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Munique - Dia 1

Assim que chegamos, já percebemos que em Munique não se precisa de muito motivo pra celebrar! A cidade é pura festa! (E olha que nem estávamos na Oktoberfest!)

Para a nossa sorte, era a Final da Liga dos Campeões entre Bayern e Chelsea! Nada mais perfeito para um homem do que futebol e cerveja reunidos em um só lugar, ainda mais em Munique! O marido estava em festa!

Os alemães invadiram a cidade com seus copos de cerveja gigantes e muita disposição para cantarolar hinos e canções futebolísticas! O maridão, como bom corinthiano, surtou de felicidade! (Afinal, era dali que sairia o time que enfrentaria o Timão na final do Mundial!).

Com a cidade lotada, curtir os pontos turísticos foi uma missão quase impossível! O jeito então foi deixar a bagunça nos levar e esperar pelo jogo que ocorreria a dali dois dias!

A Marienplatz se tornou o coração das torcidas e foi incrível ver como há respeito no futebol europeu. Em todos os bares e cafés da cidade, torcedores do Chelsea e Bayern dividiam mesas e conviviam na mais perfeita harmonia! Algo invejável!

Enquanto o maridão nem ligava para os pontos turísticos, eu nem me importava com o futebol! Naquela muvuca toda, eu ficava tentando identificar o que era o que naquela praça! Basicamente, funciona assim: ao norte fica a Neues Rathaus, a nova prefeitura, toda em estilo gótico e com uma torre de relógio que sempre toca às 11h, 12h e às 17h! À direita, fica a Altes Rathaus, a prefeitura antiga. Ao Sul, você vai ver a igreja mais antiga da cidade, a St. Peter’s. E ao centro, fica a Mariensäule, a Coluna de Maria. E para detalhar ainda mais a descrição, inclua neste cenário muitos alemães fanfarrões!

Munique era pura alegria! Os uniformes dos times se misturavam na multidão. Tinha espaço para todo mundo torcer pelo seu time! Alguns vestiam aqueles macacões típicos da Baviera, com direito a chapeuzinho e tudo... Algo bem parecido com as roupas do Pinóquio! E ao invés de vergonha, eles tinham até orgulho daquilo tudo! Chegava a ser cômico ver aqueles grandalhões em roupitchas tão alternativas!

Dali, seguimos para o Viktualienmarket! Eu estava super ansiosa pra conhecer suas 140 barraquinhas que vendem frutas e vegetais frescos vindos das fazendas ao redor de Munique, mas considerando a loucura em que a cidade se encontrava, não tinha nada por ali! Que tristeza! E enquanto eu pensava em comida... o marido pensava em cerveja!

Não quis encarar os Biergartens nesse dia. Zanzamos mais um pouquinho e logo decidimos voltar para o hotel, afinal nossos planos incluíam acordar bem cedinho no dia seguinte! Teríamos que acordar cedo e tanta bagunça nos deixou exaustos!

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Munique - Dia 2

Eu não faço o estilo fanática por museus, mas ir a Munique e não conhecer o Deutsches Museum é um pecado! Esse é o maior museu de tecnologia do mundo e é muito fácil passar o dia todo desbravando seus corredores! Tem de tudo ali: o primeiro carro da Benz, o primeiro motor a diesel, a bancada onde foi dividido o primeiro átomo da história, locomotivas, aviões e uma infinidade de botões para apertar!

Além disso, há ainda alas dedicadas à eletricidade, espaço, petróleo e demonstrações com maquetes detalhadas da produção de papel e tecidos. Vale muito a pena!

Passamos boa parte do nosso dia ali e nos divertimos muito!

Depois de uma alta dose de cultura, era hora de se juntar à bagunça da cidade. Isso era sinônimo de bebericar cerveja de trigo nos famosos Biergarten!

Hoje há mais de 400 deles espalhados por todos os cantos, e no Englischer Garten, o mais famoso parque da cidade, há diversos para se escolher. Nossa eleita foi a Chinesischer Turm, uma das mais populares de toda a Europa! Apesar do estilo chinesinha, com bancos e mesas espalhados aos pés de uma construção estilo pagode oriental, o que você mais vai encontrar por lá é a boa culinária alemã: Joelho de porco, chucrutes e salsichas. E tudo isso, regado à muita cerveja em canecas gigantescas!

Nos Biergartens é super fácil fazer amizades, não só pela bebedeira, mas também pelo fato das mesas serem coletivas. Você vai lá, pega sua cerveja e escolhe seu lugar. Simples assim! Se a preguiça de levantar tomar conta de você, escolha uma das canecas grandes (é só dizer ein mass bier!), assim você vai ter um bom tempo pra curtir sua cerveja sem ter que levantar pra pegar outra! As canecas grandes são enormes, mesmo as pequenas são assustadoramente grandes para os nossos padrões! E não espere cerveja gelada, elas vão estar no máximo frescas! Mas não se preocupe, depois de um tempo, você acostuma!

Mesmo para quem não é assim tão fã da bebida, o passeio ao Englischer Garten é imperdível. Ele é considerado o maior parque urbano do mundo (superando até o Central Park) e sem dúvida, é um dos mais bonitos também!

É possível se perder por horas em longas caminhadas entre árvores, flores e gente deitada ao sol como se estivesse em uma de nossas praias! Para os mais descolados, há áreas específicas pra quem quer ficar peladão e curtir a natureza como veio ao mundo. No restante do parque, vimos várias pessoas que curtiam o sol de cuecão ou de calcinha e sutiã! Mas o mais incrível disso tudo é que mesmo juntando esse cenário com gente bêbada e final de campeonato de futebol, havia o maior respeito entre todos! Em nenhum momento, vi homens mexerem com a mulherada ou brigas!

Depois de algumas boas cervejas, uma chuvinha fina começou a cair. Como não tinha onde se esconder, o jeito foi apressar os passinhos e voltar para o hotel.

E assim terminamos o dia! Hora de recarregar as baterias e se preparar para a festa de amanhã!

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Munique/Dachau - Dia 3

A cidade acordou ainda mais festiva! O número de pessoas parecia ter triplicado do dia pra noite! A festa tomava conta de todos os cantos de Munique!

Andar de metrô passou a ser um exercício de calma e paciência, mas pra quem está acostumado com o transporte público daqui, aquilo tudo não assustava em nada!

Conhecer a cidade estava fora de questão! Decidimos então, seguir para Dachau.

A viagem é bem rápida, já que a cidade fica a apenas 16km de Munique. Para chegar é só pegar o trem S2 na Estação Central, no sentido Peterhausen, e de lá seguir com os ônibus 724 ou 726 para o memorial.

Visitar um Campo de Concentração faz qualquer pessoa repensar o valor da vida! Pra mim, a visita foi extremamente tocante!

Ao chegar ao Campo, minha sensação foi a de entrar em um cemitério. O silêncio só era rompido pelo barulho dos pedregulhos que se moviam com nossos passos. Faltava coragem até para tirar fotos!

O que era para ser um lugar repleto de paz, rodeado por árvores e pássaros, acabou se tornando um símbolo trágico da era nazista: Dachau foi o primeiro Campo de Concentração alemão.

Logo após Hitler se tornar chanceler, Dachau foi instalada onde anteriormente ficava uma antiga fábrica de munição. A lista dos prisioneiros enviados ao Campo incluíam inimigos do Terceiro Reich, incluindo comunistas, judeus, homossexuais, ciganos, testemunhas de Jeová e oponentes políticos.

O Campo é percorrido por um caminho principal, a Lagerstrasse, ladeado por árvores e por demarcações de onde ficavam os 32 abrigos que, no início, mantinham 208 prisioneiros cada. Hoje em dia, ainda é possível visitar dois desses abrigos, reconstruídos para dar aos visitantes a real noção da situação vivida pelos prisioneiros.

Estando ali, é quase impossível imaginar que entre os anos de 1933 e 1945, mais de 206,000 prisioneiros foram enviados para lá! Era um amontoado de mortos-vivos que trabalhavam compulsoriamente até a morte. Muitos serviam de cobaias para experimentos grotescos. Fiquei alguns minutos lendo, horrorizada, os murais que descreviam em detalhes as crueldades praticadas ali. Boa parte dos que sofreram esse pesadelo acabou morrendo pelas condições terríveis em que viviam. Dachau se tornou um centro de assassinatos em massa causados pela fome, doenças, mortes a tiros, enforcamentos e injeções letais. Além disso, em 1944 uma epidemia de Tifo acabou por matar muitos dos que ainda haviam sobrevivido.

Como memorial, foram criadas três igrejas: uma Católica, uma Protestante e uma Judia e do lado oposto do Campo, há um museu onde antes ficava a cozinha, a lavanderia e os chuveiros. A visita ao museu vale muito a pena! Através de documentos, fotografias, murais e documentários dá pra se ter uma visão bem ampla sobre o levante Nazista e a perseguição aos judeus e demais prisioneiros.

Depois desse passeio, era hora de voltar para Munique! O clima festivo da cidade nos tirou o peso de Dachau!

O jogo seria na Alianza Arena, mas seguir pra lá havia se tornado uma missão impossível! Rumamos então para o Olympia Park, onde havia uma estrutura muito legal para recepcionar os torcedores: telões enormes, área com jogos interativos e muitos quiosques de cerveja.

Essa área foi construída para as Olimpíadas de 1972 e acabou entrando para a História não apenas por ter sido sede dos jogos mundiais. Foi exatamente ali que, dias antes da abertura das Olimpíadas, terroristas palestinos da facção Setembro Negro fizeram 11 atletas israelenses refém em troca da liberação de presos palestinos. No fim, todos acabaram mortos!

História à parte, hoje ninguém pensa mais nisso!

O lugar foi tomado por torcedores do Bayern, a maioria. Os torcedores do Chelsea apareciam timidamente! E apesar do time alemão ter ganhado nossa afeição, a torcida do maridão ía para o Chelsea. (Afinal, ele levava em conta o potencial do futuro oponente do Timão!). No final, o Chelsea levou a melhor!

Os alemães ficaram tristinhos, mais um motivo pra beber cerveja!

Em Munique não se tem desculpa pra ficar deprê! Tem sempre um motivo pra se festejar!

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Munique/Füssen - Dia 4

A cidade acordou em ritmo de ressaca.

Mas como não tínhamos tempo para preguiça, acordamos cedinho e seguimos direto para Füssen! Pra quem vai ficar alguns dias em Munique, esse é um passeio imperdível!

Só o trajeto já valeria a pena! Descobrir os Alpes Bávaros pela janelinha do trem deixa qualquer um encantado com aquela paisagem toda! A cidade fica bem no finalzinho da Rota Romântica e é um pedacinho do paraíso! Füssen é bem pequena e todo o seu movimento gira em torno do turismo aos Castelos Neuschwanstein e Hohenshwangau.

Como os castelos ficam estrategicamente localizados no alto das montanhas, o jeito foi preparar as perninhas mais uma vez! Nessa altura do campeonato, a palavra subida me causava arrepios! Então, uma das alternativas foi pagar o ônibus pra economizar um pouco de fôlego (porque ainda precisaríamos dele!). Mesmo com a ajudinha do busão, ainda tinha uma boa subida pela frente!

Pra quem tem preparo físico, Füssen tem muito mais a oferecer do que apenas a visita aos castelos. Pra quem gosta de trilhas e caminhadas, a paisagem é incrível! Inspirados pelo cenário, encaramos algumas trilhas, inclusive chegamos à ponte Marienbrücke, que oferece uma visão linda do Castelo Neuchwanstein! Fotinho digna de cartão-postal! Aqui, o único problema é conseguir encarar a ponte amontoada de turistas... Chega a dar medo!

Assim que chegamos, agendamos o horário para a visita aos castelos. Começamos com Hohenschwangau, que é bem sem gracinha quando comparado com o concorrente. Mas em questão de história, ele ganha de longe! Sua estrutura original data o século 12, quando servia de abrigo para os cavaleiros Schwangau. Com o desaparecimento deles e com as guerras napoleônicas, o Castelo começou a ficar em ruínas. Foi então que Maximiliano II, o pai de Ludwig II - o tal rei louco que construiu Neuchswanstein - o restaurou em apenas 4 anos. Apesar de realmente ser um castelo, quase ninguém dá bola para o coitado. A estrela da vez é o outro castelo da cidade!

Enquanto um tem toda uma história antiga, o outro é um castelo-bebê! Na verdade, Neuchswanstein é bem recente, data do século 19 e foi construído para ser um lugar dos sonhos. É o mais fotografado de toda a Alemanha e serviu de inspiração para o famoso castelo da Cinderela! Para as mocinhas de plantão, já aviso, ali é fácil fácil sonhar com o príncipe encantado!

O ponto alto da visita é o quarto do rei! Além dos detalhes das paredes e da pintura que retrata Tristão e Isolda, a vista da janela é de tirar o fôlego (O restinho que ainda se tem depois da subida!). Toda a construção parece ter sido pensada de modo a enquadrar o melhor ângulo do lago com as montanhas ao fundo! Uma perfeição!

Como o meu príncipe já estava prestes a se tornar sapo (Porque no caso dele, a fome tem essa capacidade!), era hora de procurarmos algo para comer! Como já estávamos cansados e sem muito pique para longas caminhadas, nos demos ao luxo de comer em um restaurante que fica em um terraço de frente para o lago Alpsee! A comida, caríssima, nem foi tão boa assim... mas um almoço diante de uma paisagem daquelas foi algo inesquecível! Digno de contos de fadas!

Na volta, ainda tivemos um tempinho para nos despedir de Munique! Seguimos para o nosso lugar favorito: o Englischer Garten nos esperava. Encontramos um cantinho em baixo de uma árvore, estendemos uma toalha e passamos o restinho do nosso último dia na cidade vendo a vida passar! Para fechar com chave de ouro, seguimos para o Chinese Biergarten e esperamos o dia terminar como um legítimo alemão da Baviera!

À noite, seguimos para a Estação. Essa seria nossa primeira viagem noturna de trem rumo a Veneza! Deixaríamos a curtição da Alemanha para dar boas-vindas ao romantismo italiano!

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Ótimo relato Thaís, ta sendo super útil aqui ::otemo::

 

Sobre a sua passada por Berlin, meu objetivo na cidada na semana q vem eh voltar nos tempos da segunda guerra e do muro de Berlin, para isso visitarei o Muro ::ahhhh:: , o museu da história alemão, o Checkpoint Charlie e o seu museu, o Topografhie der Terrors e o Museu da DDR na beira do Spree.

 

Esse Museu da DDR conta também a história da época ou contém mais as coisas que os moradores tinham disponíveis. Se vc tiver mais alguma opinião sobre os lugares q mencionei ou outros relacionados ao tema, seria super útil.

  • 3 semanas depois...
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Oi Thais

 

Muito bom seu relato e repleto de boas dicas. Pelo que vi você comprou o bilhete do parque das tulipas junto com o transporte, pode me dizer de onde sai? Estarei em Amsterdam de 17 a 20 de maio/2013, mais ou menos a época que vc esteve ano passado fiquei com medo de o parque já está sem tantas flores pois é o final da temporada dele, últimos dias mesmo, mas pelo seu relato acho que vale a pena ir ainda, estou certo? Um abraço obrigado e parabéns pela grande contribuição.

 

pauloperuna

  • 3 semanas depois...
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Oioioi Paulo,

Vale muitooooo à pena ir ao Parque das Tulipas! E não se preocupe, ele estará repleto de flores!

O ônibus sai de mais de uma estação de trem... Se eu não me engano, pegamos na estação Sul... Mas não tenho certeza! hehehe Vou tentar dar uma olhada na minha papelada e te confirmo! :)

Até mais!

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Munique/ Veneza ... Florença

Plataforma correta, trem correto! Passaríamos à noite viajando e para isso, eu havia reservado uma cabine só para nós dois com banheiro incluso. Essa foi uma das regalias que me permiti durante a viagem.

Com malas em mãos, subimos no trem à procura da cabine. Havíamos feito o check-out do hotel ainda no período da tarde e estávamos ansiosos por um banho. No corredor estreito, formou-se uma fila de passageiros perdidos. Logo entendi o que se passava: o vagão das cabines individuais não estava ali! Uma das comissárias nos avisou que havia ocorrido um problema e por isso teríamos que viajar em couchettes, cabines com beliches apertadinhas e sem banheiro!

A novela começava ali!

Estávamos cansados, sujinhos e estressados! Depois de pedir mil explicações e só escutar I’m sorry!, consegui permissão para tomar banho em um banheiro compartilhado inúmeros vagões a frente! E lá fomos nós, toalhinha e kit banho em mãos, rumo ao tão esperado momento relaxante!

Tomar banho em um trem requer muita habilidade! A água do chuveiro não é contínua, parando a cada minuto; o box é bem apertadinho; e o ritmo chacoalhante do banheiro, faz a gente se sentir em uma máquina de lavar!

Depois do banho relaxante, era hora de se preparar para dormir. Nunca foi tão difícil vestir um pijama! Depois do malabarismo, me encolhi na cama (já que não sobrava tanto espaço assim!) e dormi a noite toda!

Acordamos com a comissária batendo na porta! Estávamos chegando. Ela nos deu um papel para que enviássemos à companhia de trem para ressarcimento. (Até hoje não obtive resposta!). Olhei para o maridão e vi que alguma coisa não estava bem!

A temperatura havia caído bastante e como ele havia dormido de cabelo molhado, o resultado da conta foi um só: dor de garganta!

Quando chegamos à Veneza, mal conseguíamos ver a cidade! Caía uma chuva tão forte que nem saímos da estação. Até tentamos. Arriscamos guardar as malas, vestir a capa e abrir o guarda-chuva, mas nem assim dava pra encarar. Quinze euros depois (pagos pelas malas) e marido ameaçando febre, resolvemos deixar Veneza pra trás! O sonho de se perder na cidade do amor e passear de gôndolas pelos canais teria que ficar pra próxima viagem.

O jeito foi seguir para Florença.

Nos nossos planos, chegaríamos na cidade somente no dia seguinte, quando a Vivi e o Fred já teriam saído de lá para desbravar a Toscana. Sendo assim, não nos veríamos mais, por isso nossa despedida em Berlim! Como chegamos um dia antes, mandei um email para eles explicando o ocorrido! Por fim, combinamos de seguir viagem com eles e conhecer algumas das cidadezinhas da Toscana no dia seguinte.

O dia todo caiu aquela chuvinha rala, que não parava nunca. Acabamos ficando no hotel durante a tarde, o maridão aproveitou pra dormir um pouco e tentar se recuperar depois de alguns remédios! À noite, ele acordou renovado e bem melhor, era hora de desbravar Florença!

Conforme andávamos, eu ficava cada vez mais encantada com o que via. Esta é, sem dúvidas, a cidade mais artística da Itália. E o melhor de tudo é que o melhor modo de desvendá-la é percorrendo suas ruazinhas com calma e conhecer desde as atrações mais populares até aqueles cantinhos que só quem mora ali sabe.

A parte histórica, apesar de compacta, é para ser descoberta em vários dias. É só começar a dar alguns passinhos para se deparar com diversas construções de tirar o fôlego! Começamos pelo centro político da cidade, a Piazza dela Signora, ladeada pelo Palazzo Vecchio, atualmente a prefeitura de Florença, e a Igreja Santa Maria Novella, uma capela repleta de afrescos.

Se perder pelas ruas da cidade nos faz esquecer daquele ritmo frenético de turista! A capital artística é praticamente um museu a céu aberto. Por isso, mesmo com um sistema de transporte público excelente, no centro histórico não é permitido o tráfego de ônibus. Mesmo para os mais preguiçosos, vale a pena conhecer tudo à pé. Aliás, foi assim que nos deparamos com a réplica da escultura de Davi, de Michelangelo, no meio da rua. Apesar da peça original estar dentro da Galleria dell’Academia, não há quem não se derreta com uma surpresa como essa.

Na cidade de Michelangelo também se come bem. A carne de porco, especialmente a bistequinha (conhecida como bisteca à fiorentina) é a grande estrela do cardápio. E como um casal bom de garfo, não podíamos deixar terminar o dia sem experimentar o prato típico de Florença! Recomendadíssimo! Nham nham nham dá até água na boca só de lembrar!

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Florença/Toscana - San Giminiano - Dia 2

Logo de manhãzinha, saímos ao encontro da Vivi e do Fred. Eles haviam alugado um Cinquecento para viajar até San Giminiano. Nossa aventura começava mais uma vez, agora em um carrinho tão pequenininho que mal cabiam nós quatro. Para dar mais uma pitada de adrenalina, o carro não vinha equipado com GPS. Isso queria dizer que, com um mapa em mãos, teríamos que nos achar nas estradas da Itália! Conclusão: as multas começaram a chegar meses depois.

Aviso a quem pretende dirigir por lá: há uma verdadeira indústria de multas no país! E ela ganhou ainda mais força com a criação das chamadas Zonas de Tráfego Limitado. Nessas áreas, normalmente nos centros históricos de diversas cidades turísticas, há restrições de horário para circulação. O difícil é saber quais são eles. É um verdadeiro martírio para o motorista estrangeiro. Em Florença, esse tipo de infração corresponde à metade das multas de trânsito da cidade. Pena que só descobrimos isso depois!

Nos perdemos algumas vezes, mas logo achamos a saída para a pista. Depois de algum tempo, era como se estivéssemos em uma cena de filme: uma pequena estrada cheia de curvas, margeada por campos, de onde se avista uma igrejinha com ar medieval bem no alto da colina. É, meus caros, esta é a bela realidade de uma das regiões mais charmosas da Itália, a Toscana.

Quem conhece esse pedacinho italiano que mais parece um cenário produzido, deve esquecer o relógio e se desconectar do resto do mundo. O segredo aqui é curtir o momento de forma plena.

A primeira cidadezinha que conhecemos foi Greve. Esta é a capital não oficial da região de Chianti, famosa por seus vinhos. Ela não faz parte da rota turística e fica situada em um labirinto histórico em uma colina de onde se revelam paisagens inesperadas. Por não fazer parte do roteiro de cidades imperdíveis, ela ainda guarda aquela carinha de cidade medieval a ser descoberta. A praça principal é a Piazza del Mercatale e por lá se encontram várias lojinhas que vendem os famosos vinhos Chianti. Na cidade ainda é possível visitar vinícolas, inclusive a região onde a famosa Monalisa de da Vinci viveu! É só seguir para a Villa Vignamaggio e se divertir com a paisagem!

De lá, seguimos para San Giminiano. A cidade é famosa por manter 14 de suas 72 torres. O cenário parece saído de um conto medieval. O pequeno centro histórico com suas ruelas, igrejas e casinhas antigas fazem dessa cidade uma das mais interessantes da Toscana. Além disso, é aqui que se encontra a sorveteria premiada com o melhor sorvete do mundo! Nem preciso dizer que me deliciei com os gelatos de lá!

Um passeio imperdível é subir a Torre Grossa com seus 54 metros de altura! De lá você vai ter uma das vistas panorâmicas mais lindas da Toscana e de quebra, ainda avista as diversas construções datadas do século 12 de um ângulo único! Ao descer, você pode desbravar as alas do Museu Cívico da cidade.

Antes de voltarmos para Florença, nos despedindo definitivamente da Vivi e do Fred, aproveitamos para descansar na Piazza del Duomo e na Piazza della Cisterna, que ficam uma do ladinho da outra, bem no coração da cidade! A primeira é cercada por palácios do século 15 e por sete torres, a segunda, nomeada por sua cisterna, é rodeada por construções do século 13 e 14. Ficar ali nos faz esquecer do tempo! Só não se esqueça tanto do mundo a ponto de não ver os pombos que sobrevoam os turistas! A Vivi foi uma das vítimas e acabou na mira infalível dos pássaros!

O dia chegava ao fim. Nossos amigos ficariam por lá e nós retornaríamos à Florença. Como não há trens em San Giminiano, eles nos levaram até a cidadezinha de Poggibonsi, de onde seguimos para o nosso destino.

Em Florença, terminamos o dia com uma boa massa e já sentindo saudades dos nossos amigos de viagem! ::kiss::

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