Membros hana Postado Outubro 16, 2008 Membros Postado Outubro 16, 2008 (editado) Olá! Sou a Hana, de Manaus. Quero compartilhar com a comunidade mochileira a viagem que fizemos à Patagônia Argentina (Ushuaia, El Calafate e Puerto Madryn) em setembro/outubro de 2008. Os preços estão quase sempre em pesos argentinos ($) e na medida do possível tentei estimar os gastos por pessoa e não por casal. 29/09/2008 Segunda-feira (Buenos Aires) Saímos do Aeroporto de Manaus voando Gol, fizemos conexão em São Paulo e chegamos a Buenos Aires às 14h. Trocamos dinheiro no Banco La Nacion (acho que é esse o nome), mas não marque bobeira nhein?! O tal banco fica do lado direito de quem sai da sala de desembarque e eles só trocam para aqueles que têm o bilhete do dia de embarque ou desembarque. Digo isso porque algumas pessoas fazem câmbio em um dos guichês que se encontram do lado de dentro do desembarque e quando saem, percebem que perderam dinheiro. Trocamos R$ 3.000,00 a um câmbio de $1,63 o que resultou $4.890,00. Levamos reais mesmo, pois fizemos as conta e dava praticamente a mesma coisa, mas sinceramente esperava pegar um câmbio melhor tendo em vista a baixa do dólar. Compramos os bilhetes para o vôo de Ushuaia até El Calafate pela Aerolíneas Argentinas e fomos atrás de táxi. De verdade, não achei táxi barato por lá não. Os motoristas nos diziam que não havia ônibus de linha, o que depois soubemos que era mentira. Procurei, procurei, mas acabamos tendo que pagar $90 até o Centro, descendo no Obelisco (Av. 9 de julio) e procurando hostels por lá, tendo em vista que não tínhamos reservado nada. Ficamos uma noite no Hostel Avenue, que só recomendo para aqueles que são realmente mochileiros e sem frescura, pois fica num prédio bem antigo e com instalações meia-boca, mas a galera é legal! O endereço é: Av. de Mayo, 950 (http://www.avenuehostel.com.ar). A localização é ótima pois fomos a pé conhecer a Plaza de Mayo, Café Tortoni, Obelisco e Puerto Madero. Só não andamos mais por falta de tempo. Uma dica muito importante: ao chegar ao aeroporto, troque algumas cédulas por moedas, procure o ponto de ônibus da linha 86, que é o único que passa por lá e vá até o obelisco pagando somente $1,50 (pago só em moedas). Chegando ao obelisco (depois de 2 horas aproximadamente, mas pra quê pressa?), escolha um dos inúmeros albergues existentes por aí e economize um bocado! Resumindo: Gol (Manaus-BsAs/BsAs-Manaus): R$ 1.060 por pessoa Aerolíneas (Ushuaia/El Calafate): $702 por pessoa (valei-me!!) Táxi (Aeroporto-Obelisco): $90 Hostel Avenue: $110 em quarto para casal com banheiro dentro 30/09/08 Terça-feira (Buenos Aires-Ushuaia) Acordamos cedo, tomamos café no hostel (assim, só pra forrar o bucho ta bom né? Ehehe), fomos até o Obelisco, Plaza de Mayo e Café Tortoni. A arquitetura do centro antigo é incrível, as pessoas se sentem seguras andando pelas ruas e por essas mesmas ruas caminham muitos brasileiros! Para onde íamos, ouvíamos o português. Acho que dominamos Buenos Aires mesmo! No café Tortoni encontramos duas brasileiras, pedi pra sentar com elas e batemos muito papo! Mas sabe, a situação da argentina não está boa e percebi as lojas e restaurantes extremamente vazios, jovens senhores engraxando sapatos e muita gente dormindo na rua. Sei que isso é um problema em qualquer metrópole, mas penso que lá o negócio está um pouco mais feio. Pegamos um táxi até o Aeroparque, que é um aeroporto próximo do centro e partimos para Ushuaia em avião da Lan. Após três horas de vôo, olhei pela janela do avião e não pude acreditar no que vi: uma cadeia de montanhas cobertas de neve, como num filme em preto e branco. Comecei a fazer festa, dando pulinhos na poltrona do avião. Umas crianças que estavam próximas me olharam e acharam engraçado, mas eu achei emocionante ! Chegando ao aeroporto fomos ao hostel que eu havia reservado em táxi pago por eles . O hostel é maravilhoso, próximo do porto e do centro, o melhor que ficamos em nossas férias. Todos os quartos têm banheiro próprio, aquecedor, cama limpinha e quentinha, televisão, café da manhã, descontos nos passeios e transportes, cozinha a disposição, além dos proprietários, Ricardo e Ada, que são excelentes. Me senti como em casa! Eu e o Daniel gostamos de quartos individuais por motivos óbvios né?! O melhor é que você reserva sem precisar pagar nada adiantado (Hostal Los Calafates – Calle M. Fagnano, 456/ (02901)435515/435645 ou http://www.loscalafateshostal.com.ar). Depois de acomodados, fomos ao Centro de informação turística e carimbamos nosso passaporte com umas gracinhas de carimbos de “cidade mais austral do mundo”, andamos pelo porto e pelo centro e constatamos que a cidade é realmente linda com casinhas típicas rodeadas por montanhas cobertas de gelo. A temperatura era de aproximadamente 10ºC, mas o vento era forte e frio. Então vamos lá: Táxi até Aeroparque: $20 Lan Chile (BsAs-Ushuaia): R$ 320,00 por pessoa Hostal Los Calafates: $130 x 4 noites = $520 01/10/2008 Quarta-feira (Ushuaia) Acordamos cedo e o Ricardo chamou a van para nos levar até o Parque Nacional Tierra del Fuego. Li em vários relatos que havia ônibus que nos levavam aos pontos turísticos e imaginava que a tarifa fosse bem popular. Que engano! Os ônibus na verdade são vans que saem de um ponto em frente ao porto e os preços não são nada camaradas, pois o turismo da patagônia é calculado em euro e demos sorte de ficar num hostel que dava desconto no transporte. A entrada no Parque Nacional era franca até o dia 03/10 e a partir daí começariam a cobrar $45 por pessoa. Caminhamos no parque fazendo a trilha que leva até a Bahia Lapataia e passamos por paisagens muito lindas, castoreras (represas que os castores constroem), lagoas, bosques, vimos coelhos, pássaros, enfim, é um ambiente de muita paz. Aquilo tudo era novo pra mim pois moro no meio da floresta amazônica, então caminhava bem devagar para admirar tudo. Lá pelas 13h, tentamos fazer a trilha Guanaco que é de grau de dificuldade 1000, mas a recompensa é a vista panorâmica do lugar, só que chegamos à conclusão de que essa trilha é para um dia inteiro, pois é realmente muito íngreme e você tem que estar com a pilha toda! Voltamos na metade do caminho, destruídos! Voltamos para pegar a van de volta, próximo ao lago Roca. Voltamos para a cidade e compramos macarrão no supermercado para fazer no hostel. Repassando: Van para o Parque Nacional: $45 por pessoa 02/10/2008 Quinta-feira (Ushuaia) Levantamos empolgados para ir ao Glaciar Martial e ter uma vista panorâmica de 1.000m acima do nível do mar, já pensou? Eu não sabia que podia tanto!!! Pegamos a Van no Porto, que nos deixou na porta do complexo e esperamos até 10:30h para abrir. O complexo fica há 7km da cidade, ou seja, se estiver em 4 pessoas, vale a pena rachar um táxi desde que você combine o horário da volta, pois não vi ponto de táxi por ali. Os atletas podem ir caminhado desde a cidade, afinal não é tããão longe. Compramos o ingresso para o teleférico, que nos deixava na metade do caminho e já começamos a apreciar a bela vista. Foi a primeira vez que vi gelo da neve, então fiquei muito tempo brincando, pegando no gelo, tentando fazer boneco de neve, rolando, tirando fotos e fazendo todas as caboquices a que tinha direito. A caminhada foi bem cansativa, o terreno é íngreme e não é fácil andar na neve, além do frio que estava à beira de 0ºC, mas o visual recompensou e vimos a cidade pequenina, o canal beagle, muitas montanhas e muito, mas muito gelo! Levei a bandeira do Brasil pra tirar uma foto com ela e, quando a estendi, logo vieram outros brasileiros para emprestar. Devo ter encontrado com uns 10 compatriotas pelo caminho. Dica: se não tiver aqueles sapatos impermeáveis próprios para trekking como eu não tinha, leve um outro par de sapatos fechados com e meias limpas para trocar quando sair do glaciar martial pois provavelmente seu tênis estará ensopado, assim você aproveita o resto do dia com mais conforto. Voltamos às 14h e fui direto para o porto passear de barco. O Daniel preferiu ir ao museu do presídio. O passeio de barco foi muito bom! O Ricardo conseguiu um desconto e visitei a Ilha dos Pássaros, dos Lobos (nas duas ilhas tem os dois animais) e o farol. Eu gostaria de ter ido no toldo do barco (parte de cima) o tempo todo, mas o frio estava de acabar, então fui na parte de baixo e só saía para ver as atrações. O Daniel disse que o museu do presídio é muito bom e rolou desconto por ele ser brasileiro eheheh. De volta ao porto, com o tênis ensopado e quase paralisada de frio, fui à calle San Martín ver se comprava algum agasalho mais grosso e quando passo em frente ao centro de visitantes, percebo partículas caindo lentamente do céu, então pensei: “Caramba, esse pessoal faz fogo pra se proteger do frio e agora a cidade fica cheia de cinzas pelo ar, não tá certo!”. Observando mais um pouco, percebi que eram partículas brancas, ou seja: NEVE!!! Eu disse NEVEEEE!!!! Fiquei muito feliz, esqueci do frio e sentei num banquinho da esquina me deixando cobrir por aquele fenômeno tão sonhado. Ninguém esperava que nevasse em outubro e lembrei da minha infância, quando esfregava um pedaço de isopor contra outro pra fingir que era neve! A única coisa chata era que eu estava sem meu maridinho para dividir a alegria, então corri para o hostel, pedindo a Deus que não parasse de nevar até que eu chegasse lá! Quando cheguei, ele já estava rindo da minha cara, pois sabia o quanto eu queria ver neve! Fomos ao Centro comprar agasalho, debaixo de neve (que saco, eheheh!). Naquela noite, fui dormir realizada e muito feliz! Fazendo o repasso: Van para Glaciar Martial: $20 Teleférico: $20 Passeio de barco: $100 + $6 da taxa do porto Museu do presídio: $20 para países do mercosul Ver neve caindo: não tem preço, ehehehe! 03/10/2008 Sexta-feira (Ushuaia) Seguindo o conselho de um brasileiro que estava hospedado no albergue, fomos ao Cerro Castor. Quase perdemos este belo lugar, pois a moça da informação turística disse que estava fechado. A van nos deixou em frente ao Cerro e entramos para um dia de esqui!!!! Pelo menos tentamos! Logo ao entrar nos deparamos com uma estrutura monstra, rock como música ambiente, gringos ricos pra todos os lados, parecia aqueles filmes da sessão da tarde. Fiquei me achando né?! Bem, compramos o ingresso para o meio de elevação só para um dia (tem desconto se você comprar pra mais dias), alugamos uma calça pra mim e um macacão pro Daniel, os esquis e fomos para a pista de iniciantes. Peguei cada queda bonita! Parecia uma jaca madura rolando gelo abaixo! Me recusei a pagar $200 por uma hora de aula de esqui, afinal seria um conhecimento que jamais poderia aplicar aqui na minha terrinha, fiquei cerca de meia hora observando os instrutores ensinando os alunos e aprendi a parar, ficar em pé em terreno inclinado, levantar do chão etc. Tudo na teoria pois na prática era queda na certa! Meu marido pegou a manha rapidinho e já estava se exibindo nas pistas! Lembre de uma coisa: existe um outro meio de elevação que te leva pra um ponto mais alto ainda, onde a paisagem deve ser linda, mas uma vez no topo, não se pode descer pelo teleférico, somente pela pista de esqui então, se for um esquiador verdinho como eu, é melhor ficar caindo na pista de baixo e fazer bonecos de neve enquanto descansa! Depois que devolvemos tudo o que alugamos, fomos passear pelas redondezas que é composta de um belo lago, bosques e chalés incríveis! A van passou as 17h e nos deixou no hostel. Não estávamos a fim de cozinhar e procuramos um restaurante a quilo, sendo que acabamos comprando uma pizza, pois o hábito alimentar do argentino é bem diferente. Lá você escolhe uma carne (que não é barata) e essa é a sua refeição: um peito de frango, ou bife empanado, ou panquecas acompanhados de, no máximo uma salada, ou batata frita. Senti falta de arroz com feijão, macarrão, farinha do uarini... Mas isso foi só um detalhe pois estava anestesiada com tanta beleza que vi nos últimos dias! Então vamos aos valores: Van para Cerro Castor: $30 Meio de elevação: $40 Aluguel de roupa: $30 a calça e $35 o macacão (você aluga um ou outro) Botas e esquis: $40 (aproximadamente) 04/10/2008 Sábado (Ushuaia-El Calafate) Sinceramente estava meio triste por ser o último dia em Ushuaia pois tinha sido tudo tão bom! Mas as passagens já estavam compradas para El Calafate e sabia que lá seria interessante também. Ficamos a manhã inteira passeando pela cidade, fomos ao Museu do Fim do Mundo, que vale muito a pena! Com o ingresso você visita dois prédios, sendo que o anexo é a antiga Casa do Governo onde está exposta a história de um naufrágio narrado a partir de um diário de bordo. Muito emocionante! Fomos também até a antiga casa da Família Bebán (entrada franca) e caminhamos até o hostel para buscar nossa bagagem, nos despedir de Ricardo e pegar um táxi até o aeroporto. Partimos em vôo da Aerolíneas argentinas (aquela passagem de $702) e após uma hora de vôo já estávamos em El Calafate. Pegamos um táxi até a cidade e fomos ao Hostel Los Dos Pinos (http://www.losdospinos.com) onde eu havia feito reserva que, sinceramente, não achei que tivesse um bom custo-benefício, mas acho que isso foi devido ao ótimo tratamento que recebemos em Ushuaia, contrastando com o atendimento frio e impessoal em El Calafate. O quarto que ficamos tinha TV, aquecedor, banheiro, boa cama, tudo direitinho, mas tenho certeza que existem opções mais baratas por lá, se fosse hoje, não reservaria e escolheria com calma ao chegar na cidade. Uma dica: se você estiver com tempo sobrando, vá de ônibus de Ushuaia até El Calafate pois são 12 horas até Rio Gallegos e mais 4h até El Calafate por um terço da passagem de avião. Depois de acomodados, fomos andar pelo centro e contratar meu único passeio que foi o minitrekking no Glaciar Perito Moreno na única operadora que presta esse serviço, a Hielo & Aventura (http://www.hieloyaventura.com). É lógico que existem outros passeios operados por outras agências como o de barco a todos los glaciares, trekking em El Chaltén, cavalgadas e outros com preços aproximados de $110, mas como só tínhamos um dia completo achei o minitrekking vantajoso, pois além de andar no glaciar, faríamos o passeio de barco e ainda iríamos observar o glaciar das plataformas. Na volta, avistamos uma churrascaria e comemos um delicioso churrasco com um bifê parecido com o brasileiro no qual tiramos a barriga da miséria! Delicioso! Os preços?: Museu do Fim do Mundo: $15 Táxi até o aeroporto de Ushuaia: $20 Taxa de uso do aeroporto de Ushuaia: $6 (não tenho certeza) Táxi do aeroporto até El Calafate: $20 por pessoa (tipo lotação) Hostel Los dos Pinos: $140x2 noites = $280 Minitrekking: $400 Entrada no Parque: $40 05/10/2008 Domingo (El Calafate) Esqueci de dizer, mas o Daniel não contratou o passeio, pois estava meio abusado do frio, então eu fui sozinha para o minitrekking. O ônibus passou pra me buscar às 8:15h e depois de pegar outras pessoas foi ao Puerto Bajo de las Sombras para nos deixar no barco. A caminhada no glaciar foi inesquecível! Me calçaram grampos para não escorregar no gelo, o guia nos deu uma breve aula sobre o glaciar e começamos a caminhada de aproximadamente duas horas, debaixo de neve e frio paralisante! O gelo de lá parecia sal grosso e enquanto caminhávamos escutávamos estrondos como de trovão, que eram pedaços de gelo se desprendendo do glaciar e caindo na água. É lógico que levei minha bandeira do Brasil e obriguei os três guias a tirarem uma foto comigo. Eles brincaram, dizendo que não fariam isso, mas acabaram que posaram com um sorriso largo segurando a bandeira do país do melhor futebol do mundo. Os outros turistas davam risadas! No fim do trekking serviram whisky em copos com gelo do glaciar e alfajor, que foi muito interessante! Depois partimos para avistar o glaciar Perito Moreno das passarelas e lá pude ter idéia da imensidão azul, branca e negra que era tudo aquilo, além de ouvir e ver os desprendimentos. Voltamos para a cidade e encontrei com meu marido, que tinha passado o dia rodando por lá. Ele foi a um museu interessante e disse que a cidade fica quase deserta durante o dia. 06 e 07/10/2008 Segunda e Terça-feira (El Calafate- Rio Gallegos- Puerto Madryn) Passamos a manhã passeando pela cidade e às 12:30h partimos da rodoviária de El Calafate com destino a Rio Gallegos para então pegar o ônibus até Puerto Madryn. Compramos passagem pela empresa Andesmar em poltrona semi-cama (a inclinação das poltronas cama e semi-cama é a mesma, a diferença é que a cama é mais larga e o revestimento é de couro) e gostamos muito do serviço, com lanche, jantar e café da manhã. Ao todo, passamos umas 24h viajando, contando com o tempo de espera em Rio Gallegos e a paisagem não muda muito durante a viagem: terrenos semi-desertos com muitas ovelhas. Chegamos a Puerto Madryn por volta de 13h do dia seguinte e na rodoviária tem um posto de informação turística com o preço de todos os albergues e hotéis. Aproveitamos para comprar nossa passagem de volta para Buenos Aires pela Andesmar que oferecia poltrona cama em promoção. Fomos ao Hostel JyS (Calle Mitre, 516/ jyshotel@hotmail.com) que foi o mais barato que encontramos, com o detalhe de o quarto para duas pessoas ser com beliche e não cama de casal como eu imaginei, além de banheiro compartilhado, mas como estávamos com pouco dinheiro, este nos pareceu perfeito ehehehe. No hostel mesmo fechamos o passeio à Península de Valdés para o dia seguinte e saímos para passear pela cidade, passando por uma agência de mergulho que cobrava $200 pelo batismo. Assisti ao vídeo e não me animei muito pois só se via uns peixinhos meio tristinhos. Me animei mesmo foi com o snorkel com lobos marinhos, mas o valor era de $500, sem chance! Compramos o almoço do dia seguinte e fomos dormir. Quanto gastamos: Ônibus El Calafate-Puerto Madryn = $235 por pessoa Hoste JyS = $40 por pessoa x 3 = $120 x 2 pessoas = $240 (casal) Passeio Península de Valdés (Agência El Chaltán)= $225 por pessoa Entrada na Península: $40 08/10/2008 Quarta-feira (Puerto Madryn) O ônibus passou bem cedo para nos buscar e fomos com um casal de polacos muito gente boa! A guia era muito preparada e sabia tudo sobre a região. Paramos num museu, antes de Puerto Pirâmides para ver um esqueleto de baleia e outras informações sobre a península e então partimos para Puerto Pirâmides de onde saiu o barco para avistar baleias. Estive desbravando o local e descobri que uma vez por dia sai um ônibus até P. Madryn e vice-versa, então se quiser economizar, pegue o ônibus num dia, faça o passeio de avistagem ($150 só o passeio de barco) e depois volte para P. Madryn. Saímos no barco e minutos depois se aproximou um bicho imenso, com a pele cheia de calosidades, esguichando ar pelo furinho localizado no dorso fazendo um barulho semelhante àquele produzido quando sopramos um pedaço de cano. Era uma baleia que vinha observar nosso barco e passava por debaixo dele, deixando todos aflitos! Depois vimos outras! Elas não pareciam se incomodar com a nossa presença e todos no barco ficavam impressionados com tudo aquilo. Na volta, fizemos um passeio por toda a península, uma espécie de safári, quando avistamos corujas, outras aves, guanacos (um bicho parecido com lhama, ou camelo, ou cavalo, ou tudo junto!), maras (bichos parecidos com coelhos que fizeram redução de orelha) entre outros animais típicos da fauna. Paramos num mirante para avistar elefantes marinhos, que estavam na época de reprodução e fomos contemplados com uma luta entre dois machos! Depois passamos num local onde havia alguns pingüins, bem próximos da gente. Muito legal! Voltamos para o hostel e saímos para procurar um passeio que combinasse avistagem de toninas e a Punta Tombo, para ver pingüins. Queríamos saber se era negócio alugar um carro, mas chegamos a conclusão de que só era vantagem se fosse em um grupo de quatro pessoas. Fechamos o tal passeio em uma agência e voltamos para o hostel. Resumindo: Passeio Avistagem de toninas + Punta Tombo (Agência Allora Viaggio) = $200 p/p Entrada no parque: $35 09/10/2008 Quinta-feira (Puerto Madryn) O guia nos pegou no hostel em um logan e não em van, como esperávamos. Dividimos o carro com um casal de espanhóis, meio fechados. Nos dirigimos ao Porto de Rawson para pegar o bote e avistar toninas, que são espécies de golfinhos de cores preta e branca, engraçadinhos! Depois de uns 15 minutos navegando, vimos toninas, e muitas delas, acompanhando o barco. Elas fazem isso para proteger as fêmeas com cria que estão um pouco mais longe. É melhor curtir o show que elas dão antes de tentar fotografá-las, pois são muito rápidas e se sua câmera não é profissional, talvez fique o passeio inteiro tentando clicá-las sem sucesso. Depois, fomos a Punta Tombo ver uma colônia de pingüins de Magalhães que todos os anos vão até lá para se reproduzirem. São centenas de pingüins há centímetros de você, tranqüilos namoram e cuidam de seus ovos. O visual do local é imperdível pois além dos mirantes, pode-se ver guanacos e outros bichos que circulam calmamente por lá. Na volta paramos em uma cidade colonizada pelos gauleses chamada Gaimán. A arquitetura é gaulesa e espanhola e naquele lugar pude sentir um descanso e paz inesquecíveis. Ao voltar para a cidade já era quase noite e nos demos conta que tínhamos apenas 300 e poucos pesos que deveriam durar até a volta para Manaus, além de que eu queria muito ir no Siga la vaca quando passássemos de novo em Buenos Aires. Então decidimos nos virar com os poucos pesos que tínhamos e deixar os 300 para Buenos Aires, portanto, nada de Punta Loma para ver mais lobos marinhos nem Praia Doradilho para ver Baleias. A noite, fomos andar pela cidade e pelo porto e confesso que estava meio triste por não poder ir à Praia Doradillo ver baleias. Fomos andando no píer, meio sem destino e começamos a ver lobos marinhos nadando. Andando mais um pouco, quase chegando ao fim do píer, ouvimos o barulho de alguém soprando no cano... Eram baleias, bem próxima de nós! Uma passou tão perto que pude vê-la por inteiro. E já sabia onde veria baleias no dia seguinte, e de graça! 10/10/2008 Sexta-feira (Puerto Madryn-BsAs) Passamos o dia inteiro avistando baleias no porto e andando no centro. O melhor horário para avistar baleias é quando a maré está alta, pois elas chegam mais perto. Pudemos ver um casal passando muito perto de nós, além dos saltos que elas dão e pude tirar as clássicas fotos da cauda... Impressionante! Elas deram um verdadeiro show, quem precisa ir a Doradillo? De verdade, antes de contratar o passeio à Doradillo ou até mesmo o passeio de barco, fique um tempo no porto, pedindo a Deus que elas apareçam e dêem um show, para então decidir se vai querer gastar seus pesos. Mas acho que iria pro passeio de barco mesmo assim, ehehehe! Às 21h deixamos Puerto Madryn (ou foi ela que nos deixou...) já com saudades e guardando na memória tanta imagem bonita. Fomos para Buenos Aires em ônibus da Andesmar, poltrona cama, um conforto só! No ônibus te servem jantar, refrigerente, vinho, teve até bingo! Um barato! Gastos: Puerto Madryn-Bs.As. (Andesmar) = $220 cama 11 e 12/10/2008 Sábado e domingo (Buenos Aires-Manaus) Bem, este sábado seria um dia especial pois era meu aniversário de 27 anos e queria comemorar no restaurante Siga la vaca em Puerto Madero :'> . Chegamos em Buenos Aires às 14h, no terminal do retiro e fomos caminhando até o hostel Avenue para passar mais uma noite. Lembra que eu falei que gostávamos de quarto individual por motivos óbvios? Pois é, naquele momento tive que abrir mão de qualquer preferência e ficar no dormitório de 6 camas, dividindo o espaço com uma galera bem “alternativa”, que fumava dentro do quarto e ouviam umas músicas bem diferentes eheheh. Depois tudo ficou engraçado! Caminhamos um pouco pelo centro e depois fomos ao restaurante comer churrasco com vinho e profiterolles de sobremesa. Valeu a pena economizar um pouquinho né? Aqui no Amazonas tem um ditado que diz: “Só quer ser gatinha, mas só come ovo com farinha”. Caiu como uma luva, ehehehhe! Ao voltar, dormimos um pouquinho e logo chegou a hora de ir embora para o aeroporto. Pegamos o ônibus 86 bem cedo e depois de 1h40min chegamos ao aeroporto de Ezeiza para começar a viagem de volta. Tivemos que pagar $60 por pessoa pela taxa de migração e pegar o vôo até São Paulo, chegando a Manaus por volta de 00h de segunda-feira. Resumindo: Hostel Avenue: $25 por cama x 2 pessoas = $50 Restaurante Siga La vaca = $130 pro casal Taxa de migração = $60 por pessoa Bem, assim terminou nossa aventura na Patagônia Argentina, que foi simplesmente o máximo, serviu pra recarregar as baterias, conhecer gente nova, outra cultura e ver bichos que só tinha visto no Animal Planet. Espero ter ajudado a nação mochileira com este relato! Até a próxima! Editado Outubro 16, 2008 por Visitante Citar
Membros de Honra michel Postado Outubro 17, 2008 Membros de Honra Postado Outubro 17, 2008 Muito bacana ! Parabéns pela viagem e pelo relato !!! Citar
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