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Ushuaia - Arquivo - Perguntas e Respostas antigas e repetidas


nuca

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Pessoal,

 

estou planejando ir de BH até O Ushuaia de moto até o fim de ano com minha esposa e gostaria de saber se alguém tem alguma dica para me dar.

 

Abs

 

Diogo Lima

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Carol,

Entre Grey e Francés, acho que faria o Francés, mas não deixe de subir no morro atrás do refúgio Pehoé, a vista é incrível! No próximo post vou colocar meu roteiro, com fotos e altimetrias, talvez te ajude.

Não fiquei nos refúgios pois acampei, mas conheço um pessoal que ficou no Grey e não ouvi reclamações.

Abraços,

Ricardo

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Pessoal,

 

Finalmente coloquei na internet o artigo sobre o circuito O. Aqui vou postar apenas o texto, mas no link abaixo, além do relato, há mapas, altimetria de todos os dias, fotos e imagens imersivas em 360 graus, inclusive de todos os refúgios e campings, acho que pode ajudar a mostrar as diferenças de estrutura entre eles. Bom, o link pro artigo competo é esse (http://www.feres.fot.br/torres-del-paine.htm), espero que gostem:

 

Circuito Grande

 

Mesmo sendo considerado pelas revistas especializadas como um dos melhores destinos de trekking do mundo, Torres del Paine ainda é um local pouco conhecido fora do grupo de aficionados por caminhadas.

 

Situado no extremo sul do Chile, em 1959 foi transformado em Parque Nacional e, em 1978, declarado pela Unesco como Reserva da Biosfera. Em seus 181.000 hectares há diversas trilhas que podem ser feitas a pé ou a cavalo, além de áreas que podem ser visitadas de carro ou barco, fazendo com que o parque seja acessível para qualquer pessoa, desde quem gosta de passar vários dias acampando até quem quer viajar com todo conforto. Minha escolha foi pelo Circuito Grande, também conhecido como O, uma trilha a pé com 135 km, que é normalmente feita em 7 pernoites.

 

Apesar de não ter grandes altitudes, com máxima de 1.200 metros no Paso John Gardner, o inverno é bastante rigoroso e até no verão é possível pegar neve, apesar de não ser comum. O que é comum, em se tratando do clima, é haver grandes variações em pouco tempo. Isso sem falar no vento, que pode fazer a sensação térmica cair para baixo de 0 mesmo durante o dia. Ou, caso você tenha mais sorte que eu, pode passar alguns dias caminhando apenas de camiseta...

 

Passagens compradas, roteiro estudado, equipamentos de foto, camping, roupas e comida para 9 dias na mochila cargueira. E não é que a mochila de 80 litros ficou pequena? O peso disso tudo: pouco mais de trinta quilos, que felizmente foi diminuindo a cada refeição.

 

Apesar da longa distância, não é preciso ser um super atleta para fazer esse circuito, especialmente se você optar por dormir e comer nos refúgios. Nesse caso, apenas um acampamento (Los Perros, na subida para o Paso John Gardner) do roteiro aqui descrito precisa ser deixado de lado, mas sem o peso do equipamento de camping e comida, é perfeitamente viável. A elevação total acumulada é de 6.800 metros, o que não é muito se dividirmos pela distância, de 135 km.

 

Dia 1 – Hosteria Las Torres ao Acampamento Serón

14 km – Elevação Total Acumulada de 350 metros

 

O primeiro dia é o mais tranqüilo, mesmo as poucas subidas do caminho não são íngremes, servindo como uma boa adaptação para o resto do circuito. Depois de quatro horas caminhando em ritmo lento, conversando com um californiano radicado no Havaí, chegamos ao acampamento Serón. Dizem que, quando esquenta, o Valle Encantado fica todo florido com margaridas, mas quando fui, no fim de novembro, elas ainda não haviam aparecido, provavelmente pelo frio que insistia em não ir embora.

 

Dia 2 – Acampamento Serón ao Dickson

19,5 km – Elevação Total Acumulada de 550 metros

 

Às sete da manhã, dentro da barraca, 8 graus. Temperatura boa, mas durante a noite deve ter feito bastante frio, tanto que nas montanhas ao redor do acampamento havia muito mais neve que no dia anterior. Porém, havia sol, confirmando o que haviam me falado sobre as constantes mudanças de clima.

 

Café-da-manhã na barriga, mochila nas costas e pé na trilha, que já começa mais bonita que no primeiro dia, entre belas árvores e margeando o Rio Paine.

 

Pena que o sol se escondeu uma hora depois, já que a vista do Lago Paine deve ser linda com o céu azul refletido em sua água. Paciência, logo muda de novo... Ou não! A partir daí, a caminhada foi feita novamente com o céu totalmente branco e com nuvens baixas, que bloqueavam a vista das montanhas e do glaciar Dickson.

 

Dia 3 – Acampamento Dickson ao Los Perros

12,5 km – Elevação Total Acumulada de 700 metros

 

Este não deveria ser um dia difícil, pois apesar de ser o começo da subida para o Paso John Gardner, a distância é curta. Mas não foi bem assim... A chuva que havia começado na tarde do dia anterior variava de intensidade, mas não parava. Tomei o café-da-manhã dentro da barraca, de onde não saí até às dez, quando percebi que nem sempre o clima muda rapidamente em Torres del Paine. Ao menos agora a chuva estava fraca e foi mais fácil desmontar acampamento e começar a caminhar, mas durante todo o dia a câmera ficou guardada, já que ainda não havia passado pelas principais paisagens e não quis colocar o equipamento em risco.

 

A trilha é bonita, passando por uma floresta pouco densa, mas com árvores enormes. Por diversas vezes o caminho cruza um belo rio e suas corredeiras, mas no momento que saí do abrigo das árvores, o vento estava tão forte que mal permitia caminhar, e a apenas 500 metros de altitude a chuva deu lugar à neve.

 

Ao chegar no Los Perros fui correndo para uma tenda cheia de gente, onde havia uma fornalha em que todos tentavam se aquecer, secar roupas e equipamentos. Um alívio, sem dúvida a melhor vista da viagem até o momento! Além disso, as horas passadas nesse abrigo foram ótimas para conhecer as outras pessoas que estavam fazendo o Circuito Grande, inclusive os únicos quatro chilenos com quem conversei durante os oito dias. Alemães, israelenses, franceses e americanos conheci aos montes, mas chilenos eram raridade em seu próprio país.

 

Dia 4 – Acampamento Los Perros ao Grey

18 km – Elevação Total Acumulada de 1.350 metros

 

Como esse prometia ser o dia mais cansativo, acordei bem cedo (dentro da barraca, apenas 3 graus) e, na hora de sair, vi um grupo de Washington D.C., EUA, partindo, então me juntei a eles para ter mais segurança e alguém para bater papo.

 

Não sei se por estar psicologicamente preparado para um caminho que acreditava ser duro ou se foi pela boa conversa, mas a subida do Paso John Gardner não foi difícil como pensei. No começo passamos por áreas de charco, mas era sempre possível pisar em troncos jogados sobre a lama. Depois veio a neve, que em alguns pontos ia até o joelho, mas bastou seguir o caminho marcado para alcançar o cume, sempre curtindo um visual incrível!

 

Por falar em visual, a vista para o outro lado do Paso é das mais impressionantes que já tive! Infelizmente não dá para mostrar a dimensão do glaciar Grey nas fotos (já que não é possível colocar um ponto de referência nele), mas mesmo com o tempo encoberto, a vista tira mais o fôlego que a caminhada!

 

Vencida a subida, só falta descer, descer e descer... De 1.200 metros até o acampamento, a apenas 50 metros de altitude. O acampamento Grey já faz parte do Circuito W, o lado mais civilizado do parque, então a quantidade de pessoas é muito maior, assim como a quantidade de mulheres, que até então eram minoria absoluta. Se nos acampamentos exclusivos do Circuito Grande havia em média 10 barracas, aqui havia bem mais de 30. Infelizmente, também há muita gente despreparada para acampar em uma região que é tão frágil quanto bela. Como exemplo, em 27 de dezembro de 2011, poucas semanas depois que parti, um israelense perdeu controle sobre o fogo que criou e o vento espalhou as chamas com rapidez, queimando uma área de 14 mil hectares, 7% do parque! Alguns anos antes foi um tcheco que causou um grande incêndio, também por descuido, mas o estrago é o mesmo, seja o fogo intencional ou não.

 

Dia 5 – Acampamento Grey ao Paine Grande

17,5 km – Elevação Total Acumulada de 650 metros

 

Dia de caminhada fácil, com subidas leves e vistas incríveis para o glaciar e lago Grey, mas o melhor está no próprio acampamento Paine Grande. Logo atrás do hotel há um mirante fantástico, e para minha sorte o sol resolveu aparecer quando cheguei, depois de um dia inteiro com tempo fechado. Hora de fotografar e, depois, ficar sentado curtindo o visual... Até a chuva reaparecer e me mandar de volta para a barraca.

 

Dia 6 – Acamp. Paine Grande ao Los Cuernos

25,0 km – Elevação Total Acumulada de 1.700 metros

 

Apesar de ser o dia com maior distância e elevação acumulada, são apenas 13 km carregando a mochila, pois é possível deixá-la no acampamento Italiano antes de subir o Valle del Francés. O vale tem uma das paisagens mais bonitas do parque, com rios, geleiras e vista tanto para as montanhas que compõe o Paine Grande como para os Cuernos del Paine. Infelizmente, nesse dia as nuvens estavam baixas, encobrindo os picos a maior parte do tempo.

 

Dia 7 – Acampamento Los Cuernos ao Torres

17,0 km – Elevação Total Acumulada de 950 metros

 

A primeira metade do caminho é feita junto ao lago Nordenskjöld, até começar a subida para as Torres Del Paine. O último acampamento com refúgio e boa estrutura é o Chileno, mas optei por seguir em frente e dormir no acampamento Torres, que apesar de ter como estrutura apenas um banheiro sujo, fica a somente 45 minutos do mirante. Como a vista mais bonita acontece ao nascer do sol, vale a pena dormir mais perto para ter uma hora a mais de sono.

 

Dia 8 – Acampamento Torres à Hosteria Las Torres

12,5 km – Elevação Total Acumulada de 500 metros

 

Acordar às três e meia da madrugada depois de uma semana caminhando pode parecer difícil... E é mesmo! Mas tudo bem, ver o sol pintar de laranja as montanhas que dão nome ao parque vale um último esforço de todos que trocaram o conforto de suas casas para passar oito dias sentindo frio, sono e cansaço, mas que foram recompensados com vistas impressionantes de um dos circuitos de trekking mais belos e diversos do mundo!

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Fala galera, tudo certo ?

 

Bom estarei voltando a TDP agora em novembro/dezembro (estive em 2009), mas não deu para conhecer legal pq o circuito 0 estava fechado... enfim estarei voltando la.. mais preparado... com mais tempo.. mais leve e tudo mais rs... ai me surgiram algumas dúvidas e planos aqui.... são eles:

 

- No vale do frances... depois que se chega no topo.. onde se tem a vista das formações rochosas ... tem continuação ... ou tem de voltar mesmo ?... se tiver continuação vale a pena?

 

- Alguem tem alguma info sobre o Vale Bader?... to tentando achar.. mas as infos são mto precarias... alguem sabe qto tempo de caminhada.. se tem onde pernoitar... se tem ligação com alguma outra parte do circuito.. ou se é bate e volta?

 

- Vale do silencio... alguem ja foi para essas bandas?.. tem informações?.. vale a pena?

 

abração

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Olá.

 

Enviei uma mensagem no twitter do parque e me disseram que o campamento italiano voltou a funcionar.

Abraços.

Thiago Rulius

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