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Olá parabéns pelo relato, estou montando um roteiro para viajar em maio de 2014, se quiser opinar agradeço, porém tenho uma pergunta, você acha que 80,00 euros para um casal por dia só para refeição, passeios, e metro são suficientes? hotel, transporte , passagem está computado fora a parte

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Oioioi Idauer...

Bom, antes de te falar se dá ou não, tudo depende do tipo de refeições que vc pretende ter! Se for comer só em Fast Food até sobra, se for apenas em restaurantes vai ficar no vermelho! hehehe

Essa foi a média de gastos que estipulei...entre 80 e 100 euros... Não me fixei em valores fechados, qdo gastava muito em um dia, segurava nos demais! Algumas cidades como Londres, Paris e Roma são mais caras, em compensação outras como Praga, Berlim e Munique foram bem tranquilas, o que acabou me ajudando na média final de gastos... Leve em consideração o custo de vida de cada cidade para montar seu planejamento!

Na minha opinião, com 80 euros dá pra viajar sem perrengue e intercalar alguns dias de restaurante e outros de fast food! Foi o que acabei fazendo... Em cidades mais caras fomos de fast food ou de comidinhas típicas da cidade, em cidades mais em conta nos esbaldávamos com boas refeições! Se esse também for seu tipo de viagem, dá tranquilo!

  • 3 semanas depois...
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Praga - Dia 1

Saímos de Berlim logo de manhã, pegamos o trem rumo a Praga e nos encantamos com a vista da viagem! Pelo caminho, há diversas casinhas e pequenos vilarejos que beiram lagos rodeados por árvores! Aproveitei para comer os chocolates comprados ainda em Berlim e curtir a paisagem! Logo estávamos em Praga!

Assim que chegamos, percebemos que essa era uma cidade totalmente diferente das demais. Era como se tivéssemos viajado no tempo e voltado à Idade Média. Não tem como não se encantar! Praga é o tipo de lugar que parece uma lenda viva que sobreviveu a tudo: bons e maus reinados, guerras religiosas, domínios estrangeiros, perseguições, nacionalismos, ocupação nazista e controle soviético. Mas o melhor de tudo: foi poupada dos bombardeios da 2ª Guerra Mundial! Assim, a cidade manteve suas jóias arquitetônicas: construções românicas, góticas, renascentistas, barrocas e clássicas se espalham por todos os cantos da cidade!

Ainda na estação de trem, trocamos alguns euros por coroas tchecas, já que o país ainda não embarcou no euro, apesar da moeda ser aceita em todos os lugares. De lá, pegamos um dos famosos bondinhos rumo ao hotel.

Você vai perceber que os trams são as artérias da cidade. Diferente da maioria dos lugares, onde os metrôs são parte do cenário, em Praga o principal meio de transporte é o bonde, que leva desde executivos à turistas pra todos os cantos! A dica é procurar umas maquininhas amarelas para validar seu ticket, já que depois de embarcar não há cobrador! O motorista dos bondes fica isolado por um vidro, não sendo possível nem sequer falar com ele! Se ao chegar ao ponto, você não encontrar as tais máquinas, olhe ao redor em busca de uma tabacaria, identificadas por uma letra T na faixada, lá também é possível comprar seu passe!

Só depois que embarquei no bonde de mala e cuia e fiquei igual doida procurando o cobrador, é que descobri essa informação! No final da história, chegamos próximo ao hotel e não pagamos a tarifa! Mais uma vez, atacamos de malandrões sem querer!

Geeeentemmmm! O hotel foi o mais perfeito da viagem toda! Super recomendo! Pra vocês terem uma idéia, nosso quarto era super moderno com uma janelona enorme com vista para Praga. Sem contar que o restaurante/bar era ótimo! Fica a dica, Mosaic House (http://www.mosaichouse.com/).

Praga já começava com o pé direito!

Guardamos nossas coisas e saímos para desbravar a cidade! Com mapinha em mãos fomos rumo à Cidade Velha. Logo que começamos o passeio, já na rua Husová, nos deparamos com uma estátua curiosa de um homem pendurado no alto de um prédio. Olhando rápido, parece até real!

Conforme nos aproximávamos da Cidade Velha, mais esquecíamos que estávamos na capital de um país. As ruazinhas estreitas e as construções te fazem esquecer da modernidade! E assim, perdidos no tempo, chegamos à Ponte Carlos.

O rio Vltava, com suas pontes e águas calmas, é um descanso para a alma. Quando se pisa na Ponte Carlos, a Karluv Most, principal ligação entre a Cidade Velha e o Castelo de Praga, a cidade brilha. A ponte de pedra do século 14 é majestosa! Você caminha sob a proteção de santos esculpidos ao longo do trajeto. A estátua mais procurada é a de São João Nepomuceno, que foi jogado da ponte por ordem do rei por não contar um segredo revelado a ele pela rainha. Dizem que tocar na estátua dá sorte, e todos passam a mão. Pela ponte, sempre lotada de turistas, há caricaturistas, vendedores de suvenires e músicos. Do outro lado fica o bairro de Mála Strana, que não sofreu quase nenhuma alteração desde o século 18. São muitos os palácios, casas barrocas e jardins. Mas apesar de estarmos ali pertinho, deixamos essa parte para o dia seguinte, porque dali nós ainda seguiríamos para a principal atração da cidade!

Uma das delícias de Praga é se juntar a uma multidão na Praça da Cidade Velha para assistir a um espetáculo que se segue de hora em hora há mais de 520 anos (e que ninguém cansa de ver!). Quando bate a hora cheia, abrem-se duas janelas sobre o relógio astronômico do prédio da antiga prefeitura e bonecos que representam os apóstolos iniciam a procissão. Outros bonecos ao lado do relógio também se mexem: a vaidade se olha num espelho e uma caveirinha representando a morte dança! É uma graça! Assistimos ao espetáculo todo e depois subimos na Torre para ter uma visão de Praga do alto! Quando estávamos lá, o relógio mais uma vez funcionou e lá de cima, acompanhamos um músico todo paramentado tocando uma corneta! A subida vale a pena!

A Praça em frente ao relógio é o coração de Praga. O lugar que viu cortejos e execuções agora tem restaurantes e cafés com mesas ao ar livre. Charretes aguardam turistas para um passeio pelas ruas medievais e a linda Igreja Nossa Senhora Diante de Týn completa a paisagem do lugar!

Praga é bem fácil de percorrer à pé. A cidade se fez basicamente ao longo do rio Vltava e seu centro histórico, Patrimônio da Humanidade pela Unesco, é uma junção de cinco cidades antigas. Pelas ruazinhas medievais que chegam e saem da Praça da Cidade Velha, as casas permanecem com seus símbolos de identificação originais, quando não eram usados números, como a casa da Serpente Dourada, a do Sol Negro ou a dos Dois Ursos Dourados, este último um dos mais belos portais renascentistas de Praga.

Ficamos um bom tempo passeando por ali, desbravando as ruazinhas! Em Praga não é preciso ter pressa para conhecer a cidade! Paramos em uma barraquinha e compramos Tridelnik, um doce típico, bem parecido com um pão doce feito na hora! Uma delícia!

Para finalizar o dia, voltamos para o hotel para nosso último passeio cultural do dia: beber cerveja, afinal estávamos no país onde surgiu a do tipo Pilsner, a mais difundida pelo mundo! Sendo assim, a cerveja não podia ficar de fora do passeio!

A marca mais conhecida é a Urquell, feita na cidade de (veja só!) Pilsen. A comida Tcheca também é saborosa, a base de batata e carne.

A melhor parte disso tudo é que não se gasta muito em Praga! Das cidades que visitamos foi uma das mais em conta! Então, aproveite a estadia para comer bem, descansar um pouquinho e recarregar a bateria para o próximo destino...

Mas não tão cedo, ainda tínhamos o dia seguinte para aproveitar! :D

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Praga - Dia 2

Esse foi um dos dias mais despreocupados da viagem! Acordamos mais tarde, tomamos o café da manhã sem pressa e resolvemos seguir para o bairro de Mála Strana para conhecer o Castelo de Praga.

A cidade tem um ritmo apaixonante e te faz desacelerar. A graça não é fazer a maratona dos pontos turísticos num corre corre frenético, mas caminhar com calma descobrindo as surpresas de cada uma das ruas da cidade! E nesse ritmo, deixamos o mapa de lado e seguimos para a Ponte Carlos para cruzá-la.

Logo de cara, você vai perceber que as placas são todas escritas em tcheco! Nenhuma palavrinha sequer em inglês. Se você estiver com um mapa nas mãos, isso não será problema. Mas se você, como eu, entrar no clima despretensioso de Praga e decidir andar sem rumo, só seguindo as orientações das placas para descobrir ao que aquelas palavrinhas indecifráveis se referem, vai ter grandes surpresas!

Minha recomendação é fazer isso na Cidade Velha, que é plana... Em Mála Strana, se perder é sinônimo de exercitar as perninhas nas imensas subidas do bairro!

Cruzamos a ponte e nos deparamos com uma placa que apontava para dois destinos opostos! Queríamos ir ao Castelo, e tentando decifrar tcheco, optamos pela opção da esquerda!

Subimos, subimos, subimos e subimos! Me senti no Everest!

Meu marido não se conformava que o tal castelo nunca chegava! Eu falava pra ele parar de resmungar e seguir na caminhada! Entramos num parque, na região mais alta da cidade, e só quando estávamos láááááá em cima é que vimos o Castelo lááááá embaixo! Conclusão: das duas opções que tínhamos, escolhemos a errada! Estávamos no Parque Petrín!

A maioria das pessoas (pelo menos as que não se perdem!) usam um trenzinho, o Funicular, para chegar à região mais alta da cidade, onde há uma réplica de 60 metros da Torre Eiffel de onde é possível ter uma visão linda de Praga! Só por aí, já dá pra se ter uma idéia de como foi nossa subida!

Subimos, subimos, subimos e subimos até encontrar uma Santa de braços abertos! Achei até que tínhamos chegado ao céu! Dali tivemos uma das vistas mais lindas da nossa visita à Praga! Tanto que não queríamos sair dali! Não havia turistas nem barulho, só Praga aos nossos pés! O fato de não ter ninguém, também queria dizer que eu não teria uma fotinho com o maridão lá do alto! O problema foi resolvido com a ajuda da Santa. Colocamos a máquina nas mãos dela e programamos a câmera para disparar no automático!

Depois de algum tempo sentadinha no banco, me bateu um mau-humor! Eu teria que descer aquele caminho todoooooo novamente! Eu estava acabada! Mas vamos lá, ânimo, ainda tinha o castelo! E lá fomos nós!

Na verdade, o parque Petrin não possui descampados ou áreas para descansos à sombra das árvores. Ele é feito basicamente de trilhas que circulam um grande morro, onde em alguns momentos há escadarias para quem não quer fazer o circuito de volta inteiro. Tanto para quem escolhe ir pelo caminho ou pelas escadas, é bom separar uma boa dose de fôlego! Pelas trilhas é comum ver gente com seus cães sem coleiras, que brincam e correm por todos os lados! (O que pra mim é desesperador!)

Pra que vocês entendam... Desde que fui mordida por um cachorro na adolescência, entro em pânico quando me deparo com um! A cena chega a ser hilária, mas eu não consigo me controlar, grito, choro, corro! Vira um dramalhão mexicano.

Pois bem, seguindo as trilhas para descermos, cruzamos com um homem grandalhão que levava um daqueles cachorrinhos de madame no colo. Como não sabíamos o caminho mais rápido para chegarmos ao castelo, paramos para perguntar. O grandalhão não falava inglês (ou não queria muito papo!). O problema começava aí... Mas não por causa do cachorrinho inofensivo! Um casal vinha em nossa direção com dois cachorrões soltos, que corriam para todos os lados, brincando! O cachorrinho de madame latiu, os cachorrões ouviram, ergueram as orelhas e começaram a correr!

De um lado, estava o homem grandalhão com o cachorrinho, do outro os cachorrões, e eu e o maridão no meio desse cenário! O homem com o cachorrinho começou a discutir em tcheco com o casal, já que nessa altura os cachorrões pulavam sobre ele para brincar com o cachorrinho! O casal chamou a atenção dos cachorros, que voltaram correndo mais uma vez na minha direção! Foi então que o dramalhão começou! Da primeira vez que os cachorros passaram por mim, eu praticamente pulei no colo do marido, da segunda vez, comecei a gritar como uma louca! Tanto que a discussão entre os donos dos cães até parou! Saí correndo e desci a primeira escadaria que vi, aos berros e aos prantos! Nem sequer lembrei do marido, coitado!

Lá embaixo, uma mulher me parou pra perguntar se estava tudo bem, olhando desconfiada para o meu marido que ainda descia as escadas com cara de desesperado! Lembrando disso, dou até risada! Ela deve ter pensado que ele era o taradão do parque, ou algum malandro!

A descarga de adrenalina fez com que eu nem sentisse a descida! Quando vi, já estava na rua, próximo às placas que indicavam o caminho ao castelo! Depois de mais alguns passos, do outro lado do parque, na colina de Hradcany, lá estava ele!

Apesar do nome, o Castelo de Praga, tem mais cara de palácio. É lá também que fica a Catedral Gótica de São Vito, com seus esplêndidos vitrais, uma das mais belas da Europa. Tiramos muitas fotinhos, inclusive com os guardinhas logo na entrada do castelo!

Descendo as escadarias de volta a Mála Strana, passamos pela Viela Dourada, uma rua pitoresca com casinhas coloridas, onde no número 22, Kafka, o mais ilustre morador da cidade, alugou uma casa porque queria um lugar tranquilo para escrever.

Apesar de cansados da subida ao morro Petrin, não havíamos cansado da cidade. Seguimos para deixar nossa marca no Muro da Paz de John Lennon! Essa é uma homenagem que surgiu logo que o mais famoso integrante dos Beatles morreu, em 1980. Mesmo em um cenário comunista, as pessoas escreviam no muro como forma de protesto. A polícia secreta de Praga bem que tentou coibir a prática, mas a cada dia mais e mais grafites surgiam nas paredes!

Voltamos para o hotel caminhando. Passamos pela Cidade Velha mais uma vez. Era nossa despedida de Praga! Descemos seguindo as margens do rio para tirar a clássica foto da Ponte Carlos com o Castelo de fundo. Logo chegamos ao Teatro Nacional, um prédio enorme em estilo renascentista!

Terminamos a noite no bar do hotel, brindando com uma Urquell. Se em Praga, a cerveja é a bebida favorita, no nosso próximo destino, ninguém vive sem ela. Amanhã era dia de Munique!

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Thaís seus relatos realmente são muito divertidos... está me ajudando a relembrar minha viagem que acabou de acontecer...

Um pequeno comentário só pra vc sentir o drama...tenho um pânico com cães semelhante ao que vc tem... a diferença é que congelo e fico sem reação... pois bem...logo na minha chegada na europa em Amsterdã...um cachorro mega pula nas minhas costas... eu quase tive uma síncope... saí tentei sair de perto (e pensando na minha cabeça...quem é o maldito dono desse cachorro que não o segura) mas qto mais andava mais o cachorro se aproximava...eu levei alguns segundos para perceber q a coleira do cachorro estava sendo segurada pelo segurança e que o próprio estava mandando o cachorro meio que me dar uma cheirada... Terrível...felizmente nada aconteceu... só uma leve taquicardia de 1he 30 mas d boa!

 

Acompanhando...

 

Abs!

  • 3 semanas depois...
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Oioioi Gabrieh,

Só quem tem esse medo todo pra me entender!

Acho que se um cachorrão pulasse em mim de novo, eu desmaiava! Só de ler seu post já senti um frio na espinha! Ai.....

Mas entre mortos e feridos, sobrevivemos! Ufa!

Logo continuo com o relato!

Como estou planejando duas viagens (que já estão logo aí), estou sem tempo pra continuar com minhas peripécias! Mas não me esqueci, não!

Logo logo tô de volta!

Beijos

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