Membros renatomrs Postado Novembro 7, 2012 Membros Postado Novembro 7, 2012 Falai galera, acabei de chegar da Chapada dos Veadeiros. Cheguei de avião em Brasília dia 28 de Outubro por volta das 2 da manhã. Fui tentar alugar um carro e só encontrei a localiza aberta. O atendente foi super atencioso, porém os preços eram um pouco salgados (100,00 um Uno sem ar nem direção a diária, mesmo eu indo ficar 8 dias). Resolvi que iria voltar na manhã seguinte e ver as outras locadoras. Como não estava afim de dormir no aeroporto resolvi tomar um táxi para um hotel ali perto, a cerca de 8 KM do aeroporto tem os hotéis "mais baratos" da região que custam cerca de R$ 60,00 a diária, sem café da manhã e sem ar condicionado. De manhã voltei ao aeroporto (tomei um ônibus em um ponto em frente ao corpo de bombeiros que fica na região bandeirantes que era aonde estava o hotel em que passei a noite. Não lembro o número mas ele tem escrito em cima Aeroporto), a locadora mais barata era a Hertz que ficava R$ 75,00 por dia um palio com direção, mas mesmo assim ainda estava fora do meu orçamento. (Eu tinha visto os preços da Local Car que cobrava R$ 30,00 a diária, fora o seguro, por um Uno 1.0, porém após conversar com uma atendente e enviar um formulário preenchido que eles haviam pedido ninguém mais me respondeu). Resolvi então tomar um ônibus para São Jorge e me virar por lá. A rodoviária aonde saem os ônibus para lá é a rodoviária velha de brasília, comprei minha passagem pela viação Santo Antonio por R$ 39,00 ( eles tem ônibus diários para Cavalcante, São Jorge e Santo Antonio). O ônibus sai ás 13:30, como ainda eram 10 da manhã, resolvi tomar o metro para a rodoviária nova e comprar logo minha passagem de volta para o Rio de Janeiro (comprei somente passagem de ida de avião, pois como comprei a passagem em cima da hora paguei R$ 300 só na passagem de ida pela GOL). Comprei por R$ 130,00 a passagem para dia 05/11 as 20:30. Comi um lanche por lá mesmo e voltei para a rodoviária velha. Como me restavam umas 2 horas antes do embarque para o ônibus, resolvi dar uma volta ali por perto. Fui no Museu do Niemeyer, aonde estava acontecendo uma exposição, depois fui até a Catedral de Brasília e tomei o ônibus para São Jorge. Cheguei lá no Domingo a noite e fui cair no Albergue Casa da Sucupira. O lugar é muito bom, com preços bastante acessíveis. O preço em feriados é R$ 45,00 com café da manhã, mas caso você va ficar uns dias a mais, o valor total pode ser negociado. Os donos são o Dyogo e a Nina, um casal muito atencioso e super gente boa que estiveram o tempo todo preocupados em suprir minhas necessidades e me ajudar com tudo, principalmente pois eu estava sozinho e precisava arranjar grupos para fazer os passeios. (os guias cobram R$ 100,00 independente do número de pessoas, portanto um grupo é fundamental por lá). Acordei na segunda-feira logo cedo para tentar arranjar um grupo, porém a cidade estava vazia, e na segunda o parque não funciona, restando somente as opções fora da cidade. Pedi um conselho para Nina que me recomendou ir para o Vale da Lua, são 4 km de trilha para que vai a pé de São Jorge, embora a trilha do Vale em si sejam somente 700m. Comecei a andar em direção ao caminho indicado, quando um coroa me parou e perguntou para aonde eu estava indo. Falei que ia para o Vale da Lua e ele perguntou se eu me incomodava que ele viesse junto, prontamente eu disse que não e começamos nossa caminhada. Esse coroa se chama Ramirez, é um boliviano que mora em Brasília e estava la para passar a semana. Após a trilha que é de nível fácil (tem somente um morrinho que é mais puxado mas ainda assim não é nada demais), chegamos ao Vale(R$ 10,00 para entrar). Muito legal as formações rochosas, parecem realmente com a superfície da lua. O local possui 2 piscinas para nadar, porém só mergulhamos na última. Voltamos novamente para a cidade e almoçamos na Nenzinha. Ramirez me contou que tinha um carro e perguntou se eu não queria seguir com ele para o Portal da Chapada para conhecer a cachoeira de São Bento. Consenti e partimos em seguida para lá. O Portal da Chapada, possui uma gama de passeios de eco-turismo que incluem Canoismo, Tirolesa e arvorismo. O preço é de R$ 10,00 a entrada e te da direito a fazer a trilha suspensa de arvorismo, além de visitar a cachoeira. Não fiz a tirolesa nem o canoismo portanto não sei como fica o valor. No São Bento fizemos os 3 km de trilha suspensa que é nível de dificuldade 0, possui belas plantas, tucanos e araras e chegamos a cachoeira do São Bento. Ela é muito bonita e tem a água preta que vem do rio de Couros. Há um local para pular de mais ou menos 7m de altura. Se você for até embaixo da queda d'agua é possível ver um arco-iris numa quedinha menor que fica a direita de quem olha para a cachoeira. Ficamos lá até o final do dia e voltamos para São Jorge. Quando cheguei no Sucupira, Nina me informou que um de seus irmãos, Jociê, que é guia, estava com um grupo de 5 pessoas indo para o parque da chapada no dia seguinte e que ela já havia arranjado um lugar para mim neste grupo. Isso me foi de grande ajuda, pois como a cidade estava vazia, era preciso estar no lugar certo e na hora certa para ver um grupo e conseguir vaga antes deles entrarem no parque. No dia seguinte, antes de sairmos duas pessoas desistiram, reduzindo nosso grupo a somente 4 pessoas, eu, um americano chamado Mark, muito gente boa, e um casal, Eduardo e Carol, que eram duas pessoas fenomenais. Além de fazermos uma amizade muito bacana, mais a frente na viagem eles vieram a me ajudar muito, espero um dia poder retribuir. Decidimos fazer o passeio dos saltos e das corredeiras lá no parque. O passeio é muito legal, tem 2 locais de banho, um na cachoeira de 80m e um nas corredeiras. O nível de dificuldade é médio e pessoas mal preparadas podem ter algum problema. (no caminho encontramos um casal no qual a mulher estava passando mal e eles tiveram de voltar) Encontrei também no parque com Ramirez que estava em outro grupo e chamei ele para se juntar a nós no passeio do dia seguinte. Após os 12 km de trilha (6 ida e 6 volta), chegamos novamente a entrada do parque e acertamos com nosso guia(não se paga entrada para o parque). Recomendo este cara a todos, muito gente boa, com um bom humor que parece não ter fim e que conhece muito da região. O nome dele é Jociê. No dia seguinte voltamos para fazer os Canions e as Carioquinhas, a trilha é bem mais tranquila, mas ainda assim para quem não tem preparo pode ser um pouco puxada. Dessa vez estavamos eu, Mark, Carol e Edu, Ramirez e Ingrid, Renata e Vitor que eu havia conhecido na noite anterior no Buriti (um restaurante tipo Spoleto que cobra R$ 14,00 pra vc comer massa com 21 ingredientes e pode repetir uma vez, é literalmente o melhor custo benefício que eu vi em toda a viagem). A trilha é de 10 km, e embora não tenha toda a beleza da primeira, você aproveita muito mais as piscinas naturais que são maiores. Voltamos no final do dia e seguimos para as águas termais. São aproximadamente 15km seguindo em direção a colinas, fomos na Morro Vermelho. O lugar fica aberto até 10 da noite apenas, e eles são irredutiveis quanto ao horário.9:45 já apagam a luz para você saber que seu tempo acabou e ainda haviam cobras AO LADO da piscina. Deveria ter tentado as Águas do Eden que fica ao lado. (O preço de ambas é R$ 10,00). No dia seguinte Edu e Carol foram embora logo cedo, e eu e o restante do grupo partimos para Loquinhas, em Alto. Havia chovido muito e as águas de Loquinhas estavam muito barrentas. Lá custa R$ 15,00 para entrar e a trilha é suspensa na altura da copa das árvores passando por 7 quedas de água diferentes. Elas são muito tranquilas e pode se nadar em todas, embora só tenhamos entrado na última. Saimos de lá e fomos comer uma galinhada no Valdomiro. O Rancho do Valdomiro tem diversas cachaças e licores que são muito bons, e eles servem a famosa Matula. Porém após comermos a galinhada eu, Ramirez e Mark passamos muito mal. Os outros 3 colegas que estavam conosco voltaram direto para brasília e ainda não falei com eles, então não sei como ficaram. Na sexta, como estava baqueado cancelei meu plano de ir para Cavalcante e resolvi ficar pela cidade. Mas há males que vem para o bem... Durante a madrugada chegou um grupo de 8 paulistas no Sucupira que tinha exatamente os mesmos planos que eu, para os outros dois dias a seguir. Era um grupo excelente com uma energia muito boa e muita disposição. Eles foram para o parque e fizeram os dois passeios em um dia. Enquanto isso eu fui com Ramirez para Morada do Sol (R$ 10,00) que tem uma trilha nível médio, que, se descontasse a distância (é uma trilha pequena), seria mais difícil do que a do parque. São muitas subidas e descidas e em alguns pontos a trilha está mal conservada dificultando a descida de quem não tem um bom equilíbrio. De lá partimos para Raizama (R$ 10,00), que é um circuito de piscinas e quedas que culimina em um canion, parecido com o do parque mas só que muito menor. Lá é bem legal e a trilha é sem maiores dificuldades. Partimos do Raizama e fomos para o mirante do Abismo para ver o por do Sol e tirar fotos. Lá é bem bonito porém tem muitos mosquitos. Enquanto estavamos lá, Ramirez me propos escalar uma antena de transmissão de sinal da OI que fica ali perto. Seguimos direto para lá e subimos na Antena, que deve ter uns 40 M de altura. O visual é muito maneiro porém lá é um pouco arriscado, você tem que literalmente invadir uma área da OI através de um buraco em uma cerca e escalar uma antena com cabos de alta tensão e sem nenhum tipo de proteção. Além disso a subida na escada exige um pouco do braço e um simples escorregão de uma pessoa em cima de você pode ser o suficiente para todo mundo morrer. Mas valeu a pena, o visual é demais!!! Voltamos para São Jorge e Ramirez foi embora para Brasilia, Mark que estava passando mal ainda da galinhada voltou com ele. Cheguei no Sucupira e os paulistas tinham marcado de no dia seguinte fazer o Vale do Segredo com o Dyogo, que é guia na região. Além disso Nina é filha do seu Vitório que é o dono da fazenda aonde fica o segredo, então o Dyogo organiza bastantes coisas por lá, que vão desde acampar de madrugada para observar animais, até a travessia segredo couros que dura três dias. No Sábado partimos umas 8 da manhã em direção ao segredo, a trilha é de 16km e é tranquila, com exceção de uma subida na volta. É preciso também atravessar o rio São Miguel 14 vezes em cima de pedras que ficam para fora, há o risco de queda e consequentemente de queimar algum equipamento eletronico (como aconteceu com uma pessoa de nosso grupo). Porém tudo isso vale a pena, o Segredo foi o ponto alto da viagem, aquela cachoeira é algo indescritível! Nunca presenciei uma cachoeira que fosse tão bonita, ela tem uns 120 m de altura e quando olhada de baixo parece ser a entrada para algum lugar sagrado. Além disso ela fica em um vale que esconde a cachoeira, dai o nome de Segredo. A piscina é razoável e o sol bate legal ali. Se tivesse lá, e precisasse escolher somente um lugar para ir, essa cachoeira seria o lugar com certeza. Voltamos para a cidade, saimos para comprar um artesanatos e fomos logo dormir, pois no dia seguinte partimos as 5 da manhã para Cavalcante. O pessoal do Sucupira, como sempre muito atencioso, adiantou o café da manhã que começa oficialmente as 7, e as 4 e 30 o Dyogo já estava passando o café e arrumando as frutas e pães para que fizéssemos o desjejum. Tomamos o café e partimos rumo a cachoeira de Santa Bárbara, ela fica a 40 km de cavalcante, entrando em um Quilombo chamado Kalunga. Colocamos os Palios alugados a prova, que atravessaram rios, subiram ribanceiras e fizeram coisas que eu jamais teria coragem de fazer com o meu carro. (esses carros os paulistas tinham alugado em brasília). Chegamos em Santa Barbara e ela realmente é muito bonita, porém como estava sem Sol o seu famoso Azul não estava tão forte como falaram. De qualquer jeito ela é uma cachoeira linda, a trilha é tranquila, e lá se paga R$ 10,00 para entrar mais R$ 10,00 para o guia. Seguimos a trilha de volta, pegamos o carro e partimos para a cachoeiras das capivaras que é no mesmo quilombo. A Capivaras é bem legal também e é uma mistura de couros com os saltos. Foi a segunda que mais me impressionou na viagem. ( Na verdade a capivaras são duas que desembocam na mesma piscina). Saimos de lá correndo pois duas pessoas de nosso grupo precisavam pegar o voo das 7 da noite e já eram meio dia. Foram 5 horas e meia do quilombo até brasília e ainda rolou a vistoria no carro, que passou batido com apenas uma limpeza e um pneu furado, pois os Palios aguentaram firme no test drive que pusemos neles e nada os aconteceu. Assim que chego em brasilia me liga o casal Eduardo e Carol me chamando para dar um passeio pela cidade, me despedi de meus amigos paulistas e fui com eles dar uma volta. Primeiro jantamos na casa de um casal amigo deles, depois fomos dar uma volta por alguns pontos turísticos. Voltamos e eu dormi na casa deles, o que me foi uma baita salvação, pois pude tomar um banho quente e dormir em uma cama muito confortavel com um umidificador de ambiente que é algo essencial em brasília (principalmente para quem mora no rio onde se tem 97% de umidade relativa do ar). No dia seguinte eles me levaram para fazer o restante do tour, conheci praticamente todos os pontos turísticos de brasília, almoçamos e eles me deixaram na rodoviária. De lá comprei uns livros, esperei a hora do meu ônibus e voltei para o Rio de Janeiro 100% renovado. Citar
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