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Confira as dicas de um fotógrafo profissional para captar boas imagens em apresentações musicais, que exigem um cuidado constante com a fotometria.

 

 

Fotografar um show é uma experiência que atrai muitos fotógrafos iniciantes. Estar diante de um astro ou estrela da música, aproveitar o cenário , explorar o jogo de luz, congelar as expressões dos músicos... São situações que podem gerar belas imagens. Mas também desafiam quem não tem experiência na área. Por isso, é fundamental estar muito atento à fotometria, o tempo todo, e ter um bom equipamento em mãos.Naturalmente, ninguém acerta todas as fotos. Nem mesmo os fotógrafos mais vividos. Para quem está começando, o número de erros é muito maior que o de um profisional com anos de "janela" na especialidade. No entanto, pode ter certeza que o "fera" também já errou bastante até aprender algumas "manhas" para fotografar shows musicais e outros espetáculos em que há uma constante variação de luz.Usar filmes adequados à baixa luminosidade, saber se posicionar para fugir do contraluz e obter o máximo que a lente oferece são alguns dos macetes básicos para diminuir o percentual de erros. Assim, o objetivo destas dicas é fazer com que você queime etapas, perca menos tempo e filmes para conseguir boas fotos de shows. Mas tenha claro que é um jogo de erros e acertos. E só com a prática é que se evolui.1 - Fotometria no modo spot (pontual)O fundo geralmente escuro que se usa em shows é um obstáculo para a exposição correta. Mas procure esquecer o fundo e concentrar-se no artista, iluminado pontualmente em sua movimentação no palco. O modo "spot" (pontual) é o ideal para essa finalidade, pois a medição de luz é feita exatamente em cima do que se deseja. Normalmente, escolhe-se o rosto para a medição. O ajuste pode ser manual ou com ajuda dos modos de prioridade de abertura ou de velocidade. O importante é ter rapidez e controle da situação, o tempo todo. 2 - Quais lentes usarNão há restrições para a imaginação: desde teleobjetivas, que flagram expressões e detalhes, a até uma grande angular olho-de-peixe, que possa dar uma idéia da dimensão do espetáculo. Uma zoom é muito útil para que você não perca "aquele momento especial" por fazer uma troca de lente em hora errada... De um modo geral, o ideal é optar por lentes luminosas (f/1.4, f/2 ou f/2.8), bem mais caras. São grandes aliadas no momento de focalizar, permitindo disparos com velocidades mais altas, já que não é raro registrar um show durante todo tempo com o diafragma em abertura máxima. Por isso, cada ponto a mais que a objetiva puder abrir é muito bem recebido. Mas dá para trabalhar com lentes f/3.5, f/4 ou até f/5.6, pois pode-se usar um filme mais sensível, como o de ISO 1600. 3 - Filmes recomendadosLembre-se: filmes negativos oferecem maior latitude de exposição (2 ou até 3 pontos, para + ou -). Portanto, é possível corrigir erros do fotógrafo na ampliação. Já os cromos (slides) exigem mais atenção na fotometria, pois como têm baixa latitude de exposição (1,5 ponto para + ou -), não toleram erros.Coloridos ou p&b, prefira filmes rápidos, de ISO 400 para cima (800, 1600 e 3200). A granulação aumentará o quanto maior for o ISO, na maioria dos casos. Mas só será percebida em grandes ampliações (a partir do tamanho 20 x 25 cm).O grão também será maior quando for necessário "puxar" o filme na revelação. Caso, por exemplo, do palco estar muito mal iluminado e o filme de ISO 400 não "dar conta". Então a câmera deverá ter o ISO ajustado para 800 ou 1600, +1 ou +2 pontos a mais. Porém, certifique-se antes que o seu laboratório faz revelação puxada e informe o ISO original e para quanto foi alterado. Um negativo de ISO 400 pode ser puxado para até 6400, se for preciso. O grão, naturalmente, aumentará bastante. 4 - Mistura de luzNão é recomendável o uso de flash em shows. Muitas vezes não é permitido. E mesmo quando o é, corre-se o risco de "matar" a iluminação de cena por uma sobrecarga indevida do flash. Mas há casos em que o uso é justificável, como para suavizar as sombras nos olhos causadas por um ângulo infeliz dos canhões de luz. Para não se sobrepor à luz ambiente, o flash pode ser regulado para 1 ponto abaixo (fill flash ou de preenchimento).5 - Posicionamento do fotógrafoQuando se fotografa um show, há basicamente dois lugares para ficar: os que possuem credencial tem acesso ao "fosso", uma área entre o público e o palco, mais baixo que este e restrito para a imprensa. Os demais ficam no meio do público, sujeito a brigar com as cabeças à frente - com alguma sorte, dá para enquadrar um plano geral único do espetáculo. Mas o acesso garantido de uma credencial de fotojornalista ainda não é tudo: uma vez no fosso, é preciso desviar das caixas de retorno que adoram entrar em quadro assim como pedestais de microfone que insistem em ficar em primeiro plano. 6 - Faça testesÉ aconselhável variar o modo de trabalhar para garantir o resultado final e também como forma de escolher o melhor jeito de obter mais acertos:o Alternar o uso de programas de exposição automáticos com o controle manual de diafragma e obturador.O Utilizar a rapidez do autofocus ou confiar no "instinto", focalizando manualmente. O Experimentar diferentes marcas e tipos de filmes.O "Puxar" na revelação, mesmo quando não é preciso, para conhecer as diferenças de contraste e granulação, avaliando a relação custo-benefício da operação. o Experimentar pequenos ajustes, como fazer bracketing para conseguir uma melhor resultado ao fotografar artistas de pele negra. 7 - Erros a evitarComeçando pelo equipamento, evite lentes escuras e prefira as mais luminosas possíveis e acessíveis para o seu bolso. Esqueça filmes lentos como ISO 100 ou 200, que impossibilitam o trabalho por falta de sensibilidade à pouca luz. Na pior das hipóteses, é possível usar um filme ISO 200 puxado para 400 ou 800.Flash superexposto mata a iluminação do ambiente e em muitos shows é proibido. Em relação ao tripé, muitos fotógrafos preferem deixá-lo em casa pelo "trambolho" que ele representa, atrapalhando a movimentação e posicionamento. 8 - Fotometria no modo ponderado centralSe sua câmera possui apenas o modo de fotometria "ponderado central" (center weighted), use a objetiva (ou a posição do zoom) mais longa disponível para a medição, trocando-a em seguida se quiser, mas mantendo a mesma regulagem de velocidade e abertura.No caso de não ter nem modo "spot" nem meia-tele ou tele (80, 105, 135, 200 mm...), meça com a normal (50 mm) superexpondo 1 ponto (+1). O modo "matricial" não é recomendável, salvo em casos de fundos extremamente iluminados. A cada mudança de luz, faça uma nova medição.9 - Enquadramento A composição dos pontos de luz com os demais elementos ajudam a "emoldurar" o quadro, não deixando vazios ou espaços sem informação. Não só o vocalista principal e/ou um plano geral merecem a atenção da objetiva. É importante reparar na movimentação que se segue. Percussionistas, backing vocals e outros músicos podem render flagrantes interessantes e inusitados... Além de ampliar opções, cada instrumento musical tem um apelo estético em uma foto. 10 - ContraluzO contraluz acontece muito, principalmente em grandes shows. A enorme quantidade de canhões de luz, seqüenciadores e toda parafernália de iluminação, tornam-se perigosos contraluzes, às vezes fortíssimos.Na fotometria via TTL da câmera pode ocorrer uma subexposição do assunto principal. Para se prevenir, é possível medir a luz no modo manual nos intervalos de contraluz e manter o ajuste nos momentos de ocorrência da mesma. Ou então usar a trava de exposição nos modos de prioridade de velocidade ou abertura. Pára-sol nas lentes ajuda a minimizar este risco.

 

Site : http://www.europanet.com.br/euro2003/index.php?cat_id=392

 

 

 

Rog.

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A questão de colorações diferentes nas fotos está ligado a temperatura da cor da iluminação no momento e no tipo de filme. Vamos esqueçer que alguém tenha comprado um filme para luz de tungstênio por exemplo. Mas mesmo os filmes para "luz do dia" apresentam comportamentos diferente em relação a temperatura de cor. De modo geral os Kodaks tenedem a "puxar" para o tom da pele enquanto os Fuji "puxam" mais para o azul. Portanto para fotos de pessoas (portrait) prefira os Kodaks e para paisagens (céu, neve, etc.) prefira os Fuji.

Mas a maior influência é a temperatura de cor do ambiente. Uma cena de uma pessoa iluminada ao por-do-sol certamente ficará avermelhada a não ser que seja corrigida por um filtro azulado (82A ou 82B), cenas sob luz fluorescente tenderão a aperecer esverdeadas, para corrigir use filtro FL-B ou FL-D, luz de tungstênio se corrige com o 80-A ou 80-B e assim por diante.

Nossos olhos tem uma espécie de "white balance" automático, como as câmeras digitais, e muitas vezes não percebemos estas nuances de temperatura de cor até ver o resultado devidamente ampliado em papel... e pior ainda se for em slide (cromo) porque nem se pode tentar compensar...

  • Membros de Honra
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É isso ai Marcio,

 

Perfeita colocação. Os filtros estão ai para serem usados e para corrigirem possiveis efeitos desagradaveis.Eu uso muito o skylight,80a e Warm-up. dependendo do tipo de luz até conseigo amenizar os efeitos azuis e amarelos das lampadas e da sombra.

 

Quanto as luzes costumo usar os filtros no olho mesmo, vejo a luz e encaixo o filtro. Mas muita vezes me confundo na fotometria.

 

Valeu,

 

Rog.

  • 4 semanas depois...
  • Membros de Honra
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A palavra de quem entende do assunto:

 

http://www2.uol.com.br/familiaaventura/varal/entrevistas_araquem_alcantara.shtml

 

http://www.amazonia.org.br/especiais/araquem4.cfm

 

Um dia desses li uma entrevista do Araquem Alcantara, onde ele disse que ficou o dia inteiro para fazer uma única foto, algo assim.... mas nao achei a entrevista, nao lembro se foi na net ou em alguma revista. Mas era uma matéria bem legal, ele dava altas dicas sobre fotografia e tal...

 

Acho que os links acima podem ajudar, tem muita coisa legal!

 

[]´s

  • Membros
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Muito bons o links! Valeu!

O Araquém Alcantara é o melhor do mundo! Já era fã dele. Tenho uma revista da National Geographic, Bichos do Brasil com as fotos dele e, em breve, vou adquirir o livro dos Parques Nacionais!

abraço!

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