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[align=justify][t3]Dias 12 a 15 – 22 a 25/12/12 – Ko Phi Phi, lutas e baldes[/t3]

 

Acordamos bem cedinho e pegamos um táxi para ir até o píer, não conseguimos nenhum com taxímetro e fechamos um por 400 baht (200 para cada). Pagamos 450 baht pelo ferry na véspera no aeroporto, pegamos o primeiro horário que é 8:30 e leva umas 2 horas até Phi Phi.

 

O píer em Phi Phi fica na praia de Ton Sai e do lado oposto da ilha na praia de Loh Dalum é que rola a noite. Entre as duas é uma caminhada de 10 minutos pelas ruazinhas cheias de lojas, restaurantes e bares. Para entrar na ilha é preciso pagar uma taxa de 20 baht para limpeza.

 

Chegando lá fui para o hostel que eu tinha reservado, que é o Mr Local. A localização é ótima, bem no centro da vila e perto de tudo, mas achei o hostel muito sujo e desorganizado, não gostei. Só fiquei lá uma noite por causa da reserva e depois troquei. Custou 400 baht, quarto coletivo com ar condicionado. Nos outros dias fiquei no Blaco Beach Bar, que fica na praia de Loh Dalum, é ótimo, tudo arrumadinho e limpo, de frente pra praia, camas confortáveis, só não tem ar condicionado, mas o ventilador deu pra quebrar o galho. Paguei os mesmos 400 baht no quarto coletivo. O Blanco só não é uma boa pra quem não quer curtir a noite, assim como todos os outros hotéis em Loh Dalum, porque o barulho vai até muito tarde.

 

Nos dois primeiros dias o tempo não estava dos melhores, ficou quase o dia todo nublado, o que diminui muito a beleza da ilha já que a água não fica tão clara. Resolvemos esperar o sol sair para conhecer as melhores praias, então nesses dias ficamos só em Loh Dalum e passeando pela vila.

 

Loh Dalum é a praia onde rola a night, então é bastante suja, muito lixo na água e na areia. Cheguei a entrar no mar mas dá um nojinho... Aliás a ilha como um todo tem muito lixo escondido pelos cantinhos, o que é uma pena. Toda a logística de remover lixo de uma ilha que tem a quantidade de gente que Phi Phi tem deve ser bastante complicada, mas se for levar em conta que pagamos uma taxa para isso, e que outras ilhas que recebem bem menos visitantes tem os mesmo problemas, não acho que seja só um problema de logística. Sinceramente acho que os tailandeses não se importam mesmo com a sujeira.

 

No terceiro dia o sol saiu e fomos para Monkey Beach, fechamos um longtail com 7 pessoas e pagamos 100 baht cada um. Os longtails ficam parados na praia, é só chegar e negociar com os caras o preço e quanto tempo vai ficar. Monkey Beach é bem pertinho, é só contornar as pedras na ponta da esquerda de Loh Dalum que já está lá. A areia é branca e fininha, a água transparente, a praia é uma delicía, e os macacos dão um charme especial. Só acho uma pena as pessoas ficarem dando todo tipo de comida para os macacos, mas enfim...

 

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Véspera de natal em Monkey Beach

 

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Macacos em Monkey Beach

 

No quarto dia fomos para Maya Bay, lá já é mais longe e pagamos 220 baht por pessoa (7 pessoas), saímos de Ton Sai. Maya Bay fica em um parque nacional, então tem que pagar a taxa de entrada quando chega lá, 200 baht por pessoa. A praia é incrível, com certeza uma das mais bonitas que eu já vi, passeio imperdível, não dá pra ir na Tailândia e não ir lá. Essa é a famosa praia do filme do Leonardo DiCaprio, que aliás recomendo assistir antes de ir.

 

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Maya Bay

 

Estou relatando estes dias em Phi Phi todos juntos porque eles não eram muito diferentes uns dos outros, a nossa vida em Phi Phi seguia uma rotina bastante característica, que pelo que pude observar não era muito diferente da rotina da maioria das outras pessoas na ilha, e era mais ou menos assim:

 

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A vida em Phi Phi

 

De noite íamos sempre para o Reggae bar, que foi onde encontramos os baldes mais baratos no horário do happy hour. Chegando lá até as 21h é 100 baht o balde de rum e 150 o de vodka. O Reggae Bar é um dos mais movimentados de Phi Phi, principalmente por causa das lutas que acontecem todas as noites a partir das 21h. Eles tem um ringue no meio bar, e qualquer um pode subir lá e lutar. Deveria ser boxe tailandês, mas como ninguém é profissional sai uma pancadaria qualquer hehe. Eu lutei em um dos dias, e foi uma das coisas mais legais que fiz na viagem! Lutei contra uma austríaca que estava viajando com o nosso grupo, e perdi hehe. Fomos as únicas meninas que tiveram coragem de lutar durante os 4 dias que estivemos no bar e fizemos o maior sucesso haha.

 

De noite todo mundo vai para a praia de Loh Dalum, e o agito rola principalmente no Slinky e no Woody. Musica boa, festa na praia, a bebida dá para comprar nos baldes na rua, sai por 200 a 300 baht cada, dependendo do que você escolher. E aí com o avançar da noite você acaba se perdendo no meio da multidão, faz novos amigos, e depois perde seus chinelos, e de alguma forma acaba voltando para o seu hotel. Eu não perdi meu chinelo nenhum dia, mas não sei o que acontece porque todo mundo perde! De manhã você vê um monte de gente comprando suas novas havaianas falsificadas nas barraquinhas da vila, tenho certeza que eles tem um esquema de recolhimento de chinelos usados na praia para revenda rs.

 

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No ringue do Reggae Bar

 

E assim passaram os dias em Phi Phi, com direito a super festa de véspera de natal e almoço em quase família.[/align]

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[align=justify][t3]Dias 16 a 18 – 26 a 28/12/12 – Ko Lipe e a saga dos caramujos[/t3]

 

Saí de Ko Phi Phi para ir mais ao sul em direção a Ko Lipe. Já esperava encontrar um clima bem diferente em Ko Lipe, era um lugar que eu estava indo para relaxar mesmo. É uma ilha bem menos frequentada (mas ainda assim tinha uma quantidade razoável de gente), e fica bem ao sul quase na fronteira com a Malásia.

 

Essa passagem rápida por Ko Lipe acabou encarecendo bastante a viagem porque o transporte para chegar e sair de lá foi caro e também a hospedagem, já que é uma ilha de resorts. Até consegui um cabaninha por um preço não tão caro, mas como eu estava sozinha tive que pagar sozinha o valor do quarto.

 

Fui até lá de barco saindo de Ko Phi Phi, paguei 1755 baht. Dá para comprar pela internet por esse site: http://www.tigerlinetravel.com/. Tem que trocar de barco algumas vezes no caminho, porque vai parando em várias ilhas. Saí às 9:00 e cheguei em Lipe com 2h de atraso às 17:00. Lá também tem que pagar a taxa de 20 baht de limpeza. Em Lipe não tem píer, o barco para em uma plataforma no meio do mar e de lá você pega um longtail. Para ir para Pattaya ou Sunset beach você paga 50 baht no longtail. Para ir para Sunrise você pega pra Pattaya e atravessa a ilha andando.

 

Ko Lipe tem três praias. Pattaya que fica de frente para a plataforma, tem alguns bares na beira da praia, Sunrise, que tem basicamente resorts, e Sunset, que é a mais afastada e eu não cheguei a visitar. Pattaya e Sunrise são lindas, areia fina e fofa, água transparente e com vários tons lindos de azul. Sunrise compete com Maya Bay pelo posto de mais bonita da viagem. Ligando Pattaya e Sunrise fica a Walking Street, com vários restaurantes e lojas, lá também dá para agendar os passeios de barco e mergulhos.

 

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A linda Sunrise Beach

 

Fiquei lá dois dias inteiros, no primeiro aproveitei as praias de Pattaya e Sunrise, e no segundo fiz uma das duas opções de passeios de barco com snorkelling disponíveis (tour 1). Paguei 400 baht e inclui o almoço. O tour para em vários pontos de snorkelling e também em algumas praias. A outra opção que é o tour 2 é mais snorkelling mesmo, não fica muito na praia. Foi ótimo, vale muito a pena fazer um dos tours!

 

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Nemo!

 

Lá fiquei hospedada no Lipe Beach Resort, que fica no final da Sunrise Beach, levava uns 15 minutos para chegar até Pattaya. É um cantinho bem isolado da ilha, e sinceramente tinha um pouco de medo de andar sozinha por lá de noite porque é muito deserto e tem vários vira-latas na ilha inteira e nem todos são amistosos... Leve lanterna!

 

Eles tem várias opções de cabanas, paguei 750 baht na mais barata, que não fica de frente pra praia, é de bambu e não tem ar condicionado, só ventilador. O quarto era ok, e o banheiro atrás era bem bonitinho... o problema era com o que eu tinha que dividir o banheiro. No primeiro dia cheguei, fui tomar meu banho, e reparei que o chão do banheiro era de pedrinhas mas que tinha umas diferentes perto do ralo (maldita miopia). Fui olhar e eram duas lesmas ou caramujos, sei lá, não sei a diferença, mas eram gigantes. Primeira reação, desespero. Segunda reação, bater uma foto. Terceira reação, tirar os bichos de lá. Achei uma vassoura no quarto, que provavelmente estava lá para isso, e com o cabo fui empurrando os bichos pra fora pelo ralo. Problema resolvido, banho tomado. No dia seguinte eram 5 caramujos e 1 sapo! Os caramujos são nojentos mas são lerdos, é só empurrar eles para fora, mas com o sapo eu não podia fazer nada, só correr pra dentro do quarto haha. Na hora do rush dos caramujos cheguei a contar 7. E recebi a visita de 2 sapos no último dia. Conclusão, o hotel era bom, mas só consigo pensar nos caramujos e nos sapos.

 

Ko Lipe não tem caixa eletrônico, então vá preparado. Acho que dá pra conseguir fazer câmbio nas agências, mas não tenho certeza. Comunicação lá é meio difícil, durante a noite venta e aí o wi-fi fica muito ruim (pelo menos foi a explicação que deram). Onde dá pra conseguir uma conexão um pouquinho melhor é no Pooh’s, que é um bar e restaurante na walking street mais pro lado da Sunset. Não gostei da comida de lá.

 

Lá em Ko Lipe tem um lugar para comer que é parada obrigatória, que é o Thay Lady Pancakes. As panquecas tailandesas são muito boas e essas foram as melhores que comi. Geralmente fazem de banana com nutella, mas nessa loja tem milhares de sabores. Eles tem 2 restaurantes, os 2 na walking street. Minhas preferidas foram banana com manga e chocolate e banana com manteiga de amendoim.

 

Ko Lipe é uma ilha muito família, não espere encontrar agito por lá. As praias são maravilhosas mas não é um lugar mochileiro, então senti um pouco a falta de identificação com o lugar. Mas foi uma ótima pausa para descaso depois da loucura de Bangkok e Phi Phi, e antes da loucura de Phangan.[/align]

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[align=justify][t3]Dias 19 a 22 – 29/12/12 a 01/01/13 – Ko Phangan, todo dia é lua cheia[/t3]

 

Para ir de Ko Lipe para Ko Phangan foi um dia inteiro no esquema barco – van – barco. Comprei o ticket combinado em uma da agências de Ko Lipe e saiu por 1550 baht. O preço normal era 1650 baht, eles deram um desconto porque eu tinha fechado o tour da véspera com eles. Esse valor não inclui os 50 baht do longtail até a plataforma, tem que pagar separado. Saí às 9:30 no ferry para Pak Bara, de lá uma van levou até o píer de Donsak em Surat Thani, de onde saem os ferrys para Ko Samui e Ko Phangan. Peguei o último ferry para Ko Phangan, que sai 18h e chega 20:30, mas chegou atrasado às 21h.

 

Existe mais de um píer em Ko Phangan, quem vem de Samui já chega em Haad Rin, que é a praia das festas, e pode procurar hospedagem por lá mesmo, e quem vem de Donsak chega num píer mais afastado. Peguei um táxi até Haad Rin que custou 100 baht, e ele me deixou no ponto deles, que fica próximo ao Reggae Bar, que foi onde eu consegui hospedagem.

 

Não fiz reserva de hospedagem, cheguei em Haad Rin e fui procurando. Como a essa altura já era bem tarde, fiquei no primeiro que consegui vaga, que foi hostel do Reggae Bar, que fica em frente a este. Tudo era novinho, as camas, os lockers, fica a 10 minutos a pé da praia, mas não ficaria lá de novo porque os banheiros são sujos, não tem pia (!) e o ar condicionado é congelante e eles não dão coberta. Paguei 1.000 baht por noite, esse é preço padrão dos dormitórios em Haad Rin em época de festa. Para pagar menos só ficando em outra praia.

 

Dois amigos estavam hospedados em um lugar muito legal chamado The Coast Resort, mas lá é bem mais caro e só com reserva pra conseguir vaga. Se quiser ficar num lugar bacana indico esse. Dá uns 20 minutos a pé até a praia ou 100 baht no táxi.

 

Eu não fui para a Full Moon Party que foi dia 28/12. Fui mesmo para o ano novo, e peguei também uma Jungle Party que teve no dia 30/12. Se não puder ir na época da Full Moon vale a pena dar uma passada lá mesmo assim porque sempre rola outras festas menores. Sinceramente gostei mais das festas de Phi Phi do que as de Phangan. Phi Phi tem menos gente, é mais a galera mochileira mesmo, já Phangan é mundialmente famosa pelas festas e a galera vai lá só pra isso, é outro espírito.

 

O ano novo foi incrível! A praia estava tão cheia que mal dava para andar, todo mundo pintado, roupas coloridas, baldinhos, aquela coisa. Os lugares mais populares são o Cactus e o Tommy Resort. Foi inesquecível! Quem for passar o ano novo por lá sem dúvida Ko Phangan é o lugar para estar.

 

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Haad Rin no Ano Novo

 

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Lua cheia!

 

Agora se você não está indo para curtir as festas, a ilha é bem grande e tem muitas outras praias mais afastadas onde você pode ficar. Mas sinceramente as praias de Ko Phangan estão longe de ser as melhores da Tailândia, não vejo motivo de ir pra lá se você não quer aproveitar a noite. Uma outra alternativa de lugar para ficar é Ko Samui. Muita gente se hospeda lá e pega o ferry para Phangan quando tem festa, as ilhas são bem próximas.

 

Além de Haad Rin a única praia que eu conheci foi Haad Salad. Praia pequena, com alguns resorts e restaurantes, mar bem gostoso. Fui de táxi, a ida saiu 200 baht por pessoa e a volta 240 baht (em 3 pessoas). Fica do lado oposto a Haad Rin, demorou uns 40 minutos pra chegar lá. Vale a pena dar uma passada para conhecer no tempo entre as festas.

 

Saí de Phangan no dia 01/01/13 às 16h com destino a Bangkok, e o destino final seria Siem Reap, no Camboja. O ticket para Bangkok comprei em uma agência de Phangan, combinado com o ferry. Eles me buscaram numa van que levou até o píer, chegando em Donsak os ônibus para Bangkok já estavam esperando no porto mesmo e já segui viagem, que durou a noite inteira.[/align]

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[align=justify][t3]Dia 23 – 02/01/13 – 2 vans, 1 barco, 3 ônibus, 1 táxi e 1 tuk-tuk[/t3]

 

Cheguei em Bangkok às 6:30 e como lá tem várias rodoviárias eu precisava ir para o terminal de Mochit, que é de onde saem os ônibus para a fronteira com o Camboja. No terminal onde eu estava peguei uma van para o Mochit que custou 35 baht, é só procurar que tem placa. Demorou um tempinho pra chegar (acho que cerca de 1 hora), e chegando fiquei um tempo perdida porque o terminal Mochit é muito grande. O lugar onde a van me deixou é onde param os ônibus, tive que andar por uma feira de roupas para chegar até o prédio principal. Tem guichês do lado de fora e de dentro, para o Camboja tem que procurar do lado de dentro, tem um guichê de informações que é só perguntar e eles te apontam qual é a empresa, ela se chama Air Aran Pattana. Com todo o deslocamento e tempo perdida, cheguei no guichê 7:50, tinha ônibus às 8h mas comprei o das 9h para dar tempo de tomar café e acabar com o resto dos meus baht. A passagem custou 200 baht. É tranquilo de comprar a passagem na hora porque tem vários horários, não precisa comprar com antecedência.

 

Cheguei em Aranyaprathet, que é o lado tailandês da fronteira, às 13h. O ônibus para no mercado, que é bem na fronteira. Mas acho que nem todos param lá, então fique de olho nisso, pode ser que tenha que pegar um tuk tuk, o que não é uma boa por ali já que todo mundo tenta te dar golpe. Estava um calor dos infernos e uma fila interminável, esteja preparado. Depois de 1 hora consegui sair da Tailândia, e aí é só seguir andando por uma rua cheia de cassinos para chegar na imigração do Camboja. Lá você primeiro paga o visto e depois entra na fila da imigração. Quem tem o e-visa entra direto na imigração, mas não faz muita diferença porque essa é que é a fila gigante. E aí rola um esquema paralelo da galera que solta uma graninha pra furar a fila, o que faz a coisa demorar ainda mais. Finalmente depois de uma hora e meia entrei no Camboja. Logo na saída da imigração tem um ponto de ônibus para te levar para o terminal, esse ônibus é gratuito, é só esperar o próximo e entrar. No terminal você tem opção de pegar um ônibus ou um táxi coletivo para ir até Siem Reap. Eu fui no táxi porque imagino que seja mais rápido, custou US$12 ou 400 baht. O ônibus custa US$9 ou 300 baht.

 

Quando chegamos em Siem Reap o taxista parou em um lugar aleatório, que eu imagino que seja a casa dele, e disse que tinham tuk-tuks para nos levar para os hotéis de graça. Acontece que só é de graça se você fechar com ele para te levar nos templos no dia seguinte. Já eram 19h, estava de noite, eu estava cansada de viajar o dia inteiro, e estava num lugar meio esquisito, a última coisa que eu queria era ficar discutindo o que ia fazer no dia seguinte, ainda mais sem ter chegado ao hostel e visto as possibilidades lá. Me juntei com um casal de argentinos e acabamos pagando para ele levar a gente, US$1 cada um.

 

Fiquei hospedada no Siem Reap hostel, que foi o melhor da viagem. Super limpo e confortável, ar condicionado, até piscina tinha. Chegando lá fui para o bar do hostel e conheci algumas pessoas que iam ver o nascer do sol em Angkor e visitar os templos, combinamos de sair no dia seguinte às 4:30, e haja disposição pra tantos dias sem dormir! Paguei US$6 por noite, dá pra conseguir hospedagem por menos, mas esse preço é até barato pela qualidade do hostel.

 

Para mais informações sobre cruzar a fronteira da Tailândia para o Camboja, leia este blog excelente (em inglês), que tem um passo a passo completíssimo, com fotos e tudo: http://www.bkk2rep.com/[/align]

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[align=justify][t3]Dia 24 – 03/01/13 – Here comes the sun[/t3]

 

Na véspera já havíamos pedido ao pessoal do hostel para arrumar um tuk-tuk para nos levar aos templos, e às 4:30 ele estava lá nos esperando. Antes do sol nascer faz um pouco de frio em Siem Reap, mas não se preocupe que depois que o sol nascer será o inferno na terra. O tuk-tuk levou mais ou menos meia hora até chegar a Angkor, sendo que no caminho paramos para comprar as entradas.

 

Tem três opções de entrada:

1 dia = US$20

3 dias (válido por 1 semana) = US$40

7 dias (válido por 1 mês) = US$60

 

Eu tinha dois dias para visitar, então o preço sairia o mesmo comprando o de 1 ou de 3 dias, acabei comprando o de 3 para não precisar entrar na fila no dia seguinte (o que foi uma grande burrice que eu vou explicar depois).

 

Entramos em Angkor Wat ainda de noite, aliás, leve uma lanterna. As ruínas de noite tem um ar meio sombrio, de suspense... interessante. Todo mundo fica amontoado no jardim em frente tentando buscar um ângulo sem nenhuma cabeça para suas fotos. O sol nasce atrás do templo, a vista é sensacional!

 

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Nascer do sol em Angkor Wat

 

O que a maioria das pessoas faz é depois do nascer do sol visitar Angkor Wat e depois seguir para Angkor Thom, visitando os templos no sentido horário do mapa, até terminar em Ta Prohm. Para tentar fugir das multidões o que fizemos foi logo que o sol nasceu saímos de Angkor e fomos para Ta Prohm, e depois seguimos no sentido anti-horário, ou seja, Angkor Wat foi o último templo que visitamos. Funcionou na medida do possível.

 

Chegamos em Ta Prohm super cedo e não tinha quase ninguém. Esse é o templo do filme Tomb Raider, que tem as árvores em cima das ruínas, e é um dos mais legais. De lá fomos até Ta Keo, que é um templo que dá para subir em cima e tem uma vista bem legal, mas não dá pra ver outras ruínas, só floresta mesmo. Seguimos então para o complexo Angkor Thom, que contém o templo Bayon, o famoso templo das cabeças, e outros templos menores. Lá o nosso horário coincidiu com o do pessoal que estava saindo de Angkor Wat, então o Bayon estava totalmente lotado, e estragou em muito a experiência do lugar. Já os outros templos são menos visitados então estava tranquilo.

 

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Ta Prohm

 

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Bayon

 

Isso tudo durou desde o nascer do sol até por volta de 13:30. Ainda estava muito cedo para ficar em Angkor até o por do sol, que era a ideia, e tudo isso é muito exaustivo, você anda muito, sobe muita escada, e o sol de meio dia na cabeça não é fácil. Resolvemos voltar para o hostel para descansar um pouco antes de ir a Angkor.

 

Então almoçamos, ficamos um pouco na piscina, e às 15:30 saímos novamente para Angkor Wat, que é um espetáculo. Mas é também verdade que Angkor Wat é muito mais impressionante por fora do que por dentro, por isso é indispensável visitar os outros templos. Foi uma visita um pouco corrida, talvez se tivéssemos saído às 15h seria melhor, porque o templo principal dentro fecha às 17h. Normalmente fica uma fila enorme para subir no templo principal, mas como já era quase na hora de fechar conseguimos entrar direto, todo mundo já estava saindo para ir ver o pôr-do-sol.

 

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Angkor Wat

 

Infelizmente na hora do sol se por apareceram umas nuvenzinhas bem em cima dele, já vimos que não ia rolar e voltamos para a cidade. Depois muitas pessoas me disseram que viram tanto o por do sol e o nascer e que o nascer foi muito mais bonito, então acho que não perdi tanta coisa. Fica a dica, se tiver que escolher entre um dos dois vá pelo nascer do sol, até porque é bem mais tranquilo visitar os templos de manhã cedinho quando o calor ainda não é tão intenso.

 

Esse roteiro todo que fizemos é o que eles chamam de Small Circuit. Tem também o Big Circuit que inclui esses e outros templos mais antigos, mas esses eu não conheci. Pagamos US$20 para o tuk-tuk, dividido entre 4 pessoas. Esse valor foi bem caro, mas quando eu entrei no grupo eles já tinham negociado o valor então não dava para reclamar. Geralmente esse trajeto custa US$15. Mas saiu só US$5 pra cada um por um dia inteiro de passeio, não dá pra reclamar.

 

Fique atento com as roupas! Na maioria dos lugares, apesar de serem templos, eles deixam entrar com qualquer roupa. Dos lugares que visitei nesse dia somente dois deles não permitiam entrar com os ombros de fora ou short curto, que eram o Ta Keo, e o templo principal dentro de Angkor Wat. No Angkor Wat pode entrar, só não vai subir no templo.Pode entrar de bermuda, com o joelho de fora, só não pode short curtinho. Então o ideal é ir de bermuda e levar alguma coisa para cobrir os ombros, um lenço ou algo do tipo.[/align]

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[align=justify][t3]Dia 25 – 04/01/13 – Indiana Jones por um dia[/t3]

 

Nesse segundo e último dia o que eu queria fazer era visitar o templo de Beng Maelea, que é menos popular e bem afastado dos outros. Pela distância acaba sendo uma visita mais cara, os tuk-tuks cobram US$30 só para este templo. Pra ir sozinha até lá ia ficar muito puxado e já estava quase desistindo. Mas então quando eu tomava café no hostel e me preparava para fazer o Big Circuit, conheci duas pessoas que estava indo para Beng Malea neste dia, então nem pensei duas vezes e me juntei a eles. Saímos do hostel 11h.

 

A entrada desse templo não está inclusa na do parque! Tá explicado agora porque foi uma burrice eu ter comprado o bilhete de 3 dias, eu achei que fosse servir para esse templo, mas não servia, então joguei US$20 no lixo. Considerei como uma taxa de burrice e superei rs. A entrada custa US$5 e vende num lugar afastado do templo, o tuk tuk vai parar lá no caminho. Nessa bilheteria tem o único banheiro que você vai conseguir por lá.

 

O trajeto até o templo leva cerca de 2 horas, a maior parte destas em uma estradinha de terra por entre plantações, casas de bambu (sei lá se era bambu mesmo ou o quê) e um monte de crianças dando tchau pelo caminho. Só o trajeto já vale a visita, é incrível. Se prepare para levar muita poeira vermelha na cara, mas vá de tuk-tuk mesmo, num táxi fechado perderia toda essa experiência.

 

O que o Beng Maelea tem de diferente dos outros templos é que nele não houve praticamente nenhum trabalho de preservação, tudo continua do jeito que os Khmer construíram e o tempo destruiu. Foi só aqui que eu consegui realmente sentir o que é estar naquele lugar, todos os outros templos são muito lotados e um tanto descaracterizados, mas Beng Maelea é perfeito. De todos os templos que eu visitei foi o que eu mais gostei (sem exagero, gostei mais que Angkor), e quase todo mundo que visita tem a mesma opinião.

 

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Beng Maelea

 

Mas vá preparado, lá você vai andar pisando e segurando nas pedras que estão caídas, então use um sapato adequado, e não carregue muita coisa nas mãos. Tem muita gente lá que oferece serviço de guia, alguns oficiais, outros população local. Uma tiazinha começou a me seguir e no começo eu ia me livrar dela, mas depois achei que seria proveitoso, e realmente foi, ela deu algumas informações do que eram os lugares, mostrou que caminho seguir por entre as pedras, essas coisas. Ela ficou comigo uns 40 minutos e no fim dei pra ela US$5 de gorjeta, e provavelmente foi o melhor pagamento dela naqueles dias, porque US$5 no Camboja é uma fortuna. Pra gente pode ser um trocado, mas pra eles alimenta uma família, então deixa de ser tão muquirana e abre um pouquinho a mão quando você achar que a pessoa merece. Depois disso ainda fiquei mais uns 30 minutos lá tirando mais fotos e passeando entre as ruínas.

 

A noite em Siem Reap é bem agitada, todo mundo vai para a Pub Street, sendo o bar mais popular o Angkor What?. Eu não fui nenhum dia porque estava morta de cansada depois de viver a vida adoidado na Tailândia, estava a vários dias sem dormir, então não aguentava sair de noite... A idade tá chegando haha![/align]

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[align=justify][t3]Dia 26 – 05/01/13 – 1/4[/t3]

 

Phnom Penh não é uma cidade com grandes atrativos turísticos, mas você não conhece o Camboja sem ir até lá e ver com seus próprios olhos a história desse país.

 

Como meu tempo lá seria apertado, só ia ter uma tarde para visitar a cidade, optei por fazer o trajeto de Siem Reap para lá de minivan, que é a maneira mais rápida. Custou US$10 e comprei no próprio hostel. Saí às 7:30 e levei exatas 5h. Quando a van chegou paguei US$3 para um tuk-tuk me levar até o hostel. O ônibus pode sair mais caro ou mais barato que a van, dependendo se você vai escolher o de luxo ou o simples, e demora no mínimo 6 horas. Outra opção para o trajeto é o barco, mas não tenho nenhuma informação sobre ele.

 

Eu fiquei no Mad House, antes se chamava The Local Russian Market. Tem 2 lugares com opção de hostel na cidade, um é na beira do rio, onde tem vários bares, e o outro é perto do Russian Market, que foi onde eu fiquei. O hostel acabou sendo um dos mais caros da viagem por US$8. Não recomendo porque não achei o custo benefício bom. O hostel não era ruim, mas por esse preço eu esperava muuuito mais.

 

Chegando no hostel deixei minhas coisas, comi um sanduíche no café da esquina e pedi pra eles verem pra mim o ônibus para Ho Chi Minh (Saigon) no dia seguinte. Isso tudo bem rapidinho e saí do hostel 13:20, para chegar nos Killing Fields na hora da abertura para o período da tarde (14h, lá tudo fecha no almoço). Quem me levou foi o mesmo motorista que me trouxe pro hostel, negociei com ele por US$10 para me levar nos Killing Fields, depois na S21 e depois me deixar no Russian Market. Esse é o preço padrão, mas tem que negociar porque eles jogam lá em cima, seja firme. Meu motorista era um gordinho simpático chamado La La.

 

Em 17 de abril de 1975 o governo do Camboja foi tomado pelo Khmer Vermelho, e o poder passou ao partido comunista liderado por Pol Pot. Para resumir de uma maneira simplista os fatos que se seguiram, todos os habitantes de Phnom Penh foram obrigados a deixar suas casas para realizar trabalhos forçados nos campos de arroz. Muitas pessoas morreram de fome e muitas outras foram assassinadas por de alguma forma ameaçar o regime (e o simples fato de usar óculos ou falar uma língua estrangeira podia ser considerado um motivo). Nos 3 anos que se seguiram 1/4 da população do Camboja foi assassinada.

 

O que acontecia com essas pessoas é que eram levadas para prisões, e depois para campos de extermínio. Hoje é possível visitar um de cada em Phnom Penh, a prisão S-21 e os Killing Fields.

 

Como meu tempo era apertado fui primeiro ao Killing Field que era minha prioridade, mas depois deu tempo tranquilo de visitar a prisão. A maioria das pessoas visita primeiro a prisão para fazer o caminho na mesma ordem que as vítimas fizeram, mas depois de ter terminado o passeio achei bem melhor ter ido primeiro aos killing fields, porque a visita é mais informativa, e também porque achei muito mais depressivo a visita da S-21, então foi melhor deixar para depois. Não vou entrar em detalhes do que você vai encontrar em cada lugar, veja com seus próprios olhos. Se estiver viajando com crianças saiba que não é lugar para levá-las.

 

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Killing Fields

 

A entrada dos Killing Fields custa US$5 e incluía o guia em áudio que é excelente. A S-21 vai te custar US$2.

 

Na volta fui ao Russian Market, que é um ótimo lugar para comprar souvenir. De lá fui andando pro hostel, eram só 2 quadras de distância.[/align]

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[align=justify][t3]Dia 27 – 06/01/13 – Tá, tá, tá, tá, tá![/t3]

 

Mais uma manhã e mais uma viagem, dessa vez para Saigon. Esse final da viagem foi mesmo uma correria, porque eu tinha ficado mais tempo do que o planejado na Tailândia e precisava chegar em Hanoi a tempo para meu voo de volta. Fui de ônibus de Phnom Penh para Saigon, paguei US$12 no ônibus da empresa Sorya e US$3 no tuk-tuk que me levou do hostel para a rodoviária. O ônibus saiu às 7h e chegou mais ou menos 13:30 na Pham Ngu Lao, que é a rua onde fica a maioria dos hostels.

 

Fiquei hospedada no Saigon Backpackers, custou 168.000 Dong (US$8) por noite, hostel bom, confortável, limpo, recomendo. Fica em um beco no fim da Pham Ngu Lao (ponta oposta ao mercado).

 

Deixei minhas coisas no hostel e fui andando até o Benh Thanh Market, que é enorme e tem de tudo, dá pra se perder lá dentro. Depois fui andando até o War Remnants Museum, levei uns 10 a 15 minutos, a entrada custou 15.000 dong.

 

Nessa primeira caminhada já deu pra perceber como no Vietnã tudo é uma bagunça. O trânsito é caótico, motos para todos os lados, não existe sinalização, todo mundo vira onde quer e para onde acha melhor. Não existe calçada, porque funciona de estacionamento de motos, e você vai andando pelo canto da rua desviando do que vier. Boa sorte quando for atravessar a rua. Além disso, achei as ruas muito sujas. Não que Tailândia e Camboja sejam exemplos de higiene, mas achei o Vietnã bem mais sujo, e as pessoas muito porcas.

 

A parte mais legal do War Remnants Museum é o pátio externo, que tem tanques, aviões e artilharia americana usada na guerra. Na parte de dentro uma grande exposição com pôsteres da guerra, e muita coisa sobre o famoso agente laranja. Gostei muito de uma exposição de fotografias da guerra no último piso.

 

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Tanque americano da Guerra do Vietnã

 

Uma coisa que achei marcante no Vietnã é que no país inteiro eles não perdem uma chance de falar da guerra e se fazer de vítimas. Já deu, passaram quase 40 anos, tá na hora de achar alguma coisa mais interessante pra valorizar sobre o seu país. Lembra quando o Professor Girafales não aguentava mais o Quico insistindo sobre o mesmo assunto? Tá explicado o título deste dia.[/align]

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[align=justify][t3]Dias 28 e 29 – 07 e 08/01/13 – Hue, a capital do nada pra fazer[/t3]

 

Pra não perder o hábito, mais uma manhã viajando. Dessa vez o destino era Hue, no caminho avião e trem. Saí de Saigon de manhã bem cedinho, e como o aeroporto é longe tive que desembolsar uma grana de táxi, US$10, eu agendei na véspera no próprio hostel. Não sei se dá pra conseguir mais barato negociando direto com os taxistas, mas como li algumas histórias sobre táxis não serem muito seguros no Vietnã preferi não arriscar. Levei menos de 30 minutos até o aeroporto de Saigon, mas como era muito cedo (antes das 6:00) ainda tinha pouco trânsito.

 

Voei com a Vietnam Airlines, uma companhia com a qual tive boa experiência durante a viagem. As tarifas deles são muito baratas e é o mesmo preço comprando com muita ou pouca antecedência, o que é bem conveniente. Precisei trocar a data desse vôo e eles não me cobraram nada, mesmo sendo a tarifa mais barata. Só o atendimento por telefone que é meio complicado porque não falam bem inglês, mas fiz a troca do vôo por email e foi super rápido.

 

Nem Hue nem Hoi An tem aeroporto, mas as duas ficam perto de Da Nang, que é um cidade grande, por isso voei para lá. O vôo de Saigon para Da Nang levou 1h e 30min. Chegando no aeroporto peguei um táxi até a estação de trem. Cuidado porque os taxistas vão jogar o preço lá em cima. O normal é US$2, o primeiro queria US$10! O segundo pediu US$5, e como já não estava afim de perder tempo negociando ofereci logo US$3 que já é um preço acima e ele aceitou na hora. A dica é sempre saber o custo das coisas, e se não tiver querendo perder tempo já oferece um pouquinho acima que eles aceitam rápido, isso vale para todos os lugares.

 

A estação de trem é bem pertinho, levou poucos minutos pra chegar lá. O difícil mesmo foi conseguir comprar a passagem. Não existe fila, só um amontoado de pessoas em volta das atendentes, quem fala primeiro é atendido primeiro. E é claro que os vietnamitas levam vantagem. E vão te espremendo pra te expulsar da frente do guichê. Depois de uns 15 minutos lá tentando educadamente ser atendida cansei e comecei a xingar geral, eles não entenderam mas viram que eu tava brava, e aí finalmente comprei minha passagem rsrs. No fim das contas paguei 43.000 Dong na passagem para Hue. Sofrendo lá nos guichês tinha um gringo que tinha comprado a passagem pela internet, e ele estava tendo dificuldades para fazer a troca, então acho que o melhor é comprar lá mesmo na estação. Muita gente compra na hora.

 

Peguei o trem das 10:30, que chega em Hue às 13:30. O objetivo de ter feito essa viagem é que esse é um dos trajetos de trem considerado entre os mais bonitos do mundo. Realmente a vista é linda, na maior parte do caminho o trem vai margeando a costa do Vietnã. Infelizmente o tempo estava nublado e as fotos não ficaram legais. Para aproveitar melhor a vista escolha um lugar na janela do lado direito do trem.

 

Lá em Hue fiquei hospedada no Hue Backpackers, gostei muito do hostel, limpo e confortável, tem um bar/restaurante legalzinho, o único problema é que estava tendo uma demolição de um prédio em frente e o barulho acordava todo mundo às 8 da manhã.

 

Hue não é uma cidade muito interessante, confesso que não me agradou muito. Os atrativos turísticos são a cidadela, que era o palácio quando Hue foi capital, e as tumbas dos imperadores. No dia que cheguei aproveitei o fim da tarde para ir até a citadela, fui andando do hostel, não é pertinho, mas dá pra conhecer a cidade, acho que levei uns 30 minutos. Achei muito sem graça e relativamente caro para pouca coisa, a entrada custou 80.000 Dong.

 

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Cidadela

 

Já tinha comprado no hostel a passagem de ônibus para Hoi An para a tarde seguinte, assim teria a manhã para conhecer as tumbas, mas a cidadela decepcionou tanto que desisti do passeio. Então a manhã do segundo dia em Hue passei batendo papo no hostel, de bobeira.

 

A viagem entre Hue e Hoi An deveria ser rápida, a distância não é grande, mas o ônibus demora uma eternidade. Saí de Hue 13h e só fui chegar em Hoi An já de noite, umas 19h, o ônibus parou um zilhão de vezes. Custou US$5.

 

Já tinha combinado com meu hostel de Hoi An de me buscarem na rodoviária. Acontece que quando o ônibus chegou parou em uma rua aleatória e mandou todo mundo descer porque íamos ficar ali mesmo. Isso foi em frente a um hotel, que já tinha seus funcionários a postos na entrada para convencer a galera a se hospedar ali. Não tinha a menor ideia de onde eu estava nem pra onde ia ou qual o sentido da vida. Encontrei uma francesa na mesma situação e resolvemos rachar um táxi para deixar a gente em nossos hotéis. Não eram próximos, mas pelo menos não sairíamos dali sozinhas, e não foi fácil conseguir táxi, então o jeito era dividir.

 

O taxista não falava inglês, ou fingia não falar, e tinha um taxímetro frenético. Paguei 160.000 até meu hostel, que não fica no centro, mas mesmo assim não deveria custar tanto. Nos outros dias vi que o preço normal era de 40.000 a 60.000. Na hora estava na cara que eu tava levando golpe, mas não estava em condições de reclamar, engoli e sai na elegância, embora na minha mente eu estivesse esganando o imbecil. E assim depois de uma longa jornada finalmente cheguei em Hoi An.[/align]

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[align=justify][t3]Dia 30 – 09/01/13 – As luzes de Hoi An[/t3]

 

Hoi An é uma cidade simplesmente apaixonante, e olha que eu tinha pensado em cortar do roteiro! Foi sem dúvida o que eu mais gostei do Vietnã (pra não dizer a única coisa que gostei).

 

Na primeira noite saí para jantar e já deu pra perceber o clima da cidade. Todas as luzes das lanternas, as casinhas amarelas na beira do rio, os barcos, tudo cria uma atmosfera incrível. Nas duas margens tem vários restaurantes e barzinhos. De bar não gostei do que eu fui, mas comi em dois restaurantes excelentes que vou deixar recomendado aqui no fim. Hoi An é um ótimo lugar pra comer porque tem lugares de alto nível a preços bem baratos (para o padrão internacional, porque para o vietnamita é caro).

 

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Hoi An de noite, em uma loja de lanternas

 

Só tive um dia inteiro na cidade e gastei todo ele andando pelo centro histórico. Hoi An não tem muitos pontos turísticos em si, a melhor coisa é andar a toa pela rua vendo a paisagem. Existe um bilhete turístico que você compra e te dá acesso a alguns museus e a ponte japonesa, que é o principal símbolo da cidade. Mas esse bilhete é caro, e dá tranquilamente pra se esquivar dos guardinhas na ponte, então não comprei. A dica da ponte é que só tem uma pessoa pra conferir os bilhetes, e essa pessoa tem que tomar conta dos dois lados da ponte. Se ele estiver de um lado, dê a volta por outro caminho e entre pelo outro lado. Só compre o bilhete se tiver interesse em visitar os museus. Não era meu caso.

 

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Ponte japonesa

 

Talvez o maior atrativo de Hoi An sejam as compras. A cidade tem um monte de alfaiatarias uma do lado da outra, quase todo mundo aproveita para fazer roupas lá, sai barato e dá pra conseguir de ótima qualidade. Eu não tive tempo pra isso porque tem que ter alguns dias na cidade para dar tempo de fazer as provas e ajustes, mas conheci algumas pessoas que fizeram no A Dong Silk e recomendaram. Não é dos mais baratos, mas é confiável, a qualidade é boa. Vi duas lojas deles por lá mas não tenho os endereços, mas o Google nunca te abandona.

 

Fiquei hospedada no Sunflower Hotel, que é um hotel com todos os seus serviços e que tem quartos coletivos. Que eu saiba só tem dois lugares com dormitório em Hoi An, o Sunflower e o Hop Yen. O sunflower fica um pouco afastado do centro, cheguei a ir andando 2 vezes e levou uns 30 a 40 minutos. Eles tem um serviço de transfer para o centrinho que é gratuito e sai de hora em hora, então não tem necessidade de andar. Na volta é mais complicado porque tem que ligar pra eles pra buscar, acabava pegando sempre só na ida e na volta andava ou ia de táxi. Paguei 158.000 Dong por noite, com café da manhã incluso e muito bom. Também tem piscina.

 

Para comer, tem dois lugares que recomendo muitississíssimo:

 

The Cargo Club – É principalmente um café, os doces são marailhosos! Também servem sanduíches, quiches e refeições italianas e vietnamitas. Os pratos são grandes, dá para dividir, já os sanduíches são individuais. Passei um tempo considerável da minha tarde lá e comi pra caramba. Para ter uma noção dos preços, comi umm sanduíche de salmão defumado, um refrigerante, uma torta mousse de chocolate, uma tortinha de manga e um café (sim, isso tudo) e custou 250.000 dong (uns R$26 reais). http://www.restaurant-hoian.com/index.php/en/restaurant-cargo-club-hoi-an-vietnam.html

 

Good Morning Vietnam – Esse é um restaurante italiano tradicional, apesar do nome não espere comida local. Foi uma das melhores massas que já comi na minha vida. Comi ravióli de queijo com molho pesto e suco de laranja por 245.000 dong (R$25). É um restaurante chiquezinho, então não espere que vá vir aquele pratão de macarrão, mas deu pra ficar satisfeita. Altamente recomendado. http://www.goodmorningviet.com/about_us.html

 

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Hoi An[/align]

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