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Bom, aqui vai um relato de 4 dias em Rapa Nui com a ajuda dos mochileiros e nossa experiência vivida. Não entraremos muito nos detalhes da história pois os outros relatos aqui dos mochileiros já estão bem completos.

 

Começamos saindo de Fortaleza, com conexões em São Paulo e Lima. Já em São Paulo trocamos cerca de R$1.400 por $302.000 pesos chilenos. Fomos com isso, mais U$150 e os cartões (deu que sobrou, apesar de ser tudo caro).

Chegamos em Rapa Nui pouco antes das 6h da manhã no aeroporto Mataveri, compramos os tickets para as entradas nos vulcões ($25.000 pesos cada e ganhamos o mapa oficial) antes da imigração e a primeira decepção aconteceu: como na quarta tem 2 vôos e nós não informamos em qual vôo viríamos ninguém foi nos pegar ::prestessao:: , não recebemos o colar de flores :cry: e o pior, o Hotel Rapa Nui (que fechamos pelo Decolar) simplesmente ninguém conhecia ::ahhhh:: . Depois de uma breve raiva e de praticamente não termos mais opção, um casal nos levou a rua do voucher da Decolar e descobrimos que este hotel está em processo de mudança de nome mas ainda se chama Chez Joseph.

 

Conhecemos Manoel (figuraça), recepcionista do hotel que explicou a “confusão”. Como nossa diária só começava as 12h e ainda eram por volta de 6h e não tinha ninguém no quarto, ele já nos deixou nos hospedar mas tivemos que pagar pelo café extra que comemos ($10.000 pesos pelo casal; aqui na ilha vc vai descobrir o verdadeiro sabor de um suco de goiaba).

Conversando com ele, disse q pensávamos alugar uma moto e ele, logo de pronto, disse que não compensava pela pouca diferença de preço, então alugamos um carro (jipinho) por $35.000 pesos/dia por 3 dias (total de $105.000 pesos, cerca de U$220 que pagamos no cartão). A loja era a Insular, ganhamos outro mapa que completava o oficial e Manoel já nos deu as dicas de locais e tempo estimado em cada local (importantíssimo, tendo em vista que chegamos domingo pela manhã e iríamos voltar na quarta à tarde). O carro só chegaria as 10h, então descemos a pé e conhecemos o nosso primeiro monumento, o AHU TAUTIRA (nosso primeiro Moai e provavelmente o seu também). Pegamos o carro e a aventura continuou.

DIA 01 (DOM): Começamos então saindo do hotel, passamos pela rua principal direto para o vulcão RANO KAU. A visão é linda no MIRADOR do vulcão, pare lá e bata fotos. O recepcionista conversou um tempo sobre futebol comigo (brasileiros são logo reconhecidos pelo “sotaque”. Temos DELE mas não engana ninguém ::lol4:: ). Recebemos o guia de ORONGO. Entramos e conhecemos Orongo, toda a história, os petróglifos, a pequena ilha Moto Nui onde acontecia toda a história das “competências sobre o homem pássaro” e o olho do vulcão foi uma sensação indescritível. Foi o nosso primeiro olho de vulcão e foi simplesmente inesquecível.

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De lá, seguimos pela estrada ao lado da pista do aeroporto até o VINAPU. Aqui vimos pela primeira vez um PUKAO. Quem conhece Cusco e o Vale Sagrado Inka vai ficar impressionado (fomos em janeiro no ano passado, veja o nosso relato em www.mochileiros.com/cuzco-machu-picchu- ... 64001.html ). A construção desse AHU é totalmente Inka (muito misterioso), seu Moai está enterrado atrás (mas com a cabeça ainda para fora).

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Almoçamos no Resto e Bar Kuki Varua. Aqui vale uma dica: quase todos os restaurante colocam seus cardápios na entrada para vc ver os preços. Você pode montar o seu menu, como era nossa primeira refeição na ilha pegamos 2 menus completos que o restaurante dava como sugestão (vinha aperitivo, entrada, prato principal ou de fundo e sobremesa). Muita comida, estragou um pouco de cada. Total $34.000 pesos. Alguns restaurantes não colocam os 10% pois cabe ao cliente informar se pagará (se foi bem atendido ou não). Se for pagar em cartão, deixe os 10% em dinheiro, pra eles é mais rápido e importante. Gostamos tanto da comida aqui que ainda voltamos mais duas vezes, só que destas vezes pedimos só o prato principal (em média $9.000 a $11.000). O salmão com purê verde é simplesmente delicioso. Eles primam pela beleza nos pratos e vc come com os olhos.

Saímos a tarde pela rota leste rumo ao vulcão RANU RARAKU. Íamos parando pelo caminho pois o pacífico é de um azul que te hipnotiza. Lembre-se de, antes de sair, passar em um mercado na rua principal de HANGA ROA para comprar água, pois, vc não acha pelo caminho. Paramos em AKAHANGA, um conjunto de Moai só que derrubados (nesta rota a maioria dos Moai estão no chão, infelizmente). Vimos o AHU URA URANGA TE MAHINA, e continuamos pois já avistávamos o RANU RARAKU, a fábrica de Moais de longe. Passamos pelo AHU ONE MIKIHI e ao pegar o caminho para o vulcão vimos a placa avisando sobre o AHU TONGARIKI. Optamos por ele primeiro e, meus amigos, a visão que se tem deste espetáculo é algo indescritível. Um conjunto de 15 Moai que vc jamais vai esquecer, todos olhando para o vulcão, de costas para o mar azul. Simplesmente uma das visões mais lindas que já tivemos. Batemos algumas dezenas de fotos e seguimos, agora sim, para o vulcão. Já eram 16:50h e o parque do vulcão fechava as 18h então tínhamos que andar ligeiro. Incontáveis Moai por todos os lados, vimos as visões mais comuns quando se coloca Rapa Nui no Google imagens e batemos muitas fotos. Não deixe de ver um bem grande ainda preso na base do vulcão e o TUKUTURI, o mais antigo. Nada como ver os cavalos adultos ensinando os potros a cavalgar no olho do vulcão com dezenas de Moai vendo tudo, fantástico. Como já estávamos muito cansados da viagem resolvemos acabar o dia por aqui e voltamos ao hotel, compramos sucos e empanadas na rua principal para economizar o que gastamos no almoço e dormimos cedo.

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DIA 02 (SEG) – Começamos a segunda indo até a loja de mergulho do Mike (recomendada por todos os mochileiros daqui). Tínhamos três opções de horário: 11h30; 14h30 e 16h:30. Fechamos na de 14h30 ($40.000 pesos cada, iniciante). Voltamos ao AHU TONGARIKI para mais fotos com um ângulo do sol diferente. Seguimos no caminho rumo as praias e paramos no PUOHIRO. Depois paramos em PAPA VAKA (um conjunto de petróglifos) e daqui fomos ao AHU TE PITO KURA. Pena que ele caiu de frente e não dá para ver o “membro masculino” esculpido pela esposa em homenagem ao seu marido. A sua esquerda esta o “umbigo do mundo”. É sério, eu senti o magnetísmo da pedra, minha esposa não.

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De lá direto pra OVAHE. Linda praia, contudo o mar leva a sujeira dos pescadores por isso não se toma banho aqui. Reencontramos-nos com o recepcionista que hoje estava trabalhando limpando a sujeira deixada pelos turistas. A areia é realmente rosa. De lá direto para outra praia e mais um linda imagem, AHU NAU NAU. Quatro deles ainda com PUKAO. Ao lado tem um derrubado e um bem mais velho ainda em pé. A praia de ANAKENA é linda, pena que o pacífico estava tão gelado hehehe. De lá fomos almoçar e nos preparar para o mergulho.

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Nossa segunda decepção: fomos informados que o mar está muito forte e que a turma das 11h30 teve muita dificuldade e não enxergava nada. Por segurança eles cancelaram todo o dia. Uma pena, pois terça era feriado do dia do trabalho e estaria fechado a loja e quarta já iríamos voltar e não se pode mergulhar no dia em que se voa (Tb por segurança). O lado bom: economizamos $80.000 pesos. Como o planejamento era mergulhar a tarde não sabíamos muito bem o que fazer agora, então fomos pra primeira caverna ANA KAI TANGATA. Depois fomos ao mercado (bem melhor do que a feira). Compramos nosso Moai com Pukao feito dos materiais originais, vários pure (concha que só existe aqui na ilha) dentre outras coisas, tudo no cartão.

Daqui direto pra rota que sai pela cidade mesmo, pelo litoral (essa dá pra fazer a pé). Antes do AHU TAHAI a uma série de Moai e petróglifos meio “fakes”, principalmente o que tem olho e as costas pintadas. Ao chegar no AHU TAHAI mais um momento inesquecível. Aqui sim é tudo lindo e original. AHU VAI URI, AHU TAHAI e o famoso AHU KO TE RIKU (com seus olhos e seu mana impressionantes). O por do sol seria aqui com certeza. Daqui ainda fomos ver o AHU KIO’E. Hora de voltar ao hotel para se preparar para ver um show com danças típicas no VAI TE MIHI (perto do cemitério). Fantástico, vc que vai a ilha tem que assistir o show de dança e música rupestre. A casa ficou lotada e foi muito emocionante. Ainda fui escolhido por uma das dançarinas e paguei aquele mico no palco heheheheheh. Tomei minha Mahina (cerveja local) e minha esposa o seu Mango Suor. Noite perfeita!

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DIA 03 (TER-feriado de 01 de maio) – Começamos pelo centro da ilha, indo para PUNA PAU (a montanha que é a fábrica de PUKAO, e o mistério sobre sua função continua, não sei se o professor do Maranhão está certo – teoria da função de pára-raios, prefiro acreditar em uma função mais mística). O mirador daqui dá uma ótima visão de HANGA ROA. Daqui para o AHU AKIVI (os únicos olhando para o mar). Nosso grande desafio era subir a MAUNGA TERAVAKA (montanha mais alta da ilha). Tentamos alugar cavalos na hora mas era $27.000 pesos cada, decidimos ir a pé. Umas 2 horas depois, muito cansados e quase sem água... CONSEGUIMOS :D . Chegamos ao RANO AROI (terceiro olho de vulcão, praticamente igual a vista do TERAVAKA, poucos metros abaixo), visão linda e vitórias pessoais conquistadas. Descemos a montanha e fomos almoçar no KAIMANA INN (pratos entre $9.000 e $11.500 mas a maquineta de cartões não estavam funcionando.

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Pela tarde resolvemos “caçar” todas as outras cavernas. Começamos com a ANA KAHARGA (caverna das duas janelas ou dos ventanas). Ficamos com medo de não achar mas todos esses pontos estão sinalizados. Algumas placas a maresia já comeu, mas o suporte de madeira continua, o que facilita sua localização. Nessa primeira a entrada é literalmente um buraco e uma escuridão só (levamos só uma “lanterninha”. Dica, leve um lanterna de vergonha hehehe). Depois dessa, mais a frente estava a ANA TE PORA (a placa estava bem ruim de ler, mas essa caverna parece uma igreja por dentro). De lá fomos para o AHU TEPEU, lindo, pena que está no chão. Vc achará Moai tanto na frente como atrás caídos. A estrada entre o AHU TAHAI até o AHU TEPEU é péssima, mas o jipinho deu conta do recado. Do AHU TEPEU até a ANA TE PAHU a estrada já melhora. Esta caverna é enorme, de se perder por dentro. Sorte nossa que tinha uma família com um guia (que inclusive já tinha vivido no Brasil) e ficamos seguindo e morcegando eles heheheh. Dia muito adventure, cansadíssimos, eraa hora de voltar, jantar e durmir.

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DIA 04 (QUA) – Dia de devolver o carro, mas antes fomos ao museu ($1.000 por pessoa), compramos o guia do museu ($6.000 e tem tudo que tem no museu, vale a pena). Devolvemos o carro e alugamos duas bikes, pra curtir um pouco o dia. Fomos ao Tatoo Art Mokomae (http://www.mokomae.cl) e aproveitamos a economia do mergulho e marcamos Rapa Nui pra sempre em nossa pele (e em nossas vidas). Mas uma vez Manoel nos ajudou, nossa diária acabaria as 10h mas ele nos deixou no quarto até as 15h onde tomamos banho, conhecemos uma dupla de namorados que acabaram de chegar (passamos essas dicas a eles) arrumamos as malas e fomos ao aeroporto. Última compra, dicionário Rapa Nui por $5.000 pesos no hotel. Ganhamos colares como lembrança pra voltar com os filhos.

Rapa Nui é mágica, seu mana fica em vc e vc com certeza vai querer voltar, com seus filhos e/ou amigos. Sua vida não é mais a mesma.

Últimas dicas: não toque nos Moai, respeite os altares e cavernas, leve o seu lixo.

Iorana a todos

 

DICAS PARA AS MULHERES (pode servir pro homens tb) por Ione

O que vestir:

Escolha roupas leves, de preferência de cor escura, pois muitas estradas são de barro vermelho. Vc simplesmente fica “imunda” ao final do dia. Usei muito short, pois como andamos muito, subimos montanhas, entramos em cavernas, usar calça pode ser desconfortável. Para a noite, caso queira assistir um show típico (recomendo, muito bom) é bom se agasalhar faz um pouco de frio.

Cuidados com a pele e cabelo:

O clima é muito quente e varia muito, de repente chove . Ande sempre com um casaquinho na bolsa. Mesmo quando tem previsão de tempo nublado com pancadas de chuva o sol aparece em algum momento, e faz um calorão. Por isso use filtro solar. O cabelo também fica muito sujo por conta da poeira que sobe nas estradas, deixe-o preso e se quiser colocar um boné ou chapéu é melhor.

O que calçar

O calçado recomendado é o tênis, levei um do tipo adventure, a cor disfarça a sujeira que fica kkkk e o mais importante, é confortável e você agüenta fazer longas caminhadas. Leve tb uma meia para cada dia, elas ficam marrons ao final do dia de tão sujas. Levei uma sandália e uma sapatilha para os passeios noturnos, que não são muitos, pois na ilha o movimento acaba às 22hs da noite.

 

 

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Editado por Visitante
  • 2 semanas depois...
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Excelente relato!!!

 

RAPA NUI tá na lista dos meus próximos destinos! (tá, a lista é grande, rs.... ) Lendo o relato de vcs dá mais vontade!! ::mmm:

 

Parabéns!!!

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