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Budapeste - Primeiro Dia

 

Depois de termos encarado mais um trem noturno, chegamos à Budapeste com um atraso de quase 2 horas. Não sei por qual motivo o trem atrasou tanto, mas eu lembro que durante a noite eu sentia o trem andar e frear repetidamente...A coisa boa é que a cabine estava vazia. Só tinha eu e Paula lá dentro, sem ninguém pra perturbar, fazer barulho ou até mesmo reclamar das nossas malas...rsrs.

Nós chegamos à Estação de Budapeste e fomos praticamente as últimas a sair do trem, porque será né? Tanta mala faz a pessoa ficar lerda mesmo..rsrs.

 

Estávamos preocupadas porque não tínhamos como avisar a Michelle que o trem havia atrasado. Ah! Em Budapeste não ficamos no sistema de couch surfing. Ficamos hospedadas na casa de uma grande amiga brasileira que não víamos a quase 10 anos. Estávamos mais do que ansiosas para chegar à casa dela, primeiro pelo fato de encontrar alguém conhecido e segundo por podermos nos sentir um pouco em casa...rsrs.

 

Um parênteses: A Michelle decidiu ir pra Europa estudar alemão, trabalhou como babá numa casa de família, conheceu um Húngaro (no metrô), tiveram uma história de amor daquelas que acontece em filme e ela decidiu ir morar com ele na Hungria. Aprendeu o Húngaro (que é uma língua muuuuito difícil), casou com ele e hoje tem 2 filhas lindas. E para nossa sorte ela mora numa das cidades mais lindas...Budapeste não estava no nosso roteiro oficial, mas a Mi falou tão bem da cidade e o quanto ela gostaria de nos reencontrar que pensamos: “Por que não?” E lá fomos nós!!!

 

Quando chegamos á estação de Budapeste ficamos tão felizes por ver a Michelle nos esperando que ríamos e dávamos gritinhos...Parecíamos adolescentes...hahahahah. Ela estava acompanhada do marido e da filha mais velha (uma fofa!). Eles foram nos buscar de carro, nos ajudaram com as malas e claro, fomos conversando até chegarmos em casa.

A casa da Mi era fofa, tinha um jardim bem bonito na frente. E foi só o tempo de tomarmos aquele banho pra espantar o cansaço da viagem, comer alguma coisa e partirmos pra rua. A Michelle queria nos mostar Budapeste e eu confesso que estava doida pra conhecer.

 

Conhecendo Budapeste

 

A Mi morava em torno de uns 20min do centro de Budapeste. Pegamos um ônibus perto da casa dela e tínhamos que comprar os passes de ônibus e metrô para os dias que estaríamos ali!

 

Antes de comprarmos os passes, precisaríamos sacar dinheiro local. Não tínhamos nada de Forint (nome da moeda na Hungria) e lá fomos nós caçar um caixa eletrônico. Até que achamos um bem fácil. Sacamos em torno de 30.000 Forint, que dava mais ou menos 100 euros, pois tínhamos que dar 17.000 forint para o marido da Mi que havia comprado as nossas passagens aéreas para Roma...Depois explico isso!!! E mais uma vez saí do caixa eletrônico com aquela sensação de mulheres ricas..rsrs.

 

Ela nos levou num lugar que vendia os passes e compramos para 3 dias. Poderíamos andar de ônibus e metrô ilimitado dentro daquele período. Não lembro quanto foi o passe (Mi, se estiver lendo o post, comenta aí embaixo pra galera saber quanto é...rs).

Pegamos outro ônibus e fomos direto para o centro de Budapeste. Do ônibus a Mi ia falando alguns pontos turísticos que seria interessante conhecer, fazendo um mini city tour com a gente..rs.

 

Descemos no ponto final do ônibus e começamos a andar...Gente, andar por Budapeste é a coisa mais gostosa que tem. Mesmo com o frio que estava fazendo nós pudemos apreciar bastante a cidade. Vimos que Budapeste tinha muitas estátuas...De tudo o que você possa imaginar e cada estátua tinha sua história própria! Andamos pelas margens do Rio Danúbio e vimos de longe o castelo de Buda e a Ponte das Correntes (um dos cartões postais de Budapeste).

 

Andamos, andamos, paramos em uma barraquinha pra comer alguma coisa. Comi um pedaço do que parecia uma fatia de pizza (só que no formato retangular) com um molho branco por cima (não lembro o nome do molho), mas estava ótimo. Só que como a barraquinha ficava na rua, e estava fazendo frio naquele dia, a tal pizza esfriou meio rápido...rsrs. Eu era muito comédia quando comia na rua, como estava muito frio eu nem tirava as luvas...Melecava a luva toda de molho e qualquer outra coisa, mas pelo menos meus dedinhos estavam quentinhos...rs.

 

Depois de termos feito uma boquinha, fomos até à igreja de St. Istvan. A igreja é linda e você pode subir para ver a cidade de cima. Vale muito a pena.



Nesse mesmo dia o marido da Mi disse que iríamos sair pra jantar com um amigo dele e que deveríamos nos encontrar com ele no ponto de ônibus próximo ao Rio Danúbio. E la fomos nós né?

 

O lugar era bem bonitinho e o mais importante. Quentinho...rs. Só que tinha um problema, pra sair eu sempre colocava um casaco bonito por cima e por baixo um casaco meio fuleirinho...só pra esquentar. E eis que quando entramos no local a Mi disse que eu tinha que tirar o casaco, que era falta de educação ficar de casaco...Mas gente, eu ficar parecendo uma mendiga só com aquele casaco de fleece...rsrsrs. Mas não tive escolha...Tirei meu casaco bonitão e fiquei só com o mendigão de fleece...rsrs.

 

O jantar estava super agradável. Pedimos um tipo de frango recheado com batatas que estava muito gostoso! E enquanto esperávamos os nossos pratos o garçon trouxe uns 2 shots de uma bebida típica Húngara. Era quente, tipo vodka, mas era feita de maçã...Não era ruim não, mas deu uma esquentada legal..rs. Comecei a reparar que o garçon trazia sempre da tal bebidinha. No total ele trouxe umas 4 vezes e ainda tínhamos pedido vinho pra acompanhar o prato.

 

Eu já estava meio que fazendo as contas na minha cabeça né? “Caraca, essa brincadeira vai me custar quanto? Rsrs” Mas para a nossa alegria o dono do restaurante era amigo do amigo do marido da Mi...E vc teve que pagar a conta? Nem eu...hahahahhaha.

 

Voltamos para casa, meio felizes...Talvez pelo fato de que não tivemos que pagar a conta ou talvez pelo vinho mesmo..rs. Ainda tivemos que subir uma escadaria de não sei quantos degraus, acho que uns 200 e pouco, pelo que me lembro do marido da Michelle ter falado, e num frio de dar dó. A Mi, como ótima anfitriã, fez chá pra gente para nos aquecermos um pouco.

 

O nosso primeiro dia em Budapeste tinha chegado ao fim, mas ainda tínhamos mais 2 para aproveitar naquela cidade linda.

 

Fotos disponíveis no post do meu blog: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/03/budapeste-primeiro-dia.html

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Oi Gaby,

 

Obrigada pelo retorno. Já estou no ritmo de contagem regressiva... rsrsrs. Ainda tenho alguns pontos para fechar e isso que está me deixando nervosa e ansiosa. Fico com receito de não terminar o que preciso fazer antes de chegar o grande dia. Enfim, vamos que vamos... No final tudo dá certo.. rsrsrs.

 

Sobre o horário das aulas, não tenho preferencia. O que sair vai ser de boa. Eu só queria mesmo saber antes para poder planejar certinho com o tempo que terei livre.

 

No inicio do seu relato da viagem vc diz que comprou um cartão telefonico ou um chip de uma operadora Londrina. Pode falar um pouco mais a respeito?

 

Obrigada,

Cleide Machado

 

Oi Cleide,

Então...No aeroporto mesmo você pode comprar o chip de celular. No melhor estilo máquina de refrigerante..rsrs. Nós escolhemos a operadora 3, mas não gostamos muito não. Eu aconselho você comprar da marca Vodafone que tem um sinal bem melhor. Normalmente os chips vem com 20 pouds de crédito para ligações e internet. Quando acabar o crédito você pode ir em qualquer lojinha que vende jornal e pedir pra carregar...Tranquilo!

 

Quanto às estações de metrô. Normalmente as trocas de linhas não são feitas na mesma plataforna e vc precisa subir e descer escadas para passar pra plataforma correta. Procure no google um mapa de metrô de londres e verifique se na estação que você precisa fazer transferência tem uma bolinha com uma cadeira de rodas, isso significa que a estação tem elevadores ou rampas. Pra quem está com mala é uma super ajuda.

 

Bjs

  • 2 semanas depois...
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Budapeste – Neve e Castelo (Praticamente um conto de fadas)

 

Ahhh nem acredito que consegui uma brechinha no meu tempo pra voltar a relatar sobre a viagem à Europa. Já estava ficando triste por não ter tempo de continuar a saga..rsrs.

 

No dia anterior, a Michelle tinha nos dito que haveria uma grande probabilidade de nevar. Eu até achei que ela estava tirando uma onda com a nossa cara, pois estávamos em pleno outono ainda. Eu não sabia se ficava animada com essa possibilidade (pois eu nunca tinha visto neve na vida) ou se eu me desesperava (já que não tinha casaco tão pesado pra enfrentar neve).

 

E eis que no nosso segundo dia em Budapeste, a Michelle nos acorda às 07 da manhã toda animada e dizendo a frase que eu só pensei que ouviria nos filmes: “Está nevando!!!!”. Gente, eu estava morrendo de sono, meio que relutei pra acordar. Ok, ok eu nunca tinha visto neve, mas eram 07 da madrugada... Temos que levar isso em consideração...rsrs. Mas então, quando eu abri a janela, vi aqueles floquinhos brancos caindo do céu e parando no parapeito da janela, não pensei duas vezes. Peguei o meu casaco mais pesado, coloquei por cima do pijama e lá fomos nós pro quintal da Michelle às 07 da madrugada, rindo como crianças porque estava nevando. Michelle tirou algumas fotos nossas da barriga pra cima, porque não queríamos sair com calças de pijama...kkkkkkk.

 

Passada a fase vi-neve-pela-primeira-vez, o frio foi apertando e resolvemos voltar para o quentinho da casa da Mi. Tomamos um café da manhã típico europeu regado a chá e pão com nutella e fomos para a rua.

 

Castelo de Buda

 

Como o nosso passe de ônibus ainda estava valendo, fomos novamente para o centro e seguimos para a Ponte das Correntes. No dia anterior nós havíamos passado por ela, mas não chegamos a atravessar. Acredito que essa seja uma das pontes mais bonitas que eu vi, com leões enormes nas suas extremidades e cortando o Rio Danúbio...Lindo, lindo, lindo. Neste dia estava frio demais, como tinha nevado no início da manhã devia estar fazendo uns 5 graus. E atravessar uma ponte enorme nessa temperatura, não é a coisa mais agradável do mundo. Pausas e mais pausas para fotos e a cada vez que eu parava para fazer uma pose, parecia que os meus ossinhos iriam congelar...rsrsrs.

 

Depois de atravessada a ponte, chegamos ao castelo de Buda.

 

O castelo fica no alto de uma colina. Você pode subir num tipo de bondinho (tipo o do cristo redentor) ou subir a pé mesmo. Eu super recomendo subir a pé, pois você consegue ter uma vista linda da cidade com a ponte das correntes de fundo. A subida é bem tranquila e a paisagem...sublime!

 

O castelo é dividido em diversas alas e é muito imponente, como todo castelo normalmente é. E eu realmente fico impressionada com a grandeza dos monumentos na Europa. Em uma época em que não existiam recursos tecnológicos, como as as pessoas conseguiam fazer obras tão lindas? #QueBruxariaÉEssa? rsrs

 

Nós ficamos um bom tempo ali nas áreas do castelo, entramos e saímos em diversas áreas livres. Você não precisa pagar para ficar ali pelo lado de fora. Se quiser conhecer museus e alas dentro do castelo aí sim...Mas nós não entramos não. A viagem estava no fim e parecia que o meu cérebro não ia absorver muita coisa mais sobre datas e nomes de reis e rainhas. Preferi só apreciar a arquitetura mesmo e ficar embasbacada com a paisagem.

 

Enquanto estávamos por ali comemos um pãozinho típico da hungria. Nós vimos isso também em Praga, mas não chegamos a comer. Era uma massa de pão que era assado enrolado num tubo e quando ficava pronto era salpicado com canela e açúcar. O nome do pão é: Kürtőskalács e não me peça para falar, porque não tenho a menor ideia da pronúncia...rs. Nós pedimos um para experimentar e era delicioso. Caiu muito bem com um chá quentinho que pedi em um outra barraquinha nos arredores do castelo. Como sempre, comi o pãozinho de luva e tudo porque o frio estava muito tenso...rsrs.

 

Como era outono, o dia escurecia muito cedo, por volta de 17h parecia que eram 20h da noite. Nós fizemos o mesmo caminho de volta, tiramos mais fotos com a ponte das correntes de fundo, mas dessa vez com ela toda iluminada. Lugar lindo, lindo, lindo!

 

Ice Bar

 

Enquanto estávamos voltando pra casa, lembramos que queríamos ir ao Ice Bar. Num dos primeiros posts de Londres eu escrevi que queríamos ter conhecido o Ice Bar de Londres, mas que chegamos lá estava tendo um evento e não podíamos entrar. Acabou que não conseguimos ir e resolvemos deixar para fazer isso em Budapeste. Até porque seria muuuuuito mais barato. A entrada do Ice Bar em Londres era 16 pounds (em torno de 56 reais) em Budapeste a entrada custava em torno de 9 reais...Muito melhor, não?

 

Quando você paga o ingresso tem direito a um casaco, luvas e um drink não alcóolico. Você também pode pagar um pouco mais caro para ter direito a uma bebida alcóolica, mas eu acho que não vale a pena, já que você não está ali pra beber e sim pra tirar fotos das esculturas de gelo, até porque, no frio que faz lá dentro você não aguenta ficar nem 10 minutos lá!

 

Nós entramos, tiramos foto, tomamos nossos “bons drink” e saímos. O lugar era pequeno, talvez o de Londres fosse maior, mas entre 56 reais e 9 reais, fiquei com a segunda opção. Era fim de viagem e a grana estava começando a apertar...rsrs. E a grana estava apertando tanto que eu entrei em contato com o lugar que fizemos o nosso Visa Travel Money para carregar...Mas como nem tudo sai do jeito que a gente planeja e Murphy sempre está aí para o que der e vier, eu iria me estressar com relação a isso. Mas isso ia acontecer em Roma...e que estresse...rsrs.

 

Como tudo o que é bom termina, nosso último dia em Budapeste estava chegando e estávamos indo para o nosso último país...Itália!!! Mas não sem antes passarmos por um perrengue básico chamado Vôo Low Cost na Europa!

E a aventura continua!

 

Fotos disponíveis no post do meu blog de viagens: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/03/budapeste-neve-e-castelo-praticamente.html

  • 3 semanas depois...
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Budapeste – Igreja na Caverna + Perrengue no Aeroporto

 

Gente, estou muito displincente. Quase um mês sem postar nada. Ainda não acabei o relato da Europa (ainda falta Roma), já fui para Buenos Aires pela segunda vez e praticamente acabei de voltar de Ouro Preto (minha primeira viagem sozinha). Eu confesso que fico com “pena” de postar todas as viagens de uma vez...E se acabar? Mas aí eu penso: Se acabar...Eu viajo de novo! Rsrs.

 

Mas vamos ao que realmente interessa. Meu último dia em Budapeste. Essa cidade que me encantou tanto que pretendo voltar (espero que em 2015). Muitas coisas não conheci na cidade, como os famosos banhos termais, mini cruzeiro pelo Rio Danúbio e etc.

 

Colina Gellért

 

Como ainda tínhamos algum tempo até irmos para o aeroporto (nosso vôo para Roma estava marcacado para 20h) a Michelle queria nos levar para uma última volta na cidade.

 

Saímos de casa meio tarde já, tipo 10:00 da manhã e seguimos direto para a Colina Gellért. O dia estava mais quente que nos outros dias, fomos presenteadas até com um lindo céu azul, mas ainda não dava pra abandonar o cachecol (ok, eu queria estrear o cachecol azul que eu comprei no dia anterior em uma lojinha no centro de Budapeste  ).

 

A colina Gellért é um lindo passeio, mas vá com alguma disposição. O parque é bem bonito e você vê muita gente fazendo exercício, correndo, fazendo caminhadas, crianças brincando e etc. Chegamos a ver até um grupo de crianças que estavam na hora do recreio da escola. Todas andando em fila ordenadamente com a sua professora...Fofo demais!

 

Enquanto você sobe a colina, você pode admirar Budapeste de cima através de alguns observatórios aqui e ali.

 

Igreja na Caverna

 

No meio do caminho para o cume da Colina, você pode parar na Igreja da Caverna. A igreja foi construída dentro de uma caverna.

 

Um pouco de história...

A igreja serviu como uma capela e convento até 1951. Durante este tempo, ela também serviu como um hospital de campanha para o exército da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1945, o Exército Vermelho soviético invadiu Budapeste e por seis anos, a gruta continuou suas funções religiosas, mas em 1951, a Autoridade de Protecção de Estado invadiu a capela como parte de ação crescente contra a Igreja Católica. Como resultado do ataque, a caverna foi selada, o mosteiro superior, Vezér Ferenc, foi condenado à morte, e os restantes irmãos foram presos por mais de dez anos.

Hoje em dia a Igreja é um dos pontos turísticos visitados na cidade.

 

Topo da Colina Géllert

 

Depois de subir, subir e subir chegamos ao topo da colina e é lindo lá. Lojinhas de souvenirs e quiosques vendendo vinho quente estão sempre presentes.

Mas tudo que a gente sobe tem que descer né? Mas pra descer todo santo ajuda..rsrs.

Enquanto eu ia descendo ia pensando que era o nosso último dia ali e quase o fim da viagem. O último dia que estaríamos com a Michelle e sabe-se lá quando eu voltaria naquela cidade!

 

Rumo à Roma

 

Voltamos pra casa naquele dia prontas para arrumarmos as malas, mas dessa vez não ia ser uma das tarefas mais simples. Íamos pegar um vôo low cost para Roma.

Voltando um pouco no tempo...

 

Enquanto estávamos comprando as passagens de trem aqui no Brasil, nós não conseguimos comprar o trajeto de trem Praga-Roma. E eis que nossa amiga linda Michelle disse que tinha visto uma promoção de passagem aérea para Roma por 34.000 forintos o que dava em torno de uns 70 euros mais ou menos(com direito a uma bagagem despachada de 32 kg). O que para uma empresa low cost é um achado. Nós passamos nossos dados pra ela e ela efetuou a compra pra gente e quando chegássemos lá daríamos o dinheiro a ela.

 

Mas, porém, entretanto a mala tinha que ter exatamente 32 quilos. Se passasse um quilinho a mais, já era, íamos ter que pagar excesso de bagagem. A Paula pediu para a Michelle comprar a dela já incluindo uma bagagem de mão extra, porque pagando a taxa pela internet ia ser muito mais barato do que pagar na hora do check in.

E lá fomos nós arrumar as malas. Tentar fazer com que a mala não ultrapasse os 32kg foi tenso. Gente, eu sofri. As coisas não cabiam direito...E quando cabiam passava dos 32kg. Eis que a Michelle deu uma ideia: “Coloque o que puder de mais pesado dentro da mochila e leve uma “bolsa” de mão maior com mais algumas coisas”. E assim nós fizemos...Na verdade estávamos com duas bolsas de mão, mas íamos tentar assim mesmo. Tinha que dar certo.

 

A Michelle se despediu mais cedo da gente, pois ela tinha que deixar a filha mais velha no balé. Mas o fofo do marido dela ia nos levar para o aeroporto de carro. O aeroporto é meio longinho do centro da cidade, deu mais ou menos uns 40 minutos.

 

Chegamos no aeroporto com mais ou menos 2 horas de antecedência e fomos parao “temido” check-in. Nunca fiquei tão tensa em check-in. Se aquela mala desse mais de 32kg eu estava mais do que ferrada. O dinheiro já estava acabando e eu não podia me dar o luxo de pagar 70 euros assim...

 

Nossa vez no check in:

Chegamos ao guichê da Wizz Air Hungary, entregamos os passaportes, coloquei a mala na balança, fechei o olho e torci. Abri o olho e lá estava: 30 kg...Ufaa...70 euros economizados. As malas da Paula também estavam dentro do limite permitido e eis que quando estávamos saindo do check in, a menina olhou pra nossa “bagagem” de mão e disse: Você precisa despachar essa bolsa. Oiiiiiiiiiiiiiii?? O_o. Fiquei como?? Gelei naquela hora. Ainda tentei argumentar: “Mas essa é a minha bolsa com objetos pessoais” (Cara de Pau total...rs). Desenrolamos mais um pouco e ela disse que poderíamos passar até o portão de embarque, mas que era muito provável que alguém ia pedir para despacharmos as bagagens. Bom, conseguimos nos safar ali no check in, mas a tensão ainda não tinha passado...

 

Passamos pela segurança...Raio-x e tal e entramos na área de embarque. E enquanto estávamos esperando, notamos que tinha muita gente fazendo uma redistribuição de conteúdo. Tirando coisas de uma mala, distribuindo tudo em outras malas do pessoal da mesma família...Aí eu pensei: “Cara, vai dar ruim pra gente, vão encrencar com a nossa “bagagem de mão”. Olhei pra cara da Paula e ela entendeu o meu pensamento.

 

Começamos a tirar as coisas da nossa “bolsa de mão” e tentar enfiar tudo dentro das mochilas. Mas quem disse que cabia?? Não cabia...Mas aí eu lembrei. Noteboks, casacos e livros podem ser levados na mão. E assim fiz...Coloquei um casaco dentro do outro e vesti (fiquei com um calor desgraçado), tirei o notebook e um livro que eu levava na mochila, um pacote com papeis que eu guardava durante toda a viagem (que pesava 1kg no mínimo) e coloquei tudo na mão. Consegui enfiar o resto dentro da mochila e seguimos para o portão de embarque.

 

As coisas da Paula estavam mais difíceis de colocar dentro de uma bolsa só. Mesmo ela levando algumas coisas na mão, não estava dando certo. E foi aí que ela resolveu “furtar” uma sacolinha do free shop. Cara, quando eu vi ela já estava voltando com uma sacola na mão. Ela enfiou algumas coisas ali dentro e pronto. Quem iria implicar com uma sacola de free shop? Ninguém...Genial!

 

Chegamos em frente ao nosso portão de embarque mais uma vez a tensão: “Tem que dar tudo certo...”. Entregamos o bilhete de embarque para a funcionária e passamos. Gente, nunca senti um alívio tão grande ao passar por um portão de embarque.

 

As coisas estavam pesando na minha mão, o calor estava insuportável (eu estava com 3 casacos pesados), a entrada do avião (pra variar) não era naqueles tubos normais...Não....Murphy nos amava...Tínhamos que pegar um ônibus que ia nos deixar na frente do nosso avião. Sério, eu não estava aguentando mais. Estava começando a suar, meus braços estavam tremendo com o peso, a mochila estava mais pesada que de costume, mas enfim chegamos ao nosso avião.

Eu tinha notado que no bilhete não tinha o número do assento e assim que entramos descobrimos: Empresas low cost não tem escolha de assento...É tipo terra de ninguém. Cada um escolhe o seu lugar e todos são felizes (ou não).

 

Depois de toda a tensão para sair de Budapeste eu só queria enconstar e dormir. Dormi o sono dos justos por pelo menos 2 horas.

E estávamos chegando no nosso último destino: Roma.

 

Fotos disponíveis no meu blog: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/04/budapeste-igreja-na-caverna-perrengue.html

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Última Parada – “Stazione” Itália

 

E havíamos chegado ao nosso último destino. Roma.

 

Ao mesmo tempo que estávamos com um aperto no coração, porque a viagem estava acabando, estávamos também aliviadas, porque a viagem estava acabando...rsrs. Era um conflito de emoções que vocês não tem ideia...rsrs. Nós pensávamos em todas as coisas que tínhamos feito e todos os lugares que havíamos conhecido, mas também pensávamos na nossa família e nos nossos amigos aqui no Brasil. Enfim...ainda tínhamos que conhecer e aproveitar a Bela Itália.

 

Aeroporto Fiumicino – Casa da Dayse

 

Chegamos no aeroporto internacional de Roma por volta de 22:00 e a Dayse (nossa host) já tinha nos dito que o último trem para a estação Termini saia às 23:00. Depois de altas emoções para embarcar no vôo para Roma não queríamos nada além de descansar.

Pegamos nossas malas, tentamos enfiar todas as coisas que estavam na nossa mão (casacos, laptop e livros) dentro da mala de volta, pois ainda tínhamos que pegar o trem que ia para a estação Termini.

 

Perguntamos de onde saiam os trens e até que achamos o local bem fácil e como quase todas as coisas na Europa é do modo faça você mesmo...A compra de ticket não poderia ser diferente. Nós compramos as passagens de trem direto na máquina de auto atendimento e usamos o nosso bom e velho travel money. A passagem custou 12 euros. Eu achei meio caro, mas nós não tínhamos escolha, primeiro por causa da hora e segundo porque não sabíamos outro jeito de chegar até a estação Termini.

O trem é super confortável e a viagem leva em torno de uns 30 minutos, bem rápido. Eu já tinha avisado a Dayse que estávamos a caminho e ela disse que nos esperaria na estação.

 

Deixa eu explicar pra vocês quem é a Dayse....Quando estávamos planejando a viagem pela Europa eu conversei com uma amiga que tinha trabalhado comigo aqui na empresa e ela disse que a irmã dela mora em Roma há muito tempo e que ela adora receber gente em casa, principalmente brasileiros, pra matar um pouco a saudade do Brasil. Ela me passou o contato da irmã, adicionei no facebook e começamos a conversar. Ela topou na hora nos hospedar e pronto! Tínhamos um lugar pra ficar em Roma e não precisaríamos gastar dim dim com hotel ou albergue...Não tem aquele ditado que diz: “Quem tem boca vai à Roma”?? Pois é...deu super certo pra gente...rsrsrs.

Chegamos na estação Termini e de cara avistamos a Dayse. Afinal, ela era a única que estava dando gargalhadas quando nos viu saindo do trem cheia de bolsas e malas.

 

Gente, mas ela riu muito e disse que éramos malucas de viajar com tanta coisa...rsrs. Explicamos pra ela que era a nossa primeira viagem internaicional daquele porte e que já tínhamos aprendido a lição.

 

De cara já gostamos da Dayse. Ela é super divertida e mora em Roma há uns 14 anos, se não me engano. A casa dela ficava em torno de uns 20 minutos da estação de trem e no caminho ela foi nos dando as dicas de lugares para visitar, como se locomover...enfim...Foi nos dando as boas de Roma!

 

A Dayse morava num condomínio de apartamentos num bairro chamado San Basílio, super perto do metrô e bem tranquilo também. E para a nossa alegria o apartamento dela era no térreo. Não tinha escadas...Porque depois da experiência que tivemos em Paris (http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/01/paris-chegando-na-cidade-luz.html) ficamos meio traumatizadas com o combo Malas + Escadas...rsrsrs.

Ela foi uma fofa...Disponibilizou o quarto dos filhos dela pra gente ficar (ela tem 2 filhos) e ainda nos deu uma jantinha...Polenta com linguiça calabresa...Perfeito!!! Porque comer polenta na itália, é muito mais gostoso!

 

Ficamos de papo e tínhamos que descansar...Foi muita emoção pro mesmo dia. Tínhamos 3 dias inteiros em Roma e queríamos aproveitá-lo da melhor forma possível.

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Roma – Voltando ao tempo dos gladiadores

 

E enfim, chegamos ao último destino...A bela Itália. Depois de passarmos o maior perrengue no aeroporto de Budapeste, acordamos felizes nesta cidade encantadora.

 

A Dayse havia preparado um café da manhã reforçado pra gente, com direito a Muzzarela Italiana e tudo. Naquele dia nós nos demos ao luxo de acordarmos um pouco mais tarde do que o normal, pois estávamos cansadas do dia anterior e como ficaríamos 3 dias inteiros na cidade, nós nos demos algumas horas a mais de sono.

 

Saímos de casa por volta de 11:00 para nos encontrarmos com o Charlie na estação do Coliseu.

Ahhh, deixa eu interar vocês do assunto. O Charlie é um amigo da Paula que ela conheceu em um evento do Couch Surffing que teve aqui no Rio e um dia ele saiu com a gente para uma festa na Lapa. Ele é um fofo, super gente boa e quando soube que íamos para a Europa, resolveu se encontrar com a gente lá. Pra ele era super fácil né? Ele mora na Espanha (chato né?? Rsrs). Como tínhamos acesso à internet na casa da Dayse, nós combinamos de nos encontrar no dia seguinte para conhecermos a cidade juntos!

 

A casa da Dayse ficava bem perto da estação de metrô, tinha que pegar um ônibus, mas naquele dia ela nos deu uma caroninha que facilitou muito a nossa vida. Ela nos deixou em frente à estação.

 

Primeiro: Tínhamos que comprar o passe de transporte. A Dayse já tinha nos explicado que tinha um passe que valia por 3 dias que dava direito a andar de ônibus e metrô. Então, era esse mesmo que íamos comprar.

 

Chegamos em frente à maquininha que vendia os tickets, porque falar italiano estava fora de cogitação, e nos aventuramos para comprar os tickets. Eu só tinha algumas moedas na carteira, não tinha notas suficientes, pois precisava sacar dinheiro. Mas para a minha sorte eu tinha a quantidade exata de moedas para comprar o ticket...Mas eram 12 euros em moedas...O_o...Fiquei o maior tempão colocando moeda por moeda até dar a quantidade exata do ticket. Mas apesar das moedas, foi bem tranquilo de comprar.

 

Para chegar à estação do coliseu tínhamos que trocar de linha, mas pra quem encarou um mapa com 13 linhas de metrô (em Londres) o que seriam 2 linhas em Roma? Super fácil...rsrs.

 

Chegamos à estação de metrô do Coliseu e logo encontramos com o Charlie. O dia não estava lá essas coisas...Estava meio chuvoso e tal, mas era o que tinha né? Eu estava em Roma e não iria aproveitar? No way...

 

Coliseu

 

Enquanto estávamos nos aproximando do Coliseu eu senti a mesma coisa de quando estávamos nos aproximando da Torre Eiffel...Aquela palpitação no coração e um sentimento de: “nossa, eu realmente estou aqui”.

Tinha uma fila básica para entrar, mas nada muito anormal. Chegou a nossa vez, pagamos 12 euros e tínhamos direito de visitar o Coliseu + Fórum Romano + Palatino.

 

Ao entrar no Coliseu eu comecei a imaginar diversas batalhas entre gladiadores e feras selvagens e de fundo o Imperador de Roma rodeado de servos assistindo tudo e achando o máximo. Bem no estilo do filme O Gladiador..rs.

 

A visita vale muito a pena. Para um dia chuvoso de tempo nublado, o lugar estava razoavelmente cheio...no estilo de esperar um pouco pra conseguir tirar uma foto sem ter uma cabeçada atrás de você. Eu fico imaginando aquele lugar na alta temporada, deve ser insuportável.

Saímos do Coliseu e fomos em busca do Palatino e do Fórum Romano que fica praticamente ao lado do Coliseu, é só seguir as placas...Não tem mistério. Eu achei Roma muito bem sinalizada e relativamente fácil de andar com um mapinha na mão.

 

Andamos um pouquinho até que achamos o local, fomos ao fórum romano primeiro e eu me decepcionei...Talvez porque eu pensasse que o fórum ainda estaria de pé...rsrs. Mas não...são apenas ruínas. O Palatino então...mais ruínas ainda..rsrs. Mas mesmo assim, não deixa de ser um lugar mágico.

No caminho para o Palatino tem um museu de arte e como era gratuito aproveitamos para conhecer o local. O museu tinha muitas esculturas, principalmente de Deuses Romamos e algumas pinturas também.

 

Quando saímos de lá já estávamos com muita fome e resolvemos nos arriscar em um restaurante italiano que tinha próximo ao metrô. Vou confessar aqui uma coisa a vocês...Eu me decepcionei com a culinária Italiana...Ok, ok, podem me crucificar. Talvez eu tenha ido aos lugares errados ou talvez o meu paladar não seja tão apurado...eu não sei o que aconteceu, mas não foi tudo aquilo que eu pensei que fosse.

Estava chovendo pra caramba, nós estávamos morrendo de fome e entramos no primeiro restaurante que parecia decente. Era no melhor estilo cantina italiana. Toalhas quadriculadas na mesa e tal...Eis que pedimos os nossos pratos e quando demos a primeira garfada...Um olhou pra cara do outro e disse: “É só isso?”. Eu estava com a expectativa de que eu comeria a melhor massa da minha vida...Fui iludida. A massa que comemos em Amsterdam estava muito mais gostosa :-/

 

Bom, depois daquele almoço delicioso, só que não...rsrs, fomos em direção à fonte mais famosa de Roma. A Fontana Di Trevi.

 

Fontana Di Trevi

 

Essa é uma das fontes mais famosas de Roma e eu tinha que conhecê-la. Eu sempre via alguns filmes que tinham como cenário Roma e ficava me imaginando no dia que eu estaria lá, em frente à fonte...E o dia chegou.

 

A chuva tinha apertado um pouco e pra variar nós demoramos um pouco pra chegar à fonte. Mas não foi nada impossível. Enquanto estávamos indo para a nossa tão esperada Fontana Di Trevi passamos em frente a uma gellateria e literalmente “babamos” com tanta variedade de sabor e o preço estava bem atrativo também...Nós conversamos um pouco com o senhor que trabalhava na gellateria, ele nos ensinou o caminho para a fonte e nós prometemos voltar para experimentar o tão famoso gelatto.

 

E chegamos à fonte, não tinha quase ninguém devido ao dia chuvoso e foi mais do que perfeito. Eu, ali...em frente à Fontana Di Trevi....Mais uma vez a palpitação no coração...rsrs.

 

Eu mais do que rapidamente peguei uma moeda dentro da minha carteira, me posicionei de costas para fonte e com a minha mão direita, lancei a moeda pelo ombro esquerdo. Essa é uma tradição que todos fazem e rege a lenda que a pessoa que faz isso volta à Roma um dia...Bom, já que eu estava ali, não custava nada tentar né? E eu realmente queria muito voltar naquele lugar um dia...rsrs. O mais engraçado foi a Paula jogando várias moedinhas dentro da fonte, aí eu tive que perguntar né: “Paula, porque você está jogando tantas moedas?” “Ué, não é uma fonte dos desejos??” O_o...Eu não tive outra opção, senão gargalhar...hauhauhaua.

 

Saímos da Fonta Di Trevi e voltamos para a gelatteria que tínhamos passado em frente. Nós entramos, sentamos e pedimos o cardápio. Eram tantas opções que ficamos malucos...Eu gosto de pedir coisas exóticas...rs. Pedi uma taça que com os sorvetes nos sabores de limão, frutas vermelhas e abacaxi. Paula e Charlie foram de chocolate, chocolate e mais chocolate...Gente, quando a taça chegou o que era aquilo? Que sabor era aquele? Não tem como explicar o sabor de um sorvete italiano se você nunca experimentou um...Você realmente sente o sabor...Tem alguma coisa diferente ali que não tem explicação. O bom dessa gelatteria era que ela tinha wi-fii...Nós ficávamos numa felicidade imensa quando víamos um local com aquela plaquinha de wi-fii grátis...rs.

Voltamos para a casa felizes com aquele dia. Nós nos despedimos do Charlie e dissemos que talvez iríamos fazer alguma coisa à noite.

 

“A” noite...Só que não...rsrs

 

Quando chegamos em casa naquele dia a Dayse tinha nos dito que ia rolar uma festa num restaurante brasileiro, bom, nós queríamos agradar a nossa anfitriã e fomos na tal festa né?

 

Levou uns 30 minutos para chegarmos no tal restaurante e quando entramos eu só olhei para a cara da Paula...e ela entendeu o recado...rsrs. Vamos dizer que a festa era meio..hum...”colorida”, muito “glitter”, se é que vocês me entendem...Nada contra, mas é que não estávamos na vibe daquele tipo de festa, queríamos algum lugar pra dançar e pra zoar, mas era o que tinha praquela noite né? Eu sei que no fim de tudo a gente acabou entrando literalmente na dança...

 

Imagina uma aula de lamba aeróbica na academia. Substitua a sala de ginástica por um restaurante onde as mesas são arrastadas para a lateral. Substitua os alunos por italianos, braseileiros e outras nacionalidades que não consegui distinguir. Agora ao invés do professor, imagine um travesti todo fantasiado de rainha de bateria de escola de samba...O_o. Imaginou? Agora, imagina a minha cara naquela hora...hauhauhauhauhauaha.

Gente, aquela cena estava tão engraçada que eu não podia fazer mais nada além de rir e porque não dizer, me juntar à “turma de lambaeróbica”. Fiquei lá dançando “Ai se eu te pego”, “Tche, tche, rê, rê” e todos os derivados do sertanejo universitário...rsrs.

 

Ficamos pouco tempo na tal festa e depois fomos para a casa, no dia seguinte estávamos planejando conhecer um pouco mais a cidade...Seria o dia de conhecer as famosas “Piazzas” (Praças) de Roma.

 

Fotos no meu blog de viagens: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/04/roma-no-tempo-dos-gladiadores.html

  • 3 semanas depois...
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Piazzas Di Roma

 

Era o segundo dia completo em Roma e neste dia nós decidimos andar (literalmente) por Roma.

 

Ir à Roma e não conhecer as suas tão famosas Piazzas (Praça em Italiano) é a mesma coisa que nada. E vamos combinar...Caminhar pelas ruas de Roma é algo tão inspirador que você quase não fica com vontade de pegar transporte público.

 

Deixa eu abrir um parênteses: Quando a gente faz uma viagem dessa pela primeira vez a gente anda muito pouco de tranporte público...Não pelo fato de você ser muquirana e não querer gastar dinheiro (ok, às vezes a gente era muquirana mesmo), mas parece que quando você caminha você está imerso na cidade...Andando ali, lado a lado com os locais. Nâo está vendo tudo pela janela de um táxi ou perdendo as melhores paisagens andando de metrô. Não quero discutir aqui o fator tempo, não mesmo...Mas é engraçado depois que você volta de viagem, pega o mapa da cidade, lembra dos lugares que passou e começa a observar os meios de transporte que fariam você chegar em 10 minutos, num trajeto que você levou no mínimo 40 andando. Mas onde ficam as descobertas? As mudanças de rotas? A “sensação” de se perder e se achar? Não ficam...Se perdem...

 

Voltando dos meus devaneios...Naquele dia encontramos com o Charlie na Estação de Metrô Piazza Di Spagna. Essa praça é uma das mais famosas de Roma onde tem uma escadaria enorme e que pra variar, fica a maior cabeçada pra tentar tirar uma foto descente. Nesse nível da viagem eu e Paula já tínhamos desistido do lema: “Preciso da foto perfeita”. A gente começou a ficar sem paciência para algumas coisas e a foto era uma delas...rsrs. Ficamos por ali um pouquinho e fomos para a Vila Borghese, uma das maiores áreas verdes de Roma.

 

Descemos na estação de metrô mais próxima e fomos andando. Eu não sei o que aconteceu, mas nós entramos por um lado do parque onde não era muito “habitado”, e olha que o dia estava bem bonito hein...Tipo, ninguém no parque, um quiosque fechado, umas gramas altas...Achei meio estranho, mas continuamos andando pelo parque mesmo assim. Conforme íamos andando, notamos que as coisas começavam a mudar. Até que chegamos na parte “habitada” do parque. Aí eu pensei: “Ahhhhhhhh, então aqui é efetivamente o parque”. Crianças brincando, pessoas andando de bicicleta, pessoas brincando com cachorro. Era um lugar bem agradável de andar. Compramos uma água e continuamos andando.

 

Eis que chegamos numa área onde tinha uma vista linda de Roma, mas tinha uma faixa impedindo de passar. Quando a gente olhou direito descobrimos: Estavam rodando um filme bem ali na nossa frente, o ator era o Adrien Brody (Protagonista do filme O Pianista), então o pessoal isolou a área. Mas eu notei que havia tipo um casal de turista dentro da área isolada, olhando mapa e apreciando a paisagem. Aí fiquei como né? Como assim, eles podiam ficar dentro da área isolada e apreciar a vista e eu não? Cheguei pro guardinha (educadamente, mas quase começando a quicar...rs) e perguntei se ele falava inglês, ele foi bem atencioso e disse que sim:

 

- Oi, bom dia. Eu queria poder ir ali para apreciar a vista melhor...

- Você não pode...

- Mas porque eu não posso?

- Porque estão rodando um filme...

- Ok, isso eu percebi, mas então, porque aquele casal pode ficar ali e a gente não pode?

- Porque eles são turistas...

- Mas eu também sou turista...

- Mas eles são FIGURANTES...

 

Minha cara de tacho nessa hora O_o...Gente, o guardinha não podia ter dito logo no início que o povo era figurante? Huhauhauha.

 

Bom, saímos dali e fomos para a próxima Piazza. Piazza del Popolo.

 

Essa praça é enorme e tem uma fonte com quatro mini leões nas suas laterais. E é óbvio que as pessoas sobem nos leões para tirar fotos, não podíamos ter feito diferente né? Pra quem subiu no leão da Trafalgar Square em Londres (tipo quase 2 metros de altura) aquele mini leão ali era pinto...rs. A praça é bem bonita e bem em frente à Praça tem um museu de Leonardo DaVinci. Nós não entramos não, porque achamos a fachada meio caída e ficamos com medo de pagar caro e ser ruim, mas pra quem se interessa pela história do pintor e quiser arriscar, é uma pedida.

 

E aí meu caro leitor, depois de se encantar com a Piazza del Popolo, você só tem uma opção: A Via Del Corso...E andar por essa rua sem comprar um alfinete sequer é difícil hein. Vocês já devem ter percebido que sou bem controlada em viagens. Não sou do tipo “compro qualquer coisa” (às vezes acho que tenho algum problema por ser assim..rs), mas quando entrei na Via Del Corso e vi uma loja da Fóssil, não consegui me segurar por muito tempo. A viagem já estava quase no fim e eu precisava de um relógio novo. Então, resolvi me dar de presente um relógio e que me acompanharia por muito tempo...Lembro que paguei 90 euros pelo relógio (lindo, por sinal) e hoje eu olho pra ele todos os dias e lembro de Roma J.

 

Aproveitamos que estávamos na Via Del Corso e olhamos no mapa para ver se a loja da Ferrari era ali perto e sim, era...Andamos algumas quadras até que chegamos à loja. E vou falar...me decepcionei...Achei a loja pequena. Ok, tinha um carro de fórmula 1 na entrada da loja e só...Fora isso era só venda de produtos da marca, do tipo canecas, chaveiros, bonés e etc...Eu cheguei a comprar uma caneca para um amigo meu que é simplesmente vidrado em carros, mas foi só!

 

Nesse dia nós paramos para almoçar em um restaurante que tinha uma cara boa, mas como já disse anteriormente pra vocês, me decepcionei um pouco com as massas Italianas...Por isso joguei minha moedinha na Fonta Di Trevi, pra ver se eu volto à Roma e como nos lugares certos..rs.

 

Nós aproveitamos que estávamos no pique e fomos novamente à Fontana Di Trevi. No dia anterior estava meio chuvoso e hoje o dia estava mais bonito...E consequentemente, mas cheio de gente :-/ Joguei minha moedinha de novo, só pra garantir e seguimos para o Pantheon.

 

Mas como nem tudo na vida de uma mochileira da certo, eis que chegamos e o Pantheon estava fechado, só apreciamos ele por fora mesmo...fazer o que né? A estrutura é linda, me encantei, mas dizem que por dentro é muito mais bonito...Tive que deixar para o meu retorno à Roma...rsrs.

 

A nossa última parada foi a Piazza Navona. Chegamos nessa praça já estava escuro (mas ainda eram 17:00 da tarde), ficamos um pouco por ali, a chuva começou a cair e o frio começou a aumentar. Todas as praças que passamos eram lindas, cada uma com a sua beleza única.

 

Resolvemos terminar o dia com um belo gelatto. Voltamos na gelatteria do dia seguinte e eu resolvi experimentar outros sabores (frutas vermelhas e abacaxi), não me arrependi! Nesse dia estávamos mortos com farofa e não tínhamos pique nenhum pra sair...mas antes tivéssemos saído naquele dia mesmo porque no dia seguinte Murphy ia contra-atacar...rsrs

 

To Be continued...

Fotos disponíveis no meu blog de viagens: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/05/piazzas-di-roma.html

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Habemus Papa – Um dia no menor país do mundo (Vaticano)

 

E eis que era o nosso último dia em Roma e praticamente nosso último dia de viagem. Decidimos que iríamos visitar o Vaticano, o menor país do mundo e que fica dentro de outro país O_o

 

Eu não sou católica (e acho que já falei isso aqui algumas vezes), mas não é porque não sou adepta dessa religião que não vou visitar locais tão importantes. Por exemplo, entrei em diversas igrejas ao longo da viagem e todas elas eram católicas. Mas como não se impressionar com a arquitetura da Catedral de Notre Dame em Paris ou a St. Paul’s em Londres? Como não ficar embasbacada com o interior da Igreja de Santa Bárbara em Kutná Horá ou até mesmo não se emocionar ao entrar na Capela Sistina? Não tem como gente...Assim como eu não sou hindu ou budista ou judia não significa que não admirarei a obra de arte. A arquitetura pra mim é uma das obras de arte mais incríveis que existe...Momento de aplausos para os arquitetos que estão lendo isso...Vocês são demais.

 

Mas então, voltando ao post...

Nós, mais uma vez, encontramos com o Charlie para a nossa aventura diária e descemos na estação de metrô mais próxima do Vaticano. Aqui vale um parênteses...Se você quer ir primeiro à Basílica de São Pedro, desça na estação Ottavianno, se você quiser ir primeiro ao Museu do Vaticano, deve descer na estação Cipro.

 

Nós descemos na estação Cipro, demos uma andadinha de leve e notamos que no caminho tinhm várias agências turísticas vendendo pacotes de tour no museu do vaticano...Não demos muito bola e continuamos andando. Chegamos à entrada do Museu e imagina a nossa cara quando vimos a fila quilométrica da entrada? Era por volta de 10 da manhã e já tinha aquela fila toda, só Jesus...Nós não íamos entrar tão cedo se ficássemos naquela fila toda...Então, apelamos...Voltamos para a rua das agências de turismo e compramos um “pacote” de tour no museu do vaticano que incluia um guia e ingressos para o museu e o melhor, sem precisar encarar a fila. Pagamos 40 euros pela mordomia, pagamos caro, eu sei...O ingresso comprado na hora custa 16 euros e você também pode comprar online e evitar a fila (http://biglietteriamusei.vatican.va/musei/tickets/do). A única vantagem que tínhamos era o guia e que ainda por cima não precisávemos ficar grudados nele, para escutá-lo. Todo mundo recebia tipo um radinho com um fone de ouvido para ouvir as explicações do guia, mesmo se você se afastasse um pouco. Era bom que a galera não ficava tão aglomerada..rs.

 

Museus do Vaticano

 

Voltamos para a fila enoooorme que tínhamos visto anteriormente, mas dessa vez a gente tava na boa...Eu sei que é ridículo, mas que a sensação de olhar para os “reles mortais” esperando na fila e você passando na frente é indescritível....isso é... Vai dizer que só eu penso isso nessa hora? Ahhh vááááá...rsrsrs.

Entramos no hall do museu, onde são comprados os tickets e ali eu já pude perceber que tudo seria grandioso naquele local.

Seguimos o nosso guia e de cara, quase nos perdermos dele...kkkk. Achamos que era pra subir a escada rolante quando na verdade era pra esperar o povo...E eis que os 3 malucos começam a descer a escada rolante de subida...#ShameOnMe. Passado o momento vergonha alheia, voltamos para o nosso grupo e começamos o tour.

 

Iniciamos pela área onde tinha um globo de ouro enorme no meio de um jardim, se é que aquilo pode se chamar de jardim...rsrrs. Mas eu já tinha me acostumado aos jardins europeus...Sem flores, somente arbustos simétricos...rsrs.

 

Esse jardim é chamado de Jardim da Pinha, porque tem uma pinha enoooorme no jardim. E é nesse jardim que você vai ficar pelo menos 30 minutos ouvindo explicações sobre os afrescos de Michelangêlo na Capela Sistina. Ok, o inglês do nosso guia não era ruim, mas vamos combinar que ouvir por 30 minutos as explicações debaixo de um sol (sim, porque neste dia estava um belo dia de sol) não é uma das coisas mais divertidas do mundo. As explicações estavam super interessantes, mas vai cansando né gente...rsrs. O guia explica tudo naquele momento porque quando se entra na Capela Sistina ninguém consegue ouvir nada, muita gente e tal. Então ali no jardim eles colocam várias placas com algumas imagens dos afrescos e as explicações em diversas línguas.

 

Depois das devidas explicações continuamos o tour pelo museu. Um parênteses...Eu não falei pra vocês que em Paris precisaria de pelo menos 1 semana para conhecer o Louvre todo? Pois é, acho que posso dizer o mesmo do complexo de museus no vaticano. Aquele lugar é enorme e cheio de obra de arte. Cada galeria, cada corredor, cada parede tem um quadro, uma escultura, uma história...Tirei foto de tanta coisa, que nem sei mais o que é o quê nas fotos...rsrs.

Durante o tour nós visitamos as Salas de Rafael, onde estão expostas as obras de arte do pintor. E que coisa linda...Visitamos também a galeria das Tapeçarias e as Galerias do Mapas. Eu curti a galeria dos mapas...Ver como as pessoas viam o mundo era engraçado...Só existia a Europa, nada de Américas ainda, alguns monstros desenhados no meio do mapa pra simbolizar as feras do mar, a evolução dos mapas e consequentemente do mundo. Territórios novos, tudo foi evoluindo.

 

A Capela Sistina

 

E eis que o momento mais esperado do tour chegou. Conhecer a capela mais famosa do mundo. E como não criar expectativas com um lugar que você só conhece através de filmes, livros e documentários? Ok, eu já tinha aprendido algumas lições que a Europa me ensinou e a primeira delas era: “Não crie expectativas com as obras de arte”. Sim, porque depois da Monalisa (http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/01/paris-do-louvre-montmatre.html) eu esperava de tudo.

 

Então, eu estava lá...Entrando na Capela Sistina. O lugar onde é realizado o conclave (evento onde se escolhe o papa), o lugar onde os artistas mais renomados pisaram e o lugar onde você não consegue sentir nada desse sentimento no momento que entra...kkkkkk. Por que? Porque é tão cheio (e nem era alta temporada hein) e meio escuro que você fica na verdade meio perdido...Você não sabe se olha para as paredes, para o teto, para o altar...Seus olhos demoram a se acostumar com tantas imagens. Depois de muitos esbarrões, eu enfim consegui olhar pra cima, ficar com dor no pescoço e admirar por um momento aquela obra-prima de Michelângelo. Sim, porque é somente o teto e o altar (onde está a pintura do juízo final) que foram pintadas por Michelângelo. As laterais foram pintadas por diversos artistas da época.

 

Gente, tem que ser muito gênio pra pintar daquele jeito, com tantos detalhes e olhando pra cima...Seu campo visual não é o mesmo e fora que Michelângelo deve ter ficado com um torcicolo danado...rsrsrs

 

O local é meio escuro para não estragar os afrescos, pois a luz do sol danifica as pinturas. Os flahses das máquinas fotográficas também danificam, mas quem é que consegue conter uma multidão insandecida por fotos e mais fotos da Capela Sistina. Não tinha como tirar uma foto sem flash naquele ambiente meio escuro (não com a minha máquina...rs). Eu cometi uma atrocidade e sim, tirei várias fotos com flashes (desculpa aí Michelângelo, mas queria deixar registrado esse momento...rs).

 

Saímos da Capela Sistina e fomos dar uma descansada perto de uma lanchonetezinha...Que pra variar, vendia coisas com preço pela hora da morte...Mas eu tinha uns biscoitos na bolsa, uns chocolates e deu tudo certo...Deu pa aguentar um pouco até sairmos dali.

 

Praça São Pedro

 

Saímos dos museus do vaticano e fomos para a famosa Praça São Pedro.

Paramos para almoçar ali por perto. Era praticamente nossa última refeição na Itália e achamos que íamos comer A massa, mas não foi daquela vez...Normal...A gente não deu uma dentro!

 

A praça é linda, de fato, mas tinha uma parte em reforma. No meio da praça avistamos a Basílica de São Pedro, mas vocês não fazem ideia do tamanho da fila...Eram quase 16h e sério estava impossível. Concluímos que não iríamos visitar o interior da Basílica, o que hoje eu me arrependo um pouco, porque dizem que é linda (eu já vi fotos, e sim...é lindíssima), mas como eu joguei minha moedinha na Fontana Di Trevi, eu sei que um dia vou voltar à Roma...rsrs

Ficamos um bom tempo ali na praça, tiramos fotos e mais fotos...E nos despedimos do menor país do mundo!

 

Terminamos o dia com um gelatto, como não poderia deixar de ser, e seguimos felizes para casa. Era o nosso último dia em Roma e queríamos aproveitar a noite né? Mas esse é o próximo e último post da Europa...Já estou com saudades de escrever sobre o velho mundo :-(

 

Fotos disponíveis no meu blog de viagens: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/05/habemus-papa-um-dia-no-menor-pais-do.html

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Último Post da Europa

 

Murphy Deu o Ar da Graça...

 

Era a nossa última noite em Roma, última noite de viagem, última noite na Europa. Tivemos um dia super cansativo com a visita ao Vaticano e queríamos fechar a noite com chave de ouro e então combinamos com o Charlie de nos encontrarmos às 21h na Piazza Spagna para fazermos um Pub Crawl na cidade de Roma.

 

Mas, Murphy, como não poderia deixar de ser, estava ao nosso lado para o que desse e viesse. E não é que ele resolveu dar o ar da graça no último dia de viagem? Pois é.

 

A Dayse deixou com a gente a chave de casa da portaria, do portão de vidro de entrada no prédio e da porta da casa dela. E eis que quando eu coloco a chave na porta de vidro de entrada do prédio...CREC...a chave quebrou...dentro da fechadura. Caraca, só podia ser sacanagem...Tínhamos que entrar para nos arrumarmos para o Pub Crawl. Começamos a ficar desesperadas e a Paula começou com aquele olhar fuzilante, do tipo: “Culpa Sua”. O mesmo olhar que ela me deu em Buenos Aires quando o meu celular não despertou para irmos ao Pub Crawl...rsrs (http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2012/09/mi-buenos-aires-querida-parte-2.html)

 

Cara, tentávamos de todos os jeitos abrir a porta e nada...Eis que vi um senhor saindo do bloco ao lado e fui correndo pedir ajuda no meu italiano macarônico. Para a nossa sorte ele era tipo o zelador do condomínio e tinha todas as chaves das portas de vidro. Explicamos que estávamos hospedadas na casa da Dayse e que não tinha ninguém em casa para abrir a porta pra gente. Ele nos entendeu, abriu a porta de vidro e agradecemos ao bom Deus. Mas aí veio a questão: Nós não queríamos sair sem a Dayse chegar porque senão ela ia ter que acordar de madrugada pra abrir a porta pra gente, judiação isso né? Eu pelo menos não ia gostar que fizessem isso comigo. Então, pensamos em ficar prontas e torcer para a Dayse chegar antes das 21h para podermos pegar a chave dela emprestado e sair...Deu, 19h, deu 20h, deu 21h, deu 22h e nada da Dayse...Falamos com o Charlie no celular e dissemos o que havia acontecido! E conseguimos falar com a Dayse nesse meio tempo, mas ela estava jantando na casa de uma amiga. Pô, a gente não ia chegar pra ela e falar: “Então Dayse, vem logo pra casa porque a gente quer curtir a night...”

 

Foi deprimente...As duas arrumadas, maquiadas, prontas para sair, porém presas do lado de dentro de casa, porque temos bom senso...rsrs. Acho que se fossem outras pessoas não estariam nem aí pra hora do Brasil e sairiam mesmo assim, mas mamãe deu educação né? Não é assim que se faz.

 

Então, naquela noite só nos restou...Dormir...rsrs. Eu ainda aproveitei para fazer upload de algumas fotos no facebook (era o meu meio de dizer pra minha mãe que estava viva...rs) e a Paula capotou mesmo, porque ela tava com uma gripe braba...Mas a danada ia sair mesmo assim pra night, porque ela é dessas...rsrsrsrsrs.

 

No dia seguinte...

 

Acordamos no dia seguinte prontas para encararmos nossa última arrumação de mala. E mala para avião é o tipo de mala certinha, chata...Peso dentro do limite, um saco...Eu, como sempre, arrumei razoavelmente rápido. Eu só tinha uma mala e uma mochila. Paula tinha 2 malas (ahh sim, ela comprou mais uma mala em Roma) + uma mochila de mochileira + mala de mão. Como ela tinha 3 malas para despachar, eu despacharia uma mala dela como sendo minha para ela não precisar pagar excesso de bagagem.

 

Malas prontas, devidamente dentro dos limites, fomos ter um almoço de despedida com a nossa anfitriã que nos recebeu tão carinhosamente. Ela nos levou em um restaurante perto da casa dela (fomos andando). E eis que no último restaurante eu comi uma massa bem gostosa. Ok, ainda não foi AQUELA massa italiana, mas de todas que havia comido em Roma, achei a mais gostosa.

 

Como a Dayse precisava trabalhar naquele dia, ela não ia poder nos levar ao aeroporto. Então, a Dayse pediu um táxi pra gente (porque estava fora de cogitação pedir um táxi em italiano macarrônico...rs). Nos despedimos da Dayse e esperamos o táxi chegar.

 

Mais ou menos próximo do horário, a CIA de táxi ligou, eu atendi e olha que surpresa quando me peguei entendendo e falando italiano...Eu ri de mim mesma quando desliguei o telefone...Até agradeci a menina (Prego = De nada em Italiano).

 

Decidimos deixar 2 euros para a Dayse consertar a chave da porta de vidro, deixamos um postal do Rio de Janeiro em cima da mesa e fomos em direção ao aeroporto.

 

O táxi deu 70 euros (só Jesus na causa...rs). Meus últimos euros de viagem foram destinados ao táxi. Chegamos sem transtornos ao aeroporto, fizemos nossos check ins e fomos procurar onde era o Tax Refund.

 

Tax Refund

 

Lembra que lá em Londres nós pegamos as notas dos produtos que compramos lá? (http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2012/12/londres-ultimo-dia.html). Pois é, como Roma era o nosso último destino, teríamos que fazer tudo ali. Nós pegamos todas as notas e todos os recibos de tax refund, entramos numa filinha onde uma pessoa confere os tickets, recebemos um carimbo e fomos em direção ao guichê da empresa que reembolsa. No caso da Paula ela recebeu uns 100 e poucos euros em dinheiro por tudo o que ela havia comprado em Londres e a mala que comproou em Roma. Eu só tinha o tax refund da minha máquina digital e da mala que comprei em Londres. O relógio que comprei em Roma não consegui tax refund, pois era necessário gastar uma quantia acima de 150 euros. Deixei pra lá...rsrsrs.

 

No meu caso, não fui reembolsada em dinheiro. Tive que preencher a notinha com as informações do meu cartão de crédito, colocar a notinha dentro do envelope da operadora e depositar numa caixinha. Na notinha dizia que eu seria reembolsada via cartão de crédito. Tive que levar fé nisso né? Rsrs.

 

Mas funciona viu? Uns 2 meses depois recebi um crédito no meu cartão de crédito com o valor que seria reembolsado.

 

Chegando ao Brasil

 

O nosso vôo era pela Alitália...Vôo direto Roma-RJ, sem escalas...Perfeito. Nós não estávamos sentadas juntas, o que eu não achei tão ruim. Quando a gente viaja com uma amiga por tanto tempo sempre rola uns estresses, desentendimentos. O que é super aceitável...Pessoas diferentes convivendo muito tempo juntas. Nunca poderia ser 100% felicidade. Uma hora eu estava de mau humor, outra hora, ela estava de mau humor. E em Roma eu posso considerar que foi a cidade do feedback. Aquele momento que a sua amiga fala pra você assim: “Gaby, você está estressada, gritando comigo, você não é assim”. E é aquele momento que você cai em si e chora...Chora, porque realmente aquele não é o seu temperamento, chora porque está morrendo de saudade do seu país, chora porque está com muita saudade dos seus amigos e família, chora porque está há 35 dias sem comer arroz e feijão...rsrsrsrs.

 

Então, voltamos em poltronas separadas. E eu vim refletindo na viagem...Foram 35 dias, 8 países (contando com o Vaticano) e muitos quilômetros de trem...Perrengues, erros, acertos, achados, perdidos, amizades, estresses, mau humor, euforia, alegria...Muitos sentimentos vividos intensamentes. Uma das maiores viagens da minha vida e uma das mais inesquecíveis.

 

O vôo foi tranquilo, sem turbulências e a minha felicidade ao ver o dia amanhecendo dentro do avião é inexplicável. Eu estava voltando pra casa.

 

Cheguei no aeroporto, passei super rápido pelo freeshop, porque eu já sabia o que comprar, me despedi da Paula e fui correndo para os braços da minha mãe que estava me esperando no saguão do aeroporto e chorei, mais uma vez, porque dessa vez...Eu estava de volta e sim, eu ia comer arroz e feijão naquele dia!

 

Sinto saudades da Europa e sentirei saudades mais ainda de escrever sobre o velho mundo...Mas, eu sei que ainda terei muitas histórias para contar...O mundo é grande demais e graças a Deus, a internet não tem um espaço limitado para receber essas histórias. #GabyPeloMundo

 

 

*Se você quiser receber a planilha com o roteiro da Europa, é só curtir a página do blog no facebook (www.facebook.com/gabypelomundo).

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