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Do Atacama a Machu Picchu pela Bolivia em 18 dias


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Ola Mochileiros,

 

Mais uma vez nosso planejamento de viagem foi feito consultando as dicas do Mochileiros, o Guia do Viajante do Zizo Aznis e outros guias na internet. Viajamos em janeiro de 2012 e conhecemos San Pedro do Atacama, Salar do Uyuni, La Paz, Lago Titicaca (Copacabana e Isla Del Sol), Cuzco e Machu Pichu. Foram 18 dias de viagem, curtindo paisagens surreais, resistindo ao clima inóspito em alguns lugares, aprendendo muito com a cultura Inca e tentando compreender um pouco da sociedade atual desses países andinos, sobretudo na Bolívia.

 

O roteiro realizado foi o seguinte:

 

8/jan Floripa – Santiago

9/jan Santiago – Calama – San Pedro do Atacama (SP)

10/jan San Pedro

11/jan San Pedro

12/jan San Pedro

13/jan Tour salar do Uyuni

14/jan Tour salar do Uyuni

15/jan Salar do uyuni - Uyuni

16/jan La Paz

17/jan La Paz

18/jan La Paz - Copacabana

19/jan Copa – Ilha do Sol - Copa

20/jan Copa – Puno – Cuzco

21/jan Cuzco

22/jan Cuzco – Valle Sagrado – Aguas Calientes

23/jan AC – Machu Pichu (MP) - Cuzco

24/jan Cuzco

25/jan Cuzco – Lima – Sao Paulo

26/jan Sao Paulo – Floripa

 

Viajamos em um grupo de 4 pessoas. Eu, minha esposa, nossa filha mais velha e meu cunhado. Três na faixa dos 40 e uma adolescente de 16 anos, todos com bastante disposição.

 

Fizemos de avião de Floripa a Calama e de Cuzco a Floripa pela Lan. A opção múltiplos destinos não saia tão cara e a opção de ir e voltar pela mesma cidade fazendo um roteiro circular exigia mais dias do que tínhamos disponíveis.

 

Além das passagens aéreas, compramos antecipadamente apenas o trem para MP e entrada em MP com a subida ao Huana Pichu. Reservamos a hospedagem em SP, pois era a única que sabíamos a data exata em que chegaríamos, mas não fizemos nenhum pagamento antecipado.

 

No final o roteiro realizado foi quase igual ao planejado, mas sem reservas tínhamos a flexibilidade de mudar por opção ou por problemas nos meios de transporte. Vamos ao relato!

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Chegando lá: de Floripa a San Pedro (08 a 09/01/2012)

 

Saímos de Floripa na tarde do dia 08 (domingo) num vôo direto para Santiago que só rola no verão. Nosso vôo para Calama era as 5 hs da matina do dia seguinte. Como chegamos antes do horário previsto em Santiago e a aduana foi rápida resolvemos ir até o centro e dormir um pouco num hotel. Optamos pelo Íbis que fica ao lado da rodoviária. Tentamos ligar para ver se tinha vaga, mas só dava ocupado. Pegamos um táxi e fomos assim mesmo. Chegando lá e o Íbis estava lotado. O hotel da rodoviária também e, segundo o recepcionista outro hotel só pegando o metro por umas 3 estações. Se tivessemos que ir até lá teríamos pouco tempo pra dormir. Teria sido melhor ficar no aeroporto, onde as cadeiras são até confortáveis. No fim conseguimos 2 qtos no Íbis e pudemos dormir algumas horas pra chegar em SP com disposição.

 

O vôo de Santiago para Calama atrasou um pouco. Em Calama pegamos uma van da City Express (transfercityexpress@terra.cl) que é um pouco mais barata que a Licancabur. Somente brasileiros na van. A vontade de chegar logo era grande e não quisemos perder tempo para ir de bus de linha. Chegamos no hotel Tambillo por volta das 9 hs.

 

Cambio no aeroporto

1 dolar = 488 pesos chilenos (o cambio oficial estava 1 dolar = 511 pesos chilenos quando saímos do Brasil)

 

Custos relevantes por pessoa em pesos chilenos

Táxi Aeroporto – Íbis 13.000

Táxi Íbis – Aeroporto 11.000

Hospedagem no Íbis – 14.000 (em apto duplo)

Transfer Calama – SPA – 10.000

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San Pedro do Atacama (09 a 12/01/2012)

 

Deixamos as mochilas no hotel e fomos pesquisar passeios. Eu tinha enviado email para várias agências para ter uma noção dos preços e opções. A idéia era negociar os valores pessoalmente e pegar informações adicionais para conseguir encaixar todos os passeios que queríamos fazer. Na 2 primeiras que fui, as pessoas que nos atenderam pouco sabiam informar além do que eu já sabia. Na Grado 10 (que faz os passeios de caminhão) não havia negociação de preços e estavam quase lotados para os próximos dias.. Eles me sugeriram a Cumbres 6000. Eu já tinha pego ótimas informações por email com a Carol dessa agencia. Pessoalmente, a Rosana me deu ótimas sugestões e, como os preços estavam razoáveis, resolvemos fechar com eles.

 

Com os passeios combinados, fizemos cambio (na Toconao são vários locais de cambio), alugamos bike e fomos a luta. Já era hora do almoço e resolvemos fazer um lanche. Eu comi uma empanada, mas já não lembro o local. Minha esposa e filha comeram um sanduíche muito bom em frente a praça e ao lado da prefeitura (não anotamos o nome).

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120325112741.JPG 375 500 Na subida do Túnel]Seguimos de bike para a Pukara de Quitor. O sol do início da tarde, o ar quente e muito seco e a altitude tornavam o trajeto mais difícil. A Pukara foi uma decepção, quase não tem informação. Seguimos em direção ao Vale do Catarpe. Meu cunhado resolveu voltar e esquecemos com ele quase toda a água. Bem em frente a Pukara de Quitor atravessamos o rio praticamente seco e seguimos para o Vale. O mapinha que recebemos ao alugar a bike não detalha este trecho. Um pouco depois da Pukara tem uma bifurcação. A placa indicava apenas altos de Catarpe e túnel a esquerda. Seguimos nesta direção, numa longa subida. Um belíssimo visual do deserto. Ao final o velho túnel construído em 1930 para liga SP a Calama. Atravessamos o túnel, mas não nos animamos a subir a pé até um mirante. Retornamos até a bifurcação e seguimos a direita até um rio. Minha esposa retornou, pois já não tínhamos água e o calor tava brabo. Eu e minha filha atravessamos. A água estava no joelho e seguimos pela quebrada de Chulacao. Também um belo visual. Seguimos um bom trecho de bike pela quebrada, depois caminhamos um pouco e retornamos. Optamos por não seguir até a vila de Catarpe. No caminho de volta um casal de chilenos nos ofereceu água. MUCHAS GRACIAS AMIGOS!!! Na volta paramos na Pukara de Quitor onde compramos água. Estava gelada, congelando. Que Delicia!!![/picturethis]

 

Chegamos em SP quase a noite devolvemos a bike e depois de um bom banho fomos jantar. Deveríamos ter ido mais cedo, pois quando fomos os restaurantes indicados já não tinha o menu Del dia. Apenas a la carte. Escolhemos o La Estaka que tem varias indicações de guias de viagem e mochileiros. Gostamos, mas nada especial.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120325113917.jpg 500 375 Visual das Lagunas Altiplanicas]Para o segundo dia tínhamos programados Lagunas Altiplanicas saindo as 7hs e depois Laguna Cejar, Ojos Del Salar e Laguna Trebinchique saindo as 16 hs. O tour das Lagunas Altiplanicas que sai as 7hs tem desayuno incluído e tem retorno previsto para 14hs. Com tempo de fazer outro passeio a tarde. Já o tour que sai as 8hs tem almoço incluído e retorna em torno de 16 / 17hs. Este são os horários no verão. Não sei se no inverno muda.

 

A guia para as lagunas altiplanicas foi a Carol da Cumbres 6000. EXCELENTE! O passeio é bem legal, mas não chega a ser imperdível para quem vai a Uyuni e tem pouco tempo disponível. O desayuno da Cumbres 6000 era bem caprichado. Esse passeio so tinha brasileiros. Alias, a cidade estava repleta de brazucas. Tava difícil de treinar meu portunhol.[/picturethis]

 

Acabamos atrasando na volta e chegamos depois das 15hs. Passamos no hotel para pegar os chinelos. Fechei o tour para Uyuni enquanto os outros iam pedindo um lanche no mesmo bom local da véspera. Como um dos sandubas demorou, tivemos que levar pra viagem. Comemos na agencia enquanto esperávamos o passeio da tarde.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120325115958.jpg 500 332.446808511 Laguna Trebinchique]Neste tour a Cumbres nos repassou para a IncaNorth. Isso é muito comum por lá e nós já sabíamos. Porém, os passeios que demandam mais explicações eles garantiram que não teria repasse (e cumpriram). O motorista / guia Alex da IncaNorth parece muito fechado, mas depois de uma bromas (brincadeiras, jogar conversa fora) ele se soltou e ficou bem camarada.

 

Quando chegamos na Laguna Cejar, não tive boa impressão. Me lembrou o piscinão de Ramos. Uma laguna pequena com um monte de gente dentro da água. Depois que entramos, começamos a curtir. É bem curioso e interessante entrar na água sem afundar. Para ter tranqüilidade era só ir mais para o meio da laguna e ficar boiando, curtindo o local. Ao sair uma bomba de água que o guia leva tira um pouco do excesso de sal.

 

A segunda parada foi nos Ojos Del Salar. Vale para dar um mergulho e tirar o sal. Mas não tem nada de especial. De lá seguimos para a Laguna Trebinchique. O Alex nos apressou para sermos um dos primeiros grupos a chegar lá. E essa foi uma grande idéia.! Pudemos curtir a laguna emoldurada pelos nevados sem tumulto. Essa laguna é de sal com uma fina camada de água, conforme a época do ano. Fomos caminhando por ela. Curtindo muito aquele visual. Na volta, a galera da nossa van já estava nos salgadinhos e pisco. Mas ainda deu tempo de tomarmos um bom pisco sauer antes do por do sol.[/picturethis]

 

Chegamos por volta das 21 hs em SP. Comemos uma pizza e fomos dormir, pois no dia seguinte acordaríamos de madrugada. Para ir aos geisers.

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120325121923.JPG 500 375 El Tatio antes do amanhecer]Como todos sabem, os passeios para El Tatio sai entre 4 e 4:30hs. No meio da noite a van vai recolhendo as pessoas ainda meio adormecidas. De alguns hotéis as pessoas saiam com um kit com um pequeno café da manha. Nos não tivemos essa moleza. Fomos novamente repassados e o motorista foi mais uma vez o Alex. Como no dia anterior ele teve a preocupação de ser um dos primeiros a chegar nos geisers. Chegamos lá ainda não havia amanhecido. No caminho pudemos curtir o céu maravilhosamente estrelado do deserto com os nevados ao fundo. Como chegamos cedo, pudemos caminhar um pouco com o local tranqüilo. Fazia frio, mas não era nada que atrapalhasse (em janeiro). Duas pessoas ficaram dentro da van, por causa do frio, mas sinceramente perderam. Tomamos o desayuno antes das 7hs quando os geysers tem sua maior atividade. Depois de andar bastante pelo campo de geyseres seguimos ate uma piscina termal natural onde estão outros geyseres. Mergulhar é fácil, mas na hora de sair o frio é grande.[/picturethis]

 

Na volta paramos no povoado de Machuca. Cheguei lá contando em comer um espetinho de lhama, mas só tinha espetinho de carne de vaca. Que pena. Chegamos em SP por volta do meio dia. Almoçamos no restaurante Solcor que não é muito famoso, mas é bom sem ser especial.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120325122121.jpg 500 332.446808511 ]A tarde fizemos o vale da morte e o vale da lua. Pela primeira vez éramos os únicos brasileiros. Alem de chilenos, tínhamos uma americana e um sueco. E uma guia especial para eles. Fiquei feliz. Pensei que poderia treinar meu portunhol e ainda meu inglês. Mas que grupo chato!!! Acho que isso tirou um pouco do brilho e do prazer do passeio. Como eu gostaria de ter ido sem excursão para o vale da lua, em outro horário sem muita gente. Até porque não achamos o por do sol lá tão especial assim. Pode ter sido o dia, ou pode ter sido porque nos tornamos muito exigentes, pois estamos acostumados assistir belíssimos por do sol em Floripa.[/picturethis]

 

De volta a SP jantamos no famoso e badalado Adobe. No mesmo nível do Solcor e do La Estaka. Bom sem ser nada de especial.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120325122601.jpg 375 500 ]No quarto e ultimo dia em SP, fomos ao salar de Tara. Um passeio que poucos fazem, mas do qual lemos maravilhas aqui no Mochileiros. Obrigado, galera por essa dica!!! Valeu muito ir ao salar de Tara.

 

É um passeio longo. Roda muito de carro. Mesmo na alta temporada, cruzamos com, no máximo 5 grupos passeando por lá. E dessa vez tivemos um grupo bem legal. Uma brasileira e 3 francesas. O passeio inclui desayuno e almoço. O visual é bem diferente do que já tínhamos visto. O almoço é servido na própria van numa paisagem belíssima no salar. Não tem como ficar aqui tentando descrever.

 

Na ida ao Salar de Tara chegamos a 4.600m de altitude e ficamos boa parte do tempo acima dos 4.000m. Minha esposa e meu cunhado tiveram dor de cabeça. Na ida aos Gêiseres eles não tinham sentido nada. Talvez tenha sido, porque comemos carne e tomamos vinho na noite anterior. Eu e minha filha não sentimos nada. Eu dei até uma corridinha quando fui tirar umas fotos de vicunhas na volta e o grupo só estava me esperando para seguir. Mas como cansa correr na altitude...[/picturethis]

 

Jantamos um menu Del dia no restaurante Étnico. Nada demais. Meu cunhado foi a noite no tour astronômico. Esse era o primeiro dia de passeio depois da lua cheia. E o tour só foi confirmado as 21 hs, pois estava um pouco nublado. O passeio em espanhol era as 23hs. Como íamos para Uyuni no dia seguinte, achei melhor ter uma boa noite de sono. Ele voltou decepcionado. Achou o passeio fraco. Mas pode ter sido o dia (ou melhor, a noite), por causa das nuvens e da lua.

 

Preços relevantes por pessoa em pesos chilenos

Hospedagem - 31,5 dolares por pessoa por noite em apto quadruplo

Refeiçoes - Muito variável

Passeios - 100.000 pacote com os seguintes passeios pela Cumbres 6000: Salar de Tara, El Tatio, Laguna Cejar, Lagunas Altiplanicas e Vale de la Luna

Aluguel de bike - 3.000 (meio dia)

 

Comentários Gerais

 

Pelo que tinhamos lido e pelo que todos comentavam por lá, a hospedagem é muito cara em SP. Ficamos no Hotel Tambillo que é simples, mas arrumadinho e bem limpo. A localização também é ótima. Os pontos negativos são a antipatia da dona do hotel (por outro lado o funcionário da noite é o oposto dela) e o horário do café da manhã (somente de 8 as 9hs, depois do horário da maioria dos passeios). Nos 2 ultimos dias conseguimos que ela servisse o café as 7:30hs.

 

Quase todos os passeios são distantes de SP. O que exige comprar tours com agencias e encarece a viagem. Uma boa ideia para aproveitar sem gastar muito é alugar bike para ir ao vale do Catarpe e ao vale da Lua (mais distante).

 

As agencias costumam dar mais descontos se vc fechar um pacote com eles. Tambem costumam repassar os turistas para outras agencias qdo nao fecham um numero minimo de passageiros. Nos fechamos um pacote com a Cumbres 6000 e gostamos bastante do atendimento e dos guias deles. Eu recomendo, mesmo tendo sido repassado nos passeios mais tradicionais.

 

A vila é bem pequena. Meia duzia de ruas vazias durante o dia e cheias de turistas a noite. Nao faltam opcoes de restaurantes, agencias de viagem, pequenos mercados e lojinhas. Se atravessar a galeria ao lado da prefeitura chega-se numa outra parte da cidade que não é turistica.

 

Continua...

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  • 2 semanas depois...
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Ola Isabel,

 

Estou respondendo suas duvidas pelo forum, pois podem ser uteis para outras pessoas. Aproveito para colocar algumas infos adicionais.

 

O voo Floripa - Santiago foi pela LAN. É um voo direto que só tem no verao. Quando comprei os precos estavam iguais no site brasileiro e no site chileno da LAN. Mas em outra ocasiao eu vi precos menores no site chileno, mas nao cheguei a comprar.

 

Eu reservei o Hotel Tambillo por email, mas nao fiz nenhum deposito antecipado. Se nao gostasse era so procurar outro. Alguns dias antes de viajar enviei novo email para eles para confirmar a reserva. O site deles é http://www.hoteltambillo.cl/. Eles sao recomendados pelo Lonely e tem 1 estrela no Frommers (guias pesquisados pela internet). O Guia do Viajante tambem fala bem do hotel, mas ressalta que a dona não é simpática. Esse Zizo Asniz sabe das coisas. Foi justamente essa a nossa reclamacao do hotel.

 

Como ja conheciamos Santiago e outras regioes do Chile, apenas fizemos conexao na capital e seguimos para San Pedro onde ficamos 4 dias inteiros e depois seguimos para o Salar do Uyuni, Bolivia e Peru. Partes da viagem que ainda nao tive tempo de colocar no relato.

 

Espero ter ajudado.

 

Abracos

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  • 3 semanas depois...
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Tour Salar do Uyuni (13 a 15/01/2012)

Depois de ler muito aqui no Mochileiros sobre as maravilhas e perrengues do tour ao Salar do Uyuni fomos com o espírito preparado. Pesquisamos as agencias e reservamos la em SP. Escolhemos a Cordillera. Os passeios são basicamente os mesmos. A Cordilera nos pareceu a mais sincera quanto as condições de hospedagem, transporte, etc. E realmente as coisas funcionaram bem de acordo com o q eles falaram. E melhor do que esperávamos.

 

A partida estava marcada para as 8hs. Para quem esta em pousadas fora do centro eles passam pra te pegar. Como estávamos próximos, o encontro era na agencia onde tb compramos os bolivianos necessários. A cotação é ruim, mas é “menos pior” do que nas casas de cambio de SP. Mas não há quase nada para gastar, alem da entrada no parque (150 bolivianos) e umas poucas cervejas. Em Uyuni no terceiro dia, o cambio é bem melhor.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120422230935.jpg 500 332.446808511 A fronteira]Seguimos em mini bus ate a fronteira com a Bolívia. Passamos antes na imigração chilena que foi bem rápida. Na fronteira boliviana a fila era grande tanto do pessoal que começava o passeio entrando na Bolívia quanto do pessoal que terminava o passeio saindo da Bolívia. O dono da Cordilera no Chile me falou constrangido que os aduaneiros bolivianos cobram uma propina (no sentido brasileiro do termo) de 10 ou 15 bolivianos de todos que saem da Bolivia por ali. Como estávamos entrando não havia essa cobrança.

 

Depois de fazer a imigracao foi servido um bom desayuno. Éramos 18 turistas da Cordilera e seguiríamos em 3 carros. 9 brasileiros, 5 alemaes, 3 australianas e 1 holandesa. Depois de alguma dificuldade formamos os 3 grupos. Seguimos com um casal de Curitiba muito legal. Como o tempo dentro do carro é grande, faz bastante diferença formar um bom grupo. Nosso motorista / guia foi o Junior. Todos os 3 motoristas eram bem legais e tranqüilos.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120422232031.jpg 500 375 Geyser Sol de la Manana]Começando o passeio fomos as Lagunas Verde e Laguna Blanca. As lagunas são muito bonitas e o paisagem em volta com os nevados é especial. Depois seguimos ate as piscinas de águas termais. La todos os grupos de todas as agencias se encontram. A piscina fica cheia, mas o astral é bem legal. Alias, ao longo dos 3 dias sempre íamos reencontrando a galera com quem conversamos nas piscinas. Pra terminar a manha conhecemos os geysers Sol de la Manana. São geysers de lama, bem diferentes de El Tatio em SP, mas muito interessantes também. O horário da visita para quem faz o tour no sentido SP – Uyuni não é o ideal, os geysers são mais ativos no inicio da manhã, horário de visita de quem faz o tour no sentido contrário e tem a opção de madrugar para ver os geysers no horário mais ativo.[/picturethis]

 

Chegamos no alojamento para o almoço. É um alojamento exclusivo da Cordilera, mas bem próximo dos outros alojamentos. Os quartos tem 6 camas e o grupo de cada carro fica em um quarto. O banheiro é compartilhado e não tem chuveiro. O local é simples, mas bem limpo. Existem 2 aptos privativos pelo qual eles cobram 20 dolares por pessoa. Como minha esposa estava muito preocupada com o que tinha lido sobre as condições dos banheiros nos alojamentos do primeiro dia na Laguna Colorada, já em SP o pessoal da Cordilera tinha nos informado sobre essa alternativa. Minha esposa e meu cunhado, que estava sofrendo com o soroche, quiseram ficar em desses aptos privativos. Eu e minha filha, que tem espírito mochileiro, preferimos ficar no quarto compartilhado. Uma mineira ficou sabendo por nós desta alternativa e ficou com o outro quarto privativo.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120422232607.JPG 500 375 Laguna Colorada]O almoço também foi uma surpresa positiva. Simples, mas farto e gostoso. Depois do almoço fomos conhecer a Laguna Colorada. Sem palavras para descrever. Talvez o lugar mais bonito de toda a viagem. Na volta foi servido um chá com biscoitos. E tivemos tempo pra jogar conversa fora com a galera do grupo e com as filhas dos funcionários do alojamento. Duas meninas muito espertas que estudam em Uyuni e Tupiza e estavam de férias por lá. Depois do jantar fomos passear um pouco e ver o céu muiiiito estrelado. Lindo, mas friiiio.[/picturethis]

 

A noite não é das melhores. Depois que o sol se põe o ar fica mais rarefeito. Não senti nenhum sintoma de soroche, mas puxava o ar e ele não vinha. Outras pessoas fizeram comentários semelhantes enquanto tomávamos um bom desayuno no segundo dia.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120422233143.JPG 500 375 Legenda da Foto]Depois do café seguimos viagem sempre por paisagens belíssimas. Conhecemos o arbol de pedra onde existem varias formações rochosas interessantes e visitamos varias lagunas. Cada uma mais bonita que a outra, mas nenhuma tão incrível quanto a laguna Colorada.

 

O almoço foi atum de lata, salada e arroz servidos com coca quente no meio do nada. Eu detesto atum, mas comi feliz da vida. Não estava ali pra fazer uma viagem gastronômica, mas pra conhecer um lugar incrível, surreal e inóspito. E o grupo ainda era bem legal!!!

 

Como janeiro é período de chuvas, o salar de Uyuni estava alagado e não era possível atravessá-lo, visitar a ilha do pescado e ficar no hotel de pedra. Essa é uma limitação normal desse período. Por outro lado, dizem que o salar com água fica mais bonito. Eu não posso avaliar, pois não o visitei no período seco.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120422233544.jpg 500 375 Alota][A Cordilera tem um hotel de sal próprio, mas no período da chuvas o tour muda e na segunda noite ficamos em Alota, uma vila minúscula. O nosso carro foi o primeiro a chegar no alojamento e pudemos escolher o melhor quarto. Os quartos também eram compartilhado com número de camas variável. Os banheiros ficavam do lado de fora. O local não era tão limpo quanto o alojamento da Laguna Colorada, mas também não assustava. Tinha banho, mas no banheiro masculino não tinha água quente no chuveiro. O Flavio, dono da Cordilera no Chile, tinha autorizado o Junior (motorista) a nos levar para outro alojamento que tivesse quartos privativos. Claro que pagaríamos a diferença. Mas minha esposa já estava tranqüila e o local não era tão ruim assim. Então preferimos ficar junto com a galera e não pagar mais. Mesmo não usando, foi importante ter essa opção. A mineira que tinha ficado no quarto privativo na Laguna Colorada quis ir para outra pousada com quarto privativo, mas o motorista do carro dela não tinha autorização para levá-la e ela teve que ficar no quarto compartilhado mesmo. Para quem está com receio das condições de hospedagem no tour do Salar do Uyuni, fica a dica de combinar esta alternativa antes. Se quiser paga por fora e fica no quarto privativo. Se não achar necessário, economiza. Pelo menos na Cordilera pudemos fazer esse combinado.

 

Depois de um banho rápido no banheiro feminino, pois não tinha chance de encarar água fria, demos uma volta pela minúscula vila. No refeitório foi servido um chá com biscoitos e ficamos por lá conversando e tomando cerveja. O jantar foi bife, mas estava bem queimadinho. Serviram vinho também. Como em Alota não é tão alto como na Laguna Colorada, a noite foi mais tranqüila. Tinha mais oxigênio![/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120422234200.JPG 500 375 Salar do Uyuni alagado]No terceiro e ultimo dia seguimos para Uyuni. Conhecemos o cemitério de trens, que não tem nada demais. Passamos na agencia da Cordilera na cidade e seguimos para Colchani onde tem alguns artesanatos e produção de sal. Finalmente chegamos no salar do Uyuni onde almoçamos frango frito com salada e arroz e fomos caminhar pela imensidão branca. As partes alagadas do salar estavam mais bonitas que as áreas secas. Ainda tiramos varias daquelas fotos em que, pela falta de referencias no horizonte, os objetos próximos parecem muito maiores que os mais distantes.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120422234535.JPG 500 375 Legenda da Foto][Na volta para a cidade nosso passeio estava acabando. Pra terminar furou o pneu do nosso carro. Os 3 motoristas trocaram juntos e muito rápido o pneu. Chegamos de volta em Uyuni por volta de 14:30hs. Valeu cada minuto desses 3 dias de passeio. Inesquecível![/picturethis]

 

Deixamos as mochilas no escritório da Cordilera e cada um foi comprar passagens para os seus destinos. Nos tínhamos feito reserva em SP no bus da TodoTurismo para La Paz. Como o escritório deles estava fechado, procuramos outras empresas, mas todas estavam lotadas naquele dia. Quando a Todoturismo abriu compramos as passagens previamente reservadas. Ainda tínhamos muito tempo, pois o bus sairia as 20hs. Voltamos para a Cordilera, nos despedimos do pessoal que voltaria para SP (apenas 3 dos 18) e fomos para uma pizzaria tomar cerveja com os outros brasileiros do grupo.

 

Um pouco antes da partida do bus da TodoTurismo é servido um jantar com frango frito. O jantar é servido antes da partida, pois a estrada é de terra e sacoleja demais para conseguir comer. Acho que atrasaram um pouco o embarque e o jantar foi servido na correria pra não atrasar muito. Era frango frito com batatas fritas e arroz. Bem tranqüilo. O bus é confortável. Como o cansaço era grande, pouco sentimos o sacolejo e dormimos bastante até Oruro. Chegando lá ficamos quase 1 hora parado em frente ao escritório da TodoTurismo com os mecânicos consertando o bus. Seguindo viagem todos voltaram a dormir. Mesmo com a longa parada para conserto, chegamos em La Paz as 6hs. Quando estávamos chegando foi servido um café da manha no bus.

 

Custos relevantes por pessoa

Tour de 3 dias com hospedagem, transporte e refeições – 75.000 pesos chilenos

Entrada no parque Eduardo Avaroa – 150 bolivianos

Cervejas – 15 a 20 bolivianos conforme o local, se não me falha a memória

Passagem Uyuni – La Paz pela Todo Turismo – 230 bolivianos

 

Continua (espero demorar menos para postar o proximo post...)

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  • 4 meses depois...
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La Paz (16 a 18/01/2012)

 

O bus da Todo Turismo para do lado de fora da rodoviária. Vários taxistas oferecem corridas, mas optamos por pegar o táxi na rodoviária. Tínhamos pré-selecionados alguns hotéis e hostels na região da Lllampu e pedimos para o táxi nos deixar lá. O taxista fez várias outras sugestões e ficou claro que ele ganharia comissão pela indicação. Paramos primeiro no Incas Room. Gostamos do local e resolvemos ficar. A idéia de pagar mais barato escolhendo na hora não funcionou. Inicialmente queriam cobrar mais do que na cotação por email, mas no final ficou valendo o preço que tinham nos passado por email.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120907204439.jpg 500 375 calçadão e avenida em frente a igreja de São Francisco]Tomamos café numa lanchonete da Saganaga que tem uma empanada deliciosa. Descansamos um pouco e fomos passear pelo centro de La Paz. O único local que nos chamou atenção pelo conjunto arquitetônico foi a Calle Jaen. Porém, eu achei muito legal andar pela cidade tentando entender todo aquele caos. Já minha filha não curtiu. La Paz é uma cidade grande e cheia de contrastes. Executivos de terno impecável na Av. El Mariscal e cholas vendendo comidas em cada esquina. Carros novos importados e vans caindo aos pedaços com o cobrador gritando seu destino com o corpo pra fora do carro. No fim da tarde entramos no museu Etnográfico que me decepcionou. Visitamos também a Iglesia de San Francisco e a Catedral. A noite tomamos lanchamos no café do Hostel Torino e andamos um pouco mais pelo centro.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120907204941.jpg 500 375 No cume do Chacaltaya]No segundo dia em La Paz fomos ao Chacaltaya. Compramos a excursão na agência do próprio hotel que tinha o melhor preço. Tomamos café correndo, pois o hotel só servia café a partir das 8hs e o bus passaria as 8:15hs. Estávamos tomando café qdo o bus passou e o cara da recepção não nos avisou. Sorte que o guia da excursão passou novamente na volta de outros hotéis e não perdemos o passeio. A subida pro Chacaltaya é por uma estradinha muito estreita e o bus vai serpenteando pelas curvas intermináveis. Paramos pra tirar fotos e começou a nevar. Chegamos na base com bastante neve e subimos até o cume. O ar é muito rarefeito, então o que seria uma simples caminhada se torna um desafio. A cada parada pra descansar um lindo visual. Em principio só eu e minha filha subimos. Quando estávamos lá em cima a pressão dela baixou e ela estava bem tonta e fraca. A maioria do pessoal já tinha começado a descer. A volta parecia complicada, eu ia precisar de ajuda. Nisso meu cunhado chegou e as coisas ficaram mais fáceis. Descemos bem devagar. Um chocolate quente na base ajudou a recuperá-la. E o bus começou a viagem de volta. Já não havia mais neve e o visual estava bem diferente. Pra quem não é escalador, chegar a mais de 5.400 m é coisa pra caramba! A volta é monótona. Todos ainda se recuperando.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120907205233.jpg 500 375 Vale da Lua]Ao passar pelo centro, o guia perguntou quem quer descer e quem vai seguir até o vale da lua. Somente uma pessoa desceu. Um sábio! O vale da lua de La Paz não tem muita graça. Vale atravessar a cidade e conhecer uma região mais moderna de La Paz. Chegando ao vale fazemos um percurso circular em 1 hora + ou -. As formações são repetitivas e bem menos interessantes que o vale da lua de San Pedro do Atacama e vc ainda está amarrado ao grupo da excursão. E com fome!

 

 

 

De volta a La Paz pegamos a roupa lavada que tínhamos deixado na véspera e comemos empanadas na lanchonete da Sagarnaga e compramos a passagem pra Copacabana pro dia seguinte a tarde. Quase os últimos lugares. Rodamos pela Calle da Bruxas e compramos alguns presentes. Resolvemos jantar vem. Fomos no restaurante do Hotel Rosário. Local chique e muito bom. Comemos lhama e tomamos vinho boliviano. Tudo muito bom. Caro para os padrões locais, mas bem acessível para os preços do Brasil.[/picturethis]

 

A ideia para o último dia era conhecer tihuanaco e de lá seguir pra Copacabana. Porém, as opções não estavam muito viáveis. De taxi era muito caro e de saltar não nos animamos a descer do passeio na estrada e pegar um bus publico ou van. Como eramos 4, o risco de não ter lugar era maior. Então fomos conhecer um pouco mais de La Paz e nos dividimos. Minha esposa foi ao museu da igreja de São Francisco, eu e minha filha fomos ao museu da Coca. Um local pequeno, mas bem interessante. Dá uma outra visão sobre o uso da coca (planta). Almoçamos na esquina da Sarganaga com Calle das Brujas. Indicação do casal que conhecemos no Uyuni. Comemos lhama novamente. Muito bom, farto e com bom preço. Pegamos as mochilas no hotel e seguimos de táxi pra rodoviária. Tentamos negociar o mesmo preço da ida, mas depois que vários taxistas recusaram aceitamos pagar um pouco mais.

 

Custos relevantes por pessoa

Hotel Incas Room (em apto qdp) – 16 dolares

Restaurante do hotel Rosário – 20 bolivianos com vinho

Taxi rodoviária – Lllampu – 10 ou 12 bolivianos

Táxi Lllampu – Rodoviária – 12 ou 15 bolivianos

Bus La Paz – Copacabana – 30 bolivianos

Passeio ao Chacaltaya – 50 bolivianos

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