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Guias deixam de ser obrigatórios em parques nacionais


Otávio Luiz

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... E digo mais, não nos foi cobrado nada, mas deveria. Nos mesmos moldes do Itatiaia, afinal nada mais justo pagar para usufruir, mas pagar um preço justo.

Com todo o respeito Otávio você está sendo ingênuo neste ponto e eu entendo e já explico porque.

Os brasileiros de modo geral já estão condicionados a viverem desinformados e sob a chamada “dupla taxação” e estranham quando um dos seus direitos lhe é “permitido” sem alguma cobrança financeira.

Meu amigo Otávio eu lhe digo: A cobrança para pessoas físicas brasileiras para visitarem seus parques estaduais e nacionais é um absurdo, um abuso, uma afronta, um desrespeito, um tapa na nossa cara.

Os estados através das suas Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Recursos Naturais arrecadam milhões anualmente com as Compensações Ambientais oriundas, por exemplo, das Usinas Hidrelétricas, dos “royalties“ da exploração de petróleo e gás natural e da extração de minérios entre outras fontes de recursos como multas ambientais e impostos atrelados a produção rural.

Estas arrecadações formam o Fundo Estadual do Meio Ambiente que “devem” repassar estes recursos as Unidades de Conservação.

Só pra ter uma leve idéia do quanto se arrecada em dinheiro pelas compensações ambientais de algumas modalidades acima citadas segue uma simplificada tabela de alguns anos atrás divulgada pela união.

 

[align=center]20120915191640.jpg[/align]

Pela progressão ano a ano imagine o quanto se arrecada por baixo hoje.

Bom... Quando divulgam devemos fazer um esforço para crer que são mesmo esses montantes (no mínimo).

Os campos marcados com “0” significam que o governo não soube dizer quanto se arrecadou naquela modalidade no ano correspondente. Ou seja, ninguém sabe ninguém viu onde foram parar esses BILHÕES. Afinal se não se sabe quanto se arrecadou tão pouco se sabe o que foi aplicado e o que foi embolsado.

 

Só não podemos esperar milagres, pois sabemos que na terra do samba & futebol nossos parques sofrem pela falta de estrutura, física e humana. Apenas os que dão dinheiro (exemplo = Iguaçu) conseguem se organizar. Mas daí paga-se até para respirar dentro do parque... complicado né?

Outro descalabro dessa Republiqueta das Bananas: Uma Unidade de Conservação não se destina à arrecadar dinheiro, muito pelo contrário ela recebe (ou deve receber) do Estado recursos suficientes para se gerir, o que se arrecada com o turismo (sendo a taxa de ingresso ao cidadão comum um abuso) deveria ser um extra, porém o que estamos vendo nos últimos anos é que em algumas Unidades de Conservação como Iguaçu e Fernando de Noronha estão fazendo da exploração turística seu principal interesse.

E isso tudo acontece porque uma grande parcela da população é omissa e passiva no exercício da sua cidadania, não se interessam em se informar sobre seus direitos, sobre política, não sabem valorizar seus patrimônios e por aí vai...

Esses abusos e desrespeitos aos nossos direitos só começam cair por terra quando pessoas informadas e com senso crítico se reúnem em grupos como o CBME e FEMERJ para exigirem mudanças.

 

* Royalties pela produção de petróleo e gás natural em Plataforma, referem-se a produção em plataformas marítimas.

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  • 1 ano depois...
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