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  • Membros de Honra
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Trata-se de uma exposição com corpos de chineses executados, cujo consentimento ele obteve antes da morte do próprio prisioneiro. Como há alguma corrupção na China e a família dos condenados pagam até pela bala que o matou, é possível que haja uma "compra" de corpos para a exposição. Surgiram denúncias neste sentido.

 

O corpo humano como você nunca viu. Estão em posições da vida cotidiana, jogando vôlei, lendo um livro, com os músculos tensionados. As cores impressionam. É possível vislumbrar detalhadamente o sistema circulatório, respiratório. O globo ocular, perfeito. É como se estivessem vivos, imóveis, ausente somente a pele. Até tiramos umas fotografias, apesar de proibido pela organização do evento. Pena que tenham mais megapixels do que é permitido postar aqui. Foi um dinheiro muito bem gasto. (além disso, economizamos no almoço, porque nós perdemos a fome). A segunda e última decepção do passeio foi não termos passado no bairro de Christiania. Estava no roteiro, mas quem disse que esse povo respeita o que escreve? Do tal do city-tour só restou a Pequena Sereia, que só alcançariamos após uma caminhada um pouco maior. A partir daí não fui mais a esses passeios, já que, ou mostram coisas que eu não tenho interesse,e me faz perder tempo, ou me mostra coisas que me interessam, mas só vejo pela janela, tendo que voltar depois, me fazendo perder tempo em dobro....

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A viagem para Berlim foi rápida e sem percalços. Pena que tenham nos colocado num hotel em Tegel, próximo ao aeroporto. A outra opção era em frente ao parque Tiergarten. Nem precisaríamos usar o metrô. De qualquer forma nosso hotel não era tão distante (5 estações de metrô). Compramos um tageskarte (cartão de um dia, literalmente), por 6,10 Euros. Pela primeira vez não vi bilhheterias no metrô, apenas máquinas. Vá com dinheiro trocado, senão não pega o metrô...

 

A Dinamarca já havia sido mais barata que a Suécia. Berlim foi bem mais barata no quesito alimentação. Dava para comprar uma massa pela metade do preço de um sanduíche escandinavo. As opções aumentaram muito. Tinha pizzaria em muitos lugares.

Berlim foi a maior das cidades que visitamos, mas só usamos o metrô quatro vezes. Descemos na estação Zoologischer Garten, emTiergarten, e o contornamos por fora, no rumo da Av. 17 de junho. Esta avenida é o eixo da cidade, continuação da Unter den Linden. Esta começa no Portão de Brandemburgo, onde a 17 de junho termina. Linda avenida, no meio do parque. Nela está a Coluna da Vitória (Siegesaule), que comemora a vitória contra a Franç, unificando a Alemanha em 1870.

 

Passamos pelo Brandemburg Tor (Portão), na Paritz Platz, fomos ao Parlamento Alemão (Reichstag), ao monumento aos judeus (Denkmal Juden), todos abertos aos turistas. O Portão, aliás, talvez seja o maior símbolo de Berlim. Depois ao Sony Center, na Potsdamer Platz, um grande shopping, com cinemas sofisticados. A seguir, ao Topographie des Terrors, que conta a história do nazismo, ascensão e queda. É um museu a céu aberto, gratuito.

 

A primeira atração paga foi o museu Haus am Checkpoint Charlie, no local que ligava os setores americano e soviético. Conta a história trágica daqueles que tentaram passar para o lado ocidental e morreram e a feliz história daqueles que sobreviveram. Vale a pena. Você verá que houve gente tentando passar por túneis, por balões, catapultas, dentro de malas, de bagageiro de fusca, de todo jeito. A bilheteira era brasileira e o museu saiu por 7 Euros, ao invés de 12. Quem tem o Berlim Card paga apenas 7 e foi este o preço que ela atribuiu a nós, como se tivessemos direito ao passe. Era uma brasiliense, que estava lá porque namorava um alemão. Foi muito bacana conosco. Aliás, são muitos os relatos de que os brasileiros são agraciados com uns descontinhos por aí, inclusive por contar com a simpatia dos estrangeiros. Calculo que tenhamos uma simpatia gratuita, como os americanos são automaticamente antipatizados por aí

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Fomos à tarde ao Museu Judaico, que custa 5 Euros. (todos os preços que estou informando NÃO são para estudantes, pois não tenho mais a carteira ISIC). Conta a história dos judeus na Europa, algumas esculturas, livros da religião judaíca. Há um quarto escuro, com uma faixa de luz bem ao alto, simbolizando a esperança inalcançada e um "jardim" de rochas enormes, com um desnível no solo, de maneira que ficamos meio desorientados. Desorientados como os judeus daquela época, expulsos de suas casas, de suas cidades.

 

Fomos à Ilha dos Muses. É chamada de Museumsinsel. Composta do Pergamonmuseum, Altes Museum, Altes Nationalgalerie, Bodemuseum, Agyptisches museum. Cada um tem entrada própria, a 8 Euros. Optamos pelo primeiro, com "relíquias da suméria, babilônica e assíria). Há muitas esculturas. Como faltava menos de uma hora para fechar, não queríamos que entrássemos. Depois de uma pequena insistência, afirmando que vínhamos do Brasil, etc, o guarda não só deixou entrar como conseguiu ingressos para nós dois. Depois viu que éramos cinco e conseguiu os demais. Ele parecia tão feliz quando a gente.

 

Ocorreu, entretanto, um pequeno fato neste museu. Um senhor, talvez com 50 ou 60 anos, me perguntou as horas. Antes que eu respondesse ele tocou no meu relógio, virando rapidamente meu braço, mas sem força. Depois o vi conversando com um grupo de cinco jovens, mas não liguei os fatos. Minha irmã notou que eles estavam sempre na mesma sala que a gente. Achei que era coincidência, pois havia um certo roteiro, uma ordem entre as salas, e eles haviam ingressado no museu ao mesmo tempo.

 

Ao fechar o museu, ficamos sem opção. Eles tomaram a esquerda e nós, esperando, tomamos o caminho oposto. Notamos que eles pararam e voltaram, agora pro nosso lado. Aí não tive mais dúvidas, iriam nos abordar algumas quadras depois. Havia um grupo de policiais e pensei em denunciar, mas não tinha prova e a última coisa que queria era perder algum tempo numa delegacia. Dia seguinte viajaríamos e não queria nenhum tipo de problema. O pior é que eles foram na direção da Berliner Dom, a Catedral. Só a vi por fora, infelizmente. E após ela, a torre de televisão, a Fernsehturm, onde pretendíamos subir.

 

Acabamos pegando um metrô para a Kaiser Wilhelm Gedachtniskirche, com a sua torre destruída na guerra. Tinha, ao lado, um museu erótico, mas nem entramos, devido ao estresse e à sensação de insegurança. Interessante eu morar no Brasil e ter isso em plena Alemanha.

  • Membros de Honra
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Antes de passar à República Tcheca, estivemos algumas horas em Dresden, capital da Saxônia, apenas para conhecer o Zwinger, complexo de museus. Pode-se comprar separadamente as entradas para o galeria de pintores renascentistas (o melhor), a exposição de armaduras, o salão de porcelanato e o salão de matemática e física. Tudo ficou por 12 Euros. O Centro Histórico e os prédios no entorno do museu são muito bonitos. Nem chegamos a atravessar a ponte para a parte nova da cidade. Compre um postal com a imagem da cidade destruída, para apreender melhor o sentido da recuperação econômica e cultural que os alemães tiveram nas últimas décadas. Almoçamos lá, a preço justo.

  • 2 semanas depois...
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Olá, Paulo.

Sou Rosane e daqui há um mês inicio um tour pela Europa sozinha. Passarei pelas capitais que vc tb passou e já anotei umas dicas importantes, preços de museus e etc. Obrigada. Queria lhe fazer uma pergunta: Não tenho carteira de estudante mas estava pensando em fazer. Vc acha que é uma boa ideia? Em grande parte dos museus que vcs foram, são dados descontos de 50% para estudantes?

Obrigada.Abraços

  • Membros de Honra
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Oi Rosane,

 

A carteira de estudante vale muito a pena, em especial nos países nórdicos, porque cai o preço mais ou menos pela metade. Se você pretende usar o passe de um dia, como eu fiz, chega a ficar mais barato do que utilizar a carteira de estudante. Depende, portanto, da quantidade de atrações que você vai visitar.

No Leste Europeu os museus são bem mais baratos, mas normalmente também se aceita. Se você pretende entrar em mais de 8 atrações em toda a viagem, sem a compra de passes de 24/48 horas, calculo que você economize pelo menos 30 Euros. Se você for a muitas, muitas atraçoes em todas as cidades, compre também um passe em cada uma delas.

Abraços e boa viagem

  • Membros de Honra
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Bom Wenderson,

Provavelmente cada pessoa terá uma resposta diferente. Deve ter gente que recebe dinheiro dos pais, que ganhou na loteria, receba patrocínio, etc. Mas creio que a maioria - e este é o meu caso - trabalha para comprar a passagem, a acomodação nos hotéis, a alimentação.

  • 4 semanas depois...
  • Membros de Honra
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Bom, continuando: chegamos em Praga e fomos diretamente ao Castelo (voltamos para visitá-lo no dia seguinte, com mais calma). Estava bastante quente, 37 graus.

Passamos em frente à casa do poeta Tcheco Jan Neruda, que inspirou o chileno Neftali a utilizar o pseudônimo Pablo Neruba. Fomos à igreja do Menino Jesus de Praga, onde está a imagem que possui tantos devotos brasileiros. Visitamos a praça principal, Starometske Namesti (praça da cidade velha, em Tcheco), com prédios muito bonitos e o famoso relógio astronômico, que ficava cheio de gente a cada hora, para ver os apóstolos passando. O relógio foi construído antes do descobrimento do Brasil, no século XV. Destaque para a Igreja de São Nicolau, barroca,próxima da praça e a igreja de Nossa Senhora Diante de Tyn, gótica.

No outro dia pela manhã fomos ao bairro judeu, Josefov, para visitar o cemitério judaico. É impressionante, com as lápides superpostas porque não se concedia a eles mais espaços. Milhares e milhares de pessoas enterradas sobre as outras, o que lembra que a segregação étnica é muito anterior ao holocausto. O tumulo mais antigo é de 1439. A entrada inclui a visita a outras quatro atrações, próximas, de menor interesse, até porque havíamos visitado o museu judaico de Berlim, mais completo e estruturado. Não entramos na Sinagoga Staronová, de 1270, a mais antiga da Europa. Ficou para a próxima. O cemitério (incluído no ticket do museu judaico, custou cerca de 15 Euros e a Staronová custava cerca de 10 Euros).

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