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Índia e Nepal com fotos - 15 dias - Nov/2012 - Roteiro "Delhi to Kathmandu"


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Muito obrigado, paulo_vet e todos que deram uma forcinha!!

 

14º DIA: IDA PARA KATHMANDU

 

Saimos de Pokhara por volta de 8h, sem café da manhã, que só tivemos em restaurante de beira de estrada, lá pelas 9h. Antes disso, lambisquei uns biscoitos.

 

No caminho, logo depois de Pokhara, presenciamos uma bela vista do Himalaya. Achei a paisagem bem combinando bem com um ferro-velho de ônibus, o meio de transporte que também é o mais utilizado naquelas íngremes montanhas do terceiro mundo.

 

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Às 9h15 (9h em Delhi), já era possível telefonar para a British Airways da Índia (a mais próxima) para tentar uma solução para o meu caso. O trecho Delhi-Mumbai da minha viagem de retorno, vendido pela BA, era pela companhia Kingfisher Airlines, que na ocasião estava sem operar. Falaram que estava falindo, com os funcionários sem receber salário e tudo mais.

 

Não havia ligação “toll free” (tipo 0800) para quem discasse do Nepal, meu celular TIM não estava funcionando bem e a tarifa também seria bem cara. A solução foi pegar emprestado o celular do motorista, um pré-pago da operadora nepalesa Ncell, com o compromisso de pagar a recarga do mesmo.

 

O guia aceitou falar em meu nome, pois, embora sempre tenha conseguido me virar, meu inglês falado não é lá essas coisas e em uma ligação telefônica (sem a interação visual) fica mais difícil... Na primeira ligação, a atendente falou que não podia fazer nada, porque o voo era de uma companhia estranha, que eu teria que providenciar um voo de Delhi para Mumbai e somente na volta ao Brasil poderia pedir um reembolso parcial, correspondente à fração que o primeiro voo representava da tarifa paga à BA. Um voo comprado em cima da hora seria também muito mais caro do que aquela fração.

 

Achei um absurdo completo a BA se esquivar dessa forma. A solução seria comprar uma passagem assim que tivesse acesso à internet e depois pedir um reembolso. Teria todas as razões para processar a British no Brasil, mas eu queria mesmo que eles resolvessem o problema numa boa.

 

Depois de algum tempo, ficamos cansados do desaforo e resolvemos ligar de novo. Outra funcionária que atendeu e, para nossa surpresa, compreendeu o problema e a responsabilidade da BA e, no fim, providenciou uma passagem pela Jet Airways, sem custos. A ligação ainda foi demorada: as duas somadas foram mais de meia hora, os créditos de celular que paguei foram alguma coisa entre 5 e 10 dólares mas agora estava aliviado...

 

A recarga do celular foi no precário posto onde o micro-ônibus Toyota Coaster parou para se abastecer.

 

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Passamos por uma estação hidrelétrica, terminantemente proibida de se fotografar, que tentava fazer a sua parte para o país não sofrer de tantos blecautes... Sobre essa energia eles podiam aprender alguma coisa com a gente...

 

O guia viu que em um trecho fora da estrada estava acontecendo um casamento, e paramos para assistir à cerimônia, que ocorria na calçada mesmo. Cantavam músicas típicas e dançavam. A noiva ficava o tempo todo coberta com uma capa vermelha e dourada. Apenas em um certo momento seu rosto apareceu, para depois se esconder de novo.

 

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Continuamos em direção à Kathmandu. Em uns trechos a estrada ficava bem esburacada, nenhuma novidade para um brasileiro. Tinha alguns caminhões soltando fumaça preta, também nada de novo.

 

Chegamos à superpovoada capital nepalesa e fomos ao Swayambhunath (abreviado como Swayambhu), o complexo de templos budistas habitado por macacos e visitado por peregrinos e viajantes do mundo inteiro, incluído na excursão. Fica no alto de uma colina, com boa vista do vale do Kathmandu.

 

Os macacos ali são considerados sagrados e andam livremente por todas as áreas, em lugares só deles e também onde passam os turistas. Foi o mais interessante para mim: como são rápidos e hábeis com as mãos, lembrando os seres humanos! Pelo que vi, os que andaram nos lugares comuns não chegaram perto de encostar nos turistas, muito menos de atacar, mas também não fugiam. Eram civilizados mesmo! Mas se alguém provocasse ou andasse com comida à mostra eu não sei...

 

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Andamos por todo o complexo, pelas áreas ao ar livre e pelas partes cobertas, mais dedicadas às práticas budistas. Havia também comércio de artigos relacionados.

 

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Muitas construções tinham diversos símbolos budistas e animadas bandeirinhas.

 

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Uns dos monumentos mais interessantes são as stupas com um par de olhos em cada um dos quatro lados. Para os budistas, significa que Deus olha por todos lados e não há orelhas porque Buda não estaria interessado em ouvir rezas para ele.

 

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Após a visitação, fomos para o centro da cidade, na região do Thamel, onde muitos turistas ficam, mas ainda assim bem autêntica. O ônibus parou em um estacionamento e nós seguimos a pé, com a bagagem em riquixás. Minha mochila maior ia no Transport Cover azul, bem protegida da poeira.

 

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Ficamos no Fuji Guest House Hotel (http://www.fujiguesthouse.com). O guia aconselhou a fotografar a esquina onde tínhamos que entrar, pois era fácil confundir.

 

Um tempo depois de deixar as coisas no quarto, fomos sair. Já estava escuro e andamos por muitas ruas apertadas e calçadas, dividindo espaço com motos, riquixás e bicicletas.

 

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Passamos por alguns pontos de interesse, mas não deu para olhar muito bem, pois a iluminação dos postes era bem irregular.

 

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Tinha também muitas lojas funcionando: parecia a Rua 25 de Março de São Paulo em véspera de Natal. Tivemos um tempo livre, andei naquelas ruas e consegui finalmente encontrar uma tampa 82mm para lente, que estava tanto querendo. Foi uma genérica mesmo, por 500 rúpias nepalesas.

 

No fim do dia, foi a um bom restaurante. Comemos, assistimos a uma dança local e aquela ocasião valeu como o último encontro do grupo, com os agradecimentos do guia, troca de e-mails e tudo mais.

 

Para o dia seguinte, não haveria mais atividades comuns, pois cada um sairia no horário melhor para seu voo. Os que ficariam um pouco mais poderiam fazer um pequeno city-tour.

 

Mas a maior atração do 15º dia ainda seria o extra que eu e alguns colegas adquirimos: um voo sobre as montanhas para ver o Monte Everest, o mais alto do planeta.

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15º DIA: KATHMANDU E RETORNO

 

Eu e os colegas que escolheram o “Everest Scenic Flight” levantamos de madrugada e fomos de van, antes do sol nascer, para o terminal doméstico do Aeroporto de Tribhuwan, em Kathmandu.

 

Este transporte já estava incluído no pacote opcional e o valor do extra, de 182 dólares, só precisava ser pago no final: o trato era que, se não fosse possível ver o Everest, não ia precisar pagar nada! Conforme é muito comum na Índia e no Nepal, falaram que o pagamento em cartão de crédito tinha um adicional de uns 3% ou 4%. Como eu não tinha mais um valor daquele em espécie, ia acabar pagando mesmo...

 

No aeroporto, pagamos a taxa de embarque (não incluída, creio que foi 200 rúpias nepalesas), passamos pelas inspeções de praxe e fomos esparar uns 20 minutos. Depois, pegamos um ônibus (o sol fazia uma luz muito bonita) em direção ao avião. O embarque foi à moda antiga, na própria pista, o que acho muito charmoso...

 

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O voo era pela Yeti Airlines. O avião era um bimotor que levava na faixa de 30 ou 40 passageiros, com uma fileira de assentos de um lado do corredor e duas do outro, mas só eram preenchidos os lugares perto da janela, para que todos pudessem ver bem a paisagem, principal razão de ser daquele voo... Recebemos um folheto que mostrava as principais montanhas pelas quais passaríamos.

 

Decolamos e não demorou a poder ver as montanhas. Eu fui no lado direito. Na ida, as melhores vistas eram no outro lado. Quando já se podia soltar o cinto de segurança, a aeromoça ia explicando para cada um o que a gente avistava na medida do possível.

 

Depois, cada passageiro pode ir até a cabine de comando. Como gosto de máquinas, já acharia interessante mesmo, só que naquela vez a grande estrela eram as montanhas vistas pelos vidros da frente do avião, com direito a explicações do comandante. Havia muito barulho e não dava para ouvir bem o que ele estava falando, mas sei que representou um triângulo com as mãos ao falar do Monte Everest...

 

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Chegou a hora em que vi o Everest, já no meu assento. Era o pico mais alto, claro. A visão daquela janelinha lateral não era perfeita, não era completamente limpa, mas ainda assim era o máximo... A foto dá uma idéia, mas ainda bem longe da emoção de se ver ao vivo, com o avião em movimento...

 

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No caminho de volta, a melhor vista já estava no nosso lado direito, e a gente via montanhas bem mais próximas do que aquelas vistas, no percurso de ida, pelos colegas do lado esquerdo. A distância entre o avião e os montes era pequena, parecia similar à diferença de altura entre eles... Gravei um pouco de vídeo neste trecho.

 

No final, a aeromoça entregou para cada passageiro um certificado. Estava vendendo também um livro, com várias fotos da região e um DVD de vídeo, por 25 dólares. Acabei comprando, e me restou apenas uns 40 dólares da moeda americana.

 

No final, embarcamos na mesma van de volta para o centro. Podia ver vários carros japoneses das décadas de 70 e 80 em utilização (tenho fixação por alguns modelos), como em alguns países pobres da América Latina. Pode parecer um detalhe irrelevante, mas tenho algumas interpretações disso...

 

Paramos no escritório de turismo da empresa Royal Mountain e paguei o passeio de avião de 182 dólares no cartão de crédito, somado com o adicional, mais valeu cada centavo!

 

Quando chegamos de volta ao hotel, tinha apenas cerca de uma hora para terminar de fechar tudo, e não dava mais para andar pela cidade. Como já falei, um problema do roteiro era deixar pouco tempo para a primeira e para a última cidade, e seria bom poder ficar mais tempo em Kathmandu...

 

Ao sair do hotel, ainda encontrei com o guia e nos despedimos mais uma vez. Ele falou da importância de passar um “feedback” para a empresa. Combinei com um taxista uma corrida para ir, novamente, ao aeroporto. Minhas rúpias nepalesas estavam no fim e acertamos por 300 rúpias indianas. No problem! No caminho, ainda parei em um mercadinho para comprar biscoito.

 

Foram cinco viagens de avião em dois dias! A primeira foi o voo turístico da Yeti Airlines. Os outros voos da minha longa volta para casa: IndiGo para Delhi, Jet Airways para Mumbai, British Airways para Londres e outro para o Rio de Janeiro.

 

Para entrar no aeroporto, já tive que mostrar a passagem. Esta é a praxe na Índia e no Nepal, que até admitem visitantes, porém cobrando taxa. Meu voo para Delhi era às 14h, e estava umas duas horas e meia antes. Os preços no aeroporto eram várias vezes mais caros que no resto do país. Usei minhas últimas 135 rúpias nepalesas para comprar um achocolatado de 150: o vendedor aceitou o desconto, pois a bebida era doce mas o preço ainda bem salgado.

 

O embarque na aeronave da IndiGo também foi à moda antiga. O avião era moderno e o atendimento correto, mas sem nenhuma comida ou bebida incluída, como já era de se esperar para um voo curto naquela companhia “low cost”.

 

Ao chegar no Indira Gandhi Airport (DEL), em Delhi, tive que enfrentar a mesma fila de imigração, expliquei meu roteiro e o oficial disse que não precisava da permissão especial de reentrada. Como não havia impresso o voucher da Jet Airways, tive que pagar por isso.

 

Mandei plastificar a mochila maior, dentro do Transport Cover para ser despachada. Foi baratinho e ficou compacta: muitos podem achar pouco para duas semanas... Com as compras que fiz, a antiga bagagem de 7,5 Kg agora era de 11,7 Kg, também nada demais. Ainda foi receber as siglas dos três aeroportos por onde passaria: BOM de Mumbai (Bombaim), LHR de Londres e GIG do Rio de Janeiro.

 

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As lojas do aeroporto de Delhi eram bem sortidas e, na região de embarque, havia várias máquinas automáticas de biscoitos e bebidas, com preços muito bons.

 

A viagem para Londres em dois voos ao invés de apenas um foi porque o horário (saindo a noite, depois de chegar de Kathmandu a tarde) era melhor para mim e o preço também... Como vantagem ainda teria duas refeições sem pagar nada a mais...

 

Em Mumbai, vi a maior burocracia da minha vida. Tinha que passar por inspeção de segurança e raio X até antes de pegar o ônibus para ir de um terminal ao outro. Houve mais inspeção pela frente, com fila gigantesca, mas o tempo era suficiente. O convívio com tanta gente legal também compensava tudo! Antes de deixar a Índia, ainda gastei minhas últimas rúpias indianas para comprar uma coleção de DVDs com 10 filmes bollywoodianos de sucesso, pelo equivalente a uns 37 reais, pagando a diferença no cartão de crédito.

 

As longas horas para Londres e para o Brasil (cheguei às 22h do dia seguinte) até que passaram rápido, sensação típica de “fim” de viagem: minha cabeça ainda estava lá...

 

O território da Índia (podemos colocar o Nepal junto) compõe o “subcontinente indiano”, mas, por tantas coisas e pessoas diferentes que vemos e por tudo o que aprendemos, posso falar sem exagero que é um outro mundo!!!

 

Bem, vou terminar esse relato aqui... Quem quiser perguntar ou comentar fique a vontade!! Se o texto neste site ficou um pouco formal é porque eu fiz também pensando em aproveitar com outros objetivos. Muito obrigado mais uma vez a todos que postam nesse site: a contribuição de vocês foi MUITO importante para a minha viagem, desde o planejamento até o final. Fico feliz se também ajudar um pouco! BOAS VIAGENS!!!! ::otemo::

  • 4 semanas depois...
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Muito obrigado, mpiacesi e joao alexandre!! Esta viagem foi tão especial que mereceu minha primeira postagem aqui no mochileiros.com. Mas não sei até que ponto está completo, pois ainda falei muito menos do que teria de assunto... Valeu mais uma vez!!

  • 3 meses depois...
  • 3 meses depois...
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Muito obrigado, Nathalia_scherer!

 

Dá para levar notebook sim!

Em uma excursão como essa da GAdventures, a gente carrega pouco e por curtos trechos a bagagem maior. A mochila pequena do dia a dia já fica sempre conosco.

Nesses 15 dias, não levei e não senti falta de notebook. Apenas acessava um pouco a internet pela wi-fi do smartphone para manter um mínimo de conectividade.

Se a pessoa ficar mais tempo e/ou quiser fazer coisas mais elaboradas, como escrever textos ou editar fotos, o notebook pode ser útil, mas é preciso estar certa de que pode carregar o peso sem dificuldade, ainda mais se for uma viagem com menos assistência...

 

Abs

  • 2 meses depois...

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