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  • Membros de Honra
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Olá Augusto,

 

Vou preparar um relato assim que chegar em casa....colocarei algumas fotos também.

 

Sobre bike: encontrei com um que estava fazendo de bike na pousada barão montês, segundo ele, o trecho entre Luminosa x pousada b. montês, na maioria do percurso teve que empurrar a bike..... em outras subidas foi a mesma coisa... mas vi muita gente fazendo de bike... creio que deve ser legal, mas evite peso desnecessário.

A grande vantagem de bike é que na descida vc nem pedala, esse rapaz, que encontrei no caminho, fêz Campos do Jordão x Aparecida em um dia, tranquilamente.

  • 1 mês depois...
  • Membros
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Augusto, eu e uma amiga (beirantes dos sessenta anos) sem qualquer preparação física, conhecimento de caminhadas e material adequado fizemos este caminho em 2005 e foi simplesmente maravilhoso. Não tivemos o mesmo pique que você para cumprir a jornada em 15 dias; fizemos em 18 dias devido a uma grave inflamação entre meus dedos dos pés que ficavam embotinados numa média de 8 a 10 horas diárias, sustentando uma média de 16 kg. Suas imagens me levaram a uma profunda emoção. Obrigado pelo seu relato.

  • Membros de Honra
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Blz Grijo.

Acho que faria também quase no mesmo tempo que vc, sabia.

O trecho de S. Roque da Fartura até Andradas foi muito puxado e longo. Eu deveria ter parado em Aguas da Prata, mas como encontrei a Pousada fechada, passei direto. Se a Pousada estivesse aberta, talvez ficaria por lá, até para conhecer um pouco melhor a cidade.

E o trecho Paraisópolis até Campista deveriamos ter dividido em 2 e ficado numa das 2 pousadas de Luminosa. A gente não sabia que existia um desnivel tão grande naquela subida da serra de Luminosa. E na internet não encontrei nenhum relato de como era esse trecho, já que ele era bem recente.

Por isso esses 2 trechos só fui terminar a noite e não recomendo de jeito nenhum que se faça essa caminhada assim.

 

 

Abcs

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Augusto boa noite! Vou relatar um pouco de minha aventura.

Nossa caminhada foi no 1º ano da abertura, a demarcação então ainda não estava completa e o traçado no final era diferente. Minha filha que mora em Atibaia, veio a Jacareí no dia anterior pois havíamos combinado uma despedida familiar, juntamente com minha parceira. No dia seguinte (5/7/2005) partimos de Jacareí até Atibaia de carro; lá tomamos um ônibus até Campinas e outro até Tambaú.

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Chegamos após a hora do almoço, nos instalamos no hotel e depois visitamos os pontos principais da cidade. Apanhamos nossas credenciais e aproveitamos para enviar o excesso de bagagem (2"caixas" com comida), através do escritório que coordenava a caminhada para Águas da Prata.

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Dia 06/06/2005 - fomos cedinho até o escritório na esperança de conhecer alguém a quem pudéssemo-nos juntar. Nada feito, partimos sózinhas, mas pelo caminho, de passagem, conhecemos alguns peregrinos. Partimos do Portal às 8 horas. Tudo era novidade, tudo nos encatava e acabamos demorando mais do que o necessário.

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Resultado: avistamos Casa Branca por volta das 16:30', mas só chegamos na Igreja às 20:30' quase no final da missa; com isso deixamos uma porção de gente preocupada com o que poderia ter acontecido, mas felizmente chegamos bem! No encerramento da missa o padre, que notou nossa presença lá no fundo da igreja, fez a nossa apresentação à comunidade, a qual ficou de queixo caído com a coragem e destemor ao verem duas mulheres de 3ª idade e sobrecarregadas chegarem na escuridão da noite. Talvez faltando pouco mais de 3km para a chegada, tivemos muita sorte de numa encuzilhada, o fraco facho da lanterna à procura da demarcação, clarear uma pedra no chão onde estava pintada a seta amarela.

Dia 07/07/2005 - a caminho de Vargem Grande do Sul. Chegamos com a escuridão, por volta das 18 horas, por detrás do Cristo o visual iluminado foi muito lindo! Só o que desanimou foi chegar até ao hotel que por sinal era bem longe.

Dia 08/07/2005 - Na partida passamos pela igreja para assistirmos a missa matutina e qual não foi nossa surpresa quando o padre fez nossa apresentação àquela comunidade. Fomos aplaudidas!!! Neste dia, enquanto descansavamos sob a sombra de uma árvore conhecemos um morador da região que acabou contando a vida dele inteira. Apesar do papo demorado, chegamos a Águas da Prata cedo. Não havia ninguém para nos receber na sede da Associação, mas adentramos e nos instalamos. Cuidamos da roupa suja, tomamos banho e então já haviam chegado pessoas da Associação que foram simplesmente magnanimas. Cuidaram de nossos ferimentos nos pés e foram de uma delicadeza extrema. No local não havia alimentação, por isso tivemos de sair, andar e conhecer as redondezas.

Dia 09/07/2005 - Já em companhia de duas irmãs, saimos às 6 horas para tomar o café numa padaria.

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Eta caminhozinho sofrido neste dia, ao chegarmos na rua de entrada em Andradas, simplesmente desabamos ao chão e alí ficamos deitadas até restaurar um pouco das forças e seguir até o hotel. Simplesmente o melhor (acho que era 3 estrelas) de todo o Caminho da Fé. O visual da cidade mineira também agradou.

Dia 10/07/2005 - Ouro Fino, apesar de uma distensão na coxa esquerda consegui, mesmo chorando de dor, chegar. Ficamos encantadas com o portal de recepção da cidade. Passamos pelo mercadinho onde tem a imagem de N.S.Aparecida e aí em conversa vai conversa vem , descobri eles lá que conheciam os pais de meu chefe, do trabalho em São José dos Campos, e que entrariam em contato para dizer que eu estava em determinado hotel. Qual não foi minha surpresa quando o garçon perguntou por mim e apresentou o casal que me procurava. Naquela noite estavam reunidos peregrinos de várias localidades e comemoravamos a despedida de 2 amigos parceiros que dentro de pouco tempo embarcariam para a Espanha a cumprir o Caminho Francês de Santiago de Compostela.

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Dia 11/07/2005 - Inconfidentes, neste percurso ficamos felizes ao encontrar carros com placas de nossa cidade, e até conversamos com algumas das pessoas, moradoras por lá ou mesmo visitantes no local. Pouco passava do meio dia quando chegamos a uma pousada para apor o carimbo na credencial, mas meus pés doíam horrores. Na pousada havia uma piscina de água corrente da montanha e o proprietário mandou que eu tirasse botas e meias e mergulhasse os pés por algum tempo. O choque da água gélida anestesiou instantâneamente cortando a dor; depois um bom banho quente e cuidados médicos me deixaram novinha em folha para o dia seguinte. Além das bolhas, no pé esquerdo havia uma inflamação que era um buraco só entre os 2 últimos dedinhos.

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Dia 12/07/2005 - Borda da Mata, estrada com muitas subidas íngremes, chegamos a ajudar um casal de ciclistas à beira da exaustão física. Chegamos relativamente cedo para após o banho e lavagem das roupas, darmos um rolê na praça principal, onde corria a solta uma festa de uma semana. A dona do hotel, alugava o banheiro para o pessoal da festa, então pode imaginar o auhê que era o hotel. Foi nossa pior estadia.

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Dia 15/07/2005 - Tocos do Moji

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Nesta estrada, olha só que surpresa boa! Estes morangos haviam sido colhidos naquela hora e nos foi ofertado pelo agricultor. Ficamos maravilhadas com o processo de cultivo, bem diferente do que sempre vimos por aqui nos quintais.

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[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120406174853.JPG 500 375 Cultivo de morangos na Serra da Mantiqueira ]região Tocos do Moji / Estiva

Dia 16/07/2005 - Estiva, sabadão de cansaço extremo! Ficamos numa pousada encima de uma padaria, a escadaria era infinita, ainda mais ao chegar de longa trajetória. Banho, descanso e missa. Olha a surpresa de novo! Ao término da função o padre fez a apresentação dos peregrinos (que a esta altura eram muitos) e à saída uma baita festa julina em benefício da APAE local. Boa p´rá caramba!!!

Dia 17/07/2005 - Consolação. Durante o dia encontro com ciclistas da região que aproveitam as trilhas. Alegria pura, neste dia em comunicação com a família, recebi notícias do nascimento do sobrinho de minha filha de Atibaia.

Dia 18/07/2005 - Paraisólopis, primeiro dia de céu feio, mas apenas chovisco.

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Havia sido passada a máquina na estrada e de repente encontramos isso aí.

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Dia 19/07/2005 - São Bento do Sapucaí, entramos no estado de São Paulo.

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120406191746.JPG 500 375 Vergonha ] Numa calma estrada entre fazendas, vemos desmatamento sem consciência e ilegal.

Encontramos peregrinos ciclista de Campinas. O dia permaneceu nublado, e quando chegamos ao hotel junto veio a chuva, que permaneceu a noite inteira.

Dia 20/07/2005 - Voltamos a Minas Gerais, Sapucaí Mirim

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120406192425.JPG 500 375 Lixão a céu aberto] Esta é a entrada da cidade de Sapucaí Mirim

Neste trecho crianças da redondeza nos acompanharam por um bom tempo. Vimos mulheres a beira de um riacho colhendo, limpando e embalando cará para levar ao mercado.

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Depois disto atravessamos um longo pedaço por dentro de uma mata fechada com piso bastante enlameado e escorregadiço. Já era noite quando chegamos na periferia de Santo Antonio do Pinhal e aconteceu um acidente comigo. Vinha caminhando pelo meio fio quando perdi o equilibrio e caí na rua - tal qual uma tartaruga com as pernas para cima - minha parceira não tinha forças para me ajudar, uma vez que eu era muito mais pesada que ela. Muitos carros passavam mas não paravam, até a chegada de alguém de bom coração que resolveu parar o carro e me levantar.

Dia 21/07/2005 - De Stº Antonio do Pinhal até a Estação de trem que vai para Campos do Jordão é tudo asfastado.

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Daí descemos pela linha férrea até após o Reino das Águas Claras - Pinda - o trajeto é longo e como não havia sinalização estávamos nervosas pensando ter pegado caminho errado - cheguei a ligar pelo celular para meu local de trabalho e informar que talvez estivéssemos perdidas, mas de lá nos acalmaram e após bom tempo encontramos e nos hospedamos nos arredores da cidade num convento.

Dia 22/07/2005 - Trajeto urbano, atravessamos a cidade de Pindamonhangaba. Precisei passar num postinho de saúde e arranjar remédio para as dores no corpo e pés. Passamos a noite num hotel novo após a bifurcação para Moreira César.

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120406194016.JPG 500 375 Trevo de Moreira César Uma bonita estátua de aço inxidável!!!

Dia 23/07/2007 - Saímos no raiar do dia, daqui até o fim é estrada asfaltada, entramos na cidade Roseira para carimbar o passaporte.

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[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120406194052.JPG 500 375 Últimos kms Estrada paralela à Rodovia Dutra, à chegada da periferia da cidade de Aparecida

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120406194550.JPG 500 375 Enfim, o fim!! Vista da Basílica, do porto no Rio Paraíba, onde foi encontrada a imagem da padroeira.

Nossa maior emoção ficou por conta da entrada no estacionamento pelo lado beira rio, exatamente às 12 horas quando do carrilhão da Basílica soavam as doze badaladas, e para completar a emoção o encontro surpresa, com a família de minha parceira. Na visita ao museu deixei minhas botas que me machucaram, mas que também me deram respaldo para a chegada final.

  • Membros
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Olá!

 

Pessoal! Estou a procura de companhia pra fazer o caminho a partir de Aguas da Prata, quero iniciar no primeiro ou no segundo sabado de maio, alguem anima?

 

Abraço Fábio

  • Membros de Honra
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Oi Grijo.

 

Vcs sofreram bem mais que eu.

Não tive problemas com bolhas. Só mesmo algumas dores musculares, mas que foram resolvidas com uma pomada.

O cajado também ajudou bastante nos trechos mais ingremes.

 

As unicas cidades onde eu cheguei durante a noite foram Andradas, Borda da Mata e Campista.

Em Andradas até poderia ter ficado no Hotel antes de chegar na cidade, mas como eu já queria ganhar tempo no dia seguinte, segui p/ um Hotel no centro. E foi a melhor opção porque de Andradas a Crisólia o trecho é muito puxado, com inumeras subidas e descidas ingremes.

E antes de chegar em Borda da Mata, tem um trecho de descida muito desgastante também.

E em Campista porque não tinha a menor noção de como era esse trecho.

 

 

 

Abcs

  • 4 semanas depois...
  • Membros
Postado

Parabéns Augusto.

Minha esposa e eu temos caminhado muito e superado nossos limites a cada fim de semana, afim de nos prepararmos para o Caminho da Fé.

Você realmente foi muito animador com seu relato. A riqueza dos detalhes sobre cada trecho nos ajudará muito.

Nossa intenção é sair de Mococa no início de 2013, para isso vamos nos preparar físicamente e espiritualmente.

Valeu pelas dicas.

  • Membros de Honra
Postado

Oi Kleber.

 

Que bom que o relato está te ajudando.

Varios pessoas já me disseram que esse trecho que sai de Mococa possui um dos visuais mais bonitos do Caminho da Fé.

Por ser época de verão, tome muito cuidado com o Sol.

Vc se cansa mais fácil.

No mais é ir se preparando p/ caminhar cerca de 30Km/dia.

Boa sorte.

 

 

Em 2010 fiz o tracklog completo dessa caminhada, mas sempre vinha esquecendo de colocar aqui.

Quem quiser, tá disponivel no wikiloc:

http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=945495

 

 

Abcs

  • Membros
Postado

para Kleber Mococa, a melhor época para se trilhar o Caminho da Fé é a partir do outono, menos chuvas e um certo friozinho que ajuda a manter a média de caminhada. O princípio do ano é muito quente e chove muito. Boa sorte!!!

  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra
Postado

Valeu Francisco.

Obrigadão.

 

Os relatos têm essa finalidade mesmo. Ajudar os outros.

Qdo eu fiz essa caminhada muita gente me ajudou com dicas e informações do Caminho.

E nada mais justo de que colocar o maior número de infos possíveis p/ ajudar futuros caminhantes.

 

E qdo tiver dúvidas sobre os outros relatos, pode perguntar a vontade.

 

 

Gde abc.

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