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Passeio família em Sengés & Itararé


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  • Membros de Honra

Com 112 anos de emancipação político - administrativa, Itararé abriga uma população de aproximadamente 50.000 habitantes. Tem na agricultura seu alicerce econômico, principalmente a cultura do feijão, milho e soja, além de contar com uma forte atividade pecuária.

Tem ainda, a maior área de reflorestamento artificial do Brasil e está numa região cujo conjunto é a terceira maior área do mundo.

Desmembrada da antiga Fazenda da Faxina, hoje Itapeva, Itararé teve momentos de importância na história paulista e brasileira: parada obrigatória dos tropeiros que vinham de Viamão no Rio Grande do Sul em direção à Sorocaba, fato que propiciou as condições para o nascimento da cidade; foi o maior entreposto madeireiro da América Latina nos anos 20 e 30 e ponto logístico fundamental nas Revoluções de 30 e 32.

Com o calor que estava fazendo no final de outubro, e pensando no que fazer no feriadão de finados, começamos a estudar as possibilidades. Desta vez seria passeio com a família, então nada radical.

O calor pedia banho de cachoeira, então pensamos em dois lugares: Prudentópolis e Itararé. Como Prudentópolis é mais perto escolhemos Itararé, assim aproveitaríamos melhor os três dias disponíveis. Prudentópolis que nos aguarde, em breve estaremos por lá.

O grupo foi se formando, eu com esposa, filho, sobrinha e cunhada; Matias e esposa; Thomas & Ingrid com e seus pais (dele e dela). De última hora apareceu o Daniel, que recém-casado aproveitou e fez sua lua de mel com toda essa galera junto...

Sexta de manhã nos reunimos no parque Barigui e rumamos em direção ao interior do estado. Viagem tranquila por pista dupla até quase Jaguariaíva, depois pista simples até Sengés, perto da divisa com SP.

Chegando a Sengés paramos no posto para encontrar com os pais do Thomas, que vieram de São Paulo mais cedo, na verdade um dia antes. Como nos atrasamos um pouco eles já tinham saído em direção a Cachoeira Véu de Noiva, em companhia do guia Marinho. Sim, desta vez pegamos um guia. Já que não conhecíamos quase nada por lá iríamos perder muito tempo procurando as atrações, e como estávamos em bastante gente acabou ficando em conta. (guia Marinho (15) 97974052 ou 97974904).

Como esta cachu o Thomas já conhecia lá fomos nós passear pelas estradas de Sengés. O tempo estava bom, nublado, mas sem chuva, se o sol tivesse aparecido ficaria perfeito. Fomos de carro até bem próximo da cachu, e em menos de 5 minutos de caminhada já dava pra ouvir o barulho da queda d’água... linda!!! O nível do rio estava baixo, mas mesmo assim deu pra tomar um banho muito bom.

 

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Nos refrescamos e voltamos para Sengés, pro almoço. Almoçamos no restaurante do mesmo posto que paramos na chegada, Restaurante da Padroeira. Não sei se foi o horário (mais de 14h00min) mas não estava muito bom, e pelos R$ 14,90 do buffet ou R$17,90 do espeto corrido esperava mais.

Todos alimentados e carros abastecidos partimos pra segunda etapa, Cachoeira do Corisco e Poço Encantado. Seguimos em direção a Itararé, e pouco antes da divisa dos estados saímos da estrada à direita.

Corisco e Poço Encantado ficam em propriedades particulares (pelo que vi da Klabin). Na ida Marinho para pra pegar a chave das porteiras. Corisco é a primeira a ser visitada, fica a +/- 1km da estrada, dentro de uma área de reflorestamento. Aliás, o que mais tem por lá é pinus e eucalipto, pra onde você olhar vai ver um reflorestamento. Até mesmo dentro da RPPN do Corisco tem pinus.

Chegando à Cachu do Corisco temos um “centro de visitantes”, uma pequena trilha de 100m cercada que parece um curral, e que chega a um mirante na beira do cânon e de frente pra cachu, que tem mais de 100m de queda, show!!!

Depois de muitos cliques partimos em direção ao Poço Encantado, alguns kms à frente. O poço é uma nascente de águas cristalinas, aonde avistamos uma tartaruga e alguns peixes. Mais cliques e já está na hora de ir embora.

 

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Partimos em direção a Itararé, para a pousada Topitó. Itararé é uma cidade muito simpática, com algumas pousadas, hotéis e restaurantes. A pousada Topitó é um charme, confortável e muito agradável. O dono é colecionador, e como na cidade todos sabem que ele coleciona peças antigas, ao invés de jogar fora levam pra ele. O resultado é uma pousada cheia de peças antigas por todos os lados.

A noite saímos pra comer pizza no centro (Pizza 7), muito bom, comemos bastante e ficou em R$ 9,00 por pessoa. Voltamos para pousada, afinal no sábado teríamos uma caminhada de 14 km, a rota das cachoeiras.

 

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Sábado acordamos cedo, com uma leve chuva. Tomamos um café da manhã reforçado, e a chuva continuava, fraquinha. Resolvemos sair assim mesmo, pois parecia que iria parar de chover, e parou mesmo, a chuva foi apenas para baixar a poeira da estrada.

Seguimos novamente em direção a Sengés, pro mesmo lado da Cachu Véu da Noiva. Na ida Marinho passou na casa da D. Augusta e reservou nosso café para a volta. Começamos a caminhada sem chuva, com tempo nublado e um calorzinho bom. Deus é bom...

A primeira das cinco cachus visitada é a C. Cabeceira do Postinho. O acesso é por uma estrada dentro de um reflorestamento (pra variar...), chegamos por cima dela e descemos por uma trilha até seu poço. Como as demais, seu nível está baixo. De lá seguimos por trilha até segunda, e em minha opinião a mais bonita das cachoeiras, a dos Veadinhos. Cachu rasa com várias quedas, ideal para um banho. Aqui descansamos, lanchamos e seguimos para a próxima, Cach. Do Lajeado. Como as outras, chegamos por cima da queda maior, atravessamos o rio descemos pela outra margem. Mais uma cachu magnífica, com piscinas fundas e várias quedas. Essa é uma característica da região, cachus lajeadas, com vários degraus, devido ao solo de arenito.

Seguindo passamos pela Cachu do Bugre, aonde apenas tiramos algumas fotos e partimos para a última do circuito, Cachu do Poço Fundo.

Aqui descansamos mais um pouco, e logo seguimos de volta para os carros, e para o café da D. Augusta. Aliás, D. Augusta é famosa por lá, o pessoal que faz a rota das cachus sempre para por lá pra tomar café, afinal é uma caminhada de +/- 5 horas, o pessoal sai da trilha com fome... o interessante é que ela não cobra nada, quem fala que tem que pagar é o guia. E não tem valor estipulado, cada um paga o quanto quiser ou achar que vale o café reforçado. Comemos queijo, doce de abóbora, doce de leite, bolinho de chuva, leite, tudo fresquinho, direto da propriedade.

Final do 2º dia, ou quase, faltou a janta! A pizza do dia anterior foi tão boa que repetimos a dose, Pizza 7 novamente.

 

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Domingo, dia de ir embora, mas antes vamos conhecer o Cânon do Pirituba e sua Cac. Da Invernada; e a Pedra da Galinha. Estas atrações, diferente das anteriores, ficam em SP, no munícipio de Bonsucesso.

O Cânion do Pirituba fica em propriedade particular, dentro de um reflorestamento, é claro... Mas lá apesar de ter porteira a cerca acaba logo ao lado, deixando a passagem livre. O cânion é espetacular, o lugar mais bonito de nossa viagem. Suas paredes verticais mantém os pinus do lado de fora, dentro do cânion a vegetação é bem preservada. Logo ao lado fica a cachu da Invernada, muito legal também. Marinho nos disse que só podíamos visitar a parte de cima do cânion, mas já vi fotos lá de baixo... tudo bem, no nosso grupo temos pessoas de 78 a 15 anos de idade, então fomos pra fazer um passeio light com a família...

De lá seguimos pela estrada até a Pedra da Galinha, formação rochosa parecida com Vila Velha (Ponta Grossa/PR). As formações ficam ao lado da estrada, é só descer do carro, pular uma cerca e andar 3 minutos.

Ficamos algum tempo explorando o local, tirando fotos e curtindo o visual. Mas está na hora de ir embora, ainda temos muita estrada pela frente.

Voltamos para Itararé e resolvemos almoçar no caminho, num restaurante localizado num sítio perto da entrada de Itararé, infelizmente esqueci o nome... comida caseira no fogão de lenha, muito boa por sinal.

 

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Mas já está na hora de retornar a Curitiba, então voltamos a pousada pra pegar a bagagem e pé na estrada. A volta foi demorada, retorno de feriadão sempre tem movimento grande...

Sengés/Itararé, duas cidades muito próximas, uma em cada estado, numa região fantástica, cheia de cânions, cachus, rios e grutas que vale a visita. É claro que não conseguimos fazer tudo, mas isso só dá mais vontade de retornar. Espero que em breve.

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  • 1 mês depois...
  • 1 mês depois...
  • Membros de Honra

Excelente relato, como o do cânion Laranjeira. Que local bonito, não fazia idéia que essa região era tão bonita. ::otemo:: Fiquei um pouco chocado com os reflorestamentos até onde eu não imaginava mas isso não tem jeito :( As fotos estão um pouco pesadas hoje mas pode ser minha conexão. Vou retornar para ver tudo com calma, e o vídeo, mais tarde.

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  • 9 meses depois...
  • Colaboradores

Oh Otávio, td bem irmão??

 

seguinte: o relato está "show de bola", com as dicas e detalhes da trip de vcs, numa cidadezinha ideal para passeios com a família.

 

eu estarei de férias em Fev/2014 e pretendo ficar uns 5 ou 7 dias por lá. Me ajuda com umas dúvidas?

 

as trilhas de lá são autoguiadas (ñ tenho GPS)?

róla camping selvagem ou o melhor é um camping estruturado (se tiver), ou hotel?

 

vou de carro e procuro companhia... se ñ achar, talvez irei sozinho mesmo.

desde já, muito obrigado irmão.

 

*se achar melhor responder em MP, sem problemas.

Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

As trilhas por lá não são autoguiadas não. Na verdade eu fiz apenas uma trilha, a das sete cacheiras, muito boa por sinal. O restante é passeio pra ir de carro e parar dentro ou muito perto da atração.

Eu fiquei numa pousada e não vi camping por lá. Camping selvagem não rola, a não ser que você se enfie escondido no meio do mato, mas tudo lá é dentro de propriedade privada...

Procure o Eunildo Kasburg no facebook, ele é o proprietário do hotel que o Raffa ficou (Hotel Sengés, se não me engano) e conhece tudo por lá, acredito que ele vá te ajudar, o Nildo é gente boa.

Aproveite, o lugar é show de bola!!!

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

Fala Otávio

 

Parabéns pelo relato, ótimo e com boas fotos, como os outros.

 

Vou pra Sengés semana que vem, se Deus quiser :D, e pretendo fazer os passeios sem guia.

 

Vi que o guia de vocês parou em algum lugar para pegar a chave das porteiras. Se eu chegar lá sem guia tenho acesso também ou tenho que andar 5km como o Raffa?

 

Seguindo para o poço encantado, tem fiscalização? Pois pelo que vi precisa de autorização antecipada, se não me engano, da Pisa Papéis.

 

Intééé

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