Membros Leandro Moda Postado Janeiro 5, 2013 Membros Postado Janeiro 5, 2013 26/12/2012 a 01/01/2013 Meia-volta à Ilha Grande Aventureiro – Provetá – Araçatiba – Matariz – Abraão – Pico do Papagaio Realizei no final de 2012 uma viagem para a Ilha Grande com meu amigo Jonas. Iniciamos na Praia de Aventureiro e caminhamos pelas trilhas até a vila de Abraão, que utilizamos como base para conhecer o Pico do Papagaio e a praia de Lopes Mendes. Dia 1 – Praia de Aventureiro Dia 2 – Trekking até Araçatiba Dia 3 – Trekking até Matariz Dia 4 – Trekking até Abraão Dia 5 – Subida ao Pico do Papagaio Dia 6 – Praia de Lopes Mendes A maior parte das trilhas foi realizada sem grande dificuldade, pois o trajeto quase sempre era bem definido. Muitas vezes o caminho passa pela areia das praias, subindo por caminhos entre residências: nestes locais tivemos pequenas dificuldades para encontrar o início da próxima trilha, gastando alguns minutos antes de localizarmos. Os locais na maioria das vezes puderam nos indicar o caminho a seguir. Dia 1 – 26/12/2012 Chegamos a Angra dos Reis pouco depois das 10:00 horas do dia 26/12/2012. Após estacionar o carro no estacionamento da rodoviária da cidade (R$20,00 a diária) nos dirigimos até o prédio da Turisangra, na Praia do Anil, onde retiramos a autorização para pernoite em Aventureiro. Às 14:00 horas, formos até o cais de barcos pequenos, onde embarcamos direto para Aventureiro (R$55,00). Depois de 3 horas, atracamos para descer no cais de madeira, seguindo para o camping do Luís, onde passamos esta noite. Praia de Aventureiro Dia 2 – 27/12/2012 Na manhã do segundo dia, desmontamos o acampamento e colocamos tudo nas mochilas. Às 08:20 seguimos para a praia de Provetá, onde chegamos por volta das 10:00 horas. A trilha é bastante ingrime neste trecho, subindo um morro de 338 metros de altitude antes de descer para a baía que protege a vila. Chegada à Provetá Ficamos pouco por lá, seguindo então por uma trilha um pouco mais tranquila até a praia de Araçatibinha, onde chegamos às 12:30. Esta pequena praia tem areia escura e grossa, um mar muito tranquilo e um velho cais de concreto perto de algumas construções que parecem abandonadas. Praia de Araçatibinha Uma pequena trilha leva até a praia grande de Araçatiba, e neste caminho fica o camping Bem Natural, que escolhemos para passar a noite. Nesta época do ano trabalham apenas com pacotes, mas abrem exceções para trilheiros que vão ficar apenas um dia (R$25,00 a diária). O camping estava cheio, mas ainda havia alguns lugares que ainda não estavam ocupados Dia 3 – 28/12/2012 Deixamos Araçatiba às 08:30, e neste dia seguimos por trilhas bem demarcadas que uniam as várias pequenas praias e vilas de pescadores, muitas vezes caminhando pela areia. Trilha no caminho para Matariz Caminhamos até as 14:00 horas, quando chegamos à praia de Matariz, onde existia uma fábrica de sardinhas construída por japoneses e abandonada há alguns anos. Fábrica de sardinhas desativada Contornamos as construções em ruínas e tomadas de mato até chegarmos à areia da praia, onde seguimos um pavimento junto ao mar até o pier de concreto. Perguntamos a um dos locais por um lugar onde fosse possível acampar naquela noite. Fomos conduzidos até o camping do Lídio, que nos recebeu muito bem, apresentando uma área coberta onde poderíamos acampar. O local é recomendado – o Sr. Lídio nos cobrou R$20,00 pelo pernoite, além de nos servir uma ótima refeição por justos R$15,00. O contato pode ser feito antecipadamente pelo telefone (24) 9849-8806. Dia 4 – 29/12/2012 Saímos às 07:50 da praia de Matariz, seguindo o que seria o maior trecho percorrido em um dia da viagem. Após uma pequena trilha, chegamos à praia de Bananal. Subindo bastante por um morro que separa as vilas pesqueiras da Enseada das Estrelas. Na descida, a trilha se tornou bem fechada e andamos em alguns momentos com mato até os ombros. Durante cerca de 40 minutos seguimos reconhecendo a trilha pela vegetação pisada abaixo do mato, que poucas vezes deixou dúvida sobre o caminho correto. Chegamos finalmente ao Saco do Céu, que é uma baía tranquila com alguns cais e vários barcos atracados. Ali nos reabastecemos de água em uma das residências e seguimos por uma trilha mais aberta, ignorando os acessos às praias do caminho e seguindo reto até a vila de Abraão. No caminho nos desviamos para visitar a Cachoeira da Feiticeira, que é acessível através de uma bifurcação na trilha. Foi necessário subir em zigue-zague por muitos minutos sob sol aberto, antes de descer até o pequeno poço da cachoeira. O local estava cheio de pessoas vindas da vila de Abraão, e foi necessário até pegar fila para ficar sob a queda d’água, que era escassa devido ao clima seco. Seguimos até o primeiro sinal de proximidade da vila, um enorme aqueduto de pedra com 11 metros de altura, construído em 1893 para suprir de água as instalações do Lazareto (antigo hospital e prisão). Um pouco adiante, chegamos às ruínas do Lazareto no acesso à praia Preta. Aqueduto Finalmente em Abraão, gastamos muito tempo procurando por um local onde acampar nos próximos dias. Infelizmente a maioria dos campings trabalha apenas com pacotes nesta época do ano, e os preços para 3 noites beiravam o absurdo. Para nossa sorte, encontramos um francês (William) que nos levou à pousada que seu amigo (Claude) estava montando na vila. O local estava sendo reformado, mas nos ofereceu abrigo confortável por metade do que os campings haviam nos cobrado (R$120,00 a diária de um quarto, que dividimos). Dia 5 – 30/12/2012 Para este dia havíamos planejado subir o Pico do Papagaio, uma montanha com 982 metros de altitude facilmente visível da vila de Abraão. Pico do Papagaio visto da vila de Abraão No dia anterior, William havia nos advertido sobre a presença de cobras corais na trilha, nas áreas de bambuzais. Havíamos também nos informado com a polícia ambiental, que confirmou a informação e nos recomendou a contratação de um guia. Como não encontramos nenhuma pessoa para guiar o caminho neste tempo, decidimos subir sozinhos tomando cuidado com a trilha e as cobras. Começamos a caminhar por volta das 07:10 da manhã, quando as ruas da vila ainda estavam vazias. O início da trilha é acessível através da estrada que une Abraão a Dois Rios, sinalizado por uma placa no lado direito. O caminho é bem definido neste trecho inicial, subindo entre grandes árvores, às vezes cruzando troncos caídos, sempre sob as folhas das copas que deixam pouco sol atingir a vegetação mais baixa. Levamos galhos quebrados para servir de bastões, usando-os para mexer na vegetação à frente, esperando com isso espantar as cobras. A trilha nos levou a um local onde haviam muitas pedras úmidas, todas cobertas de musgo, que tornava o caminhar arriscado. Contornamos este ponto passando à direita de uma grande pedra e seguimos subindo, atravessando dois pequenos córregos quase sem água. Chegamos então ao primeiro bambuzal, pisando cuidadosamente e revirando com o bastão as folhas caídas à frente. Já nos primeiros minutos, surgiu uma pequena cobra coral no meio da trilha, que logo correu para o mato. Isso fez com que redobrássemos o cuidado nestes trechos entre bambus, e andávamos mais lentamente do que nosso fôlego permitia. Depois de muitos trechos fechados de mata chegamos à base da montanha, formada por uma grande parede de pedra, que contornamos pela esquerda até chegar à via final de acesso ao cume. De cima da pedra cumeeira, é possível avistar quase a totalidade da ilha, porém a neblina limitou a visão a apenas algumas das praias e ao mar de árvores das matas abaixo. Visão do Pico do Papagaio Voltamos à vila de Abraão, chegando por volta das 14:00 horas. Dia 6 – 31/12/2012 Após todas as caminhadas dos dias anteriores, fizemos um dia mais tranquilo com uma visita à praia de Lopes Mendes. Tomamos um barco (R$25,00 ida e volta) até a praia de Pouso, no lado norte da Ilha, voltado para o continente. De lá seguimos por uma trilha de 20 minutos até Lopes Mendes, que fica voltada para o mar aberto. A visita a esta praia de areia branca é extremamente recomendada. Atrás da faixa de areia, uma grande área com árvores esparsas fornece muitos lugares à sombra. O mar produz ondas volumosas e frequentes, que agradam até quem não está lá para surfar. De volta a Abraão, participamos das comemorações de Réveillon na pousada e depois nas ruas próximas à praia. No dia seguinte, pegamos pegamos a barca (R$4,50) às 10:00 horas, e após 01:30 horas chegamos a Angra dos Reis. Citar
Colaboradores Filipe Salese Postado Janeiro 4, 2015 Colaboradores Postado Janeiro 4, 2015 Parabéns amigo, ótimo relato ..muito bem detalhado...estou pensa do em fazer esta pernada agora em janeiro.. Parabéns TB pelas fotos. Abs Citar
Colaboradores Enrico Luzi Postado Janeiro 4, 2015 Colaboradores Postado Janeiro 4, 2015 Ótimo relato! Por acaso marcou algo no GPS ? Estive em Ilha Grande na tentativa de passar um reveillon em 2011 mas a pousada onde fiquei de 26 a 29 por 60/diária pelo quarto privado queria vender um pacote de ano novo com dias 30,31 e 1 por 500 reais!!! Loucura... Abraço! Citar
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