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De carro pela Serra Gaúcha

 

Alô, mochileiros! Segue mais um relato rápido, sucinto e contendo apenas dicas e pequenas histórias de uma viagem realizada no inverno de 2012: eu e minha namorada de carro pelo sul do Brasil. Espero que gostem e seja útil no planejamento de vocês!

 

Planejamento

 

Planilhas na mão, dias contados, cálculos de expectativa de gastos, principais passeios que se deseja fazer e bastante levantamento de dados dos lugares a visitar. Planejar é sempre necessário e saber na medida certa pode ser a diferença de uma puta viagem para uma furada. Utilizei os seguintes sites para recolher informações:

 

- mochileiros.com: inspiração para todos os roteiros, tirador de dúvidas, guia anti-furadas, enfim, tudo!

- viajeaqui.abril.com.br: calcula rotas e gastos para viagens de carro pelo Brasil, informando custo de pedágios e tudo o mais, recomendo para evitar surpresas.

- cambaraonline.com.br: site que reúne informações muito úteis sobre a região de Cambará do Sul, me ajudou bastante.

 

O roteiro definido foi:

São Paulo - Florianópolis - Cambará do Sul - Gramado e Canela - Bento Gonçalves - São Paulo

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Passar pelo litoral sul, explorar os cânions da região dos campos de cima da serra gaúcha, conhecer as famosas cidades de Gramado e Canela e fazer um tour gastronômico por Bento Gonçalves. Nada mal, hein?

 

 

Melhores Momentos / Hotspots

 

A ideia do primeiro dia era dar uma passada rápida em Florianópolis para visitar um primo descolado da Mari, almoçar e partir. Foi o que fizemos e deu uma vontade imensa de ficar por ali mesmo. Que lugar incrível.

 

Na sequência viria Cambará do Sul e os não tão famosos cânions. Os cânions são incríveis e despertam uma sensação absurda de liberdade por dentro. Ficar na beira do precipício, apreciar aquelas paredes rochosas intermináveis e sentir o vento (felizmente fraco) no rosto foi uma das melhores experiências da viagem. Confesso que fiquei apaixonado pela região. Não vale a pena descrever os cânions em palavras, eu não conseguiria chegar perto de transmitir a vocês a sensação de estar lá.

 

Cânion Fortaleza

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PN da Serra Geral

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Não lembro onde foi mas tenho certeza que durante minha pesquisa sobre os cânions li que havia pumas no local. Sei que esses animais são praticamente impossíveis de serem avistados, mesmo nas regiões em que se encontram em maior concentração, como na Patagônia; mas brincava a toda hora que queria ver um puma lá. Ela debochou tanto de mim que quando estávamos voltando do mirante do cânion Fortaleza nos deparamos com um Graxaim, um cachorro do mato da região, cruzando a trilha. Corri atrás como se fosse o puma, qualquer contato com animais selvagens seria válido. E eis que saiu essa foto. Não foi um puma mas tá valendo! hahaha

 

Graxaim

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O Parque da Ferradura, em Canela, possui várias trilhas e mirantes no meio da mata com um visual do Vale da Ferradura sendo cortado pelo Rio Cai. Uma trilha maior desce até o rio, aproximadamente 1h descendo, pesada na descida e cansativa na subida, mas vale a pena demais. Na minha opinião o melhor parque de Canela.

 

Ainda, no meio da trilha, uma cachoeira escondida entre a mata se apresenta pra você e meio que diz “Você está no caminho certo, meu filho!”. Top.

 

Cachoeira no Parque da Ferradura

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Fins de tarde em Canela e Gramado são top, seja vislumbrando os paredões do vale da ferradura ou sentado na beira do Lago Negro.

 

Parque dos Paredões

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Gastronomia é o forte do sul e nada como comer e beber bem enquanto estiver por lá. Bento Gonçalves oferece dois roteiros que podem ser feitos de carro para quem estiver interessado: o Vale dos Vinhedos e o Caminhos de Pedra. No Vale dos Vinhedos se encontram as maiores vinícolas do Brasil, nas quais você pode fazer tours guiados com degustação no final. Fizemos na Vinícola Miolo e valeu a pena. No Caminho de Pedra existem vários estabelecimentos típicos do sul como moinhos produtores da erva-mate, a Casa da Ovelha e o restaurante Nona Ludia, um buffet livre animalesco que te faz pedir arrego. Recomendo também!

 

Vale dos Vinhedos

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Quebrando mitos

 

Ir aos cânions com carro baixo e sem guia

Ir com carro próprio aos cânions é totalmente possível desde que não esteja chovendo e se tenha um pouco de paciência. Fomos de Celta e não tivemos problema algum, a estrada para o PN Aparados da Serra é de terra e pedra, aproximadamente 18km, mas se for devagar não tem erro. Para o PN da Serra Geral são 22km se não me engano mas menos de 10km são de terra, tranquilo também. Não há necessidade de guia em nenhum dos dois parques, dá pra se virar sozinho tranquilamente. Você faz seu roteiro, seus horários e as trilhas que quiser sem pagar por isso. Fui apenas uma vez ao local e não senti falta de guia em nenhum momento.

 

Gramado (opinião totalmente pessoal!)

Chegamos em Gramado no começo da noite. Minha primeira impressão foi que Gramado era uma cidade de brinquedo. Parece um grande parque fantasiado de cidade. Todas as lojas são exageradamente decoradas por dentro e por fora. Locais que crianças são clientes em potencial possuem pelo menos um boneco ou um dragão gigantes do lado de fora! É tudo tão fantasiado que pra mim perdeu um pouco a graça. Gosto da beleza natural das coisas e infelizmente natural é a palavra que menos combina com Gramado. Não que não seja um local bacana para conhecer, gostei muito de passar por lá, mas por ter passado nos cânions tudo parecia muito artificial e a cidade não me encantou como eu esperava.

 

Para viajar bem tem que gastar bem

De jeito nenhum. Meu gasto total com a viagem, com tudo incluso, foi de R$1.050 reais para 10 dias, incluindo todos os buffets livres, hotéis, gasolina, pedágios, passeios, tudo. Um pacote para uma viagem dessas em agências deve custar o dobro para um período bem menor. A chave está no planejamento e na vontade de buscar as informações e resolver sozinho sua trip. Além de se sentir mais dono do seu nariz e ficar com o roteiro totalmente livre, você economiza bem e possibilita a realização de outras viagens na sequência!

 

 

Perrengues

 

Serra do Faxinal

No primeiro dia, saindo de Floripa em direção a Cambará começou uma sequência de tomadas de decisão inadequadas que nos fizeram passar por um estresse grande. Continuamos na BR-101 beirando o litoral catarinense passando por Palhoça, Tubarão, Criciúma e Araranguá. A estrada estava cheia de desvios e a sinalização bastante confusa em muitos pontos, bastante ruim de dirigir á noite. Perto de Araranguá paramos em um posto para perguntar sobre as condições da estrada com destino à Cambará do Sul. A resposta foi: “Cambará do Sul? Não conheço”. Como assim? Cambará ficava a apenas 100km dali e o cara não conhecia, tinha algo de estranho. Comecei a explicar, “é pelo caminho passando por Praia Grande/SC, tem que subir uma serrinha” e aí ele percebeu a encrenca, “a Serra do Faxinal? Vocês estão com que carro?”. Falamos que era carro comum, baixo, mas ele tentou tranquilizar. Disse que era uma serra de estrada de terra e pedra mas que seriam só alguns poucos km de chão ruim, que poderíamos subir tranquilo. Na verdade não tínhamos opção, eram quase 20h e queríamos chegar logo na pousada, não fazia sentido pernoitar naquele lugar desconhecido pois nada até então nos tinha desestimulado a subir.

 

Grande erro. Meu amigo de facebook Amyr Klink ficaria desapontado comigo. Não pesquisei de forma adequada as condições da Serra do Faxinal. Para falar a verdade nem sabia que esse era o nome da serra que liga Praia Grande à Cambará. Ainda, fui totalmente imprudente saindo de Floripa às 17h, perto do pôr-do-sol, sabendo que ainda faltavam pelo menos quatro horas de viagem. Depois de perder a entrada e fazer o retorno pegamos uma estrada de via simples, com asfalto bom e razoavelmente bem sinalizada mas muito mal iluminada. Estávamos completamente sozinhos no local e quando passamos pelo que parecia uma cidade fantasma (depois descobri que era São João do Sul) vi que tinha algo errado e sinistro. Eu impaciente querendo acelerar e PLAU, um cachorro salsicha (que na hora achei que fosse uma doninha ou marmota ou qualquer outro animal selvagem, pois tudo pra mim ali era selvagem) aparece no meio da estrada! Desviei o carro em velocidade mas não estava tão rápido e segurei a direção, um baita susto! A partir daí fiquei mais cabreiro e mais cauteloso. Depois de muito mais tempo do que o planejado chegamos em Praia Grande e vimos uma pizzaria aberta. Fui logo perguntar sobre a Serra do Faxinal e agora veio um discurso mais realista e sábio: “A serra está em péssimas condições, você vai pegar uns 40km até Cambará sendo que menos de 10km são de asfalto. Eu não subiria a essa hora da noite.”

 

Tínhamos saído às 3h da manhã de São Paulo, não preciso dizer que estávamos exaustos e loucos por uma cama. Mas faltavam só 40km, meu cérebro imprudente me convenceu: “sobe lá, Renan. Você consegue! Não vai perder uma manhã nos cânions por causa de medo, não é?” Mais um erro, resolvemos continuar. A partir daí, um desastre. São vários os motivos para não subir a Serra do Faxinal à noite, dentre eles: (i) o chão é péssimo e cheio de pedras soltas que vão destruir o seu protetor de cárter e possivelmente furar algum pneu seu, ainda mais com baixa visibilidade; (ii) não existe iluminação nem sinal de celular em nenhum ponto, é uma estrada selvagem, qualquer problema que dê no seu carro será a certeza de que você vai passar a noite ali até alguém te encontrar; (iii) passar a noite ali não deve ser nada agradável, nesse dia a temperatura estava com certeza perto ou abaixo de 0º C; (iv) enquanto subíamos dava pra enxergar umas luzinhas lá embaixo e tive certeza que o visual dali durante o dia deve ser espetacular, mas só víamos as luzes por estar a noite; (v) subindo por esse caminho você passa pela entrada do Parque Nacional de Aparados da Serra 18km antes de Cambará, ou seja, se subisse de manhã eu poderia passear pelo parque antes mesmo de entrar em Cambará e economizar 36km (ida e volta) de estrada de terra.

 

Ficou claro que erramos ao subir a Serra do Faxinal á noite, certo? Pois é, ainda vacilei em uma subida e o carro parou, não conseguia sair, as pedras soltas não me deixavam subir, um terror. Aí saí no frio congelante para ver até onde podia dar ré, voltei alguns metros pelo barranco até onde vi que seria possível, deu um impulso e subiu! Corri atrás, congelado, roxo, nervoso, com medo, admito. Enfim, chegamos em Cambará perto das 23h da noite. Por sorte a dona da pousada ainda estava acordada e me deu as chaves do chalé. Não foi uma noite muito agradável, vou explicar o porquê na avaliação das hospedagens de Cambará.

 

A volta, 15h dentro do carro

O título já explica o perrengue. A ideia era sair de Bento Gonçalves e ir direto para São Paulo, mil e poucos quilômetros em 12 horas, segundo o google. Sabia que ia ser perrengue mas dormir na minha cama em São Paulo não teria preço (aliás teria, seria de graça, bem diferente de dormir em qualquer lugar pelo caminho). O que rolou foi que a BR-116 na maior parte do caminho é pista simples, possui poucos trechos de ultrapassagem, muitas regiões serranas em que você não consegue ultrapassar 60km/h e grande tráfego de caminhões. Viagem um tanto perigosa e muito cansativa. No final as 12 horas viraram mais de 15 e chegamos destruídos em São Paulo. Perrengue.

 

Obs: Como puderam ver, os dois perrengues estão relacionados às viagens de ida e volta, nas quais tentamos fazer em um único dia. Qual a lição tirada disso? Quem tem pressa e não se prepara direito passa perrengue. Se fizesse de novo esse roteiro eu dormiria em Floripa na ida e quebraria a volta com uma parada em Curitiba, por exemplo. Vai da vontade e da resistência de cada um.

 

 

Dicas

 

Cambará do Sul

 

Previsão do Tempo: Preciso dizer que nossa passagem em Cambará foi espetacular e muito disso devido ao tempo bom que pegamos na cidade. Apesar do frio cortante da noite os dias estavam ensolarados e sem nenhuma nuvem no céu, dias simplesmente magníficos que nos deixaram aproveitar ao máximo os dois parques da região. Eu ainda não tinha decidido se começaria a viagem por Cambará ou por Gramado e o que definiu minha decisão foi a previsão do tempo. Então, segue outra dica: se for à Cambará fique de olho na previsão, influencia totalmente o seu passeio. A época que oferece melhor visibilidade dos cânions e menor incidência de chuvas é o inverno.

 

Serra do Faxinal: Não subir a Serra do Faxinal à noite, subir logo pela manhã, aproveitar o visual e conhecer o PN de Aparados da Serra antes de entrar em Cambará. Se tiver tempo, conhecer os cânions por baixo, por Praia Grande/SC, fiquei apenas dois dias em Cambará e ficou uma sensação de “quero mais”.

 

Comer na galeteria: Comi na galeteria O Casarão e não me arrependi. O buffet livre custava R$28, R$38 com opção de galeto, R$48 com opção de truta, mas pra nós estes eram dispensáveis. Tinha uma enorme variedade de saladas, sopa de capelleti, massa com molho branco, molho vermelho, costela de porco, queijo coalho e polenta na pedra fritando na sua mesa, pinhão, doces, muitos doces, sagu, chás, enfim, bom demais! Valeu a grana, comemos muito e comemos bem. http://www.galeteriaocasarao.com.br/" onclick="window.open(this.href);return false;: R$56/casal

 

Passeios: Visitar primeiro o PN Aparados da Serra, que abriga o cânion Itaimbezinho. É o parque com mais infraestrutura turística, bom para começar o passeio em Cambará. Visitar o PN da Serra Geral depois do Aparados! Por que? Porque se você for no cânion Fortaleza antes vai achar o Itaimbezinho sem graça. Eu pessoalmente gostei muito mais do PN da Serra Geral, sem infra, maior, várias trilhas diferentes, liberdade total e o visual é bem mais impressionante. Recomendo pelo menos um dia inteiro nesse parque, fazer todas as trilhas disponíveis, vale muito a pena. Leve uma mochila com água e lanches para o dia. Não deixe lixo no local de forma alguma e se possível recolha o lixo dos outros que encontrar no caminho (não encontrei quando fui, ainda bem!). Como já dito, dá pra ir sem guia e com carro baixo.

 

Gramado e Canela

 

Passeios: Parque da Ferradura de manhã com Parque dos paredões no final da tarde e se quiser emende com o teleférico perto do pôr-do-sol, são todos bem próximos. Parque do Caracol é passeio para meio dia apenas, preferência pela manhã. Na volta passe no Castelinho do Caracol, um mini-museu em que você pode comer um Apfelstrudel que dizem ser muito bom (quando passamos lá tinha acabado de fechar! Uma pena.)

 

Gastronomia: Uma boa pedida em Gramado ou Canela é comer uma sequência de fondue, ainda mais no dia dos namorados. Pesquisei bastante e vi que um dos melhores custo/benefício era o restaurante do Carlito’s, sequência de fondue por R$34 por pessoa se pago em dinheiro, R$44 no cartão. Claro que pagamos em dinheiro! Só fique atento pois eles tentam te empurrar entrada sem avisar e você pode ter uma surpresa desagradável na conta (entrada custa quase o preço de 01 pessoa a mais na mesa, pasmem). A sequência de foundue é estilo rodízio, comida à vontade, portanto chega até a ser anti-ético oferecer entrada (pãezinhos com patê)! Mas eles colocam na sua mesa sem pedir e depois vem a facada. Eu estava prevenido e pedi para o garçom tirar na hora e ele fez cara feia. Outra coisa chata é a insistência em tentar te empurrar vinhos e espumantes, todos caríssimos. Nós tínhamos vinho no hotel e só queríamos o fondue, pronto. Mas não, pelo menos 6 garçons ofereceram vinho até que eu falei que não bebia. Cara feia de novo. Enfim, eles oferecem o fondue mais em conta e tentam ganhar na entrada e na bebida, coisas do Brasil. A sequência em si é muito boa, primeiro fondue de queijo com pão italiano, batatinha, goiabada, polenta, muita coisa. Depois uma chapa de pedra fumegando, vários tipos de carnes e diferentes molhos, muito bom! E no gran finale o fondue de chocolate com frutas (nesse eu já estava empurrando pra dentro por obrigação).

 

Fugindo das armadilhas: Gramado e Canela são bem próximos (2km) e as coisas em Canela tendem a ser menos caras. Portanto, se estiver de carro vale a pena se hospedar em Canela e conhecer as duas cidades tranquilamente. Fuja dos roteiros tourist-trap, ou armadilhas para turistão. Eles dão nomes fabulosos para qualquer coisa lá, prepare-se para se decepcionar com alguns lugares. Prepare o bolso também.

 

Bento Gonçalves

 

Passeios: A dica é tirar um dia inteiro para passear em Bento. Acordar bem cedo e fazer o tour no Vale dos Vinhedos pela manhã, parar para conhecer uma ou duas vinícolas (tour guiado com degustação) e aproveitar o clima da região. Quando a fome apertar pegue seu carro, ligue o GPS e rume para o outro lado da cidade, na direção do Caminho de Pedra. Logo no início do caminho fica o buffet livre Nona Ludia, espetacular. Vá com bastante fome pois eles te alimentam muito bem ali! Na parte da tarde aproveite para andar mais adentro do Caminho de Pedra, visitar a Casa da Ovelha e a Casa do Mate. Para ser sincero, nada nesse roteiro é deslumbrante ou muito especial, mas a combinação de tudo isso com certeza fará desse dia um dos mais agradáveis da sua viagem.

 

 

Avaliação de Hospedagem

 

Cambará do Sul

 

Pousada Serrana, R$70/casal. Acabou não sendo bom negócio, mas poderia ter sido pior. Essa pousada na verdade se resume a quatro chalés de madeira, sem luxo algum, de certa forma bastante limpos, mas que tem um defeito inadmissível: não possuir aquecedor. Também não serve café da manhã. Nas duas noites que passamos lá a temperatura estava perto de 0ºC e o chalé era insuportavelmente frio, muito desconfortável. Minha primeira opção era a Pousada Simone, que pesquisei bastante e achei que fosse o melhor custo/benefício (o que se confirmou!), mas não tinha vaga para os dois primeiros dias; acabei ficando na Pousada Serrana e passei frio.

 

Pousada Simone, R$60/casal. Casa de família simples com alguns quartos bastante aconchegantes, também não possui aquecedor mas possui lençóis térmicos que esquentam sua cama e dão uma sensação muito boa de conforto. Café da manhã bom, mergulhei no suco de uva e me entupi de salame. Ainda nos ajudaram quando deu problema no carro. Ótimo custo/benefício, com certeza a melhor opção da região para mochileiros. RECOMENDADO!

 

Gramado e Canela

 

Couchsurfing, R$0/casal. Em Gramado fizemos couchsurfing por dois dias! Para quem não conhece, couchsurfing significa “surfar em sofás”dos outros. É uma comunidade online que reúne pessoas interessadas em dar abrigo e receber abrigo enquanto viajam, trocando experiências e fazendo novos amigos, sem cobrar nada obviamente. Uma das melhores ideias dos últimos tempos. Conhecemos o Felipe, super gente boa, tomou uma cerveja com a gente (cerveja Polar, só encontra no Sul) e nos convidou para tomar café no seu hotel, o Hotel Quero-Quero, bem conhecido por lá!

 

Grande Hotel Canela, R$135/casal. Em Canela ficamos no Grande Hotel Canela, era dia dos namorados e queria um pouco mais de conforto. Além do mais, conseguimos uma boa promoção em sites de compras coletivas e pagamos apenas R$135/casal na diária do Apartamento Luxo. O hotel é sensacional, o quarto em que ficamos era maravilhoso e o café da manhã está facilmente no top 5 da minha vida. Não costumo me apegar muito em hotel, prefiro hostels e pousadas, mas o custo/benefício dessa compra foi ótimo.

 

Bento Gonçalves

 

Hostel Casa Mia, R$38/pessoa, quarto compartilhado. Em Bento Gonçalves ficamos no Hostel Casa Mia e não teve crise. Foi o melhor preço que encontramos, as pousadas custavam todas acima de R$100 para o casal e fomos consultar esse hostel. O preço era de quarto compartilhado mas pegamos um quarto com somente duas camas, que logicamente nós juntamos e virou uma só. Ou seja, quarto privativo pelo preço de compartilhado. O hostel era bastante limpo, o café da manhã era justo e a localização que não sei informar se era boa ou não, pois estávamos de carro e não nos preocupamos com isso.

 

 

Gastos

 

Alimentação (casal): R$592

Principais itens

Galeteria O Casarão: R$28/ pessoa

Sequência de Fondue no Carlitos: R$34/ pessoa

Nona Ludia: R$33/ pessoa

Mercado para viagem toda: ~R$120

 

Transporte (gasolina e pedágios, para o casal): R$566

 

Acomodação (casal): R$681

 

Outros: R$235

Principais itens

PN Aparados da Serra (entrada 2 pessoas + estacionamento): R$17

PN da Serra Geral: R$0

Parque da Ferradura (entrada 2 pessoas): R$16

Parque dos Paredões (entrada 2 pessoas): R$10

Parque do Caracol (entrada 2 pessoas): R$24

Tour com degustação na Vinícola Miolo (2 pessoas): R$20

 

Total para o casal: R$2.074

 

 

A viagem em números

 

Dias: 10

Estados percorridos: 4

Kms percorridos: 2767

Litros de gasolina queimados: 180

Pneus furados: 1

Hotéis visitados: 1

Pousadas visitadas: 2

Hostels visitados: 1

Couchs visitados: 1

Vinícolas visitadas: 1

Buffets livres visitados: 5

Indigestões depois de buffet livre: 5

Pontos turísticos falsos detectados em Gramado: 17

Cachorros-do-mato avistados: 2

Pumas avistados: 0

Editado por Visitante
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Postado
Caraca, que TRIP!

 

Parabéns pela viagem e pelo relato também, super detalhado e animador.

Com certeza salvarei seu roteiro aqui pra uma oportunidade futura!

 

:wink:

 

Valeu, cara. Qualquer dúvida estamos aí.

  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores
Postado

Cara, tô aqui lendo teu relato e pensando: não ! ele não subiu a serra do faxinal a noite ! não pode ser ! ::lol4::

Aquilo lá já é sinistro de dia, imagina de noite e no frio !

Subi a serra do faxinal de tarde, chegamos em Cambará no final da tarde e posso te assegurar que vcs passaram por um lugar muito, mas muito alto ! A estrada fica muito próxima de precipicios. Se vc ver minhas fotos no meu relato, a gente chegou na altura das nuvens ! Praia grande sumiu lá embaixo....

Se quiser ver as fotos dessa estrada de dia meu relato é esse aqui ( é bem longo, mas é só ir direto na parte de Cambará )

rio-grande-do-sul-serra-litoral-e-canions-com-muitas-fotos-janeiro-2012-t65520.html

 

Tbm fiquei na pousada Simone e amei, preço justo, bom atendimento, o essencial para uma boa noite de sono sem luxos.

 

Também concordo com vc sobre os cânions, achei o Fortaleza bem mais bonito ! Como fui nele primeiro, o Itaimbezinho me pareceu meio sem graça, aquela infra estrutura toda me "incomodou", parecia que a civilização tinha invadido um lugar que pra mim tinha que continuar "selvagem" como o fortaleza

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