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Esta travessia, apesar de já ter sido relatada por vários colegas, merece sempre algum comentário e a inserção de algumas fotos para serem apreciadas por quem ainda tem dúvidas se vale a pena a aventura.

Resolvi fazer um trajeto que fugiu um pouco da travessia clássica, no qual foi acrescentado mais um dia, com trechos de barco e início e fim em Laranjeiras, totalizando 4 dias.

Eu e Luis de Salvador e Clayton e Ângelo de São Paulo iniciamos o trekking no sábado de carnaval.

 

1º DIA:

Seguimos por volta das 12h em direção ao fundo do Saco do Mamanguá. Uma caminhada tranquila, com muita sombra e muita jaca pelo caminho..rsrsrs. Devoramos “uma” que estava perfeita. Vimos durante o trajeto algumas casas de nativos, onde, numa delas, encontramos dois meninos que foram bastante gentis conosco. Deram dicas de como chegar ao povoado de Curupira onde iríamos pegar um barco para atravessar o saco até o outro lado do mangue e nos ofereceu algumas frutas cultivadas no quintal da sua casa. Ao chegar ao Povoado de Curupira pegamos um barco que custou R$30,00 para fazermos a travessia do Saco passando por uma parte do mangue.

O dia estava lindo, com muito sol e céu azul com algumas nuvens brancas para embelezar ainda mais o cenário.

Já por volta das 16h chegamos à praia do Cruzeiro onde conhecemos o Seu Preá [como é conhecido no local]. Um senhor muito simpático que nos deixou acampar no seu gramado naquela noite, cobrando R$10,00 por pessoa. Próximo a casa dele há uma barraca que serve um PF [feijão, arroz e peixe frito] por R$15,00 [um pouco acima da média dos outros lugares onde comemos durante os dias da travessia]. Como a fome era absurda, achei a comida deliciosa....

Dormimos muitíssimo bem nesta noite.

 

 

Luis [fundo do Saco do Mamanguá]

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Local onde encontramos a jaca

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A jaca que foi devorada

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Nossa amiga

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Praia da Comunidade de Curupira

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Fundo do Saco de Mamanguá [pier da praia de curupira]

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Travessia do mangue

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Aranha [havia várias desta espécie na trilha]

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Poço para banho

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Praia do Cruzeiro, no Saco do Mamanguá

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Entardecer no Saco do Mamanguá

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Pôr-do-sol no Saco do Mamanguá

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2º DIA

Ao despertar por volta das 8h, abri a barraca e dei de cara com a montanha que contorna o Saco do Mamanguá ensolarado. O dia prometia. Após termos tomado o café da manhã, seguimos rumo ao Pico do Pão de Açúcar para apreciarmos uma vista fantástica da região. Levamos pouco menos de 1 hora para atingirmos o cume. O calor durante a subida foi de matar, apesar de não sentirmos o sol diretamente nas nossas cabeças. O que mais me incomodou foi o excesso de umidade da região, tornando o local uma verdadeira sauna. O desgaste só não foi maior por conta de termos deixado as mochilas na casa do Seu Preá. O visual do cume é imperdível. Não deixe de fazer essa trilha antes de seguir para as praias da travessia clássica. Neste caso, reserve um dia a mais para fazer isso.

Chegamos à casa do seu Preá por volta das 12h. Combinamos com um amigo dele para nos levar de barco até a Praia do Engenho para ganharmos tempo e porque o trajeto entre a Praia do Cruzeiro e a do Engenho não era tão interessante para se perder o pouco tempo que tínhamos disponível para fazermos o que pretendíamos [4 dias = LARANJEIRAS A LARANJEIRAS].

Descemos no local combinado – Praia do Engenho – e seguimos rumo à Praia Grande da Deserta. Subida braba! Calorão de matar, peso da mochila e a sauna natural... Só mesmo muito líquido para repor a perda. Depois de algumas paradas para descanso, fotos, lanches, chegamos finalmente ao destino, após termos vencido os 500 metros de desnível e a grande descida. Bem cansados, seguirmos até a última barraca e comemos o PF clássico da região [Feijão, arroz e peixe frito].. Mais uma vez, não sei se era a fome, mas estava tudo delicioso.

Como já estava ficando tarde e teríamos de chegar até Praia do Pouso de Cajaíba, resolvemos adiantar com um barco [por R$60,00] para iniciarmos a caminhada do nosso terceiro dia bem descansados.

O Ângelo nos sugeriu ficarmos na praia vizinha a de Pouso. Foi uma proposta perfeita. A praia se chama Toca do Carro, é bem pequena e selvagem, sem falar que o banho é espetacular, com direito a tirar o sal num riacho que corta a praia.. Massa!!!!

Preparamos uma jantar [macarronada] que ficou 1000000000..

Dormir naquele local foi mágico... Tudo muito especial..

 

Amanhecer no Saco do Mamnguá

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Pico do Pão de Açúcar

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Subindo o Pão de Açúcar

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Clayton e Luis no cume do Pão de Açúcar

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Eu, no cume do Pão de Açúcar [vista fantástica do Saco do Mamanguá]

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Navegando para a Praia do Engenho [ao fundo, o Pico do Pão de Açúcar]

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Praia no Saco do Mamanguá [Pico Pão de Açúcar]

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Praia Grande da Deserta

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Fazendo a macarronada

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3º DIA:

Acordamos por volta das 8h, preparamos o nosso café e seguimos para a Praia do Pouso, que fica coladinha, bastando subir uma ladeira e descer logo em seguida. Esta sim é bastante cheia, com uma boa estrutura [campings, barracas etc]. Como era carnaval, a densidade demográfica estava bastante alta.

Chegando lá, percebemos que o tempo era curto para fazermos tudo que tínhamos planejado, pois, além da volta LARANJEIRAS/LARANJEIRAS PELO SACO DE MAMANGUÁ, queríamos também conhecer a Cachoeira do Saco Bravo, cuja trilha se dá a partir da Praia de Ponta Negra. Este era o lugar que eu não queria deixar de conhecer. Desde que eu vi o relato de uma colega aqui do fórum e vi algumas fotos, decidi ir para a Juatinga no Carnaval e conhecer a tal Cachoeira. Desta forma, decidimos pegar uma lancha para chegarmos até Ponta Negra [R$200,00] – uma longa viagem. A decisão foi sábia, pois antes de chegarmos à Ponta Negra, paramos para banhos nas praias de Sumaca e de Martins de Sá.. Lindas por sinal.. A primeira, mais deserta e extremamente bonita, com um banho regenerador [água bastante fria]. Ângelo e Clayton que já tinham feito a travessia toda por terra, curtiram, desta vez, este trecho por mar. Usando este meio você vê de perto a tal Ponta da Juatinga, que, por sinal, é um dos trechos mais perigosos – balança demais a lancha. O visual é recompensador. O topo deste trajeto foi quando passamos pela Cachoeira do Saco Bravo e pudemos ver esta curiosa queda. A danada cai num poço fantástico para banho, forma uma piscina de borda infinita e deságua no mar aberto. Show!!!!!! Termos visto a cachoeira por este ângulo nos animou ainda mais conhecê-la naquele dia.

Chegando à Praia de Ponta Negra, seguimos para o Camping da Branca. Era o mais vazio de todos os que ofereciam acampamento. Muito simpática, aceitou a nossa proposta de ficarmos os 4 num mesmo quarto [pagamos R$15,00 pp]. Largamos as mochilas e seguimos com água e câmera rumo ao alvo – Cachoeira do Saco Bravo.

A trilha só não foi classificada como cansativa porque durante este dia caminhamos muito pouco e o trajeto foi todo feito sem carga. Mesmo assim, +- 1h30min para cada perna [total 3 horas de trilha – muitas subidas e descidas]. Chegando lá, já vazia, pude confirmar o que já tinha visto por fotos do local.. Impressionante a beleza... Como disse uma amiga: “isto sim é que é borda infinita”...rsrsrs.

De volta ao Camping da Branca, depois de um banho na praia e uma chuveirada, saboreamos o seu jantar [arroz, feijão, salada e peixe, bem abundantes por apenas R$10,00 pp]. O dia foi fantástico.

 

Praia da Toca do Carro

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Praia de Pousa da Cajaíba

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Visual durante o trajeto de barco

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Praia da Sumaca

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Praia de Martim de Sá

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Cachoeira do Saco Bravo vista do mar

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Trilha para a Cachoeira do Saco Bravo

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Cachoeira do Saco Bravo

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Cachoeira do Saco Bravo

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Cachoeira do Saco Bravo [borda infinita]

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Ataque perfeito da aranha [pobre mosca]

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Praia de Ponta Negra

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4º DIA

Saímos por volta das 9h após o café da manhã rumo a Laranjeiras, com paradas nas praias de Antigos e Antiguinhos [lindas, mas o dia estava nublado] e do Sono. Esta última estava bombando de gente. Nunca vi tanta barraca junta por metro quadrado.

Apesar de curtir lugares mais tranquilos, desertos, o astral daquela praia me convidou a voltar para acampar por lá numa próxima viagem.

 

Cachoeira próxima à Praia de Ponta Negra

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Praia de Antiguinhos

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Praia de Antigos

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Mirante da Praia do Sono

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Clayton, Luis e Ângelo [Camping na Praia do Sono]

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DICAS:

 

1. a subida ao Pão de Açúcar é imperdível;

 

2. se puder, pare na Praia de Sumaca;

 

3. reserve mais um dia e conheça a Cachoeira do Saco Bravo;

 

4. ficar na Praia de Ponta Negra como ponto de referência vale muito a pena para quem não quer fazer a travessia completa, pois, a partir dela, você pode conhecer a Cachoeira do Saco Bravo, uma outra Cachoeira bem próxima da Vila, a Praia de Antigos e Antiguinhos que ficam bem próximas etc.

 

5. se você for de ônibus a partir do Rio de Janeiro e sendo carnaval, procure comprar os bilhetes pela internet para evitar surpresas desagradáveis [não encontrar vaga]. Mesmo assim, chegue cedo ao terminal para pegar o seu bilhete no guichê da empresa Costa Verde – a fila é gigante e única.

 

 

Abração.

Marcos.

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Olá Nívea:

 

Começamos em Laranajeiras [berm distante do Centro de Paraty] sentido fundo do Saco do Mamanguá [não é muito comum esta rota]. Geralmente quem quer conhecer o Saco do Mamanguá vai até Paraty Mirim, e de lá pega um barco. Do Centro de Paraty há ônibus para Paraty Mirim. Basta vc ver os horários.

 

Abração.

 

Marcos.

  • Colaboradores
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Nivea,

 

Outra opção para o Saco do Mamanguá é chegar lá por trilha saindo de Parati-Mirim, uma trilha bem aberta, mas com uma boa subida.

Fiz essa travessia agora na Semana Santa. Qq dúvida é só falar.

 

Abs

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