Como se perder de todos os seus amigos e arrumar outro mil (sem barraca, pra ajudar) em Ilha Grande.

[Júlia.]

Relato muito bom! Contando assim parece um sonho, incrível.

A hospitalidade e vontade de ajudar das pessoas do lugar me fez lembrar de pessoas às quais sou eternamente grata por oferecer carona à desconhecidos perdidos. Quando a gente perde a esperança na humanidade, é só lembrar de como tem gente legal na estrada e nos cantos mais remotos, disposta a tratar mochileiros doidos como se fossem da família, e perceber que nem tudo está perdido.

Essa sua foi uma experiência inesperada e inesquecível que pouquíssimas pessoas tem a chance de ter. É isso aí: quando as coisas saem completamente diferentes do planejado, podem acabar saindo é muito melhor do que o planejado, é só não se estressar e não entrar em pânico.

[Nilton Martz]

Neste mundo é necessário se perder para se se achar. Na rotina não há o encontro consigo mesmo. Estando perdida, a pessoa busca dentro de si coragem, força e criatividade para se sobressair da condição e situação presentes. Nestes momentos, então, a pessoa alcança uma afinidade consigo, com o seu ego mais íntimo (id). Esta reviravolta abrupta, repentina, inesperada, marca esta nova experiência ara sempre. Ocorre mudança significativa na própria personalidade, no modo de pensar e de ver o mundo, as infinitas faces da realidade, e de olhar para si mesma com outros olhos após tais vivências. Primeiro vem a privação: o ego é posto à prova. E no fim a recompensa de de uma passagem bem sucedida: uma nova bagagem de sabedoria pela própria experiência.