Membros CrisB Postado Janeiro 4, 2013 Membros Postado Janeiro 4, 2013 CrisB, eu não comprei bota não, apesar de todo mundo ter recomendado que eu fizesse isso hehe. Comprei um tênis, marrom da Timberland com goretex. Por sorte, achei um "usado" no mercado livre, de uma mulher que morava super perto da minha casa e calçava o mesmo que eu! A mulher disse que comprou em nova york mas não teve coragem de usar (pois o achou "bonitnho demais" ). Foi a primeira coisa de todas que comprei, mais de um ano antes de viajar. Ela me vendeu por R$ 150,00, o preço que ela pagou lá nos states. Apesar de ser mais baixinho que a bota, eu não tive problema, porque tomava cuidado para não afundar o pé na neve e em poças d'água. Ah, claro, eu dei sorte pra caramba também porque peguei só um dia de tempo ruim hehe Você conseguiu uma pechincha mesmo, pois esses calçados são bem caros. Não ter coragem de usar porque era bonitinho demais é pra acabar, hein! Eu vou atrás do meu logo, porque tem que dar tempo de amaciar,etc Citar
Membros Nicole1990 Postado Janeiro 7, 2013 Autor Membros Postado Janeiro 7, 2013 Dia 4 - Lisboa - É hora de ir embora Bom, esse foi meu último dia em Lisboa. De noite eu tinha um trem para Madrid, então tive que fazer o check-out do hostel. Eles me deixaram deixar a mochila lá de graça, o que poupou uma boa grana do locker. Todos os hosteis que eu fiquei tinham esse serviço de guardar as mochilas de quem já tinha feito check-out e parece que todos deixam vc continuar usando todos os serviços do hostel, menos o quarto, óbvio. Era sábado, e a cidade começou a lotar. Nosso quarto para 6, por exemplo, só tinha nós. Mas nesse dia ficou cheio. A cidade ficou bem mais animada também. Acordamos cedo e fomos na Praça do Comércio. Minha amiga não tinha muito tempo, pois logo ia ter que pegar um voo para a Alemanha. Ficamos passeando por lá, ficamos um tempo de bobeira em frente ao Tejo. Depois demos uma volta na Rua Augusta, tiramos algumas fotos bonitas, comemos uns pasteizinhos de nata (esses genéricos - mas muito bons!) e logo após ela teve que ir embora. Agora eu estava sozinha, status que não ia se alterar mais dali para frente. A primeira coisa que fiz foi ir ao Elevador de Santa Justa, que fica lá numa travessa da Rua Augusta. Ele foi projetado por um aluno do Eiffel, aquele mesmo da torre, então tem um estilo parecido. É legal que vc pode usar o mesmo passe do metrô para subir, mas com esse passe não se pode ir num mirante que fica mais no alto. Bom, mesmo que pudesse eu não ia conseguir subir, pois consegui a proeza de perder o bilhete. Acho que é porque tava ventando demais, mas lá se foi um dia inteiro de metro liberado. Bom, lá em cima é maravilhoso. Dá para ver aquelas casinhas todas de telhado vermelho se estendendo até o Tejo. Tem-se vista do Castelo de São Jorge, da Sé, da Praça do Rossio... TIrei fotos muito bonitas. Como não podia mais descer de elevador, tomei o caminho para descer a pé - o que acabou sendo ótimo no fim das contas. Eu encontrei a Igreja do Carmo, que eu tinha até esquecido de incluir no meu roteiro - erro meu que o acaso felizmente corrigiu. A Igreja do Carmo foi destruída pelo terremoto de 1755, assim como grande parte da cidade. Os portugueses a mantiveram em ruínas como lembrança do ocorrido. Lá dentro, no que era a nave da Igreja, tem vários artefatos que, aparentemente, foram encontrados nas próprias escavações que fizeram por lá. Já a parte interior é mais legal e tem descobertas arqueológicas feitas em alguns sítios portugueses. É bem interessante. Eu curti bastante duas crianças mumificadas que tem lá, um menino e uma menina, num estado de conservação incrível. É bacana ver também ferramentas e armas da idade da pedra e imaginar como aquelas pessoas viviam. Ah, a entrada para lá é baratinha, 3 euros se não me engano. Bom, saindo de lá eu achei outra coisa incrível. Um restaurante chamado Faca e Garfo, pelo qual me apaixonei. Eu nunca vi se servir comida tão boa e em tanta quantidade por tão pouco dinheiro. Eu olhei aquele cardápio e me deu vontade de pedir tudo. Acabei ficando com os escalopes de vitela. Veio uma porção generosa, com bastante arroz, batata frita e três bifes inteiro. Com a Coca Cola, ficou tudo por 8 euros. Saindo de lá, eu quis ir ao Castelo de São Jorge. É um lugar muito bacana, foi a partir de lá que a cidade de Lisboa começou a existir. É uma antiga fortaleza moura que foi tomada pelos portugueses, dando origem à cidade. De lá sim dá para ver a cidade inteira, é uma experiência imperdível. Pode-se passar horas passenado pelas muralhas da fortaleza, sendo que cada vez que vc sobe em uma torre tem uma surpresa, pois uma nova vista majestosa da cidade se revela. Dentro de intervalos regulares, a gente pode ver o periscópio também, que é super bacana. Com uma combinação de lentes (nada de tecnologia moderna), a gente pode ver a cidade inteira numa espécie de prato branco. Dá para aproximar ao ponto de se conseguir distinguir as pessoas caminhando pelas ruas - e até na janela de suas casas. Enquanto a operadora vai nos mostrando os principais pontos da cidade, vai nos contando a história do lugar. Aprendi muitas coisas nesse dia. Lá dentro do castelo tem também um outro museu de descobertas arqueológicas, legal de ver também. Fiquei um tempo de bobeira sentada em uma das muralhas olhando a cidade e pensando na vida e fui embora. Passeei um pouco pela cidade murada, que é onde a cidade se desenvolveu primeiramente, até ficar tão populosa que as pessoas não cabiam mais lá dentro. Não é muito bonito, tanto que não me animei de tirar nenhuma foto. Mas é curiosíssimo como as pessoas ainda vivem por lá - e como tem sido assim ao longo de, sei lá, 1000 anos. Saindo de lá eu andei um pouco pelo Chiado, fui aos armazéns do chiado, que na verdade é um grande shopping center. Eu já estava cansada e não conseguia pensar em nada mais para fazer. Então voltei para o hostel, peguei minha mochila e fui para a estação de trem. Tive que esperar um tempão lá pelo meu trem, e estava bem vazio pois nesse dia estava tendo greve dos trens. Aparentemente só os trens que iam para a Espanha estavam funcionando - sorte a minha. Comi uns sanduíches que tinha preparado de manhã e finalmente chegou a hora de ir. O trem estava espetacularamente vazio, tão vazio que me pareceu que não compensa financeiramente manter o serviço. Bom, só sei que consegui dormir praticamente a viagem inteira, e pareceu que as 8 horas se transformaram em duas. Dia 5 - Madrid - Pelos mansos prados Domingão em Madrid. Cheguei na estação de trem e passei uns minutos tentando me entender com a máquina que vende bilhetes pro metrô. É importante fazer isso para a gente não acabar metendo os pés pelas mãos e comprando um tipo de passagem inadequada. Peguei um passe para dez viagens por 18 euros. É meio salgado o preço mesmo. Peguei o metro e desci na Praça Tirso de Molina. Meu hostel, o Las Musas Residence, ficava a uns 100 metros da estação. É outro hostel que recomendo sem pestanejar, embora ele tenha um ar mais comercial que caseiro e o café da manhã deles seja uma miséria hehe. Bom, como eu disse era domingão. Eu fui em direção ao Paseo del Prado. Logo de cara eu já percebi uma mudança de ares em relação a Lisboa. Madrid tem um ar mais parecido do que a gente imagina que seja uma cidade europeia no inverno, com as árvores quase sem folhas, e as poucas folhas amarelas. Também é uma cidade bem maior que Lisboa, com avenidas movimentadas e tal. Bom, fiquei admirando o Museu do Prado por fora, tirando fotos, mas não estava com vontade de entrar, pelo menos não naquele dia. Fui visitar uma igrejinha bonitinha que tem atrás do museu. Então resolvi almoçar - um burgerking. Custava na Espanha cerca de 1,50 euro a mais que em Portugal. Pois é, nessa hora deu saudade de Lisboa Bom, nesse dia eu tava a fim de algo mais light. Fui ao Jardim Botânico e me diverti bastante vendo as árvores e seus nomes e origens. É um passeio, de fato, bastante agradável e pouco cansativo. Achei engraçado a árvore milagrosa de Gingko Biloba, fiquei brincando de procurar plantas brasileiras - tinham poucas e estavam super acanhadas devido ao frio perto de 0 grau hehe. Na verdade tinha mais plantas do Brasil numa estufa que tinha lá. Encontrei até uma dorme-dorme, aquela que a gente passa o dedo e ela fecha, fiquei até brincando com ela. Saí de lá e fui ao Parque do Retiro. E que gostoso que tava lá nesse dia. Eu voltei lá várias vezes, mas em nenhuma delas estava tão bom quanto nesse dia. Claro, era domingo e estavam todos passeando. Várias pessoas deitadas nos gramados, mesmo com o frio, principalmente em frente a um grande lago que tem lá, que estava cheio de barquinhos a remo. Deitei também na grama e fiquei vendo as pessoas remando, pensando como eu queria que meu namorado estivesse comigo até que dormi. E essa é uma das lembranças mais agradáveis que tenho da viagem - a horinha que eu passei dormindo no gramado sob o sol. Bom, acordei meio desorientada e fui passear mais pelo parque. Fiquei assistindo um artista de rua que fez uma exibição bacana. Encontrei o Palácio de Cristal, que é isso mesmo. Um Palácio inteiro feito de cristal. Meu, é super legal. Pena que não pude tirar fotos pois a camera estava sem bateria. Achei um museuzinho lá também (acho que se chama Palacio Velazquez ou coisa que o valha) com uns quadros meio bizarros, tipo uma sequência de telas totalmente azuis. Eu sinceramente acho isso meio estúpido hehe. Mas o mais legal é que eu entrei lá de graça e me deram uma entrada grátis para o Museu Reina Sofia , valeu a pena então!! Bom, estava ficando tarde e fui procurar a saída. Deu um pouco de trabalho, pois o parque é gigante. Eu também estava ainda um pouco acanhada de falar em espanhol, então ficava meio relutante de falar com as pessoas . Bom, encontrei a saída. Voltei para o hostel - não sem antes comprar uma baguete, um pacote de jamón e um de queijo. O legal da Europa é que a gente tem uma grande gama de queijos para escolher no supermercado. Eu, como adoro queijo, fiz a festa hehe. Bom, chegando no hostel, preparei aqueeele sanduíche e comi metade (a outra ficou pro dia seguinte). Meu, eu tô com saudade até agora de comer sanduíche de Jamón com queijo. Bom, então é isso. E continua na próxima! Citar
Membros Nicole1990 Postado Março 1, 2013 Autor Membros Postado Março 1, 2013 Bom, infelizmente andava com preguiça de escrever aqui, mas prometo que agora eu termino (ou tento terminar) meu relato. hehe Dia 6 - Madrid - Museu do Prado Bom, nesse dia eu resolvi ir ao Museu do Prado. Fui novamente a pé do meu Hostel, que era bastante perto. Esse caminho do hostel até o Paseo del Prado se tornou meio que meu caminho da roça hehe. Passei antes no mercado e comprei pão, queijo, jamón e refrigerante, para comer no almoço. Eu já tava aprendendo que ir em supermercados de rede (tipo "dia" é mais barato do que passar nos mercadinhos dos chineses que tem em todo canto hehe). O que me deixou mais feliz nesse dia foi a coca-cola, que comprei por 22 centavos de euro a latinha. Tenho certeza de quem mora em São Paulo como eu pode gastar menos dinheiro na Europa que aqui no Brasil =P Bom, o Museu do Prado é bem grande por dentro. Eu resolvi ver apenas a exposição permanente, embora a temporária parecesse estar bem legal também com quadros de van Dyck quando jovem. Meu maior erro foi não ter pego um mapa do museu logo na entrada. Eu comecei a visitar as salas desordenadamente, e no final não sabia o que eu tinha visto e o que faltava ver ainda. Sorte que eu achei um balcão em que tinha mapas e eu pude pegar um. A partir daí a visita ficou bem mais organizada e prazerosa. Eu tinha certeza de que estava vendo todas as salas, sem deixar nenhuma para trás. Alguns quadros que me chamaram a atenção foram o 2 e o 3 de mayo do Goya, que retratam a revolta dos madrilenhos contra os exércitos invasores do Napoleão, e a exeecução desses rebeldes no dia seguinte. São quadros bem marcantes. Outro quadro bacana é o Jupiter devorando su hijo, também do Goya. Aliás, eu saí del lá apaixonada pelo Goya, gostei bastante do estilo dele (apesar, é claro, de entender tanto de arte quanto de física quântica hhehe). Teve outros quadros que eu gostei bastante, de artistas não tão famosos, mas que agora eu não lembro o nome, porque perdi o caderninho em que eu tinha anotado o nome de tudo que eu tinha gostado. Uma pena. Bom, a parte que eu visitei sem mapa realmente ficou comprometida, pois eu já estava morrendo de fome e com os pés doendo, já sem nenhuma disposição de ficar andando para lá e para cá dentro do museu. Não acho que, em quantidade, eu perdi muita coisa, mas fica um pouco a decepção de não ter conseguido ver tudo. Saindo de lá, eu fui para o Parque do Retiro para comer. Eu sempre ia lá para comer haha. Sentei no sol, em frente ao laguinho, e comi bastante pão com queijo e jamón. Ainda tô com saudades de comer isso. Dividi um pouco com uns gatos que tinha por lá. A vida é meio solitária quando se viaja sozinha. Saí do Parque e ainda era algo como 5 da tarde. Um horário terrível, pois as atrações já estão fechando, mas a "vida noturna" ainda não começou. Resolvi, então, ir até o Palácio Real. Acho que resolvi ir a pé. Não me lembro muito bem. Só sei que quando cheguei lá ele já estava fechado (obviamente). Tinha um pôr do sol muito bonito, no entanto. Não sei por quê, mas o pôr do sol em Madrid é fantástico. O céu fica todo uma mistura de rosa com azul, meio que listrado. É difícil descrever, e não sai assim bonito nas fotos. Foi legal ver o Palácio, mesmo que por fora. Ah, no caminho eu tinha passado pela Puerta del Sol, e fiquei um pouco decepcionada. Imaginava um lugar mais bacana (turístico), mas mais parecia o centrão de São Paulo. Eu ainda ia me reconciliar com aquele lugar, no entanto. Bem, na volta do Palácio Real eu me perdi. Não conseguia de jeito nenhum achar o caminho certo, e estava esbravejando com o mapa que o hostel me entregou, pois nele não tinha os nomes de todas as ruas. Eu e esse mapa tivemos uma relação bastante conflituosa durante a viagem, dividindo a raiva e a felicidade, mas não se preocupem, hoje em dia viramos grandes amigos =P . Uma hora, depois de vagar bastante e dialogar bastante com o mapa, eu finalmente achei o caminho para o hostel. (obs.: os meus jantares em Madrid foram muito divertidos e proveitosos - oh cidade boa para comer. Mas eu não me lembro direito em que dia fiz o quê, então para manter o relato o mais honesto possível, eu vou, no final do relato sobre a cidade, escrever um capítulo à parte apenas sobre as jantinhas em Madrid). Dia 7 - Madrid - Às vezes um pouco de planejamento faz bem... Animada com o que eu tinha visto no dia anterior, eu resolvi ir até o Palácio Real, para dessa vez entrar lá e conhecer. Não sem antes dar uma passada em Chamartín para comparar passagens para Barcelona e para a day-trip que eu planejei fazer para Segóvia. Quanto à passagem para Barcelona, eu ainda estava em dúvida entre pegar um trem convencional noturno e passar uma noite viajando, e assim poupar o dinheiro de uma noite no hostel ou pegar o trem de alta velocidade, pagar muito mais caro por ele e ainda ter que reservar uma noite a mais no hostel. Bom, qualquer pessoa racional ficaria com a primeira opção. Mas como eu tinha descolado uma graninha extra antes da viagem e como eu achei que seria legal ter a experiência de viajar num trem de alta velocidade, resolvi ficar com a opção mais cara mesmo. Eu nem quero lembrar quanto eu gastei com com isso, mas creio que foi cerca de 120 euros, mais uns 20 da viagem ida e volta para Segóvia. Talvez tenha sido mais caro, mas, como eu disse, não é bacana ficar pensando nessas coisas Bom, depois eu fui visitar o Palácio Real. Antes, fiquei vagando um pouco lá pelas cercanias. Dei uma volta pelos Jardines de Sabatini, muito bonitos. É realmente agradável por lá. A única parte chata eram umas mulheres tentando me obrigar a doar dinheiro para alguma campanha de caridade (o que provavelmente é um engodo para pegar turistas bobões). Eu comi por ali também, mais uma vez pão de forma com jamón e queijo. E mais uma vez fiquei brincando com as aves que apareciam por lá para roubar minha comida. Solidão é f... hehe. Eu queria ir no Parque del Moro, mas por algum motivo eu simplesmente não consegui encontrá-lo. Se alguém souber onde ele está, por favor me avise O Palácio Real em si é maravilhoso. Uma imensa ostentação de riqueza. São paredes cobertas de seda, muito gesso, muito ouro. Lustres maravilhosos, um mobiliário fantástico. É bem bacana aquilo, e tudo transpirando a história. Vale a visita. E se eu tinha achado o Palácio de Queluz em Portugal opulento, o de Madrid era 200 vezes mais. Eu fico imaginando como é Versailles. Bom, dentro do complexo do Palácio Real tem ainda mais dois lugares para visitar, que são a Farmácia Real e a Armeria Real. A Armeria Real é bam bacana, lá a gente aprende a história das armaduras espanholas, como elas foram sendo aprimoradas com o tempo, para que servia cada uma delas e tal. É interessante. Ah, isso fora as armas de guerra e o cavaleiros (embora eu estivesse prestes a descobrir que armaduras na Espanha são como bananas no Brasil, tem em todo canto haha - mas o primeiro contato a gente nunca esquece). A Farmácia Real eu não vi tanta graça. O mais legal é ver o tipo de coisas que eram usadas como remédio antigamente, algumas delas bem absurdas. Tem algo bem parecido - e até mais interessante - no Instituto Butantã, em São Paulo. Saindo de lá, o mesmo dilema do dia anterior. Era cedo demais para sair à noite, e tarde demais para sair de dia hehe. Eu resolvi ir até ao Estádio do Real Madrid, o Santiago Bernabéu. Não foi uma ideia muito boa, porque eu fiz aquilo sem nenhum planejamento e descobri que naquele dia ia ter jogo - e da Champions League ainda por cima. O tour estava fechado, e eles só me deixaram ir até a arquibancada e até o museu do clube. Bem, eu achei super fo... quer dizer, legal, subir lá em cima nas arquibancadas do Bernabéu. O gramado tava lindo e impecável, porque logo mais ia ter jogo. Pena que eu fiquei uns 5 minutos lá e logo me disseram para ir embora. Também, pudera, estava mó corre-corre lá, com os funcionários tentando deixar tudo organizado para o jogo. Então fui visitar o museu. Aquilo não se pode chamar muito bem de visita. Estava só eu lá dentro, com os funcionários fechando as portas assim que eu passava. Não disseram nada, mas tava na cara que tavam morrendo de pressa hehe. Uma pena, pois vi tudo muito rápido e não aprendi muito sobre a história desse clube maravilhoso. A parte legal foi quando me deixaram tirar foto segurando o troféu da Champions League. Mais tarde, quando fui visitar a loja do clube, fiz questão de levar aquela foto para casa - apesar do preço salgado de 12 euros. Tirando isso, não levei mais nada daquela loja, apesar da tentação. Me pareceu mais barato comprar uma camisa oficial aqui no Brasil do que lá, direto da loja do clube... Bom, de qualquer forma, o mais bacana é que tem uma estação de metrô do lado do estádio, então fica fácil se mover por lá. Chegando no hostel (eu tenho certeza de que eu fiz alguma outra coisa naquele dia à noie, mas não me lembro o quê), eu me sentei para assistir ao jogo. Daí bateu o arrependimento de não ter comprado a entrada para assistir no estádio mesmo. Afinal, era só uns 100 euros mesmo... Dia 9 - Madrid - Ainda bem que foi de graça Esse foi meu último dia efetivamente em Madrid. Além desse dia, eu fiquei por lá dois dias mais, mas esse foi o último em que não fiz nenhuma daytrip. Eu não lembro por quê, mas perdi bastante tempo nesse dia, e acabei fazendo pouca coisa. Sei que tentei ir ao Parque do Retiro por um lugar diferente, mas acabei no mesmo ponto de sempre, para comer. Tudo bem, dei uma boa caminhada, foi legal. Mas minhas pernas já estavam começando a me matar e eu não estava mais achando tão legal ficar adando por aí à toa. Eu tinha um machucado no dedo do meu pé e ele já estava me incomodando. Parei para comprar band-aid e foi engraçado, porque eu não sabia dizer band-aid em espanhol Bem, depois de perder a manhã toda sem fazer nada em específico, eu resolvi ir ao Reina Sofia, pois ainda tinha uma entrada de graça para lá. No caminho, no entanto, eu encontrei o Museu de Antropologia. Foi um passeio engraçado. Aquilo eu acho que é meio que projetado para crianças, mas foi interessante ver artefatos utilizados por diferentes povos do mundo. Tinha uma sessão sobre as religiões asiáticas que eu achei bem bacana, e me diverti vendo as roupas que os esquimós faziam para eles. Tinha uma parte sobre o Brasil em que eu vi coisas das quais eu nunca tinha ouvido falar hahaha. Fui, então, finalmente, ao Reina Sofia. Bom, eu posso dizer que é um lugar ao qual eu só fui porque era de graça, porque realmente não curto muito arte moderna. Mas tá, tinham vários quadros de artistas como Picasso e Miró, além de esculturas e tal. Tem uma parte multimídia legal e eu vi, inteirinho, um curta do Buñuel, se não me engano. Não me lembro o título, mas eu até que achei legal. Ah, claro, tudo isso além do famoso Guerica do Picasso. Sinceramente, não gostei da abordagem que eles fizeram na sala em que fica o quadro, tudo sob uma ótica socialista, como se as tropas republicanas na guerra civil espanhola fossem santas. Saí do museu mais irritada com a abordagem ideologicamente carregada que eles fazem lá dentro do que impressionada com as obras de arte. Até valeu pela experiência, mas não é um lugar ao qual eu retornaria, nem de graça. Saindo de lá, tava super agradável. Era véspera de um feriado prolongado na Espanha. Tem uma espécie de praça em frente ao museu, e eu me sentei lá, admirando o pôr do sol que, mais uma vez, estava bem bonito e fiquei vendo dezenas de crianças que tinham acabado de sair da escola jogarem futebol, basquete e brincarem de outras coisas, acompanhadas por seus pais. Uma coisa bem prosaica, mas bem agradável também. E foi isso. Ah, mas uma vez eu devo ter saído à noite, mas não me lembro exatamente o que fiz nesse dia, eu conto tudo depois, num apêndice. hahaha. É isso. Citar
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