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  • Membros de Honra
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Espero sinceramente que esse diário ajude você, que vai fazer a mesma trip ou uma parecida.

 

Estou incluindo o roteiro em formato DOC para que você possa alterá-lo se quiser. As informações nele não estão todas corretas, isso foi o que eu levantei antes da trip ok? Também vai um arquivo em formato RAR com mapas dos bairros, atrações, metrô ...

 

Boa leitura.

 

EDITADO: agora sim, com os anexos.

 

Argentina 06 a 13-12-11.doc

Mapas.rar

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  • Membros de Honra
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Para o bem dos meus colegas de trabalho e da minha família, tirei uma semaninha de folga entre 6 e 13 de dezembro. Com 2 anos de férias vencidas, eu é quem já estava vencido, azedo e insuportável. Todo mundo deveria ser PROIBIDO de não tirar férias hehehe

 

Meu irmão estava com uns pontos TAM para vencer e eu resolvi surrupiar, ops, aproveitar a oportunidade de usá-los. Paguei R$178,25 das taxas e meu irmão pagou 17.000 pontos (ida e volta de SJRPreto a Buenos Aires em pleno dezembrão!!!).

 

Nunca tive muita vontade de conhecer Buenos Aires, prefiro as cidades pequenas, como as das missões que conheci em abril (paraguai-e-argentina-em-abril-de-2011-diario-de-bordo-t55284.html). Ou a Patagônia, que não conheci ainda. Mas BsAs? Nunca me tirou o sono não.

 

Já tem algum tempo que faço parte do www.viajeros.com e conheço algumas pessoas de lá, e uma delas me ofereceu hospedagem em sua casa, caso eu fosse um dia. Aproveitei que essa viagem, então, seria para conhecer a Buenos Aires dos portenhos, já que eu ficaria em um lugar nada turístico, afastado, comeria onde os argentinos comem, andar de trem nos horários de pico, busão, enfim.

 

O que tinha na minha mochila:

* 1 calça jeans, 1 calça de tactel, 1 par de tênis, 1 par de chinelos, um anorak com fleece interno, 1 camiseta de manga comprida de algodão, 4 pares de meia de algodão, 2 camisetas dry, 3 camisetas de algodão, 1 toalha de rosto, cotonete, sabonete, shampoo, escova de dente, creme dental, repelente e protetor solar.

* kit de primeiros socorros (aqui tem dicas de como montar o seu: farmacia-basica-kit-de-primeiros-socorros-t3195.html)

* alguns remédios como anti alérgico, descongestionante nasal, para cortar diarréia (Imosec), hidrantante etc.

* uma mochila de ataque.

 

O que não tinha na mochila e fez falta:

* dessa vez nada.

 

Boa viagem.

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Quase não dormi essa noite, acho que foi a ansiedade. Saí as 9h de Airbus 319, fiz escala em Guarulhos (sempre tomo um chá de cadeira, não tem jeito!) e as 16:30h estava em BsAs (de Airbus 320).

 

OK, não vou falar do meu cagaço de aviões dessa vez.

 

Fui direto para o banco La Nacion e comprei pesos com câmbio de 2,28 por real. Achei que pegaria no mínimo uns 2,40 que é o que eu tinha previsto, mas as coisas parece que mudam ao sabor do vento.

Encontrei minha amiga Laura e essa era a primeira vez que ela tinha ido ao aeroporto. Fomos para o ponto do busão em frente ao posto Petrobras e ficamos simplesmente 2 horas esperando aquela lata de sardinha desgramenta. E o pior, o trajeto até a Plaza de Mayo levaria mais 2 horas.

 

>> IMPORTANTE: os busão só aceitam moedas. Coloque no moedeiro, uma por uma para não travar, e pegue o comprovante que vai sair. Guarde até quando descer.

 

>> DICA: Tem umas vans que cobram 20 pesos e em 40 minutos chegam na Plaza de Mayo.

 

No caminho conhecemos uma colombiana que ia participar de uma competição de não sei o que, não sei onde, e não sei quando ahahaha. O trânsito estava infernal e resolvemos descer antes, em algum lugar que nem eu, nem a colombiana e nem a Laura sabia, mas tinha um metrô por perto. Fomos em 2 estações e elas estavam fechadas. Assim, do nada, simplesmente fechadas, é mole? Andamos mais um pouco e por coincidência pegamos a linha azul. Essa linha tem os trens de madeira, antiiiiiigos, com luminárias de lâmpadas incandecentes que piscam e chegam a apagar quando a velocidade do trem diminui. Também tem um funcionário que fica abrindo e fechando as portas. Super legal.

 

>> DICA: Vale a pena fazer qualquer viagem nessa linha. Aproveita que a passagem custa alguns centavos.

 

Fomos papeando até o famigerado Café Tortoni, onde tomei um espresso (11P) que para minha surpresa veio bem mal tirado, com pouca crema e pó no fundo da xícara. Beeeeeeem diferente do que imaginei. E muito aquém da minha expectativa. E caro pra burro!

Nos despedimos da colombiana e fomos ao Carrefour da 9 de Julio comprar algumas coisas para a empanada que a Laura ia fazer quando chegássemos. Uma empanada feita em casa, uhmmmmm.

 

>> DICA: não tire foto no Carrefour kkkk. Fui registrar uma “promoção” deles e levei um pito de um segurança sem educação: “Ei, no se puede sacar foto”. E eu

respondi: “Y como voy saber? No hay nada escrito”! E a resposta: “Pero no puede”!

 

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Tirei algumas fotos do Cabildo, da Casa Rosada que a noite fica beeeem rosada, da Catedral e fomos de busão até Bernal, onde tem uma estação de trem que fica “perto” da minha hospedagem. Chegando na estação, ainda pegamos um remis até a casa.

 

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Lá todos usam os remises porque não tem taxi nos bairros, é de certo modo barato (cobram por km), e os bairros não são nada seguros, principalmente nessa região, que tem casas super chiques de um lado e faz divisa com algumas favelas beeeem perigosas.

Papeamos até quase 2h da manhã, comendo as empanadas é claro. O segredo dessa delícia é que vai um pouco de açúcar no tempero da carne. Mas eu nem aprendi direito, estava mais dormindo do que acordado.

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Acordei cedo, mas levantei depois das 9h, arrumei minhas coisas, fiz café para acompanhar as empanadas que sobraram, a Laura fez um mate (toda hora eles tomam mate, parece eu com café) e saímos tarde, umas 11h.

 

Fomos caminhando até a estação e pegamos um trem de Bernal até Constitución (0,90P), um metrô – chamam de subte – até Retiro (1,10P) e um trem com ar-condicionado para Tigre (1,35P). Comprei um refrigerante muito apreciado por eles, Paso de Los Toros (7P) e me lembrei que já tinha tomado isso no Uruguai e não gostei kkkk.

 

>> DICA: não tente sacar sua câmera para fotos na estação de Retiro. É bem perigoso até durante o dia. Recentemente vi que um gringo levou uma facada nesse mesmo lugar, na frente de todos, por um pivete com menos de 10 anos, então, não se engane.

 

Passamos pela maior favela de Buenos Aires, e aqui tem uma curiosidade: os moradores oferecem suas casas e alugam (em dólares) para os gringos. É mole? Uma senhora disse que é bem comum, que eles querem conhecer como é uma favela, então pagam para dormir nos barracos. Passamos ainda pelo hipódromo, los bosques, bairro chino (uma versão bem xing-ling da Liberdade em SP) etc.

 

Chegando em Tigre (a estação é charmosinha), fomos procurar hostel e na primeira opção (Tigre Delta Hostel), fomos bem mal atendidos por um zé ruela. Resolvemos comer e encontramos uma milanesa gigante + refri 600ml para 2 pessoas por 45P (Cachavacha, na rua Sarmiento 420). Valeu a pena.

 

Fomos para o Mercado del Frutos, que na verdade é um mercado basicamente de artesanatos com bugigangas, cafés, móveis etc.

 

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Estava quase tudo fechado provavelmente para o feriado que teria na quinta. Peguei uma água (7P) e fui procurar um passeio de barco, mas custavam todos por volta de 60P.

 

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Voltamos para a estação La Costa, comprei uma água 2L (4P) e encontramos uns barcos que funciona como transporte coletivo dos moradores do delta. Como se fosse um busão mesmo, usado para o dia a dia. Lancha Jilguero. Fizemos um bate-volta de pouco mais de 1 hora por 28,50P e não fomos para a parte turística do Rio de la Plata (para onde vão os passeios de barco saindo do Mercado), e sim, por um passeio pelas casas dos moradores no Rio Luján, uma mais linda que a outra, com algumas casas para vender, alugar para morar, por temporada temporada. Espetacular!

 

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Bom, tínhamos que procurar outro hostel né? E adivinha? Tudo lotado! Achamos uma pousadinha mas estava 290P o quarto privado. Sem chance. Passamos pelo café Martinez (10P americano, 9P curto) – esse sim valeu a pena – e fomos obrigados a voltar para o TDH. Nada me tira da cabeça que aquele cara só tem 2 neurônios, e aposto que um deles não estava. Um cara lerdo, lerdo, que dava raiva. Tinha pernilongo, a descarga deu problema, não tem locker, mesmo estando vazio o cara nos cobrou 70P dizendo que só estava disponível o quarto com banheiro privado. Que os outros estavam “reservados”.

 

Demos um rolezinho a noite para comer uma hamburguesa (12P). Bastante gente fazendo pique-nique nos gramados (a noite), pizzarias com pizza a vontade, bares com cerveja por metro, parrilla …

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Acordamos cedo para sair logo mas o lerdo demorou para servir o café da manhã. Isso porque ontem perguntamos que hora ele começava a servir e dissemos que sairíamos cedo. Pegamos um trem até Retiro (1,35P) mas descemos no bairro chino, que nada mais é do que uma única rua com bugigangas japonesas. Versão bem mixuruca da Liberdade mesmo. Ahhh, mas tem MELONA (5P) hehehe. E suco de Aloe Vera (10P). Delícia!

 

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>> DICA: Tem uma frutinha chamada Arándanos (3 por 10P) que é uma delícia. Experimente antes e se estiver docinha, está no ponto. Se não estiver docinha, não compre.

 

Se eu fosse fazer novamente esse passeio, sairia mais cedo de Tigre, desceria em San Isidro, e depois na estação do bairro chino (estação Belgrano). Tem uma praça linda atrás dessa estação, onde fui dar uma sapeada e percebi o quanto os argentinos gostam de parques. Todo mundo esticadão deitado na grama e tomando sol. O coreto é usado para apresentações, inclusive de tango.

 

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Premio Museo de la Ciudad. Testimonio vivo de la memoria ciudadana. Por haber mantenido hasta el presente su caracter y decoracion original.

 

Bom, ainda estávamos com o ticket do trem até Retiro, então não compramos outro. Ninguém fica na bilheteria, nem na catraca (que não existe) e nem te pedem o ticket para entrar no trem. Mas se por acaso passar um fiscal e pedir o ticket, tem que pagar uma multa. Mas vi muita muita gente entrar e sair sem comprar nada, mesmo sendo tão barato.

 

Descemos na Lisandro de la Torre e fomos caminhando por muitos e muitos e muitos parques como Paseo del Rosedal, pelo Observatório, Jardim Japonês, muitas e muitas e muitas praças como Alemanha, Uruguai e outras que nem me lembro. Passamos pela Floralis Generica (aquela flor de metal) até chegar no Museu Bellas Artes, que tem entrada gratuita, é muito muito bacana, com obras de artistas renomados, mas não pode fotografar nadica de nada.

 

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>> DICA: Cuidado com bosta de cachorro. Tem MUITA principalmente nos parques.

 

Nessa hora eu já estava cansado e azul de fome, mas fomos ainda em uma feira na Intendente Alvear, fomos nas galerias, comi alfajores, cafés, blá blá blá, e chegamos no Cemitério da Recoletta, mas estava fechado! Ainda não era 17h, mas já tinham fechado os portões.

 

Passamos pela Faculdade de Engenharia Las Ceras, com arquitetura gótica, por outros monumentos de arquitetura das mais variadas, comprei um adaptador para carregar a bateria da minha câmera e fomos embora. Já estava escurecendo e percebi que o movimento cai drasticamente nas ruas. Passamos por uns lugares nada seguro até chegar no ponto de ônibus.

 

Chegando em casa, comi um negócio chamado Zapallito, refogado com cebola, um pouco das empanadas que sobraram e arroz. Uma diliça, principalmente porque estávamos famintos e cansados.

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Saímos umas 9:30h e novamente fomos caminhando pelo bairro. Tem umas casas impressionantes, que contrasta drasticamente com uma favela que tem por perto. Fomos até Constitución (0,90P) e no caminho, entra gente vendendo de TUDO no trem. Salgados, empanadas, café, pilhas, meias, trena, blá blá blá e até remédios! Fora o tanto de gente pedindo dinheiro. A maioria já de idade e crianças.

 

Passamos pela embaixada do Brasil, vimos umas construções lindas na Av. Alvear, tomei um chafezinho (4P) na rua e fomos para o cemitério da Recolleta, que tem entrada gratuita e se quiser comprar um mapa/guia, custa 8P. Confesso que esse lance de visitar um cemitério não estava me agradando não. Que coisa mais mórbida, visitar túmulo? Massssss … o negócio lá é muito muito bacana. Tem túmulos que são verdadeiras obras de arte, em mármore, bronze, outras pedras etc. Um que me impressionou, foi da família Frederico R. LeLoir, se tiver oportunidade, olhe dentro do túmulo. Tem umas poltronas, aí tem uma escada em caracol que desce no andar de baixo, onde dá para ver que é todo de mármore, muito bem limpo e cuidado. Não sei explicar, aqui não temos isso, mas o negócio é chique no úrtimo. Só faltou ter uma máquina de espresso kkk

 

Conversei com um carinha que faz limpeza, e eles são contratados diretamente pelos donos dos túmulos, não são funcionários do cemitério. Alguns túmulos não recebe manutenção há anos, pois toda a geração já morreu e existe uma lei que proíbe a venda, troca, e repasse para outra família.

 

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Comemos uma pizza bem cara (33P) na Puerto Montt, refri garrafinha bem caro por 12P, Quilmes Red (piada do ano) bem cara por 28P. Saímos extorquidos desse lugar e fomos para a livraria El Ateneo. Esse lugar é imperdível, mas o café é caro (18P) hehehe Seguimos para um café que eu queria conhecer: El Gato Negro, na av. Corrientes 1669. Tinha mais ervas e temperos para vender do que café mesmo, sendo 3 brasileiros e 1 colombiano. Tem umas latas para armazenar mas achei caro, 36P para 250g e 23P para 125g. Em frente a esse café tem um Passeo bem bacaninha com uma réplica do The Beatles Cavern. Vale a pena dar um pulo lá a noite, pois de dia estava fechado.

 

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Segui para o Obelisco, visitei a Catedral, que é linda, e fui ver a Iglesia de San Ignácio, para saber sobre o tour pela Manzana de las Luces. A igreja tem visitas guiadas aos sábados às 11h em inglês, 11:30h, 14h e 15:30h. Aos domingos às 11:30h, 14h, 15:30h e 17h. Descemos para Puerto Madero, vi a Puente de la Mujer, a Fragata já estava fechada, funciona das 10h às 19h e custa 2P.

 

Bateu a fome, atravessamos a ponte e fomos nos “los carritos de la costanera”, onde comi uma bondiola por 14P. Essa bondiola vem 3 bifes de porco (pedimos bem passado) no meio de 2 pães e você coloca os condimentos, que ficam em cima de uma mesa. Tem tomate, pepino, cebola, molhos e mais molhos deliciosos, uhmmmm. Cuidado com os pertences, não deixe em cima da mesa que passa trombadinha, mete a mão e sai correndo.

 

Estava um pouco frio, então fomos dar um rolezinho a noite em Puerto Madero e resolvemos subir para o Mercado de las Luces, onde teria uma festividade com apresentações, orquestra Fernandes Fierro, coral, danças, desfiles de moda, grupo Tremor com folclore argentino misturado com rock e eletrônico (muito legal) e uma orquestra de percussão que nunca vi nada igual: La Bomba de Tiempo. Os caras tem mais de 190 comandos, onde cada comando é um toque diferente, procure no iutubi. Terminou por volta da 1h e agora para ir embora a coisa vai ficar complicada.

 

Amanhã é a posse da presidente Cristina Kirchner, então tudo lá por perto da Casa Rosada está interditado, então, os busão simplesmente não passam por onde deveriam. Descemos uma rua esquisita para chegar no ponto do 22 e tivemos que passar perto de uns caras jogando pedra um no outro. Já comecei a ficar tenso aí. Tudo cara de maloqueiro. Esperamos, esperamos, esperamos, e o povo que estava no ponto começou a ir embora. Resolvemos descer até uma avenida, mas os caras estavam passando reto, não paravam em nenhum ponto. O tempo foi passando, e eu ficando com medo, e a Laura com medo também, porque já estava tarde, poucas pessoas na rua, e o itinerário dos busão ficou à vontade do motorista né? Tínhamos uma opção de pegar outro perto da Casa Rosada, mas atravessar todo o centro era loucura e burrice. Pegamos um taxi (20P) até lá pertinho e quando estávamos chegaaaaaaaaaando no ponto, o busão encostou para pegar alguém. Corremos e quando faltava uns 10 segundos (conte até 10) para chegarmos, o motorista simplesmente fechou a porta e saiu, não parou para nós, não nos esperou, gritamos, acenamos, ele nos viu, viu que não tinha mais ninguém ali por perto a não ser um monte de moleque de rua, e vazou!!!

 

Nem acreditei, nem eu nem a Laura. Ficamos sozinhos no meio de uma avenida deserta, 2 horas da manhã. Quando a molecada viu que o busão vazou, já começaram a vir para o nosso lado. Grudei na mão dela mudando de direção rapidinho sem falar nada e acelerando o passo quase que correndo. Ficou bem tenso. Se um deles chegar perto a gente corre corre e corre. Subimos uma rua e logo acima demos de cara com outro grupo de malaco, mas eles estavam no mesmo sentido que nós. Fomos andando devagarzinho para eles não nos verem e em uma esquina, tinha um negócio de balas, chicletes, refrigerantes e guloseimas aberto. Entramos, tentamos chamar um remis mas sem sucesso. Esperamos uns minutos e continuamos a subir a avenida, que eu nem lembro qual, até um ponto onde pudéssemos pegar o 17. Depois de uma meia hora ele passou, e segundo a Laura, fez um caminho totalmente diferente enquanto íamos embora. Chegamos em Bernal, pegamos um remis (21P) e chegamos em casa quase 4h da manhã!!!

 

Podem dizer o que quiser, mas senti muito medo nesse dia. Achei que alguma coisa ia acontecer com a gente. Eu estava de mochila, com câmera, e a Laura estava com bolsa. Levar tudo seria o menos pior que poderia nos acontecer ali. Mais tarde ouvi de outras pessoas, que essa molecada É VIOLENTA, eles aparecem do nada, roubam mesmo, te bate, mete a faca. Acredito que se não tivesse as ruas interditadas, teria sido tranquilo pegarmos o 22 porque tinha bastante gente saindo do mesmo lugar que nós, e que iam para os pontos que ficavam mais ou menos perto. A coisa saiu do controle quando começou a demorar para passar e tivemos que buscar outro local.

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Levantei antes das 9h e fui checar meus e-mails. Recebi uma mensagem do Sandman perguntando da Cris, disse que ela tinha uma reserva no hostel Portal del Sur e comentou que faria um passeio comigo ontem, mas ela nem apareceu no hostel, e nem respondeu meu e-mail para combinarmos algo. Fiquei preocupado com ela, pois eu também não tinha notícias e ninguém no hostel atendia o telefone.

 

Hoje é a posse da Cristina e os trens estão liberados da bilheteria (obrigado Kirchner!). De Bernal até La Plata dá mais ou menos 1 hora. Tem busão saindo da capital, e custa mais ou menos uns 10P. Passamos pela fábrica da Quilmes e percebi que o pessoal tem meio que uma nóia com segurança, ou com a falta dela né?

 

Assisti a posse num barzinho tomando um café (8P) em La Plata hehehe. Na verdade eu gostaria de estar lá, de fazer parte desse momento histórico da Argentina, mas ao mesmo tempo, aquilo estava um caos de gente. Seguimos para o Museo de Ciências Naturales, que mesmo sendo antiguinho e ultrapassado, é muito interessante. Dá pra perder umas 2 horas lá dentro tranquilo. Custa 12P sem fotos e 14P com permissão para fotografar. Compre com permissão, apesar de não ter ninguém te perguntando “Ei, você está fotografando? Comprou de 12 ou 14?”.

 

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Continuamos caminhando por umas praças mal cuidadas, um lago meio abandonado e chegamos na casa da irmã da Laura. Elas são filhas de mães diferentes e se conheceram há pouco tempo, se encontraram no facebook é mole? A Laura me contou como foi a busca pela irmã, que por acaso também procurava por ela, como foi o encontro e tal. Bem legal e emocionante. Ela ia fazer uma apresentação de dança, mas não pudemos ficar porque tínhamos uma parrillada marcada para a noite.

 

Fomos para a praça onde tem a Catedral Gótica. Mew, essa igreja é SEN-SA-CIO-NAL! As torres tem altura de mais de 60 metros. É a maior catedral neogótica da América do Sul. Levou mais de 100 anos para ser construída e hoje se pode visitar a cripta, subir de elevador (10P) por uma das torres, conhecer o museu subterrâneo, e por dentro, se embasbacar com a beleza.

 

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Nessa praça estava tendo a Festa Nacional dos Pães Doces, um tipo de “festa das nações”, mas com meia dúzia de países. Tinha aula de culinária, barracas de cerveja artesanal (13P a menor), canecas, camisetas, comidas típicas, um fatay (6P) delicioooooso. Voltamos para BsAs (1,50P). Da estação até a casa voltamos caminhando por outro caminho, admirando as casas.

 

A noite fomos (Laura, primo, amigo, e eu) para a tal parrillada num tipo de churrascaria, em um bairro lá por perto. Ninguém sabia onde era, mas tinha outra amiga que já estava lá guardando a mesa. Pedimos um remis e aqui começou a aventura. Um véio cego, com um pé na cova e um na casca de banana, fumando, num carro véio. Quer mais? O primo falou uma localização, quando estávamos chegando, descobrimos que não era lá, era em outro lugar, aí o véio fez uma conversão proibida numa avenida (quase caguei) e entrou contramão em uma rua, sentido a outra avenida. Ele tirava cada fina dos carros estacionados que eu tinha certeza que íamos bater. Um dos 3, que nem me lembro quem, falou: “Ei, está contramão!” Aí o véio, em vez de virar a próxima, ou voltar, APAGOU OS FARÓIS e pisou fundo kkkkk. Demos de cara com um carro que deu vários sinais de luz e não saiu da reta. Falei: “É AGORA!”. Graças a Deus não foi. O carro ficou num silêncio eterno. Ficou em 32P a corrida, que o primo pagou.

 

Chegamos no local e encontramos a outra perdida. Todo mundo zoando porque ela passou o endereço errado, que a conta era por conta dela e tal. Contamos para eles nosso perrengue no centro e todos juntos: “Y no te robaran?” kkkkk O primo: “Casi te cago los pantalones?”

 

Por falar em conta, paguei 90P na parrilla à vontade. Muuuuuito caro, mas o local era disputado e estava cheio de gente esperando mas não iriam entrar, porque tinha show com Don Jesus hehehe. Um cara brincalhão, sorteando brindes, cantando músicas que só eu não sabia cantar, umas paraguaias doooooidas doidas, todo mundo entrou no clima, mulherada subindo em cima da mesa para dançar e ganhar vinho, champagne … fomos embora, pois estávamos (a Laura e eu) exaustos.

 

No ponto de ônibus (achei 15P no chão) o primo e os amigos decidiram ir pra outra balada, mas nós queríamos dormir. Busão chegou, motorista mandou a gente passar sem pagar, no caminho passamos por Will alguma coisa, que é aquele bairro/favela boca quente perto de Bernal. A Laura me contou que polícia e nada nesse lugar é a mesma coisa e que se a essa hora, por algum acaso, descêssemos ali, não daria tempo do remis chegar. Descemos em Bernal e caminhamos um pouco pelo centrinho, que é bem bacana, com vários barzinhos e tal. Pegamos um remis (12P) e ficamos são e salvos em casa.

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Hoje deixei a casa da Laura e fui para o hostel que a Cris estava. Acho que mais um dia eu já ia ficar inconveniente, então resolvi ir pra lá. Mesmo porque eu queria dar um role sozinho também. Chegamos no hostel, encontrei a Cris que me contou dos problemas que teve na Patagônia, e chamei para fazer um passeio com a gente. Caminhamos pela feira de San Telmo, a tradicional no domingo. É bacaninha, extensa, com preços razoáveis e com muita muita bugiganga. É um verdadeiro mercado de pulgas mesmo.

 

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No mercadão tem suco natural, lá dentro, por 4P. A Cris voltou porque tinha que ir para o aeroporto. Subimos para o Parque Lezama para uma foto da Igreja Ortodoxa, cafezinho (10,75P) muito bom no Havana. Aliás, foi o melhor café que tomei, juntamente com o melhor alfajor (de 4 a 5,50P) de todos. Essa conversa de que alfajor é tudo igual é balela. Esse Havana é realmente o melhor que comi. Me despedi da Laura, que foi embora, e fui para o hostel.

 

Fui no Carrefour da 9 de Julio comprar coisas para fazer um rango e passei no Banco Francês para sacar uma graninha (17,90P de taxa por saque).

 

>> DICA: confira os preços do mercado. Comprei uns vinhos para trazer para o Brasil e quando conferi a nota, eles estavam com preços mais caros. Voltei lá e fiz eles me darem um vale com a diferença. Com bastante má vontade fizeram isso e remarcaram os preços para maior (mas antes eu peguei mais 2 com preço antigo hehe).

 

Depois do rango uma galera q conheci foi para balada, e eu fui no El Gato Negro para tomar um café. Fui passeando, curtindo à noite os locais que tinha conhecido durante o dia. Gato fechado, fui no Passeo mas o The Beatles Cavern ia demorar para começar, e como estava ventando frio, voltei para o hostel, onde tomei um capuccino delicioso que estava com os chás compartilhados, e fui dormir. Esse hostel não tem varal, os quartos não tem janelas, tem ar-condicionado, pode chegar a qualquer hora que tem um segurança na entrada, tem um barzinho (estava meio vazio) no terraço e internet gratuita lá em cima.

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2 media lunas, café, chá, cereais, sucos, marmelada e torradas. Esse foi o café da manhã servido, depois de esperar um tempãããão para usar o banheiro porque a limpeza estava atrasada.

 

Saí para andar a toa. Tomar uns cafezes hehehe, andar pela Flórida, fui na Galeria Pacífico que é muito linda e vale uma visita. Quase chegando nela, subindo a Flórida, do lado direito, tem um locutório baratinho baratinho. Não lembro o nome, mas estava 0,79P o minuto para o Brasil. Bem barato mesmo, vale a pena! Também na Flórida vi café da manhã com 2 media lunas + café + suco de laranja por 15P. Continuei perambulando, passei pelo Porto Caribe Bar, na Reconquista, no final da praça. Bar temático super bacana.

 

Deu fome, e vontade de fazer um arrozinho brasileiro. Fui no Carrefour da 9 de Julio e enquanto subia pela Rivadavia, passei pela churrascaria Buenos Aires (Rivadavia 785) e achei com cara boa e preço bom. Um pouquinho mais acima, do lado direito, tem o Mega Supermercado, com self-service de comida oriental. O cheiro estava supimpa.

 

Mas eu estava decidido a fazer meu arrozinho, e assim foi. Comprei um pacotinho de ½ Kg por 1,99P e 3 bifinhos de paceto de ternera (muito macio) por 8,89P. Enquanto eu fazia, apareceu umas meninas na cozinha querendo saber o que eu estava fazendo, que cheirava tão bem :D

 

Saí para umas fotinhas, fui à tarde no Museu Fragata Presidente Sarmiento (2P), Puente de la Mujer novamente, Casa Rosada só de sábado e domingo (gratuito) …

 

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Bandeira de seda bordada com fios de ouro.

 

Puerto Madero está num ritmo frenético de construções luxuosas. Parece outra Buenos Aires. Um contraste gigante e no mínimo interessante.

 

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Voltei para o hostel, tomei um banho e subi para o Congresso. No caminho encontrei uma sorveteria (do lado esquerdo da avenida, em frente a praça do congresso) com um sorvete de doce de leite maaaaaais gostoso que o da Fredo. Tem uma praça muito muito bonita, mas estava cheia de mendigos. Tinha um pessoal distribuindo um lanche e formava aquela fiiiila.

 

Chega de andar, cansei. Voltei para o hostel. Tinha um cara fedorento no quarto, mas logo ele levantou e saiu. Deve ter dormido a tarde inteira. Fiz janta, conheci um pessoal bacana e ficamos conversando. Tinha uma espanhola que ia pegar o vôo um pouquinho antes de mim. Combinamos de rachar o taxi, que ela já tinha reservado, e combinamos dela me acordar também, porque eu nem celular nem relógio levei kkkkk.

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Acordei sozinho, sei lá como, 5 pras 5. Levantei, tomei banho, e descobri que não era um taxi, e sim um remis, com preço fixo de 140P. Fomos falando sobre os preços altos na Argentina. A espanhola reclamou muito.

 

Troquei o resto dos pesos no free shop (câmbio de U$4,30). Um alfajor sai por 7P. Fiz a compra das encomendas (perfumes, wisky, cremes, blá blá blá).

 

O vôo saiu uns minutinhos atrasado mas chegou adiantado. Acho que não tinha trânsito :D Alguém deu um cagão que foi difíííííícil aguentar viu?

 

Demorei 1 hora para sair pela imigração, fazer o check-in de conexão, despachar a mochila e seguir para o embarque doméstico. Tive que passar pelo detetor de metal umas 3 ou 4 vezes porque aquela porcaria toda hora apitava. Paranóia total.

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