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Excelente, Helbert!!! ::otemo::

Valeu Leandro ::otemo::

 

 

Cara, que paisagem!!! Certeza que já está anotado nos meus futuros projetos! Final do ano vou fazer uma para o Uruguai, percorrendo um total de 5000 km porque não vou ter tempo de rodar mais hahahaha ::hahaha::

Valeu Mauricio, o Atacama é espetacular. Ano passado deu um pulo no Uruguai, Argentina e Sul do Chile, fiz um relato: de-curitiba-ao-uruguai-argentina-e-sul-do-chile-passando-por-montevideo-buenos-aires-bariloche-puerto-varas-e-santiago-t92120.html

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Salve galera, mês passado fiz uma viagem de 17 dias de carro pelo norte da Argentina e deserto do Atacama no Chile com a minha namorada. Sai de carro de Floripa e fui até Arica, extremo norte do Chile, fronteira com o Peru... Rodei cerca de 8500km. Muitas informações sobre a viagem peguei aqui no mochileiros, agora é minha vez de contribuir.

 

BLOG DA VIAGEM: http://atacamadecarro.wordpress.com/

 

viagem.jpg

Trajeto da viagem

 

Irei colocar aos poucos o relato, primeiramente vou citar os documentos necessários:

 

- Carteira de Motorista, recomendo levar a Carteira Internacional de Motorista (PID)

- Documento do veículo em nome do condutor ou algum passageiro. Se estiver alienado é necessário autorização da financeira com o visto dos países a serem visitados.

- Seguro Carta Verde (Seguro contra terceiros) para rodar na Argentina. No Chile não é necessário.

- RG com menos de 10 anos de emissão ou Passaporte ( recomendo o passaporte, devido a facilidade nos trâmites aduaneiros)

 

Equipamentos obrigatórios para o veículo na Argentina:

 

- Cambão (cabo de aço para rebocar o veículo)

- 2º triângulo

- Estepe

- Extintor

- Não é permitido ter aquele gancho de reboque na traseira do carro...

 

Só lembrando que na Argentina e Chile é obrigatório andar com a luz baixa acessa mesmo durante o dia. Se estiver desligada vão te parar... principalmente a policia rodoviaria argentina que tem fama de corrupta e sempre está atrás de uma colaboracion.

 

Não precisei pagar propina para nenhum policial, mas em uma das abordagens, solicitaram até um comprovante de revisão do carro (o policial até olhou a data da revisão no manual do carro e adesivo no parabrisa para confirmar). Como eu tinha tudo que ele pedia, ele meio contrariado me liberou. Em outro posto famoso pela colaboracion em Pampa de Los Guanacos, na ida aproveitei que o policial estava sentado de costas e passei chutado, ele até olhou e esboçou algo, mas eu já havia passado e na volta grudei em um caminhão e fingi que não vi o sinal para parar e passei reto. Nos demais postos da policia caminera, passei sem problemas. Fui parado pela Gendarmeria Nacional umas 3 vezes, só olharam por cima o que tinha no carro e me liberaram sem problemas.

 

No Chile fomos parados uma vez, logo na saída de Antofagasta quando seguiamos rumo ao monumento La Mano del Desierto, só verificaram a carteira de motorista e nos indicaram o caminho e a distância que faltava para chegar, sempre solicitos e se eu precisava de mais alguma informação. Entre Iquique e Arica tem que passar por uma aduana que fica as margens do Rio Loa, tem que parar lá para carimbar o papel em que o carro foi importado temporariamente para circular no Chile.

 

As estradas na maior parte do trajeto são boas, mas na Argentina não possuem acostamento. Peguei um retão com poucas curvas de cerca de 700km no norte da Argentina (RN 16), 70% do trajeto está bom, somente alguns trechos na parte final em direção a Salta é que está ruim, com remendos mau feitos e buracos. Tem que ficar esperto com os animais na pista, principalmente pássaros que ficam se alimentando na estrada e voam pra todos os lados quando o carro chega perto, infelizmente atropelei alguns. Há também muitos cavalos, cabras e bois soltos.

 

A travessia dos andes via Paso de Jama é bom reservar um dia todo, pois a cada curva é uma paisagem nova e bonita. O carro sente um pouco a mudança de altitude, mas logo se adapta. Algumas pessoas também podem sentir enjoos, dor de cabeça e falta de ar devido a altitude. Fui com a minha namorada e sentimos somente um pouco de dor de cabeça mas logo passou. Compramos folha de coca para mascar, é amarga pra kct mas ajuda e evitar o mau da altitude. É necessário jogá-las fora antes de fazer a aduana no Chile, pois são bem rigorosos e vistoriam toda a bagagem.

 

Ficamos 3 dias em San Pedro de Atacama, um vilarejo bem bacana de onde partem vários passeios na região do Salar de Atacama. De lá seguimos para o litoral em Antofagasta, passeamos por Iquique que é uma Zona Franca, tem muitos carros japoneses usados e novos também, parece que estamos no Gran Turismo, rsrs. Possui também um imenso Shopping, mas os preços são cerca de 15% mais caros que no Paraguai. De lá fomos até Arica, fronteira com o Peru, conhecida como cidade da eterna primavera, ponto mais distante da viagem, de onde iniciamos a volta.

 

HOSPEDAGEM

Em termos de hospedagem, procurei ficar em locais baratos, mas era obrigatório ter café da manhã, wifi e estacionamento (cochera na Argentina e estacionamiento no Chile) Vou colocar na ordem do trajeto que fiz:

 

- No primeiro dia em Posadas fiquei no Hotel Romel, ao lado esquerdo da Ruta 12, depois da rotonda que dá acesso a entrada principal da cidade e bem em frente de um semáforo. Por fora é bonito, mas por dentro é uma espelunca. Não tinha café da manhã e nem wifi, mas era só pra dormir mesmo. Paguei 200 pesos (+- 90 reais) . Na Argentina a maioria dos locais só aceitam pagamento em effectivo, então é bom ter dinheiro em espécie.

 

- No segundo dia em General Guemes fiquei no Hotel Roman, do lado direito da Ruta 9/34, com cafe da manhã, estacionamento e wifi. 220 pesos (+- 90 reais) e aceitava cartão de crédito. Do lado tem um posto YPF Razoável, achei um bom custo beneficio, pois perto tem restaurante para comer. Paguei 35 pesos em uma milanesa (frango, batata frita, ovo, salada e arroz). É um prato gigante, dá pra duas pessoas tranquilamente.

 

- Em Salta fiquei no Ocy Hotel, com café, estacionamento e wi fi também. Esse era bom. 350 pesos e aceitava cartão. Em salta se chegar em um fim de semana é difícil achar hotel, então é bom reservar antes.

 

- Em Purmamarca, fiquei nos Hostal Terrazas de La Posta, cerca de 450 pesos. Em Purmamarca é tudo caro, é a última cidade antes de começar a subida para os andes. Tem hoteis e hostals mais baratos, mas estavam todos lotados.

 

- Em San Pedro de Atacama fiquei no Hostal Lickana, 35000 pesos chilenos a diária (+- 145 reais a diária), tem café, estacionamento e wi fi. Gostei bastante, é simples e aconchegante. Fica na rua principal da cidade, aonde tem agências de turismo, mercados, restaurantes, casas de cambio, etc. Pagamento somente em effectivo.

 

- Em Antofagasta fiquei no Holliday Inn, como cheguei em uma sexta feira na hora do rush, acabei optando por ele. Disparado o melhor hotel da viagem, wi fi e quarto excelente, melhor café da manhã. 110 dólares. Fica de frente pro mar.

 

- Em Arica fiquei no Hotel El Park, do nível do Holliday Inn, 110 dólares a diária e ficava perto do centro, cerca de 10 min caminhando. Da praia fica um pouco mais longe, cerca de 20min. Mas como estava de carro era tranquilo de ir, fica próximo ao terminal rodoviário de Arica também, de onde partem ônibus e taxis para o Peru. Em Antofagasta e Arica paguei as diárias no cartão de crédito.

 

COMBUSTÍVEL

Na Argentina, gasolina se chama nafta, tem que ficar atento, pois se pedir Gasoil vão colocar óleo diesel no seu veículo. No Chile é gasolina mesmo. Existem 3 octanagens diferentes: normal, super e premium. Eu utilizei na maior parte do trajeto a gasolina super, o carro rende melhor e tem maior autonomia, por ser uma gasolina pura. A premium só coloquei quando não tinha nenhuma outra disponível, o consumo do carro fica muito bom com essa gasolina, cheguei a fazer médias de 17-18km/l em trechos de retas, andando com ar ligado e uma velocidade bem elevada.

 

No Chile paguei todos os abastecimentos com o cartão, na Argentina somente com dinheiro. Não tive problemas com falta de combustível e nem levei um galão reserva. Meu carro tem uma autonomia média de 600-650km com um tanque, então fui tranquilo. Normalmente a cada 200km ou quando via um posto nesse intervalo eu já parava para abastecer.

Nas provincias de Missiones e Corrientes, tem postos em média a cada 100-150km em locais mais isolados. Nas provincias do Chaco, Santiago del Estero e Salta idem, mas alguns postos podem não ter gasolina durante o decorrer da semana. Na provincia de Jujuy, é bom abastecer em Jujuy e Tilcara, depois começa a subida da cordilheira e só há posto em Susques e ao lado da Aduana Argentina. São cerca de 200km entre os postos na travessia dos Andes. O próximo posto é somente em San Pedro de Atacama, já no Chile. Indo em direção ao litoral para Antofagasta, é bom abastecer em Calama , uns 150 km de distância de San Pedro pra ir tranquilo até Antofagasta.

Entre Antofagasta e Iquique (300km) só há posto de gasolina em Tocopilla na metade do caminho. Entre Iquique e Arica (300km) pelo que me recordo não há postos, é bom encher o tanque. Entre Arica e San Pedro de Atacama (650 km) tem que sair de tanque cheio e abastecer logo após a entrada de Iquique na Ruta 5 mesmo.

 

Video da subida da Cuesta de Lipan

 

Video com a filmagem completa da travessia do Passo de Jama - 450km

 

Video com a filmagem completa do trajeto entre Antofagasta e Iquique e depois até Humberstone

 

Video com a filmagem completa do trajeto entre Arica e San Pedro de Atacama

 

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Paletas Del Pintor - Maimará - Argentina

 

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Cuesta de Lipan, sobe de 2500m até 4200m de altitude - Argentina

 

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Travessia do Paso de Jama, altitude máxima de 4840m de altitude!

 

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Fronteira Argentina/Chile

 

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Vulcões Lincancabur e Juriques, em San Pedro de Atacama - Chile

 

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Ruta 1 as margens do Oceano Pacifico entre Antofagasta e Iquique no Chile

 

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Monumento Mano del Desierto, na Rodovia Panamericana

 

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Ruta 1 entre Antofagasta e Iquique

 

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Paisagens de cartão postal

 

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Laguna Miscanti

 

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Flamingo no Salar de Atacama

 

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Monumento Natural La Portada

Meus parabéns pelo relato, Eu fui em 2008 e estou voltando agora em 2017 de carro e com tempo. um abraço

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