Membros Oswaldo Bak Postado Junho 8, 2012 Membros Postado Junho 8, 2012 Aqui nosso roteiro mudou pela primeira vez. Depois de pesquisar um pouco melhor, descobrimos nosso interesse comum por castelos e pela história da França. Eliminamos Tolouse e incluímos a região do Vale do Loire à lista para dar mais dinamismo ao roteiro. www.212dias.blogspot.com Ficamos hospedados em Tours, um município central dentre as dezenas de vilas e pequenas cidades que cresceram ao redor dos châteaux. São mais de 30 castelos! Não é fácil escolher quais visitar, ainda mais quando se tem apenas quatro dias para ver tudo. Escolhemos os mais visitados e com história mais significativa: Chambord, Cheverny, Amboise e Chenonceau. Ficamos admirados com a beleza dos jardins, com a suntuosidade das construções e com a riqueza dos elementos de decoração. O Vale do Loire foi o lugar predileto da nobreza e da corte francesa por muitos séculos e o que restou nos châteaux é a prova disso. O ar provinciano foi mantido e os castelos continuam muito bem conservados, até hoje existem objetos e obras de arte que perduram desde a época em que os castelos eram habitados, alguns foram construídos no século XIII e XIV... As paisagens bucólicas atraem casais do mundo todo. Tornou-se um destino muito romântico e disputado, principalmente no verão e na primavera. Optamos em conhecer os castelos por conta própria, já que o acesso de trem é muito fácil. Existem agências de turismo que oferecem transporte, alimentação e roteiro definido por 135 euros por dia, por pessoa. Por conta sai mais barato, nós gastamos menos da metade desse valor em média. CHAMBORD O primeiro château que visitamos foi Chambord. Ao entrarmos no parque onde se localiza o castelo, ficamos deslumbrados com o tamanho e beleza da fachada. Conhecemos os aposentos e aprendemos sobre sua origem e história. Chambord foi idealizado no século XVI pelo Rei Francisco I e os franceses atribuem parte de seu projeto a Leonardo da Vinci. Fica num pântano e era usado como casa de caça, atividade esportiva muito praticada pela nobreza na época. Grandes festas, encontros e até peças de teatro ocorriam lá dentro. Hoje ele pertence ao governo francês. Durante a Segunda Guerra Mundial Chambord serviu de esconderijo para as obras de arte francesas, evitando que fossem destruídas pelo exército alemão. A visita durou quase duas horas. Não conseguimos visitar o parque porque é uma área imensa. Segundo o governo francês, Chambord fica na maior área verde preservada na Europa. CHEVERNY No mesmo dia seguimos de trem para Cheverny, um castelo de porte menor e ainda habitado por descendentes da nobreza. Os Huralt, proprietários do palácio desde o século XVII. Destacamos a organização e a ótima conservação dos móveis, tapeçarias, objetos de decoração e jardins, com gramado verdíssimo, impecável. Também há um canil com cerca de cem cães de caça. Eles são muito bem tratados e chegam a comer 1kg de carne por dia, quem gosta de cachorro se diverte! Os ambientes internos foram remontados com móveis originais da época. Durante a visita, a sensação que tivemos foi de que a família que habita Cheverny ainda usa os aposentos abertos à visitação. Na verdade eles moram apenas numa ala restrita do castelo, onde os turistas não têm acesso. AMBOISE Rerservamos nosso segundo dia para conhecer o château de Amboise, onde há uma capela na qual está enterrado Leonardo da Vinci. Nesse dia chovia muito. Pegamos um temporal que quebrou nosso guarda-chuva. Desde Madrid, entre perdas e quebras, esse era nosso quinto! Numa viagem como essa é essencial ter um bom guarda-chuva. Voltando ao castelo: esse château foi a casa da família real francesa durante pelos menos três séculos e era o lugar predileto de Da Vinci que escolheu ser enterrado lá. Mesmo com o dia cinza e a chuva nós conseguimos conhecer bem Amboise e seus jardins. Esse castelo foi destruído em incêndios, mas preserva sua elegância e beleza arquitetônica. CHENONCEAU Chenonceau ficou para o último dia e foi nosso castelo predileto. No passado, era um pequeno Chateau que ficava na beira do rio Cher. Com o passar dos séculos a rainha Catarina de Médici resolveu construir mais uma parte dele sobre uma ponte que já existia. A rainha criou um salão de festas sobre o Cher. Esse detalhe tornou-o o único no mundo que possui dependências suspensas sobre uma ponte que cruza um rio. A arquitetura magnífca é única no mundo. Chenonceau foi projetado bem antes de Catarina de Médici, por um casal de nobres no século XIV que foram obrigados a entregá-lo para a coroa francesa por conta de uma dívida. Depois ele passou pelas mãos de diversas mulheres que deram um tom muito feminino ao château. Dois jardins rodeiam o castelo, sendo um de idealização de Diane de Poitiers, uma amante do Rei Henrique II e outro de sua mulher, Catarina de Medici que tomou o castelo de Diana, após a morte do rei. Chenonceau foi a casa de várias outras rainhas e princesas. Pudemos conhecer os aposentos do castelo de cada uma das mulheres que marcaram a história do local, durantes os séculos. Cada um deles possui decoração original, de acordo com o estilo, ideias e trajetória de vida de cada uma delas. O castelo estava lotado de turistas. É um dos destinos mais tradicionais da região, seja pela beleza ou pelos elementos que compõem o local. Existe um jardim esculpido em forma de labirinto que completa o cenário encantador e nos faz imaginar os nobres passeando com seus trajes pesados e como era a vida naquela época. TOURS Tours, que foi nossa base, também tem pontos muito interessantes. O centro da cidade é bonito, algumas fachadas lembram casinhas alemãs. Pudemos aproveitar os bares e restaurantes durante a noite, após as visitas aos castelos. Ficamos hospedados num pequeno apartamento com cozinha, máquina de lavar e bom tamanho. Pudemos cozinhas e quase nos sentimos em casa... Assim como em Bordeaux, fala-se pouco inglês em Tours, exceto nos pontos turísticos. A catedral da cidade já foi um ponto de peregrinação durante o império romano e hoje está sendo restaurada. Nossa visita foi bem rápida. A nossa passagem pelo Vale do Loire foi extremamente enriquecedora e prazerosa porque voltamos no tempo, viajamos nos séculos. Pudemos aprender um pouco mais sobre a história da França e sobre o dia-a-dia e observar estilo de vida mais regional, bem diferente de Paris que é o maior centro urbano do país. VALE DO LOIRE - FRANÇA Hospedagem: (50 Euros/dia quarto duplo) - Sejours & Affairs - excelente Transporte Público: (3,20 Euros/ trem): ótimo Culinária (12 Euros por prato em média): (utilizamos bem nossa cozinha): ótimo Hospitalidade do povo local: regular Pontos Turísticos: excdelente Preços: altos Clima Local (média 10 graus): abril/12 Fuso Horário: 5 horas a mais em relação ao Brasil Meio de Transporte: a pé e trem Distância Percorrida desde o último destino: 350 km Distância Percorrida desde o ponto de Partida (Lisboa): 2.780 km Citar
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