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CADERNO DE VIAGEM - 40 DIAS VENEZUELA JANEIRO 2012

Parte I – Monte Roraima e Grand Savana

Parte II – Canaima e Salto Angel

Parte III – Los Roques e CAracas

 

PARTE I

Grand Savana e o Monte Roraima – de 29/12 a 15/01/12

 

 

Saímos do Brasil quase sem nada agendado. Reservamos o hotel de Boa Vista e o de Santa Elena de Uairén. Fizemos muitas pesquisas na internet e o mochileiros.com e o guia Lonely Planet Venezuela nos ajudou muito. Vou tentar aqui retribuir com as informações mais objetivas possíveis.

 

Boa Vista

Vôo: Rio de Janeiro – Boa vista . Gol com escala em Manaus.

Saindo as 20:00hs chegando 00:45hs. Horário local . Boa vista está 2 horas a frente do horário de Brasília.

 

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Hotel em Boa Vista: Hotel Colonial (95) 3624 1587. Rua Ajuricaba, 644. Centro R$ 80,00. Casal c/ café.

Tem ar condicionado e banho frio. Ninguém pode pensar em tomar banho quente em Boa Vista.

O hotel é bem simples e familiar.

Fica bem localizado; perto do aeroporto, do centro e da rodoviária.

Taxi do aeroporto ao hotel R$ 30,00 ( preço fixo tabelado).

 

Passamos uma manhã em Boa Vista e acho que vale a pena pra conhecer. Andamos no centro e na margem do Rio Grande , que é grande e bonito. De noite tem musica ao vivo e muito bares. Deve ser divertido.

 

Almoçamos na Peixada Tropical. (Rua Ajuricaba, 1375 – mesma do hotel). Um dourado com molho de camarão. Excelente. R$ 52,00 a conta total com cervejas. Nos finais de semana tem Tambaqui na brasa não tivemos essa sorte.

 

Pela manhã compramos passagens para Pacaraima no ônibus das 16 horas, na rodoviária (tinha onibus as 7 e as 12hs)

Empresa Eucatur (95) 3224 0606| R$ 16,00/pessoa.

 

O Ônibus atrasou 1 hora pra sair e chegou na fronteira as 20:30 hs. Em Pacaraima ( ultima cidade no Brasil) logo que se desembarca do ônibus já tem taxis oferecendo “lotada pra Santa Elena. Pagamos R$ 10,00 /pessoa

 

FRONTEIRA

Você deve pedir pra o taxi parar no escritório da aduana se quiser carimbar o passaporte. (se for ficar só em Santa Elena talvez não precise). Nos não paramos e um oficial somente olhou nossos passaportes. Tivemos que voltar outro dia na fronteira pra carimbar.

 

Existe a possibilidade de pegar um taxi direto de Boa Vista pra Pacaraima . R$ 30,00/ pessoa e pode ser agendado no Hotel Colonial. Ou direto com o Sandoval (95) 9141 4484. Acho que pode ser mais confortável que o ônibus.

 

Santa Elena de Uairén

 

Hotel: Pousada Michele ( Calle Urdaneta) BsF 100/ casal , BsF 70/ single e BsF120/ triplo. Sem café , com ventilador e banho quente. Não sentimos falta de ar condicionado; a noite esfria. O hotel tem cozinha, internet e guarda volumes incluídos no preço. E lavanderia a BsF 15 / kilo

 

Comida: Existem muitas opções de restaurantes. Mas depois das 15 horas fica difícil almoçar e depois das 21 hs só a pizzaria em frente ao hotel ou as barraquinhas na rua. Nos horários convencionais sugiro a Calle de Hambre ( calle Bolívar) onde tem tudo e preços baratos. Come-se bem com BsF 50,00

Para café da manhã recomendo a padaria da Calle Bolívar. Esqueci o nome. Mas é a melhor. Café , sanduíche de jamon y queso, meio litro de yogurte sai a R$ 12,00 pra dois. Em toda esquina tem suco de laranja natural.

 

Na fronteira ( La Línea) em Pacaraima come-se churrasco brasileiro rodízio por BsF 70,00 ou R$ 15,00/ pessoa. Fomos lá para comemorar a volta do Monte Roraima. Um taxi até lá custa BsF 50,00 para o grupo.

 

Dicionário básico da gastronomia: ( tudo de milho e muito frango. Pollo, pollo, pollo...)

Yuca – Mandioca

Maiz – Milho

Tumã – Sopa de carne, peixe, franco e sei lá mais o que . é tão picante que não da pra saber o que tem dentro.

Casabe - Tipo uma tapioca gigante , dura . Se come com Tumã .

Picante – Pimenta ou molho de pimenta

Arepas – panqueca de milho

Dum Plin – Tipo um pastel de massa grossa de trigo

Bollo – Parece um gnocch gigante. Mais é feito com uma farinha pré cozida branca de milho e cozido na água fervente. Se come com queijo ou manteiga.

Empanadas - “risoles feito com farinha de milho , com recheios variados

Perico – ovo mexido

Catire – Bebida indígena feita com batata e mandioca fermentada.

 

 

Cambio Negro: O Real é aceito em todo lugar em Santa Elena e o cambio no comercio estava igual ou melhor do que com os cambistas. O melhor que conseguimos foi trocar foi Real a 4,3 e Dólar a 8,00. Na esquina da Calle Urdanetta c/ Bolívar tem vários cambistas. Em frente ao Dutty Free também. O cambio negro é feito abertamente no meio da rua. Tem o Alexandre – Muleta que faz ponto na esquina. O cara é gente fina e nos ajudou sempre a conseguir o melhor cambio.

 

Alexandre Muleta ( Troco de dinheiro)

( 0052) 0424 933 1140

 

Observações gerais:

Cerveja polar ou solera : BsF 6,00 ( é proibido a venda de bebidas alcoólicas depois das 21hs). Só em alguns restaurantes vendem. Essa cultura de barzinho não passou pro lado de lá da fronteira...

 

GRAND SAVANA

Muita gente que viaja pra Santa Elena não tem a menor intenção de subir o Monte Roraima mas sim curtir as cachoeiras e a Grande Savana e muita gente que vai ao Monte Roraima não reserva uns dias pra conhecer a região . Vale a pena!

 

One Day Tour para El Pauji – FRACTAL TOUR. BsF 350,00/ pessoa.

O Germânico foi a primeira pessoa que conhecemos em Santa Elena. Assim que descemos do taxi , as 22 horas na porta do Hotel Michele ele nos ofereceu um Tour de 1 dia até Pauji. Ficamos um pouco desconfiados mas acabamos topando e ficando amigos.

 

As outras pessoas que tinham marcado com ele não foram e acabamos indo nos dois ele e a namorada dele. Foi num dia ótimo.

 

SALTO CATEDRAL:

Fica a 20 min. da estrada para El Pauji, onde tem uma lojinha de mel e doces maravilhosos comandada por uma Israelita . Tem área pra camping.

 

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COMUNIDADE DE EL PAUJI:

Fica a 3 horas de carro de Santa Elena por uma estrada de terra bem esburacada. É uma comunidade Hippy formada nos anos 60, com garimpeiros cercados por terras indígenas. Tem uma produção premiada de mel. Uma deliciosa geléia de gergelim com mel nos acompanhou para o Monte Roraima. Fica bem próximo do poço esmeralda e do Abismo.

 

Toyotas de linha pra El Pauji saem diariamente de santa Elena , em frente ao hotel Perón bem cedinho.

No restaurante da cidade pudemos provar uma iguaria da região : Tarântulas. Ou bolinho de aranha. Carne bem branquinha, parecia um bolinho de bacalhau. Não é sempre que fazem.

 

Lá tem comercio e pode se comprar o Básico.

 

Casa do Paulista: O paulista é um personagem de Pauji. Tem uma produção artesanal de incensos que faz a partir de uma resina altamente inflamável da arvore Tapanajaca. O mesmo nome que deu ao seu sitio. Onde tem área de camping e muita historia pra ouvir. BsF 25.00 por dia/pessoa

 

POÇO ESMERALDA:

Uma caminhada de 30 minutos desde de Pauji. É uma área particular mas nada se cobra pra entrar.

 

EL ABISMO:

Caminhada de 1 hora desde Pauji ate a base do morro mais uns 40 ate a vista de um visual lindo da floresta. Lá também tem área de camping e um restaurante

 

 

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REVEION EM PAUJI

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Passamos a virada de ano em Pauji. Uma linda festa com uma fogueira enorme e musica ao vivo. Recomendo.

 

Outro one Day tour com destino a KAVANAYEN - FRACTAL TOUR. – BsF 200/ pessoa (cotamos essa vagem também na Mistic Tour que nos cobrou BsF 900,00/ pessoa ate Kavanayen – só pra entender como os preços variam). Fomos com mais um casal que conseguimos arrebanhar na hora da saída. Eles voltaram e nós ficamos em Kavanayen.

 

CACHOEIRA AGUA FRIA

 

Da pra ver essa cachoeira da estrada ( Troncal 10) no caminho pro Monte Roraima. É enorme. De carro se chega pelo alto dela num poço muito gostoso de nadar, pra chegar ate o Salto tem mais uma hora de caminhada (não estou segura da duração) que não deu tempo pra gente fazer.

 

QUEBRADA DE JASPE

 

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É mega turistona , se paga BsF 2,00/ pessoa pra entrar . Fica bem rente a estrada do lado direito mas vale a pena de mais ir. Na entrada tem muito artesanato vendendo.

O Rio passa sob uma enorme pedra de Jaspe ( vermelha , amarela, lindo).

 

SOROAPO

Tem uma estradinha do lado esquerdo da Trocal 10. Mas 20 minutos na terra e chegamos no rio. Um rio grande com um tobogã bem divertido.

 

OUTROS SALTOS – somente anotações – não fomos.

Salto kamã – passeio de canoa por debaixo do salto e tem área de camping

Salto Aponwau – É uma cachoeira bem grande . Se chega nela a partir de Liworibo de curiara. Fica bem no caminho para Kavanayen mas não existe transporte entre as cidades. Só para os indígenas.

De Soroapo até kavanayen tem muitos saltos no caminho ma como tínhamos que ficar em Kavanayen e o nosso guia ainda tinha que retornar a santa Elena passamos direto. Anotei as informações que coletei com outros turistas.

 

KAVANAYEN

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É uma aldeia indígena bem diferente das outras. Muito pela missão dos Capuchinhos que se instalou lá. As casas são todas de pedra e fica no topo de um montanha cercada de Tepuys. Um lindo visual. A cidade te algumas pousadas mas preferimos ficar na própria missão. São vários quartos de 5 camas , muito limpo com água quente ( indispensável – faz bastante frio a noite) - Bsf 50/ pessoa/ noite. Do lado de fora tem uma bancada com pia onde fazíamos comida.

 

Na vila tem alguns restaurantes, comercio mas precisa agendar a janta. Éramos os únicos turistas por ali.

Para agendar passeios o melhor é mandar email para associação de guias. Não fizemos isso e perdemos um dia pra encontrar alguém pra nos levar até Karuay .

 

Nosso guia: Daniel: turismopemon@hotmail.com

 

PORTO KARUAY / SALTO NO RIO KARUAY

 

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Guia de kavanayen - BsF 200/dia

São 4 horas de caminhada leve de kavanayen até o porto Karuai, onde tem excelente local pra camping próximo ao Rio. Dali são 5 minutos de caminhada até o Salto Karuay ( que não se chama assim apesar de ser conhecido assim)

 

SALTO UESO

 

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São 30 minutos de Curiara de Porto Karuay BsF 300 pelo grupo. A curiara chega por cima do salto e são mais 5 minutos a pé ate uma prainha com um poço e o salto. Delicia. No poço tem uma pequena curiara que pode ser usada pra passear por ali.

 

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Sair de Kavanayen – Apesar de não haver linha de transporte para turistas existe um fluxo grande de carros indo e vindo da estrada Principal . A maioria vai ate o posto buscar gasolina. Na segunda feira bem cedo fomos pra esquina na saída da cidade e foi bem fácil conseguir carona ate a estrada principal - Troncal 10. DE lá pegamos um ônibus para Upata – Ciudad Bolívar. ( PROX PARTE)

 

MONTE RORAIMA

Geral

A maioria das agencias oferece o mesmo. Um pacote padrão. 6 dias e 5 noites. Incluído carregadores, comida, barraca e todos os equipamentos básicos de camping. Também fazem pacotes de 8 noites mas tem poucas saídas.

Particularmente não era o nosso caso. Tínhamos todo o equipamento , mochilas adequadas e comida pra camping ( que comprei no Rio)

A única que agencia que nos entendeu foi La Ruta. E tentou nos encaixar num grupo que ia passar 5 dias e um guia ficaria mais dias conosco mas não deu.

 

Por sorte encontramos outros 3 venezuelanos que contrataram um guia diretamente e queriam ir ate a Proa. Nos juntamos a eles. Pra o nosso estilo essa é a melhor opção. Contratar somente o Guia. No nosso caso um excelente guia!

 

Nosso Guia: Emiliano Perez. kumarak@hotmail.com/ 0426 798 9946/ 0424 905 7270. Recomendo a todos. Não só conhece muito o caminho e é excelente no trato. Sabe a hora de nos apressar , de nos cuidar ou de nos deixar livres. As decisões era sempre tomadas coletivamente. Emiliano mora em San Francisco.

Não sei exatamente quanto ele cobrou pelo grupo mais nos pagamos BsF 1500,00 por pessoa.

 

Fechamos com eles 7 noites indo na Proa. O que não recomendo. 8 é o mínimo. A não ser pra quem tem um preparo físico excepcional ( não era o nosso caso).

Chegar ao topo em dois dias é muito puxado. Ainda mais sem carregadores. Nos não conseguimos . Subimos em três dias e tivemos que descer (desde a Proa) em dois dias. Cumprindo quase 40 km de descida num dia. Haja joelho!

 

EQUIPAMENTOS: dividimos a comida por dia. Éramos 6 pra 7 dias . cada um levou 1 dia, nosso guia levou 2 dias mas já deixamos no primeiro acampamento a comida do dia da vota reservado e escondido . No total eu tinha uns 13 kg que é razoável com uma boa mochila.

Leve bastão de caminhada, mesmo que não goste de usar é um grande aliado.

Optamos pela barraca Nepal da Astec, pelo peso . Ficamos preocupados pois não é uma barraca auto-montável e precisa de terra para estruturar mas não tivemos nenhuma dificuldade. Um bom isolante auto-inflável e um saco de dormir com temperatura de conforto +5 foram suficientes para não passarmos nenhum frio.

Tínhamos um fogareiro e os nossos companheiros venezuelanos levaram outro. Um kit de panelas pra dois que tínhamos juntamos com os dos nossos companheiros.

CARDAPIO:

Para café da manhã e lanche fazíamos muitas coisas de milho , tínhamos granola leite em pó com achocolatado tipo sustagem, café, pão preto duro (daquele alemão que não esfarela e dura mais) , mingau de aveia, ovos mexidos, geléia, queijo minas curado, barras de cereias, salame, chocolates etc

Para beber muito nestea. Os pratos principais:

1) uma mistura de sopas prontas com peixe cavalinha em lata, com cebola , alho, cenoura, beterraba, batatas e macarrão.

2) Macarrão com atum

3) Arroz com sardinha , carne de soja com cogumelos desidratados e batata

4) Cuscuz marroquino com atum

5) Macarrão com funghi e creme de queijo

6) liofoods

CHUVA E SOL

Fomos na época seca mas acho que não tem mas isso no mundo. Pegamos dias de sol e muita chuva. Aconselho embalar tudo em saquinhos plásticos porque é muita chuva. A capa pra mochila é indispensável. Uma boa capa de chuva também.

 

OBS 1: AUTORIZAÇÃO DO IBAMA Na portaria do Parque a guarda Venezuela nos informou que precisávamos de autorização do IBAMA para ir ao lado brasileiro. Nos fomos sem e não tivemos nenhum problema mas tem dias em que os fiscais brasileiros sobem e realmente pedem autorização. Tem um escritório do IBAMA em Santa Elena e parece que é bem simples conseguir o papel.

 

OBS 2: EXCREMENTOS / LIXO / FESES: Essa é a pior parte de não contratar uma agencia e não ter nem que se preocupar com os resíduos que você produz. Eu vi nos acampamentos das agencias banheiros- barracas montados mas se prefere ser independente não tem banheiro não . A regra é simples tudo que vai tem que voltar. O guia carrega tudo de volta. Na entrada do parque você recebe uma bolsa de cal que resseca as feses e elimina os odores. Também da pra alugar um shit tube.

 

OBS 3: Puri- Puri ( mosquitinhos minúsculos e infernais) não tem nada pra evitá-los. Investimos em repelentes carérrimos ( Expossis ) e não resolveu. A dica é: tente não coçar. Use uma pomadinha pra pós- picada. E relaxa ...

 

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De Santa Elena a San Francisco fomos ate lá de carro com Germânico , Fractal Tours ( mais uma vez) BsF 250,00 pela viagem. Existe onibus de linha uns bsF 10,00 que sai as 13 horas da praça Bolivar.

 

De São francisco a Paratepui - pegamos um 4X4 até Paratepui ( isso já está incluido no preço do guia) .

Na estrada pagamos BsF 10 / pessoa para entrar no parque ( Parece que isso é uma novidade) Mas vale a dica pra não deixar a carteira dentro da mochila que vai estar presa no topo do carro.

Paratepuiu – inicio da caminhada.

 

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Em Paratepui fica a portaria de entrada. Tem que esperar até que os guardinhas chamem dentro da sala pra assinar o livro e dar algumas recomendações como por exemplo a proibição de bebidas alcolicas. Apos ouvir a palestra do oficial estamos autorizados a iniciar a caminhada.

São 3:50 ate o Rio Tek. A maioria dos grupos pernoita ali. Nos seguimos mais um pouco e com mais 1:15 chegamos ao Rio Kukenan.

A caminhada do primeiro dia é leve, com subidas e descidas fortes. O momento mais difícil ( talvez de toda a trilha é a travessia do Rio Kukenan) . As pedras escorregam muito , a correnteza é forte e a mochila desequilibra. Muitas vezes é preciso esperar o Rio baixar para cruza-lo. De biquíni seria fácil mas molhar toda a mochila não é uma opção .

O local de acampamento fica junto ao Rio com uma vista privilegiada para O Tepui Kukenan. No Kukenan deixamos escondido a comida pra volta aliviando um pouco o peso .

 

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DIA #2 KUKENAN- ACAMPAMENTO BASE

Um dia de subidas constantes , num total de 5 horas de caminhada. A motivação maior é o Monte Roraima sempre a frente mas quase todo o tempo coberto por nuvens. No acampamento base também tem rio próximo onde um banho bem frio revigora as energias do dia.

Na metade do caminho está o acampamento militar que não é um acampamento é só um amontoado de pedras e um ponto de parada pra descanso.

Ate a subida a trilha e quase toda num descampado muito sol e chuva na cabeça. Chove toda hora.

 

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DIA#3 ACAMPAMENTO BASE – HOTEL PRINCIPAL

 

Esse dia a caminhada passa por um terreno bem irregular mas é bem mais curta e fresca. São 3:50 hs ate o topo parando bastante. Não chega a ser uma escalaminhada mas é bem íngreme e desnivelado. A parte mas dura é a passagem no paço das lagrimas”. Quase uma cachoeira, parece uma chuva e na seqüência a rampa e o topo.

Assim que chegamos o tempo fechou lá em cima e nos apressamos em buscar um “hotel”. Com muito frio e muita chuva chegamos ao hotel principal num bom local pra montar as barracas mas nem deu tempo. Muita gente chegou na seqüência, morrendo de frio e sem ter lugar pra montar as barracas. Os guias saíram junto com alguns dos homens pra montar as barracas do outro lado enquanto as meninas ficaram tremendo de frio no nosso abrigo. Sorte foi ter desrespeitado as regras do parque e termos levado uma cachacinha mineira que foi salvadora.

Depois que nosso abrigo foi liberado pudemos comer e descasar. No final do dia o tempo abriu e deu pra dar uma passeio por perto do hotel.

 

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DIA #4 HOTEL PRINCIPAL – FOSSO – TRIPLICE FRONTEIRA – HOTEL COATI

Caminhar por cima do monte é delicia. Muita coisa pra ver. Muita pedra! Muita água, muita flor. Se ate o topo você poderia ir sem um guia , uma vez que o caminho é bem aberto e demarcado , lá em cima é muito difícil de localizar. Um verdadeiro labirinto de pedras. Depois de 3:20 passamos pelo fosso e seguimos para tríplice fronteira que são mais 40 min . Mais perto da tríplice fronteira e depois dela o caminhada fica um pouco mais dura e ainda mais bonita. Mais 1 hs de caminhada. Até o hotel Coati.

 

O hotel Coati é 5 estrelas apesar de um ratinho que vi por ali. ( guarde bem a comida)

Depois que chegamos fomos ao Abismo que são 10 min de caminhada mas o tempo fechou de novo e não deu pra ver nada.

 

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DIA #6 HOTEL COATI – RIO KUKENAN

Na recomendo isso a ninguém. É longe e a descida até a base do monte força muito os joelhos e deve ser feita com calma. Mas não é impossível e não gerou traumas. Com 4:40hs de caminhada já estamos iniciando a descida do paredão. Demoramos umas 3:30 pra descer. Da base até o rio Kukenan mais 2 horas.

Ao saímos do acampamento base começou a chover muito forte a luz do dia não durou mais muito. Foram mais de 10 horas de caminhada no dia.

 

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DIA #7 KUKENAN – PARATEPUI – SANTA ELENA

 

Acordamos tranqüilos para novamente ATRAVESSAR o KUKENAN. O rio estava mais cheio do que na vinda. Difícil , bem difícil.... se não fosse a ajuda dos carregadores e do nosso guia eu não teria chegado seca na outra margem.

 

 

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O resto uma caminhada tranqüila de subidas e descidas e muita lama. Chegamos em 3 horas de volta a Paratepui onde o carro já nos esperava pra nos levar de volta a San Francisco e de Lá uma carona para Santa Elena

 

FIM da PARTE I

 

Vale de mais o subir o Monte Roraima e aproveitar pra conhecer um pouco da Venezuela. Não sei se cometi uma gafe escrevendo tanto. Tomara que ajude!!!

  • 2 semanas depois...
  • Membros
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Legal seu relato. Quanto mais informações (detalhes) é melhor para quem quer mochilar.

Tenho duas perguntas:

1-O que você achou da recepção dos venezuelanos? Li muitos relatos das pessoas reclamando que foram hostilizadas na chegada ou durante as viagem.

2-Você levou equipamento para camping ou lá dá para alugar ?

  • 4 meses depois...
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CADERNO DE VIAGEM - 40 DIAS VENEZUELA JANEIRO 2012

Parte I – Monte Roraima e Grand Savana

Parte II – Canaima e Salto Angel

Parte III – Los Roques e CAracas

 

PARTE I

Grand Savana e o Monte Roraima – de 29/12 a 15/01/12

 

 

 

E o resto do relato...vai sair??

 

Abçs

  • 1 ano depois...

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