 

Gastos

Big mac ARS 39 p/p

Latas de spray ARS 210

Táxi San Martin- Villa Ballester ARS 15

Jantar ARS 90

 

4° dia Buenos AiresTomamos nosso café, e que café!!!! ::cool:::'> E saímos para o Retiro pegar o trem, do hotel até o Retiro era uns 15 minutos a pé, suave. Fomos direto dessa vez a Villa Ballester, chegamos lá 10h e cadê o Pito, nada. Ficamos esperando até umas 11h, quando passou o Ramon de moto e fez sinal que depois voltava, o Cleber ligou para o Nico e ele nem tava por lá e ficamos assim, sem eira e nem beira, até que a irmã do Tarzan nos viu e falou para ele que estávamos esperando na esquina, daí veio ele, o Lucas e o Maxi, ficamos matando o tempo dando um role no bairro, fomos na casa do Pito que nos explicou que não foi ao nosso encontro porque sua irmã tinha saído para ganhar nenê e ele ficou com os irmãos pequenos. Enquanto isso o Cleber fez a porta do point dos meninos e um muro perto da casa do Ramon, que detalhe nem era da casa dele. Quando o Nico chegou lá pelas 2h, achávamos que ele ia nos levar ao estádio, mas ele ia sair novamente e daí chegou o Lukita que ia nos levar. Nos despedimos de todos e fomos a cancha do Chaca.

O Cleber tinha feito um contato pelo face com um cara, e eles combinaram de se conhecerem no bar do Chaca e o Lukita nos levou lá. O Cleber conheceu o Jorge e ele nos levou para o estádio. Em 2008 quando fomos lá era só o terreno e embora ainda não esteja terminado, tá bonito. Entramos conhecemos tudo, tiramos muitas fotos, eu nem ligo para isso, mas, tenho que confessar que teve uma foto que tirei sentada na sala de imprensa como se eu fosse da diretoria do time que ficou bem legal. Depois disso o Jorge disse que nos levaria ao centro, mas antes teria que fazer uma entrega em Tigre. Fomos então eu, Cleber e o Lukita que falou que não tinha nada para fazer e ia também.

Tigre é um lugar lindíssimo, arborizado, casas bonitas e o Jorge disse que era barrio de gente que tenes plata. O Cleber e o Lukita ficavam só zuando chamando o time do Tigre de “gatitos”, “virgem”, e gritavam isso pela janela do carro. Enquanto o Jorge fazia sua entrega, os meninos tiravam uma foto na rua, e o Cleber para provocar tirou a camisa para exibir sua tatoo do SPFC. ::toma::

A caminho do centro decidimos que iríamos ao bairro do Boca, só que chegando lá já era quase 19h e estava tudo fechando, não havia muita gente na rua e voltamos para o centro, onde fomos num bar, o Jorge e o Lukita foram tomar a Quilmes deles e eu e o Cleber que não bebemos nada fomos tomar nossos sucos.

Voltamos no hotel só para pegar mais dinheiro e fomos jantar exaustos!!!!!

 

Gastos

Comida ARS 50 ( pancho para todos)

Trem ARS 7

Jantar ARS 130

 

5° dia Buenos AiresComo já tinha dedicado os dias anteriores às loucuras do Cleber, decidi que íamos fazer meus programas. Fomos a Recoleta, ver o cemitério, a praça, o shopping, a feirinha. Como ainda estava cedo fomos ao cemitério, ainda bem porque depois encheu, que lugar massa! Sei que não é bem a expressão para usar com um cemitério, mas cada mausoléu é uma obra de arte, cada escultura, mármore para tudo quanto é lado. Foi lá que me deu uma vergonha de alguns brasileiros, eu já sabia que o tumulo da Evita era simples, já havia lido na internet, mas os bobões chegaram em frente começaram a criticar, porém começaram a tirar fotos típicas de face, tipo fazendo coraçãozinho, fazendo o V de vitória, ridículo, desrespeito com os mortos e olha que disseram que era um tumulo feio, fora que quando outros turistas chegaram perto para também tirarem fotos, eles meio que se apossaram e não saiam nem a pau, começaram a fazer fotos sentados ao lado e coisas meio idiotas para o caso, afff tenha dó!

Depois fomos passear por Palermo, que chique!! Fomos na flor metálica, no Malba e andamos muito por lá que é lindo. Almoçamos num lugar muito bom, La torre era próximo ao Retiro e comemos muitas empanadas!!!

À tarde fomos à reunião no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, da qual faço parte. Fomo no grupo de língua portuguesa, fomos muito bem recebidos, conhecemos um irmão que era daqui de Guaianazes, bairro ao lado de onde moramos: Itaquera. Tirei muitas fotos e sai muito feliz pelo tratamento que recebi, é o amor em ação. Voltamos caminhando para o hotel, num começo de noite maravilhoso. Já jantamos e fomos para o hotel descansar e arrumar as malas porque no dia seguinte partiríamos para Salta, La linda como eles diziam.

 

Gastos

Almoço ARS 70

Jantar ARS 120

 

6° dia Buenos AiresNão fizemos muitas coisas, liguei para casa para avisar que iríamos viajar, ficamos de bobeira na net, voltamos a Florida para comprar mais algumas coisinhas e almoçamos no Mc. Enquanto estávamos de bobeira na recepção do hotel, uma senhora que estava com a família esperando o táxi para ir embora, nos contou que estava saindo sem nenhuma lembrança boa da Argentina, pois foram assaltados dentro de uma igreja, ela nos disse que levaram tudo, até mesmo a mamadeira do netinho dela. Ela estava revoltada e ficamos até com dó, ela nos contou que por sorte eles tiveram a “decência” de devolver os documentos no hotel, a sorte é que eles estavam voltando para o Brasil no mesmo dia em um cruzeiro. Acontece né fazer o quê?

Fomos para o Terminal de bus, esperar o nosso ônibus para Salta, acho que foi o lugar que me senti mais insegura em toda a viagem, o terminal estava muito cheio por ser dia 30/12, os portenhos estavam de saída da capital, e lá é comum entrarem pedintes em locais como lojas, restaurantes, então imaginem no terminal, toda hora chegava alguém pedindo, tocando nossas mochilas, não sei se foi coisa nossa, mas parecia que as pessoas ficavam olhando, não via a hora de entrar no busão.

Saímos pontualmente as 16h30 num bus maravilhoso, 2 andares, cama e nós ainda fomos nas primeiras poltronas de cima, visão panorâmica, e que visão, o caminho é lindo. Serviram uma janta meia boca, nos deram cobertas e travesseiro e capotei a noite toda.

 

Gastos

Passagem para Salta ARS 1.478

Mc ARS 90

 

7° dia- SaltaEra para chegarmos em Salta, “La linda” às 12h, mas o bus quebrou e tivemos que ir para outro da Flechabus, e chegamos em Salta somente as 15h. Ufa. Começamos a chamar a cidade de Salta “Lá longe”.

Ficamos na Posada Ângelus por ARS 200 a díaria, quarto matrimonial, banho privado e café, mas que café horrível, consistia em 1 medialuna, 1 paozinho seco, tipo bolachão do norte e água quente para dissolver o café e o leite. O Catalinas nos acostumou mal.

O quarto era legal e o mais importante tinha ar condicionado já que chegamos e fazia 42 °C, calor insuportável. Saímos um pouco para esticar as pernas da viagem e comer, mas não havia nada aberto, exceto uns 2 cafés na praça principal. Tiramos umas fotos, comemos e voltamos para o hotel, dormimos cedo e essa foi a nossa virada do ano, dormindo em Salta, esqueci de mencionar que começou a chover.

 

Gastos

Posada Ângelus 2 diarias ARS 400

Comida ARS 80

8° dia SaltaAcordamos bem dispostos e resolvidos a desbravar tudo, senão fosse pela chuva torrencial que caía. ::lol3:: O Cleber queria ver um estádio que ficava na rua de trás da Posada, acho que era do time Ginásia e Esgrima de Salta, resolvemos pegar nosso único guarda chuva (mulher prevenida vale por mil) e sair. Tiramos fotos do estádio, do parque San Martin e do monumento General Guemes tudo debaixo de chuva. Eu queria muito subir o Cerro San Bernard, mas por ser dia 01/01 não iria funcionar, nem o Museu de Arqueologia da montanha ia abrir, que chato!!!! Ficamos de bobeira, almoçamos num restaurante legal, bem rústico na calle Espana e descansamos o que nem tínhamos cansado. Resolvemos que não iríamos ficar em Salta e iríamos seguir viagem, mesmo sabendo que há muito para ver nos arredores da cidade, era motivo para voltarmos um dia. Compramos as passagens para La quiaca, última cidade antes da fronteira com a Bolívia.

 

Gastos

Comida ARS 150

Passagens para La quiaca (Balut) ARS 150

9° dia Salta – La Quiaca – Villazón – Tupiza Podem chamar esse dia de dia intenso!!!

Tomamos nosso medíocre café na Posada e fomos tomar outro em um café, rs. Voltamos pegamos nossas coisas e fomos para o Terminal de bus, lá compramos um saco com umas 12 medialunas, já que não veríamos mais resolvemos aproveitar. Nosso bus saía 10h30. Chegamos cedo, mas com essa história de medialunas, banheiro, comprar água, quase íamos ficando, pois não há avisos. Já instalados nas nossas poltroninhas 9 e 10, chegam 2 chicos e falam que a 9 e 10 eram deles, nós mostramos a nossa passagem e eles desceram para falar com o motorista, não deu em nada e aconteceu o que veríamos muitas vezes depois na viagem, eles viajaram em pé, ou melhor no meio do corredor. Pelo visto lá é comum venderem passagem a mais, overbooking rodoviário!!!

No fim os meninos eram de boa, levaram na esportiva, ficaram brincando de servir café a umas meninas argentinas que haviam ficado com dó, e depois soubemos que o incidente rendeu o telefone das chicas a eles, pura malandragem argentina. Eles desceram em Tilcara.

Agora que caminho era aquele??? Lindíssimo, pena que estávamos sentados do lado errado do busão, não agüentei e pedi para uma gringa sacar umas fotos do lado dela, ela foi mto gentil e tirou. Que arrependimento de não ter ficado, passamos por Pumamarca, Tilcara, Humahuaca não sei a ordem, mas eram todas maravilhosas.

Chegamos em La Quiaca as 17h40, eu como sempre tinha que ir banheiro e me deparei com a realidade boliviana: pouca higiene, quando não nenhuma e pagar para fazer xixi.

Nos falaram que a imigração era próxima, próxima o caramba, uns 15 minutos a pé. ::vapapu:: Eu vi que só tenho o espírito de mochileira porque nem agüento com a minha mochila, toda hora eu parava para descansar, acho que já era a altitude pegando também. Chegamos lá e ao contrário do que me falaram a fila da imigração só tinha 2 pessoas que tb estavam no nosso bus. Mostramos o RG, e quase que eles nem pediam a entrada da Argentina. O certificado de vacinação ficou do jeito que foi, guardado. Quando passamos pela imigração era só trocar o restante dos pesos argentinos que tínhamos, para a nossa surpresa eles estavam trocando 1 por 1, e nessa saímos perdendo pq no cambio oficial nunca que o boliviano é igual ao peso argentino, mas tava valendo. Subimos a rua em direção ao terminal de bus,(que rua é aquela? Vendem até a mãe, lá vi os primeiros sucos de balde, ergh) nem fui ver onde era o trem, pq a mulher do câmbio que era brasileira falou que pela hora era mais fácil irmos até Tupiza e de lá para Uyuni.

Chegamos no terminal o Cleber comprou as passagens para Tupiza pela empresa de mesmo nome por 15 Bol cada, sairia em menos de 30 minutos, oficialmente porque o que era para sair 19h, só saiu 20h10. Saímos decididos a chegar lá e seguir para Uyuni, porém o Cleber que já saiu do Brasil com um pouquinho de cólica renal, teve uma crise que só faltou chorar e eu estava muito tonta por conta da altitude, que em VIllazón já são 3.300m. ::essa:: A viagem até Tupiza durou pouco, acho que umas 2h, mas o Cleber queria fazer xixi para ver se aliviava e tinha uma chola com uma trouxa enorme na frente do banheiro do busão que disse que estava fechado, nunca saberemos se estava mesmo ou se ela não queria sair. O negócio é que eu tomei um Dramim para aliviar a sensação de ânsia e fiquei mais zonza ainda, mas cochilei, já o Cleber se contorcia de dor. Começou a chover no caminho, eram tantos raios e a chuva tão forte que orei a Deus e pedi para iluminar a cabeça do motorista, já que o caminho era um breu só.

Chegamos em Tupiza, estava chovendo ainda e frio, muito frio. O Cleber foi ao banheiro, mas nem conseguia fazer xixi, estava transtornado pela dor. Saímos do terminal em busca de algum lugar para ficar e entramos no primeiro que vimos, pq andar com mochilas na chuva, uma tonta e o outro com dor não era fácil. O antro se chamava Residencial Villegas, nunca em hipótese alguma fiquem lá. Perguntei ao recepcionista: “Hay água caliente? Ele disse: “No, no hay”, eu resmunguei: “não hay água caliente?”, No, no hay água, foi o que ele me respondeu rindo, ele disse que em nenhum lugar havia água, nem contestei e ficamos, pagamos 70 bol a noite, era quarto privado, mas o que adiantava ter um banheiro se não podia tomar banho?

Entramos no quarto e era daquele jeito, a colcha da cama tinha umas manchas escuras tipo café, mas lá nem servia café, então deixa para lá. O Cleber cheirou o travesseiro e jogou ele longe no chão, achei que fosse reflexo da dor, mas quando cheirei fiz a mesma coisa, tinha cheiro de grude, sabe baba misturada com suor e cabelo sujo? Fora que a fronha tinha escritas bordadas em chinês, será que eram de segunda mão da China? ::vapapu::

Saímos para a rodoviária porque era o único local com comércio aberto, era por volta das 10h40 acho. Mesmo ruim eu mantenho meu apetite e queria comer, já o Cleber estava tão agoniado que queria tomar um banho e comprou 3 galões de água e estava decidido a tomar banho gelado. Comi uma hamburguesa com papas fritas e estou aqui para contar. O Cleber tomou só um suco industrializado que era de banana, o gosto era exótico para dizer o mínimo. Enquanto eu comprava a hamburguesa, fui ajudada a me comunicar com a moça por um argentino, que veríamos depois também.

O Cleber realmente tomou um banho de cuia, digo, de galão geladissimo, e eu que achava que só iria usar meus lencinhos umedecidos no Salar, estreei neste dia, pus meu pijama e tentei dormir. Antes de dormir passei por um dilema: eu levei um lençol por precaução, mas o lugar era tão ruim que não sabia se colocava ele por baixo para não ter contato com o lençol, ou por cima para não ter contato com o cobertor. Coloquei por cima, mas dormir sem travesseiro não deu, eu e o Cleber nos mexemos a noite toda.

 

Gastos

Passagens Villázon- Tupiza 15 bol p/p

Residencial Villegas 70 bol

Água e comida 50 bol

 

10° dia Tupiza – UyuniAcordamos, melhor levantamos e saímos em busca de café, como disse não havia comércios e no terminal de bus não havia nada para tomarmos café, vi uma mulher na rua com um saco de pães e perguntei onde ela tinha comprado, ela me disse que no mercado central e nos ensinou a ir lá. Com o dia claro vimos que havia uma hospedagem atrás da outra, todas feias, mas tinha. Chegamos no mercado central, era melhor que nem tivéssemos achado. A maioria das pessoas e até eu em outras ocasiões gostaria de conhecer onde os nativos comem e compram, mas de estomago vazio não. Lá dentro era uma mistura de cheiros: sangue da matança dos animais, fritura, cheiro de grude e outras coisas que reviraram meu estomago. O Cleber falou: “aqui eu não como nada”, tive que concordar e fomos embora. Daí vi um Albergue da Juventude e perguntei se havia café, não era bom, mas era limpo. Voltamos para o terminal de bus para comprar as passagens para Uyuni, pq até então não havia aberto a empresa. Compramos pela empresa Tupiza e pagamos 80 bol cada. Saímos e ficamos olhando as pessoas, foi agradável, pq essa hora o sol tava começando a sair e sabe quando é frio e o sol fica bem gostoso? Vimos que no terminal de bus estava escrito: Tupiza, a jóia da Bolívia, rimos muito porque a jóia era bijouteria. Brincadeira depois vimos que nos arredores de Tupiza é muito belo e é caminho para o Salar, a recepcionista do Albergue da Juventude queria nos empurrar o passeio de 5 dias para ir ao Salar por 1500 bol, mas não.

Nos despedimos com mta dor no peito do Residencial Villegas, kkkkkkk e fomos esperar nosso bus que sairia 10h30. Encontrei 2 irmãs pregando no terminal de bus e fui me apresentar, elas logo me abraçaram, começaram a conversar e perguntar porque estávamos ali, para onde iríamos e falaram que pagamos mto caro nas passagens, paciência né. A Maria foi comigo em um farmácia comprar o Soroche e a Eva ficou com o Cleber lá conversando. Foi mto bom esse encontro, pq a Maria nos indicou uma empresa para fazermos o salar em Uyuni que também eram de TJ e eram de muita confiança. Nos despedimos, não sem antes tirarmos muitas fotos e nos abraçarmos muito.

Viajamos para Uyuni com 1h de atraso, era um bus razoável até. O argentino que me ajudou na noite anterior viajou com a gente, junto com uns amigos. E eles tinham estomago forte, pq levaram para a viagem pollo frito dentro de saquinhos plásticos vendidos na rua.

A viagem era de mais ou menos 6h, mas foi a viagem mais agradável e legal que fizemos. As paisagens eram muito diferentes do que eu já havia visto na vida, o dia estava lindo, e as cholas no busão faziam cada coisa, que toda hora era risada, os argentinos não agüentavam também e morriam de rir. Para terem idéia, uma delas desceu na parada e simplesmente abaixou e fez xixi, levantou bateu na saia e subiu no bus, como se fosse a coisa mais normal, e quando passou ao lado do braço dos argentinos eles só se encolhiam e riam.

Eu como pessoa normal, esperei uma parada com baños para fazer xixi, isso foi em Atocha, um lugar esquecido por Deus. Saímos e não havia lugar para ir, até que uma menina argentina resolveu bater em uma casa para pedir e eu fui junto. O portão estava aberto e entramos, ai já veio outra gringa junto, quando olhamos para dentro da casa, vimos 2 sujeitos cheirando pó na mesa e ficamos sem reação, até que veio uma mocinha de lá de dentro muito constrangida e nos tirou de lá, nos mostrando o banheiro, a coitadinha ainda queria limpar o banheiro, mas falamos que não ia dar tempo e estava bom do jeito que tivesse, nós três fomos e quando quisemos dar uma moedas ela não aceitou. Voltamos para o busão e quando contei ao Cleber ele ficou mto bravo, que a gente se colocou em risco e coisa e tal.

Chegamos em Uyuni no fim da tarde, e tome pó na cara, acho que a Ivete Sangalo foi para Uyuni antes de compor seu sucesso Poeira. O Cleber ficou com as mochilas esperando num canto e eu fui procurar a agencia indicada pela irmã, a agencia Tunupa. Perguntei a umas 6 pessoas antes de encontrar, no fim é na rua da estação de trem, bem próximo. Fui atendida pela Valéria que também é TJ e ela falou que ainda tinha o passeio para o dia seguinte, fomos num caixa eletrônico tirar dinheiro e quando voltamos para acertar tudo ela nos apresentou um casal de irmãos do Canadá que iria conosco, o Rodrigo e a Mayra, um casal de senhores.

Ficamos no Hostel Oro blanco que era bem em frente, o Cleber foi ver e achou bem limpo e era mesmo, pagamos 100 bol, matrimonial, banho privado sem café. A noite saímos para comer uma pizza e esticar as pernas, o nome da pizzaria é Arco íris, bem no meio da praça, fomos levados pelo cheiro, e não fomos decepcionados, a pizza familiar era 63 bol, e a jarra de limonada 15 bol.

 

Gastos

Passagem Tupiza- Uyuni 80 bol cada

Hostel Oro Blanco 100 bol

Janta 95 bol

Guloseimas para o Salar 80 bol

 

11°dia Salar de Uyuni

Acordamos cedo, tomamos nosso desayuno e fomos deixar as nossas mochilas na Tunupa. Ficamos na praça esperando e vi que tinha errado a roupa, coloquei calça jeans e uma camisa de manga longa fina, mas tava o maior calor, o Cleber logo trocou de roupa e pôs bermuda eu fiquei com preguiça e depois passei calor. Deu 10h30 e a Valéria veio nos avisar que iria demorar mais um pouco pq o carro da empresa tinha quebrado e íamos com o de outra empresa que também era de confiança, o que de fato foi. Nesse meio tempo o Cleber reencontrou os meninos das poltronas 9 e 10, e ficaram na praça falando de futebol, claro, contamos como foi nossa experiência com os meninos do Chacarita, eles ficaram surpresos com toda a história.

Na hora de sairmos vieram o Rodrigo e a Mayra e encontraríamos os outros 2 na outra empresa, eram a Dani e o Jonathan de Barcelona. Quando fomos pegar os dois, de cara já gostei da Dani, entraram no carro cumprimentando a todos, depois já puxou conversa, e vi que tivemos sorte com os nossos companheiros para os próximos 3 dias.

Chegamos ao cemitério de trem acho que já era 12h, o maior sol!!! O Cleber já foi lançar logo um bomb de uma chola, e depois fez os símbolos do SPFC e do Chacarita em outro vagão, td isso assistido por alguns argentinos. Havia mtas pessoas nesta mesma hora, foi quase impossível de tirar alguma foto sem ninguém atrás.

Não ficamos muito nos trens, se não me engano nosso guia Hugo nos deu 20 minutos. Fomos rumo ao Salar. Que lugar é aquele?? Nada que eu diga, nenhuma foto que eu mostre vai revelar de fato o que o Salar, para mim sem dúvida um lugar mágico, branco e azul por todos os lados. O sol fez o seu papel e as fotos ficaram lindas, e foram inúmeras fotos. Saímos de lá e fomos para o museu de sal, não entramos ficamos sacando fotos e curtindo o local, mais uma vez lotado. De lá fomos para a ilha de cactos a Incahuasi, paga-se 30 bol para poder subir, usar o banheiro e entrar no museu.

Primeiro almoçamos debaixo de um sol escaldante das 15h, comemos quinoa, carne de lhama e salada e pepino e tomate. Só a Mayra não quis subir e ficou sentadinha numa sombra lá embaixo. Tínhamos 1h para ir e voltar, começamos a subir, e comecei a sentir falta de ar, parava mto, até o Rodrigo que é um senhorzinho me passava, mas teve uma hora que foi sério demais, pensei que ia morrer, só ficou ele comigo, pq os outros estavam bem na frente e nem viram que eu tava ruim, Cleber belo marido! O Rodrigo pediu para que eu me acalmasse e tentasse respirar só pelo nariz, tirei a camisa e coloquei na cabeça, pois a essa altura ela estava cozinhando, falei que ia voltar e o Rodrigo não deixou e seguimos, por fim consegui chegar! Chegou lá em cima o Cleber teve a pachorra de perguntar: “Onde vcs estavam, demoram pq?” só dei risada e não respondi. ::vapapu:: Dei um 360° e por alguns minutos contemplei a vista. Começamos a descer e daí encontramos o argentino que tinha me ajudado em Tupiza, e como o Cleber já estava sem camisa com a tatto do SPFC a mostra, eles começaram a perguntar: “Que passa com o Tigre lá no Morumbi?”, nem preciso dizer que a conversa demorou a descida toda, com muitas risadas e provocações. Chegando lá embaixo encontramos uns brasucas que estavam com as camisas do SPFC e deram parabéns ao Cleber pela tatuagem, e já começaram a trocar idéia, senão me engano todos eles eram da Vila Mariana e Bela vista, falamos que éramos de Itaquera e eles riram, e com certeza nós contrariamos as estatísticas.

Saímos de lá e já fomos para o hotel de sal, gostamos muito, muito legal! Fomos arrumar as coisas para tomar banho, que era pago, 10 bol por 8 minutos. Tomamos nosso chá da tarde, que foi mto farto, mas ainda tinha a janta. A janta foi maravilhosa, uma sopa de legumes, pollo assado com papas e como não havia sobremesa, dividi uma barra de chocolate que tínhamos levado. Estava frio, mas nada insuportável, alias eu achava que lá ia ser mais frio. Fomos nós 6 ver o céu, e ter uma aula de astronomia com o Rodrigo que nos ensinou o nome das estrelas, aqui em SP nem se vê todas aquelas, que dirá saber o nome.

 

Gastos

Ilha Incahuasi 30 bol

Banho 10 bol

Besteiras 30 bol

 

12° dia Salar de UyuniDormi maravilhosamente bem, cama boa, lençóis e cobertores limpos. Tomamos nosso café, tiramos algumas fotos fora do hotel com o sol nascendo e saímos cedo. Por falar em sol nascer, comentei com o Cleber depois, que os momentos mais mágicos da viagem foram os shows que a natureza dá de graça, nascer do sol em Uyuni, pôr do sol em Lima, neve no Chacaltaya, correntezas do rio Urubamba e flores que não parei de admirar em toda a viagem.

Saímos e a beleza das estradas desertas fez com que acordássemos de vez. O Hugo nos levou a um povoado que não lembro o nome, mas só fomos ao banheiro e compramos umas besteiras para comer.

Fomos a umas formações rochosas espetaculares, e depois fomos a Laguna Hedionda, onde almoçamos, depois atravessamos um deserto para ir a arbol de piedra, quase não conseguíamos tirar foto, de tanta gente que tinha ao mesmo tempo, de lá fomos para um mirante da Laguna Colorada, mas nem aproveitei muito porque estava um vento gelado demais e eu estava só com uma blusa fina, a jaqueta estava em cima no carro. Fomos para o nosso refúgio, não era bom quanto o de sal não, mas tinha banho por 10 bol. A cama em que o Rodrigo ficou era daquelas de hospital que rangia a cada respirada que ele dava, e o colchão do Cleber era tão ruim que quando ele deitava, era tragado as laterais subiam e enterravam ele, os lençóis não estavam muito limpos também, porém a comida foi boa, sopa e espaguete com vinho, eu já não bebo, mas os que beberam falaram que era o pior vinho da vida. Fomos dormir cedo porque a luz acabava 9h.

 

13° dia Salar de UyuniAcordamos por volta das 5h30 para ver os gêiseres. Que espetáculo! Tiramos fotos, apreciamos o show e fomos para a Laguna Colorada, agora a veríamos de outro ângulo. Fomos também ao Vale das Rocas.

Almoçamos junto ao um rio ou lago, sei lá, mas as margens eram bem verdinhas, e senão fosse o sol escaldante teria sido melhor ainda. De lá passamos em outro povoado, só a Dani foi ao mercado de artesanato e nós ficamos numa sombra batendo papo. De lá fomos embora para Uyuni, estava acabando o passeio, nesse último trecho havia muita, mais muita poeira mesmo.

Chegamos em Uyuni por volta das 15h50, nos despedimos do casal do Canadá, eles iriam para Sucre naquela mesma noite e combinamos com a Dani e o Jonathan de nos falarmos dia seguinte para ver em qual hostel eles ficariam em La paz para irmos para lá. Eles partiriam naquela noite também, e nós só no dia seguinte. Tivemos muita sorte na nossas companhias para o Salar.

Voltamos para o mesmo hostel Oro Blanco e tomamos um merecido banho, meu cabelo estava duro de pó. Fomos comprar nossas passagens para ir a La Paz para o dia seguinte, pois o Cleber ainda estava com umas dorezinhas e ficamos com medo de encarar a viagem. Compramos pela empresa Omar por 100 bol cada. Jantamos mais uma vez no Arco íris e fomos dormir.

 

Gastos

Oro Blanco 100 bol

Passagens para La Paz 200 bol

Jantar 100 bol

 

14° dia UyuniAcordamos sem pressa e fomos tomar café. Voltamos para o quarto para arrumar as coisas e descansar. Deixamos os quartos às 11h e pedimos para deixar as malas na Tunupa, porque no hostel tinha que pagar. Fizemos compras, almoçamos e ficamos vendo a vida passar na praça, um dia agradável de sol! A noite fomos para frente do escritório da Omar para esperar o bus. Saiu com um atraso de 1h, por volta das 8h55. Foi a pior viagem da viagem! Acho que nem um bus cama plus, máster, blaster, mega teria aliviado os buracos da estrada, na verdade não são buracos, é que não há asfalto, péssimo. Para completar tinha um gringo louco que queria deixar o vidro aberto e entrava muita poeira, a gente tossia, espirrava e ele nem se tocava, chegou uma hora que o Cleber começou a sufocar e virou para ele em português e disse: fecha essa merda aí!!, ele olhou assustado e fechou, mas depois percebi que ele também estava incomodado com o pó, mas ele era desses que passam mal e precisam de ar, tadinho!

 

Gastos

Almoço 90 bol

 

15° dia La PazChegamos em La Paz por volta das 5h da manhã com chuva. Pegamos o primeiro táxi que apareceu e nem pechinchamos preço, foram 15 bol até a Calle Sagarnarga, queríamos ir para o hostel Maya que era onde a Dani estava e falou que havia vaga, era 90 bol. Chegamos lá e não tinha mais a vaga, perguntamos em outro em frente e nada, o taxista nos levou em mais uns 4 e nada, e falou que havia o Torino, mas que era velho, vi minhas notas e como tinha o Torino pedi para que nos levasse até lá, tinha vaga, mas só quarto duplo, topamos assim mesmo, 140 bol quarto duplo, banho privado sem café. Depois de tanto rodar o taxista cobrou 30 bol, mas achei justo pq foi muito solicito.

Realmente o Torino é antigo, não gostei muito do quarto, mas nada assim tão terrível. Ele é meio macabro mas nada assustador. Tomávamos café no Café do hotel que era pago a parte, café continental por 15 bol. Também tinha uma área muito legal para usar a internet por 4 bol a hora.

Saímos para encontrar a Dani e comprar passeios, vi que a falta de ar tinha voltado com tantas ladeiras. Encontramos a Dani e ela queria ir a um parque, não nos animamos mto porque estava chovendo, daí nos despedimos de uma vez. Compramos nossos passeios em uma agência quase em frente o hostel Maya, senão me engano Chacaltaya e Vale de la Luna foram 50 bol sem as entradas e Tiwanacu 40 também sem a entrada. Fomos as compras, mas a chuva atrapalhava muito. Almocei no Burguer King e o Cleber no Subway. Tiramos fotos pelas praças, levamos roupas para lavar e ficamos de bobeira em um café próximo ao Torino. A noite ficamos na net, eu estava meio desanimada pois não tinha gostado de La Paz, já o Cleber tinha odiado e não parava de reclamar, não sei se foi a chuva, a viagem que já estava cansando um pouco, mas por mim podia ter pulado La Paz, depois quando o sol saiu melhorei um pouco meu ponto de vista, mas não a ponto de amar a cidade.

 

Gastos

Torino 3 díarias 420 bol

Passeios 90 bol cada

Almoço e janta 165 bol

Lavanderia 40 bol (10 bol o quilo)

 

16° dia La Paz Acordamos cedo para ir a Tiwanaku, foram pontuais e fomos num bus confortável. Fomos ao museu primeiro e depois as ruínas. Pagamos 80 bol a entrada. Muito interessante a história deles, pena que o museu é meio amador, tinha uma maquete de isopor, tipo trabalho escolar de 7° serie. Quando fomos as ruínas o tempo começou a virar, muito vento e nuvens negras, mas deu para fazer o passeio todo sem chuva. Almoçamos por lá mesmo num restaurante simples, porém a comida estava boa, a sopa quentinha muito bem vinda, mas só eu comi o Cleber não quis. Na volta já com um sol lindo paramos num mirante e tivemos a visão de La Paz, não é bonita mas é legal, a cidade cercada por montanhas nevadas. Chegamos ao centro e o Cleber queria comprar camisas da seleção boliviana e do Destrongers um time de lá, mas rodamos muito e não conseguimos achar original, as lojas que vendiam produtos originais, não possuíam o que ele queria, o Cleber estava revoltado de não ter nem a da seleção deles. Nos indicaram a calle Santa Cruz, mas era tudo réplica, e houve uma situação engraçada, pq perguntamos a um rapaz se era original, ele disse que sim, só que da onde estávamos víamos outro funcionário pintando uma camisa com a tela de silk, muito cara de pau!. No fim o Cleber que destesta réplica levou as 2 para não se arrepender depois. Terminamos a noite assistindo a novela da Globo, em geral a gente não assiste mas lá foi legal escutar um pouquinho de português para variar. Nesse dia tive a única diarréia da viagem, e não foi comida boliviana não, eu estava bem mas fui comer uns cones de doce de leite que trouxemos da Argentina e achei que estava um gosto estranho, mas comi mesmo assim, foi fatal.

 

Gastos

Entradas Tiwanaku 80 bol cada

Almoço 30 bol

Lanche da noite 60 bol

 

17° dia Chacaltaya- La Paz- Copacabana ::Cold::

Saímos por volta das 7h30, quando entramos na van vimos que só haviam brasileiros, mas só nos cumprimentamos e ficou assim. Paramos no ultimo hostel e pegamos 2 alemãs, que depois viemos a saber que estão na Bolívia para trabalho voluntário. Quando chegamos ao pé do monte saímos para fotos, ai já começou a festa, uns tirando fotos dos outros, uns pegando na neve (eu), outros querendo fazer bolinha e coisas do tipo. O Eduardo que é de Natal já tinha morado na Europa por isso nem se abalou pq já tinha visto neve antes, já a Ana sua companheira de viagem estava mais eufórica que eu. Entramos na van e continuamos a subir, porém a van não conseguiu subir até lá encima, começou a patinar na neve e parou em um lugar que fosse seguro. Nem ligamos e começamos a tirar fotos e subir a pé mesmo. Aí que o Eduardo foi nos contar a história da Ana. Ele perguntou para ela antes de viajar: “Ana, tu tem bota?” ela disse “tenho”, “pois então leve”, o que o Edu não esperava era que a Ana ia colocar para o Chacaltaya uma bota de salto alto e biquinho fino, kkkkkk. Quando ele viu a bota, perguntou se ela tava doida de ter levado aquela bota, a Ana disse: “foi tu que mandou eu trazer bota, era a que eu tinha”, a gente rolava de rir da história. Por fim o Edu falou que era melhor ela ir com aquela do que molhar o tênis e assim foram. Eu pedi para tirar uma foto dela, para registrar a mochileira mais chique do mundo, srsrr. Chegou uma hora que eu, a Ana e uma acreana (isto que vcs estão pensando o Acre existe mesmo) não agüentávamos mais subir tamanho o cansaço, e decidimos parar. Ficamos sentada numa pedra trocando idéias e apreciando, só que estávamos com muita vontade de fazer xixi e para fazer xixi só se chegasse lá em cima para talvez achar um banheiro. O que fazer? Vimos que todos tinham subido e não estava subindo nem uma van ou bus e tirei a jaqueta e improvisamos um cabaninha, posso dizer que vi neve, pisei na neve, lambi a neve, brinquei na neve e fiz xixi na neve, depois fiquei com remorso de deixar aquela mancha amarela por lá. Depois que alguns ônibus subiram e tiraram a neve do caminho, a nossa van conseguiu subir e pegamos carona até o topo. Passamos pelo pessoal que já estava quase lá. Chegando lá em cima ainda não é em cima ainda tem mais 100m para subir, ninguém do grupo quis subir e ficamos zuando, tirando fotos e o que eu queria aconteceu, começou a nevar de fato. Fiquei louca de alegria, não sei nem explicar, sem palavras. Mesmo não tendo subido tivemos que pagar os 15 bol, sacanagem! Fomos embora dali, mas tenho certeza que nunca vou esquecer esse momento. Não iríamos ao Vale de la Luna, pq decidimos que iríamos para Copacabana logo a tarde. Nos deixaram no centro, nos despedimos de todos e fomos para o hotel almoçar. Fomos até o cemitério de táxi por 15 bol, chegando lá pegamos o bus para Copacabana por 20 bol, as vans eram 15 bol, mas iam apinhadas de gente. Chegamos no estreito de Tiquina para atravessar a balsa (1,50 bol) e estava um frio do caramba, acho que foi mais frio que no Chacaltaya. Chegamos em Copacabana umas 18h, e sai a procura do hostel que o Eduardo tinha nos indicado mas não achei, voltei para onde o Cleber estava e ele decidiu sair a caça, ele teve sorte achou o hostel Center ao lado do caixa eletrônico, em frente a praça da qual saem os bus. Pagamos 100 bol por uma quarto duplo com banheiro privado, sem café, era muito bom e limpo e o chuveiro era maravilhoso. Saímos para comprar o passeio e a passagem para Cusco para o dia seguinte. Aí começou as discussões de casal que até então não tinha tido. Quando fomos ver os horários de passeio, descartamos atravessar a ilha do sol porque o meu desempenho até então já mostrava que ia ser um calvário, então íamos fazer ilha de la luna e a parte sul da ilha do sol, estaríamos de volta por volta das 17h e o bus para Cusco sairia as 18h30, sem problemas para qualquer pessoa, qualquer que não seja o Cleber!! Ele encasquetou que não ia dar tempo, que não queria arriscar, que demorava muito 1h30 para ir e 1h30 para voltar, começou a colocar defeito, eu sai da agencia e falei que não ia para canto nenhum e ficariamos só na pela cidade mesmo, com mta raiva por dentro mas até então eu tava calma e falava de coração, pq se fossemos e perdessemos o bus para Cusco, ele ia falar tanto que eu ia me arrepender. Mas daí começamos a andar na rua principal atrás de comida, e ele falando os motivos dele, não agüentei e comecei a chorar, poxa eu tinha planejado ir, estava lá, não tinha nada que impedisse, e ele com as paranóias sem motivo. Na mesma hora ele se arrependeu ou ficou com dó não sei, e disse que ia na agência comprar o passeio, eu falei que não queria mais (velho truque) e quando ele foi na agencia já estava fechada pois já era 8h30. Ele disse que ia acordar cedo para comprar e depois do estresse resolvemos nem comer, tomei um banho e fui dormir achando que seria melhor se eu fosse uma mochileira solitária! ::prestessao::

 

Gastos

Entrada Chacaltaya 15 bol

Táxi até o cemitério 15 bol

Café e Almoço 100 bol

Bus a Copacabana 20 bol

Ticket Tiquina 1.50 bol

Hostel Center 100 bol

 

18°dia Copacabana

Acordamos por volta das 6h, fomos tomar café e enquanto eu ia tirar um dinheirinho no caixa o Cleber foi na agência comprar o passeio e confirmar a passagem para a noite. Estava um dia claro e ensolarado, por isso não peguei toca ou luva, quando chegamos no cais, vi que tava bem frio e voltei numa lojinha próxima e comprei uma luva e touca, se fosse no Brasil eu ia passar frio, mas é Bolívia gente 35 pesos é uma pechincha. Acho que o Cleber pagou 25 bol no passeio e 140 no bus para Cusco. Resolvemos não ir na parte de cima do barco por causa do frio. A viagem não é tão longa, o barco é que é muito lento. Mas a viagem é lindíssima, não se sabe para onde olha. Chegamos na Ilha da Lua e fizemos um percurso de uns 30 minutos até o lado oposto da ilha para ver o templo das virgens, o guia explicou que lá ficavam 1.500 virgens, não sei aonde iam achar tantas hoje. Algumas pessoas comeram por lá, mas nós ficamos só na Pringles, que alias comi mto na viagem. De lá fomos para a Ilha do Sol somente parte sul. Não nos animamos e só subimos alguns degraus da esacadaria para fotos. Almoçamos a primeira truta da viagem, estava divina. Ficamos tomando um solzinho e olhando as crianças de lá, quando são pequenas são tão fofinhas, aquelas bochechas vermelhas são um charme. Demorou uma vida para chegarmos em Copacabana. Quando chegamos a cidade vimos que tinha chovido e nós nem vimos essa chuva. Pegamos nossas malas no hostel e ficamos na praça, demos uma reforçada no desodorante e fomos ao banheiro escovar os dentes. Percebi que brasileiros na sua grande maioria são apegados com higiene, porque a maioria dos gringos não se incomodavam em nada em não ter banho ou coisa assim, olhava para as chicas argentinas e chega a ser um desperdício serem tão bonitas e tão relaxadas, uns cabelos sujos, roupa mulambentas e sujas, ah não pessoal mochileira sim, mas bem limpinha!

Fui perguntar a moça da agencia qual era o nosso bus, de onde sairia, ela nos mostrou e se eu não tivesse ido perguntar já ia ficar para trás, só que ainda eram 6h10 e o horário era 6h30. Entramos e nos deram o papel da imigração para preencher, minha letra ficou horrível porque com o bus em movimento só sendo ninja. O carinha nos avisou que tinha que tirar uma cópia do papel verde da Bolívia, caramba pq não avisam qdo vendem a passagem? O nome da empresa é Titicaca, eles nos avisaram que não era uma viagem direta, primeiro era esse bus até a fronteira, passava pela imigração, depois uma van até Puno e depois um outro bus até Cusco. E foi assim, mas chegando em Puno era um caos pq era mto desorganizado para entregarem a passagem para o próximo bus, o outro bus era da Libertad, um lixo, um cheiro horrível e as cadeiras não cabiam nem eu que tenho 1,65, imagina o Cleber com 1,96, para ele foi a pior viagem, foi todo o trajeto com as pernas para o corredor. Eu já sabia que se o bus estava aquele cheiro, usar o banheiro era impossível, por isso me concentrei em dormir para não sentir vontade de fazer xixi.

 

Gastos

Café 30 bol

Passeio 25 bol + 15 bol de entradas

Almoço 65 bol

Bus para Cusco 140 bol

 

19°dia CuscoChegamos em Cusco 5h da manhã num frio danado. Ficamos na rodoviária até dar umas 7h, pensei que poderíamos deixar as malas no hostel e sair para tomar café e dar role até dar o horário do check-in que era as 12h. Falei para um taxista que rua queria ir, ele falou que não conhecia e pensei: ferrou, ele já queria me levar a outro, mas como ainda estava na rodoviária fui a uma lan no andar de cima e imprimi o mapa do hostel El Labrador, pedimos para outro taxista nos levar e deu tudo certo, ele nos levou por 10 soles. No caminho o taxista nos ofereceu várias opções de pacote, mas como não quisemos saber ele se vingou por não nos deixar em frente ao hostel, falou que não podia entrar carro lá, e tivemos que ir com as coisas na chuva, depois vimos que era tudo mentira, safado. Fomos muito bem recebidos e para nossa surpresa nosso quarto já estava liberado, que bom tomar banho quentinho. Tomamos o café lá mesmo e vimos que tínhamos o opção de cozinhar ou fazer lanches por lá. A Estela nos deixou muito a vontade e resolvi fazer algo que não era para fazer, sempre ouvi aqui no mochileiros: pesquise, pesquise e pechinche, mas a preguiça venceu e resolvi ouvir a proposta da Estela, ela falou que fazia o pacote (Entradas MP e almoço, trem, city tour, Valle sagrado c/ almoço, van de ida e volta a MP, van de Ollanta a Cusco, hostel em AC) por 250 dolares. Sinceramente nem fiquei pensando muito não, só falei que não queríamos dormir em AC, que podíamos ir no mesmo dia para MP e ela deixou por 238 dolares, fechado, achei caro mas ta valendo. Faríamos os passeios com a empresa Salkantay. Paguei a língua lá em Cusco, falei tanto das calças coloridas das argentinas e no fim tive que coimprar uma, não tinha mais calça, na verdade só uma jeans limpa e por isso comprei uma e usei por toda a manhã, me senti horrível ainda mais pq o meu tênis estava molhado e sai com essa calça e havaianas, credo! Fomos ao mercado Mega, na calle Matará e compramos as coisas para fazer mixto quente no hostel. A tarde quando sai para o city tour até a Estela disse que eu estava arrumada, pq tinha colocado a calça jeans e tênis. No city tour fomos primeiro ao Qoricancha, 10 soles e depois fomos a Saqsayhuaman, Qenqo, Pukapukara e Tambomachay. O problema é que começou a chover novamente, nós tínhamos guarda-chuvas, mesmo assim foi cruel. Mas a chuva serviu para nos aproximarmos de dois amigos de viagem: a Rayza e o Uriel, como eles não tinham nem capa e nem guarda chuva, nós dividimos com eles. Eles são do Paraná, mas moram aqui em SP, conversamos bastante e vimos que os outros passeios faríamos juntos também, que bom. Depois que parou de chover esfriou muito e na ultima ruína eu a Raiza nem descemos do busão, somente os meninos. Quando chegamos na cidade resolvemos ir jantar com eles, fomos em lugar que eles tinham ido na noite anterior, Qori Sara fica na calle Garcilaso, o menu era 7,50 soles, no dia era uma sopa muito boa, pollo, arroz e papas cozidas, chá e arroz doce. O lugar era simples mas a comida era ótima, só que tem que ter disposição porque é muita comida. Nós não queríamos o chá e o Uriel bebeu os 4, eu achei esse hábito estranho, mas lá é normal. Quando saímos do restaurante uma baita chuva, eles pegaram um táxi porque estavam perto do terminal de bus e nós enfrentamos a chuva pq o nosso hostel era umas 3 quadras dali.

 

Gastos

El Labrador 4 diárias 320 soles

Pacote Salkantay 238 dolares

Qoricancha 10 soles

Almoço 20 soles

Janta 20 soles

 

20° dia CuscoTínhamos o dia livre, saímos a pé e paramos no Qoricancha para tirar fotos com calma e descemos a Av. El Sol para ir ao terminal de bus comprar as passagens para Lima. No caminho tiramos fotos em uma fonte muito bonita em frente ao Mercado de artesanato e tiramos foto do monumento Pachacutec. Compramos as passagens para Lima pela empresa Tepsa, pq as outras não tinham mais as primeiras poltronas, mas foi uma ótima escolha. Pagamos 140 soles num bus cama, 21 horas de viagem. Quando falamos para a Estela, ela disse que a Tepsa era muito boa. Depois que saímos do terminal, entramos no Mercado de Artesanato e comprei uma camiseta que estava paquerando e na plaza das armas achei por 35 soles e lá paguei 20 sem chorar, td era mais em conta. De lá fomos ao estádio do Cienciano de Cusco que era numa rua bem próxima. Fomos pq falaram que teria um jogo naquele dia e ia ser fácil para o Cleber entrar, mas chegando lá estava vazio e fechado. O Cleber bateu palma e na rua vinha um tiozinho que era da administração que nos convidou a entrar e foi muito gentil. Ele nos levou em todas as partes do estádio e tirou fotos nossa, explicou que o jogo tinha sido transferido por conta que o gramado não tinha drenado direito, mas era jogo sub 17, então não tinha problema. No fim ele nos pediu uma colaboração que achei justo pelo tratamento que recebemos. Saímos de lá com a maior chuva e foi só para molhar minha calça, pq logo passou e saiu o sol. Voltamos ao restaurante do dia seguinte, mas por ser domingo não havia menu, porém eram baratos mesmo assim, 17 soles cada prato com a chicha à vontade, comemos muito bem. Fomos ao Museu Histórico Regional que estava no boleto e ficamos mais de 2h. Era muito interessante e tinha umas salas com vídeos para assistir e vimos todos, muito legal o museu. Procuramos o Museu de arte contemporânea, mas depois vi que não abria domingo. Resolvemos ir para o hotel, comemos uma besteiras por lá e ficamos trocando idéia com os outros que estavam cozinhando por lá, ficamos na net até as 11h e fomos dormir.

 

Gastos

Passagens para Lima 140 soles

Almoço 34 soles

 

21° dia CuscoEra o dia do Vale Sagrado e fomos a Salkantay, de lá ficamos esperando na praça o bus para o passeio. Ficamos torcendo para o Uriel e a Raiza irem conosco, já que não era a mesma empresa não sabíamos se ia dar. Enquento esperávamos lá vem eles gritando o nosso nome, foi bem a tempo, por um minuto a mais eles iriam no outro bus. O passeio já começa com uma parada numa mini feirinha de artesanato à beira da estrada, depois paramos em um mirante, que nos mostra como os incas eram espertos, escolheram um vale lindo e fértil. Paramos primeiro em Pisac, a feirinha de lá tinha coisas mais variadas que os outros lugares, mas não comprei nada, já tinha gastado bastante. Almoçamos em Urubamba num restaurante self-serv, com um ótimo buffet de saladas, só mistura que ou era frango ou peixe, mas incluía a sobremesa a vontade e o chá. Nem preciso dizer que repeti a sobremesa: torta de limão, torta de chocolate, flan e um bolo de chocolate divino, ainda tinha mazamorra morada e arroz doce mas não peguei. ::otemo:: O Uriel fez a festa com os chás. De lá fomos para Ollantaytambo. Lugar lindíssimo, quase não conseguia prestar atenção a explicação do guia de tão maravilhada que estava. Que lindo! Quando deu umas 15h30 o Uriel e a Raiza se despediram de nós pq o trem deles sairia as 16h e nós voltaríamos a Cusco. Aproveitamos o tempo extra para mais fotos. Enquanto esperávamos o ônibus comprei umas balas de coca que era 5 soles, mas paguei 3 pq era o que eu tinha, o gosto era igual ao chá, ou seja ruim. Chegamos em Cusco e fomos a Salkantay ver que horas nos pegariam no dia seguinte para MP e pegar entradas e ticket do trem. Saímos de lá tiramos umas fotos rápidas na Plaza das Armas toda iluminada e seguimos para o show de danças no Centro de Arte Nativa. Chegamos 18h59 e o show começava as 19h, mas a recepcionista nos avisou que não havia mais assentos e fomos mesmo assim, eu consegui sentar, já o Cleber ficou de pé, uma horinha não mata ninguém. Voltamos para o hotel acabados, comemos um lanche e fomos dormir.

 

Gastos

Balas de coca 3 soles (Gosto assim, dias econômicos)

 

22°dia CuscoAcordamos as 2h30, para a van nos pegar as 3h15. O Cleber acordou com dor de barriga, era só o que faltava! Dei um remedinho para ele e torcemos para ser só isso. O menino do hostel ficou com a gente no portão até a van vir, enquanto conversávamos ele nos disse que ainda não foi a MP, como pode? Fomos de van até Ollanta e dormi o caminho todo. Tomamos café próximo a estação e entramos para esperar nosso trem que sairia as 6h. Fomos de Inca rail e gostei. Dormi também o trajeto quase todo, mas os poucos momentos acordada tive que me render ao Urubamba ao lado, que lindo, que forte, que medo! Chegamos em AC por volta das 8h e pouco, não lembro. O guia nos mostrou o restaurante que teríamos o almoço e pediu para procurarmos o Alex na entrada de MP. Subimos de van com uma vista maravilhosa, eu já senti calor logo e tive que tirar a jaqueta que estava. Deixamos as jaquetas e mochila no guarda volume por 3 soles e o nosso guia nos achou. Ficamos ouvindo o guia por umas 2 horas debaixo de um sol do caramba, mas era melhor não reclamar porque era melhor que chuva. Voltamos a portaria para comer algo, ir ao banheiro resolvemos pegar capa e guarda chuva. Foi bem a tempo porque logo começou a chover, no fim foi bom para as fotos pq o povo se asustou com a chuva e desceu. Achei que não teria como encontrar a Raiza e o Uriel pq eles iriam subir a Wayna Picchu e não saberíamos a hora que eles iam voltar, mas do nada estávamos voltando da ponte inca e os encontramos descendo. Decidimos descer com eles também, e como eles não tinham comprado o ticket para a van, o Cleber deu o dele para a Raiza e desceu a pé com o Uriel só pela diversão. Eles resolveram almoçar com a gente no restaurante que o almoço estava incluído. Fomos com eles no hostel pegar as mochilas pq o trem deles era as 16h, nos despedimos de vez pq no dia seguinte nós iríamos para Lima e eles para Puno. Ficamos de bobeira na feirinha de artesanato lá em AC até a hora do trem, senão me engano era as 19h, ficamos trocando idéia com o Guilhermo um tiozão argentino, que nos deu uma lição de economia e ensinou ao Cleber como se tratar uma mulher, srsr, eu reclamei que não tinha tido nada especial do Cleber e era nosso niver de 10 anos juntos e o Guilhermo fez varias sugestões fofas para o Cleber se declarar, ai que romântico. Voltei dormindo no trem e a viagem passou rápido. Pegamos o bus para Cusco e foram 3 gringos atrás da gente que não calaram a boca nem por um minuto, que raiva, o bus escuro todo mundo dormindo, menos eles e nós claro. Chegamos em Cusco destruídos e nem lembro o que comi, só sei que dormimos até as 10h do dia seguinte.

 

Gastos

Café 20 soles

Guarda volume 3 soles

Bolo na frente da estação em AC 8 soles (2 o pedaço)

 

23° dia Cusco – LimaDepois de acordarmos as 10h, não tinha muito o que fazer, fui para net reservar algo em Lima e nos arrumamos para ir para o terminal de bus. Nos despedimos da Estela que nos recebeu tão bem e fomos embora. Pagamos 8 soles no táxi para o terminal de bus. Vimos o ônibus da Tepsa de fora e já gostamos e quando fomos entrar, vimos que seria diferente, primeiro eles pediram nosso RG coisa que os outros nem pediram, pintaram nosso dedo para tirar a digital, e antes de entrar no bus o motorista nos filmava, fora que teve pessoas que ele passou o detector de metais. Quando entramos no bus, nosssa muito bom, nem precisa ser a primeira poltrona, todas eram muito espaçosas, o bus tava cheiroso e tinha uma comissária de bordo para servir as refeições. Saímos pontualmente as 12h. Foi uma viagem tranqüila até as 16h, a estrada tem muitas curvas, uma seguida da outra e meu estomago reclamou, comecei a enjoar muito, tomei um Dramim e nada e estive a ponto de vomitar mesmo, quando fui ao banheiro vomitar o banheiro estava ocupado. Vendo meu desespero a comissária me deu um saco para vomitar, e a passageira do ultimo banco me ofereceu um algodão com álcool para cheirar, foi automático, quando coloquei o algodão no nariz e respirei fundo eu consegui controlar a vontade de vomitar e fui sentar, perguntei se ainda haveria muitas curvas, a moça me disse que por mais umas 3h, a sorte é que o dramim fez efeito e logo dormi. ::essa:: Passaram uns 2 filmes durante a tarde.Distribuíram o lanche da noite e nem comi com medo de vomitar. Apagaram as luzes e todos dormimos. Achei estranho pq acordei algumas vezes a noite e sempre o bus estava parado, e pensei assim: caramba falaram que não ia ter parada, não vamos chegar nunca.

 

24° dia LimaQuando foi 5h da manhã acordei e vi que o Cleber já estava acordado e ele falou que já fazia umas 3h que ele estava parado, e que o motorista de vez em quando o motorista tentava ligar e nada. Ele estava achando que o busão tinha quebrado e estavam esperando o socorro. Ai alguns peruanos começaram a pedir para descer, queriam saber o que estava acontecendo, o motorista explicou que estava parado pq tinha uma carreta pendurada no precipício e tinham que tirá-la de lá para os outros passarem. A maioria do pessoal começou a descer, inclusive o Cleber que me disse que havia um fila enorme de carros parados. Eu resolvi comer o lanche da noite, pq minha ultima refeição tinha sido o almoço dado no busão as 13h do dia anterior. Comi e dormi de novo. Quando acordei foi com o pessoal subindo no busão pq ia sair, isso já 6h. Nisso o Cleber estava lá fora com dois mineiros que estavam no bus também, e já tava a maior amizade. Seguimos viagem e já contamos que ao invés de chegar em Lima as 9h, chegaríamos as 16h, porém chegamos lá 18h. Ou seja foram 30 horas de viagem, e por incrível que pareça não foi uma viagem ruim, agradeci de ter pego um bus tão confortável. Chegamos ao escritório da Tepsa e os meninos resolveram ir para Miraflores com a gente, eles ainda iam procurar hostel. Um taxista veio oferecer seu serviço por 100 soles e nem demos atenção, saímos para a rua e o Euclides que falava espanhol e desenrolava melhor que nós, conseguiu um táxi por 25 soles para os 4, olha a diferença! Mas também fomos a vácuo no táxi, porque além das malas o Cleber e o Henrique são altos, mas chegamos. Reservei o Flying Dog, da calle Mártir Olaya, por 82,50 soles num quarto duplo com banho privado e café. Os meninos resolveram ficar por lá também mas eles pagaram 90 soles por ser na hora. Quarto bom, limpo, staff legal e chuveiro maravilhoso. Fomos tomar nosso merecido banho e sair para comer, mas desencontramos dos meninos e fomos a Pizza hut jantar, demos uma voltinha no parque Kennedy e entramos para descansar.

 

Gastos

Flying dog 6 diarias 495 soles

Pizza Hut 39 soles

 

25°dia Lima

Acordamos cedo e fomos tomar café, que não é lá no hostel, eles dão um ticket para o Café de la Paz na praça ao lado, muito bom o café. Nos juntamos com os meninos e resolvemos ir ao centro de Lima, pagamos 12 soles num táxi. Descemos na Plaza das Armas e tiramos muitas fotos, dia ensolarado e a cidade em festa porque era aniversario de Lima. Fomos no Museu San Francisco para ver as catacumbas, foi 7 soles, muito legal mas meio claustrofóbico, e mesmo sem poder tirar fotos os meninos tiraram algumas extra oficialmente. Saímos de lá fomos ver a troca de guarda e uma cerimônia que ocorria por perto. Nessa hora o Euclides nos deixou pq teria que encontrar uma amiga peruana lá em Miraflores. Almoçamos em um restaurante chinês por 13 soles o menu, não foi mto bom, mas amei a Inka cola, se soubesse que era tão boa já teria tomado, o Henrique falou que parecia Guarapan, mas não tem esse em SP, não achei nada para comparar, mas chega próxima de Tubaína um pouco mais doce. Decidimos ir no Museu La nacion, e fomos de busão até lá por meros 1,50 soles. O museu é de graça a não ser que vc queira pagar a visita guiada por 5 soles, mas preferimos fazer por conta. Havia duas exposições meia boca, e uma que valeu a viagem, conta sobre todo o terrorismo promovido pelo grupo Sendero Luminoso, acho que eram umas 18 salas contando os episódios mais sérios seguindo uma linha do tempo, muito interessante, mas comovente e revoltante. De lá pegamos outro bus para Miraflores, fomos andando até a praia, ainda mais porque o Henrique disse que fazia 11 anos que não ia a praia. Chegando lá, tiramos umas fotos no Parque Del Amor, que alias vamos combinar, não é parque, é uma praça, qualquer praça lá eles chamam de praça. Mas não conseguimos ver por onde descíamos para a praia, daí um senhor se ofereceu para nos mostrar o caminho, por pura gentileza. Descemos as escadas e chegamos a praia, mas vamos combinar que um alerta de Tsunami bem na entrada não é muito animador né? Achamos o maior barato eles tomando sol, deitados nas pedras, parecia que estavam na melhor praia do mundo. A praia é toda de pedra, até dentro da água e é comum as pessoas entrarem de tênis ou crocs na água para não machucarem os pés. O Henrique estava determinado a entrar no mar, até porque o sol estava escaldante, mesmo já sendo umas 16h, e entrou de bermuda jeans e tudo. Ficamos lá batendo papo até a bermuda do Henrique secar e até assistirmos ao show grátis do pôr do sol. Todos ficavam tirando fotos e teve alguns que bateram até palmas para o espetáculo. Saímos da praia e o Henrique entrou no nosso quarto para tomar banho, já que ele já tinha liberado o dele e viria embora para MG naquela noite. Enquanto isso encontramos o Euclides com a Rocio, a amiga dele, conversamos bastante e depois quem foi tomar banho foi o Euclides. Eles foram para o aeroporto umas 11h, o vôo deles seria as 1h30. Mais amizades de gente muito boas. Compramos sanduíches no La Lucha, que é famoso por lá e era embaixo do hostel e fomos dormir, antes disso vi o estrago que o sol tinha feto em mim, fiquei com marcas da blusinha e do short.

 

Gastos

Museu San Francisco 7 soles

Táxi 3 soles

Busão 3 soles

Janta 34 soles

Almoço 15 soles

 

26° dia LimaComeçamos nosso dia sem pressa para nada, era as férias das férias. Tomamos nosso café e ficamos de boa na praça. Resolvemos ir ao Shopping Larcomar comprar uma camiseta que era encomenda para o meu cunhado, dia lindo de sol, alias todos os dias em Lima foram de sol. Chegamos lá e estava caindo uma névoa muito estranha. Por fim não achamos a tal camiseta, e voltamos para o hostel. De lá resolvemos ir nas ruínas de Huaca Pucllana, dava para ir a pé, mas não é tão pertinho assim como dizem não. A entrada é 12 soles e esperamos a visita guiada em espanhol. É bem interessante principalmente pelo fato de ter tantos prédios ao redor das ruínas. Voltamos e almoçamos em um restaurante no meio do caminho bem escondido e a comida foi ótima, também 13 soles o menu com Truta a la plancha. Eu fui de vestido e me dei mal, minhas coxas assaram e eu já estava andando esquisito, tive que lavar as minhas únicas duas bermudas no banheiro do hostel, porque as lavanderias próximas só lavavam mais de 5 kg de roupa, e eu não ia mandar tudo isso. Fomos novamente ao Larcomar, ver se uma loja que queríamos já estava aberta pq pela manhã não estava. As praças estavam cheias e a tarde estava linda, muitas famílias curtindo o sábado. Passamos no mercado Wong e compramos umas coisas para lanchar e ficar de boa no hostel. Por falar em Wong, dei o maior fora lá, haviam bandeijinhas com mussarela fatiada, mas não tinha presunto ou peito de peru (que já havíamos comprado em Cusco) por isso fui ao balcão pedir para fatiar, como o Cleber não é mto fã de presunto, ia pedir peito de peru e falei para o rapaz: “me vê 200 gr de pechuga de peru”, achei que estava arrasando no espanhol, ele fez que não entendeu e eu repeti, daí ele diz:”todos são hechos em Peru”, comecei a rir pq ele achou que eu queria peito do Peru e não de Peru, pelo visto lá a ave não é chamada pelo mesmo nome do país. O Cleber veio ver o que estava acontecendo e quando falei ele ficou com vergonha da cena e mandou eu pegar jamom mesmo. ::putz:: Ficamos um pouco na net e fomos dormir.

 

Gastos

Entrada Huaca Pucllna 12 soles

Almoço 26 soles

Mercado 36 soles

 

27° dia LimaO Cleber havia combinando por telefone de encontrar com o Fausto, um grafiteiro peruano de pintar na quebrada dele e fomos ao lugar combinado que era longe de Miraflores. Chegamos 10h no horário combinado e nada do Fausto e nada dele, o cabeção do Cleber havia esquecido o telefone dele nos hostel e agora? Ele entrou numa lan e quando ia pegar novamente o telefone no face, ele viu uma msg dizendo que ele não viria pq o seu irmão tinha batido o carro. Resolvemos ir para o centro, qdo pegamos o táxi, o taxista nos falou que o Parque de La exposicion era muito bom e estava muito cedo para irmos para o Circuito das Águas, aceitamos a sugestão e foi a melhor coisa que fizemos. Na entrada do parque há o Museu Metropolitano de Lima, de longe o melhor que eu já fui na vida e por irrisórios 4 soles. Chegamos 12h18 e 12h20 já era a visita guiada, que sorte! A visita já começa em uma sala em que temos que deitar no chão encarpetado para ver a apresentação do Museu no teto. A cada sala que entravamos contava uma época da cidade de Lima, e cada uma era uma surpresa, algumas era o holografia de um personagem nos contando a sua historia, outros eram cenários que se transformavam em tempo real, a maquete da Plaza das Armas, se transformava de acordo com o ano para mostrar as mudanças que a praça já tinha sofrido, e a sala que conta a história dos grandes terremotos, era um sala de cinema 3D, que ao longo da historia que era encenada de 1746 que teve um terremoto que destruiu a cidade, nós também éramos sacudidos na cadeira. Realmente incrível! Saímos do teatro e fomos ao parque, que lugar agradável, almoçamos num restaurante no meio do parque, o menu era 10 soles e pela primeira vez na viagem comi feijão, não é como o nosso, vinha mais caldo do que feijão, mas estava com um tempero ótimo. As famílias ficavam nas sombras das arvores fazendo piquenique, bem legal lá, também tinha uma feira com comidas variadas e artigos esotéricos. De lá fomos em outro parque na mesma avenida, voltando um pouco, também era muito bonito e este tinha mais criança porque tinha quadras, e brinquedos típicos de parques. Ficamos por 1h acho, olhando a vida, as roupas, o jeito das pessoas e vendo as diferenças com os brasileiros, tanto é que achamos muito engraçado muitas moças com sandálias e sapatos de salto no parque, vai entender. De lá voltamos quase ao mesmo ponto do parque, porque a rua que iríamos para o Circuito das Águas era em frente. O Cleber viu de longe o estádio Nacional que é onde joga a seleção peruana e lógico que tive que ir lá tirar pelo menos uma foto dele. De lá fomos ao Parque da Reserva, 4 soles a entrada. O Parque é lindo, mas não é muito grande. Ficamos tirando fotos até a hora do primeiro show que seria as 19h15. Quando foi escurecendo algumas luzes das fontes foram ligadas e o Cleber achou que era só aquilo e ainda resmungou que havia jogado os soles dele fora. Quando deu o horário e o show começou de fato ele teve que retirar o que disse e ficou igual doido tirando fotos, é lindo, a gente volta a ser criança, a gente fica olhando igual bobo, os olhos até brilham, é um espetáculo das águas. O pessoal que estava brincando na fonte que se molha curtiram bastante e até para a gente que fica de fora é legal ver eles se molhando. No hostel era 25 dolares para ir a esse passeio, dava direito as entradas, 1 cerveja, o transporte até lá e uma camiseta, mas 25 dolares é um absurdo! Pagamos 12 soles no táxi para voltar e suponhamos que fossemos direto do hostel até lá, mais 12 soles e com 4 da entrada, daria 16 soles para cada um, muita diferença, chega a ser até imoral! ::bruuu::

Chegamos exaustos e sinceramente não lembro aonde comemos.

 

Gastos

Táxi 13 soles até o Fausto, 13 soles até o Parque e 12 soles para Miraflores

Entrada Museu Metropolitano 4 soles

Entrada Parque da Reserva 4 soles

Almoço 25 soles

 

28° dia Lima

Fomos novamente encontrar o Fausto e dessa vez deu certo ele estava nos esperando. Fomos até a casa dele de ônibus. O nome do seu bairro é San Martin de Porres, é um bairro a caminho do aeroporto. Chegando lá ele foi pegar suas latas e andamos mais um pouco no bairro até chegar ao muro escolhido. Enquanto eles faziam o grafite eu dei umas voltas na feira, que era gigante e lá eles chamam de mercado, pelo menos essa porque funciona todos os dia no mesmo lugar e tinha de tudo. È incomum para a gente, numa barraca matavam frango, cuy e porco e ao lado vendia roupas ou artigos escolares. As frutas eram de Itu, muito grandes e cheirosas. O sol me castigou no dia porque quando voltei ao muro, não tinha nenhuma sombrinha para ficar. O Cleber terminou por volta das 13h30, ele fez a Maria Elena Moiano que foi um líder e heroína na época do Sendero Luminoso, ficou legal e o Fausto faz letreiro, porem ele não terminou e disse que terminava outro dia. Nos despedimos e ele nos colocou no bus que ia para o centro. Mas percebemos que o Fausto era meio mineiro no que diz respeito as distâncias, todo ele falava que era “acerca” perto e passamos quase 30 minuto no busão e chegando lá atravessamos uma passarela acima do rio Rimac e andamos umas 6 quadras até chegar na Plaza das Armas de fato. Fomos almoçar, e comemos no Mc e foi uma refeição muito cara, acho que foi 42 soles para os dois. Pagamos 5 soles para subir na Van até o Cerro San Cristovan, é legal dá para ver bem longe, e o céu tava claro, pena que a cidade é meio cinza, poucas arvores e uma camada que não posso dizer que era poluição, mas parecia, além dos morros secos, sem nenhum verdinho. Mas ta bom é o que eles tem. Fomos para o ponto achar busão para Miraflores, porém as informações eram tão desencontradas que fomos de táxi mesmo, por 12 soles. Chegando no hotel fizemos lanche com o resto das coisas que tinham, ficamos de boa na praça curtindo a vibe, porque o lugarzinho bacana, não teve um dia que a praça ficou vazia, olha que era 2° feira.

 

Gastos

Táxi 13 soles até o Fausto, 12 soles para Miraflores

Bus de San Martin para o Centro 1,50 soles

Mc Donalds 42 soles

Van para Cerro San Cristovan 5 soles

 

29°dia LimaAproveitamos o dia para ir a praia, fomos cedo e combinamos que iríamos ficar até 13h. Nem ficamos tudo isso porque embora o dia estivesse lindo, o pacifico bravo que só ele e o povo muito engraçado, eu estava com uma cólica de tirar o humor, chegou uma hora que deitei sobre as pedras quentes para ver se melhorava. Vimos que as pessoas em geral são mais recatadas em Lima, não ficam desfilando de biquíni, muitos tomam banho de roupa ou quando saem da água já colocam roupa por cima, andando pelas lojas vi que é comum por lá venderem como biquíni uma blusa de alcinha e a calcinha e vi muitas mulheres assim na praia. Eu ainda pensei em molhar os pés, mas a dor estava me incomodando muito. Voltamos para o hostel tomei um banho e remédio para a dor e saímos para almoçar. Fomos em um restaurante bem na esquina da rua das Pizzas de frente para o Parque Kennedy, o Cleber pediu o menu que era 18 soles e para variar era Truta a la plancha e u pedi uma Paella por 20 soles, estava tudo delicioso, agora que já tinha me acostumado com o abacate na salada, estava melhor ainda. O Cleber amou chicha morada e pediu um jarra, eu gostei mas parecia que alguns lugares eles faziam mais forte, ai não era para o meu paladar. Ficamos de boa na praça, vendo a vida passar e logo escureceu. Havia um pessoal tocando violão e ficamos ouvindo, lógico que comendo, o Cleber comeu mazamorra morada e eu arroz doce.

 

Gastos

Almoço 46 soles

Besteiras a noite 10 soles

 

30 ° dia Lima – SP

Tomamos nosso último cafezinho no café de la paz e fomos terminar de arrumar as mochilas. Pedimos para chamarem um táxi e não tinha nenhum da parceria deles e nos levaram na van do hostel mesmo, 40 soles. Pegamos o maior trânsito e chegamos ao aeroporto por volta das 10h30. Quando eu comprei a passagem na Tam eu fui comunicada que teria que pagar uma taxa de 31 dolares em Lima, e por isso guardei o dinheiro, chegando no check-in perguntei a moça e ela falou que todas as taxas estavam incluídas, fiquei com raiva porque poderia ter gasto o dinheiro, mas combinamos de deixar como começo da economia para a próxima viagem. Foi o tempo de entrarmos e fazermos todo o trâmite de imigração, saída e perdi minha tesourinha no raio x porque esqueci de despachá-la. Quando chegamos na sala de embarque, o Cleber gastou os últimos 30 soles em um lanche e uma inka cola, e embarcamos. Só que ficamos por 1h esperando liberarem um documento da manutenção, pelo menos foi o que falaram. Mesmo assim a viagem foi tranqüila e chegamos por volta das 21h em Guarulhos, demorou mais 40 minutos para pegar as malas e sair de fato. Meu sogro foi nos buscar e quando cheguei na entrada do prédio, deu vontade até de chorar, como é bom voltar para casa, quando abri a porta do ap, td limpo e cheiroso (valeu sogra) quase chorei mesmo, ia tomar banho no meu banheiro e dormir no meu travesseiro. Além da empolgação da viagem, tinha a diferença do fuso e só fomos dormir as 2h da manhã.

 

Conclusão ]

Minhas impressões da Argentina: a rivalidade fica só no futebol, é um povo amistoso, caloroso. Também notei que ao contrario de nós brasileiros são muito politizados, eles sabem do que acontece em seu país e protestam quando não concordam, ta aí os panelaços que não me deixam mentir, até os meninos do Chacarita que eram bem novos e loucos, tinham uma opinião para dar a respeito da Cristina, agora pergunta para a molecada do Fluxo aqui em SP alguma coisa de política, economia! Eles também lêem muito, é normal ver muitas pessoas lendo em cafés e praças, pessoas de todas as idades. Também gostei da educação e a forma como respeitam as filas de ônibus. Hermanos estão de parabéns, fui muito bem tratada e recomendo a viagem a todos.

Minhas impressões da Bolívia: embora não tenha gostado de alguns traços da cultura como os baixos padrões de higiene, não tenho como não elogiar um povo trabalhador e guerreiro que mesmo vivendo em condições tão precárias conseguem sorrir e preservar a cultura. Enquanto eu penava com a minha mochila, as cholas carregam o mundo nas costas, com certeza a força do país são aquelas mulheres. Em El Alto cheguei a ver mulheres trabalhando em construções civis. Isso sem falar no modo em que tratam seus filhos, mães zelosas demais, mesmo que seja ao jeito delas. Pra mim a Bolívia foi o pais mais lindo dos 3 que passei. Com certeza voltaria, mas passaria longe de La Paz.

Minhas impressões do Peru: pais lindíssimo que merecia mais uma visita com certeza. Mas não sei se foi falta de sorte ou é o reflexo de cidades grandes, mas achei as pessoas mais mal educadas. Tirando isso, a comida é maravilhosa, os lugares são incríveis e a história riquíssima. País com uma estrutura de turismo muito boa. Ah também amei a Bolívia e o Peru pq comparado as mulheres de lá, eu era gigante, kkkk

Quem tem um sonho, corra atrás e faça. Não tenha medo de nada, encare todos os desafios e invejosos. Uma vez me falaram que a gente nunca volta igual de uma viagem, e concordo com isso, já havia sentido mudanças em mim em outras viagens, mas essa me fez ver a vida de um modo diferente, menos exigente, mais agradecida, Deus nos dá mais que merecemos com certeza. Tive vontade de chorar com as paisagens diversas vezes, e gostaria que todos que eu amo estivessem ali para compartilhar comigo, mas como eles não estavam me sentia mais privilegiada ainda.

Agradeço muito a minha mãe e ao Cleber que me apoiaram muito, pois com 6 dias de viagem eu liguei para casa e tive uma noticia muito ruim a respeito do meu irmão e quase voltei, mas eles me incentivaram a prosseguir com o meu sonho, que os problemas sempre vão existir e que o que havia ficado em SP, não ia ser a minha presença que resolveria.

Realmente voltei diferente, mas ainda não me encontrei e preciso de mais outras 10 viagens dessa para saber quem sou. (risos)

Agradeço a todos que tiraram tempo para escreverem seus relatos que me foram tão úteis.[picasa][/picasa]

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