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Saudações a todos, como é a primeira vez que posto aqui peço desculpas antecipadamente caso cometa alguma gafe.

 

Eu e minha esposa criamos um roteiro aleatório pelo interior, utilizando algumas pousadas (pacotes econômicos adquiridos no site de compras coletivas de estadias mais popular no momento) com o objetivo de conhecer as cidades e praticar algum trekking.

Nosso roteiro foi Santo Antônio do Pinhal x São Bento do Sapucaí x Águas de Lindóia x Socorro (Pedra da Bela Vista), e abordarei cada cidade em tópicos separados.

 

Iniciamos por Santo Antônio do Pinhal. Cidade pequena mas com uma estrutura moderninha, um centro pequeno mas com cara de "novo". Alguns restaurantes estilosos, pizzaria, lanchonetes e um perqueno supermercado, O Amaral.

 

1º dia - Pegamos na Rodoviária Tietê-SP pela empresa "Pássaro-Marrom" o ônibus para a cidade mineira de "Paraisópolis" que passa pela cidade. Saímos de SP às 8:00 e chegamos à rodoviária da cidade por volta de 9:50. Ficamos fazendo hora pelo pequeno centro até 13:00, pois havíamos esquecido a barraca de camping dentro do ônibus, e rapidamente ligamos pro guichê da Pássaro Marrom em Paraisópolis (todos chama de paraíso a cidade) e nossa querida barraca voltou no ônibus de retorno. Sorte nossa.

 

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Pequeno centro da cidade visto de cima.

 

Paramos no Supermercado Amaral para comprar algumas coisas (somos do tipo que tenta economizar ao máximo com restaurantes nas viagens, nosso foco maior é a aventura) e seguimos para a "Pousada Chalés da Colina", uma pequena pousada com apenas 4 chalés que fica a 2,5 km do centro. Fizemos nossas compras pra 2 dias de comida e pé na estrada até que chegamos. Foi uma caminhada tranquila pela estrada asfaltada com subidas e descidas pouco íngremes.

No pacote promocional pagamos 99,00 por 2 diárias para casal sem café da manhã. Achei o preço muito interessante, o interior do chalé estava bem limpo e em ótimas condições, e o banheiro novinho limpíssimo. Muito aconchegante e ideal para um vinho na beira da lareira, numa programação romântica à dois.

 

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Entrada da Pousada

 

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Chalé em que ficamos

 

Decidimos descansar um pouco, pois na noite anterior havíamos dormido apenas 4 horas, e saímos para um passeio noturno pela rua.

A cidade em si é muito pequena e acho que gastamos 1 hora para percorrer seus caminhos principais.

Paramos para fotografar a Igreja do Santo que dá nome ao município e paramos no centro numa lanchonete simples ao lado de uma imobiliária no centro (esqueci o nome), para comermos um sanduíche no estilo x-bacon, x-egg, e pagamos algo em torno de R$8,00 por um hamburguer grande. Também vimos ao longo do dia alguns restaurantes com PF´s na faixa de 9,00 a 13,00, deduzindo que a alimentação não é cara no local.

Sem maiores atrativos, decidimos voltar à pousada para encerrar a noite.

 

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Igreja do Santo Atnônio do Pinhal, padroeiro da cidade

 

2º dia - Acordei disposto a conhecer os dois pontos turísticos mais conhecidos da cidade, O Pico Agudo e a Estação Eugênio Lefreve. Aprontei minha bermuda de Trekking, meu cinto tático com cantil e faca, minha pochete onde levo a câmera e biscoitos para repor sal e açúcar, e infelizmente parti sozinho para o pico agudo, minha esposa acordou passando mal.

Já havia calculado o trajeto, não era bem uma trilha, mas uma estrada de 9 km que iniciava no centro da cidade, e iniciei esse caminho por volta de 10:00, sob um sol de 28º.

A trilha quanto à mobilidade é fácil, como eu disse se trata de uma estrada ora com um asfalto vagabundo, ora de terra, porém é uma subida que não acaba. Ela é bem demarcada, até seus 5 km de trajeto é rica em pousadas, casa de artesanato e moradias também, e a dificuldade maior foi a resistência física de sol na cabeça direto com apenas um cantil de água, que estava indo embora rapidamente. Não sou sedentário e caminho 13km pelo menos umas 6 vezes por semana em ruas de subida e descida, e até que possuo boa resistência, mas o calor me sabotou um pouco.

 

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Ainda no início do caminho na parte onde ainda haviam moradias

 

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Continuação da estrada de subida nos 4 km restantes até o topo, nesta parte já não haviam mais casas.

 

Quando faltavam uns 3 km´s minha água já estava quase no fim e minha pressão baixou um pouco, eram em torno de 13:00 e já eram 3 horas de caminhada no sol (2,5km até o centro + uns 6 km de subida) e decidi sentar na beira pra descansar. Aós 5 minutos de descanso na sombra, logo uns 200 metros a frente encontrei uma fonte natural de água potável, foi o que renovou minhas energias, água geladinha e cristalina com ótimo sabor, bebi uns 2 cantis e levei-o cheio novamente totalmente revigorado, incrível como o corpo humano é totalmente dependente de água, aprendi essa lição com um ótimo exemplo.

Quando faltava 1 km para chegar ao topo do Pico Agudo, parei num mirante, aproveitei pra respirar um pouco e tirar umas fotos. Deste mirante consegui avistar a Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí, que foi o 2º roteiro da viagem, que citarei noutro post.

 

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A fonte que me salvou da desidratação

 

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Vista do mirante, à 1 km do topo

 

Mais 1 km percorrido e PIMBA! Cheguei ao Pico Agudo!!!

Confesso que ele é tão alto com sua visão de 360º que para quem não está acostumado pode dar uma vertigem inicial. Dele pode-se avistar com perfeição toda a cidade de Campos do Jordão.

 

Dei sorte de encontrar um casal bacana lá em cima que se ofereceu pra tirar uma foto minha (ir sozinho é horrível no quesito fotos, pois ou vc tira fotos da paisagem apenas, ou tira de si com o próprio braço hahaha).

 

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Chegada ao topo do Pico Agudo

 

 

Logo em seguida chegou uma equipe de saltadores de Parapente, ou seria paragliders? Bem, fiquei um pouco vendo-os aprontar seus equipamentos e assisti seus saltos por alguns minutos antes de iniciar a descida de volta. Após descer uns 4 km, um rapaz de moto que descia me ofereceu carona, e voltei rapidamente ao centro.

 

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Pessoal saltando

 

Encontrei no centro da cidade minha esposa já recuperada, isso por volta de umas 16:00 já, e fomos caminhando até a estação Engênio Lefreve, uma caminhada de uns 5 km até a entrada da cidade, onde tiramos mais algumas fotos.

 

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Eu e a cadelinha que apelidamos de Lolapalozza, no Mirante da Santa (Estação Engênio Lefreve)

 

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Minha esposa Alessandra e as hortênsias ao fundo, que ilustram a paisagem da estação

 

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De lá pode-se ver a linha de trem que faz(ou fazia) o trajeto até Campos do Jordão. No mirante da Santa, fomos adotados por uma carinhosa cadelinha que nos seguiu na caminhada de volta até o centro da cidade e até o nosso chalé. Ela nos adotou como donos dela, dormiu na porta do chalé e latia para quem passava perto, no mínimo achou que éramos seus novos donos e que era proprietária do local. Dia seguinte nos seguiu novamente até a rodoviária onde nos assistiu entrar no ônibus e partimos. Ficamos com o coração apertado, pois se tivesse como teria trazido o pobre bichinho para nosso apto em São Paulo, mas não tinha como, faltavam 3 cidades e mais 7 dias de viagem.

 

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De noite no chalé repomos as energias com um delicioso capeletti improvisado em nosso mágico fogareiro elétrico de R$20,00, onde fazemos desde massas, hambúrgueres até pizzas de frigideira

 

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Na volta pro chalé esbarramos com essa cobrinha não peçonhenta na beira da estrada.

 

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A cadelinha que nos adotou montou guarda a noite toda na varanda do chalé, eu que não sou muito de cães fiquei de coração mole com o apego do animal.

 

Pegamos o ônibus de 12:30 pra São Bento do Sapucaí, 30 min de viagem, e encerra-se aqui nossa passagem pela pequena e aconchegante Sto Antônio do Pinhal.

  • 7 meses depois...
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Bacana o relato e ótimas fotos. Já passei pela região e é muito bonito.

 

Parabéns pela disposição em fazer tudo isso, inclusive acampar, sem carro. Vou aguardar os próximos capítulos.

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