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Oiiii!

Muito legal seu relato, tenho vontade conhecer esses paises que vc visitou, qual gostou mais?

E vc acha que da para se virar no quesito "alimentação " na boa? ou seja da p/ economizar? ou se gasta muito?

Ah e quanto ao ingles vc acha necessário ter?

Grata! Karla-SP.

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Oi Gabs,

 

Mt bom o seu relato. Vou a Paris em abril, e estou curtindo mt suas dicas.

AAHHHHH.... eu dei o mesmo mole qdo comprei a passagem da Air France (Rio-Paris-Lisboa-Rio).

Depois considerei que o melhor seria fazer um roteiro linear Paris-Lisboa, ao invés de um roteiro

circular Lisboa-Madri-Barcelona-Lisboa... Mas, enfim, no meu caso não compensou finaceiramente

fazer a troca que vc fez, e acabei ficando com a opção de passar por Lisboa duas vezes. Devia ter

lido seu relato antes, rs.

 

Bjo,

Juliana

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Oi, Karla e Ju!

 

Então, Karla, proporcionalmente eu nem achei a comida lá fora cara não. Pra nós acaba ficando cara por causa da diferença de câmbio, mas quando se pensa proporcional na realidade deles, não acho caro. Um pacote de sucrilho custa tipo 4 euros, enquanto que aqui não sai por menos de 8 reais. Paris é a cidade mais cara das que passei, mas mesmo lá era possível se manter com essas refeições alternativas, como salada pronta do Monoprix e sanduíches. Meu conselho pra quem viaja com orçamento controlado é que alterne lanches mais baratos pra se permitir vez por outra comer uma refeição em um lugar mais legal. Abaixo, eu passo alguns links que separei com informações de como comer barato em Paris:

 

http://www.conexaoparis.com.br/2008/05/12/restaurantes-baratos-em-paris/

http://viajarmaisbarato.com/dicas-de-viagem-2-paris/

http://www.ilovegoutu.com/ (loja de sanduíches baratíssimos)

 

Sobre o lugar que mais gostei, é difícil, pois cada um foi especial por uma razão. Mas se tenho que escolher, diria que dá um empate brabo de desfazer entre Paris e Praga. As duas são apaixonantes!

 

Ju, que bom que está gostando do relato! Tô doida pra continuar, tem muita história pra contar ainda! Pena que você também caiu na pegadinha da CIA aérea. É muito sem sentido que cobrem mais da gente se vamos voar menos, mas é como é, não dá pra fugir. Quando liguei pra Air France, na verdade fui informada pelo atendente de que a alteração me custaria mais de 2 mil reais por passageiro (quase morri), mas aí em seguida eu viu lá que tinha como fazer por R$ 200... Vai entender!

 

Beijos!

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A troca de informações é importante para diminuir os erros, no caso das passagens aéreas, quando é com diversas pernas eu recomendo comprar com uma agência mesmo depois de consultado os preços via internet, por que ela teria desmembrado e não teria incluído a parte de trem e também no caso de uma mudança de horário pela cia também caem as outras pernas principalmente se for com outra cia aérea e pouca gente sabe disto e neste caso vc entrando em contato com a mesma ela corrige o problema. Por isto também é bom a gente ter uma agência e um agente de confiança que te forneça o celular.

Na troca de horário e data de passagem geralmente o preço é padrão US 100.

Estou acompanhando o teu relato, relembrando minha viagem nesta região. ::cool:::'> ::cool:::'>

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[t1]Continuação[/t1]

4º dia

Pessoal, prometo que vou tentar ser mais concisa, senão só termino esse relato em dezembro, quando o mundo tiver pra acabar.

 

O quarto dia de viagem era véspera de Natal! E dia de subir na Torre Eiffel!

 

Gente, a fila na torre é muito grande! Se no inverno estava assim, posso imaginar como fica no verão. Mais tarde eu soube que dá pra comprar com antecedência o ingresso pelo site da Torre Eiffel e entrar direto, sem enfrentar fila. E claro, você pode escolher até onde deseja subir e pagar proporcionalmente à sua escolha. A gente também pegou uma outra fila no primeiro platô da torre, pra pegar o elevador até o topo.

 

Lá no alto a vista é maravilhosa! E que frio faz! Venta demais e é absurdamente mais frio que lá no chão. Mesmo temporária, foi a primeira friaca bizarra que pegamos. Como tudo em Paris tem que ter um toque de fineza e riqueza, no topo da torre tem uma lojinha que vende doses de champanhe pela módica quantia de 15 euros. Para aproveitar a vista, minha opinião é que subir na torre é um passeio essencialmente diurno.

 

É curioso como durante as viagens a gente programa fazer trocentas coisas diferentes no mesmo dia, mas as coisas não funcionam como o planejado. Os passeios acabam tomando mais tempo do que você imaginava, e temos que ser realistas e aceitar o que dá pra fazer. A manhã na Torre Eiffel tomou tanto tempo, que quando saímos de lá já eram quase duas da tarde, e a gente ainda precisava almoçar. Pior: descobrimos que, por ser véspera de Natal, o Louvre, que era o outro programa do dia, fecharia às 17h. Entre comer e ir até lá chegamos no museu às 16h, ou seja, faltando 1h só pra fechar.

 

Sobre o Louvre: todo mundo sabe que é um museu gigantesco, e muita gente vai achando que vai conseguir ver tudo se madrugar lá e só sair quando tiverem fechando, mas não rola. Certa vez me falaram que se alguém fosse lá todos os dias e passasse 8 horas por dia, levaria 1 ano pra ver tudo. Planejamento é a palavra-chave aqui. No dia em que eu fui, aceitei que não teria tempo de ver quase nada, então me concentrei no que realmente queria ver. Uma coisa chata é que, mesmo o museu fechando às 17h, eles começam a fechar determinados salões por volta das 16h45! Achei isso super errado e vi acontecer em mais de um lugar, em Praga inclusive: vai dando a hora de fechar, o povo fica doido pra você ir embora.

 

Saímos do museu e fomos no Monoprix comprar comida pra tentar montar uma ceia e pra guardar pro dia seguinte, pois informaram pra gente que nada abriria no Natal. Compramos um monte de pizzas congeladas pra esquentar no microondas do hostel. No dia seguinte, vimos que era mentira: tinha restaurante pra caramba aberto, e a gente acabou encalhado com um monte de pizzas, que não eram tão gostosas quanto as da Sadia, hehehe. Liguei pra mami da lan house que tem do lado do hostel pra desejar um Feliz Natal, e assim terminou o 4º dia. :)

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216190808.JPG 375 500 Legenda da Foto]Torre de dia![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216185736.JPG 500 375 Legenda da Foto]Embaixo da torre. Aquele bolo de gente ali atrás já é a fila[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216185831.JPG 500 375 Legenda da Foto]Vista do alto. Esse não é o último platô ainda. Notem a sombra da torre sobre a cidade[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216185936.JPG 500 375 Legenda da Foto]Outra vista de cima[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216190000.JPG 500 375 Legenda da Foto]Último platô! E eu completamente congelada[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216190048.JPG 500 375 Legenda da Foto]Cabine do Photomaton, outro momento Amélie-poulainzesco[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216190142.JPG 500 375 Legenda da Foto]Quadro da Liberdade, no Louvre[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216190214.JPG 500 375 Legenda da Foto]Sou fã do Caravaggio :)[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216192539.JPG 500 375 Legenda da Foto]A pirâmide por dentro[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216192612.JPG 500 375 Legenda da Foto]Na falta de geladeira, as coisas do lado de fora [/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216190453.JPG 500 375 Legenda da Foto]Ceia de Natal: pizza de calabresa e vinho[/picturethis]

 

5º dia – deixando Paris

Dia de Natal, e nosso último dia em Paris, foi o meu favorito absoluto! Sou apaixonada pelo filme o Fabuloso Destino de Amélie Poulain, o filme francês mais fofo já rodado na face da Terra. Esse filme se passa todo no bairro do Montmartre, que é o reduto da boemia e dos artistas da cidade. Uma visita a Paris sem um dia batendo perna no Montmartre e você não viu Paris, estamos entendidos? :)

 

Saímos cedo do albergue para passar o dia lá. O lugar é lindo demais, com uma sensação meio Paris dos anos 50 no ar. São ladeiras intermináveis, lojas e restaurantes gracinha, e a magnífica igreja do Sagrado Coração (Sacre-Couer). Achei essa igreja mil vezes mais linda que a Catedral de Notre Dame. Além do mais, ela fica no alto de um morro, e a vista pra cidade é maravilhosa.

 

Ao lado da igreja, estava rolando uma feira de Natal – vimos muitas dessas nas outras cidades, é um costume forte por lá. Na feira tinha de tudo: barracas de vinho quente, doces, frutas cristalizadas, agasalhos e sanduíches de salsicha/linguiça. Compramos um sanduíche de baguete com linguiça e um monte de batata frita em cima que era sensa (eu fico doida aqui só de lembrar). Na França, quase tanto quanto na Alemanha, eles amam comer linguiça, e tem muita variedade nessas barracas, inclusive a hedionda salsicha de vitela, que comi cheia de culpa. Acho que se você é vegetariano, deve encontrar um pouco de dificuldade de comer na rua na Europa, pois as opções são muito essas mesmo.

 

Depois dali, continuamos nosso “Amélie Poulain Day” em busca do café onde trabalhava a Amélie, o Café des Deux Moulin. Se você se interessa, pode perguntar na rua que todo mundo sabe te indicar onde fica. Achamos o café e estávamos tirando fotos, quando chega uma chinesa e pede pra gente bater uma foto dela em frente ao café, pois ela estava sozinha. O nome dela era Xú Kě (se fala xiuuka). A menina é mega fissurada pela Amélie, e já assistiu ao filme 80 VEZES! Ficamos batendo um papo em frente ao café por uns 15 minutos até ver que era idiotice ficar ali em pé no frio, e decidimos entrar todos e tomar um café.

 

O lugar super capitaliza em cima do filme; tem até um poster autografado pela Audrey Tautou, a atriz principal. E era o lugar mais lotado que a gente viu lá em Paris. Ficamos batendo o maior papo, e a troca cultural que essas viagens proporcionam é incrível. Tomamos o cafezinho, pedimos um crème brulée e quebramos a crosta com a colher, como manda o figurino. Pedimos a conta e convidamos a chinesa pra continuar o resto da tarde com a gente, já que estávamos indo aos Jardins de Luxemburgo. Ela topou, mas já chegamos nos jardins de noite e infelizmente não deu pra visitar.

 

Fomos até a Prefeitura de Paris, onde tinha uma pista de patinação no gelo, e em em seguida ao Centre Pompidou, que era um dos museus que eu gostaria de ter visitado. Só que como a entrada era mais cara que a do Louvre, eu desisti, e nos contentamos em ficar sentados em frente ao prédio conversando mais. Depois de mais ou menos 1h de conversa, nos despedimos da Xú Kě e voltamos para o albergue para arrumar as malas, pois nosso trem partia no dia seguinte às 7h da matina em direção à Munique \o/

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191125.JPG 500 375 Legenda da Foto]O apaixonante Montmartre[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191206.JPG 500 375 Legenda da Foto]Rua em Montmartre[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191251.JPG 500 375 Legenda da Foto]Montmartre[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191320.JPG 500 375 Legenda da Foto]Fachada linda de viver[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191349.JPG 500 375 Legenda da Foto]Pracinha onde artistas vendem seus trabalhos[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191449.JPG 500 375 Legenda da Foto]Mais Montmartre[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191531.JPG 500 375 Legenda da Foto]Depois do camelô de peles, barraca de champagne na feirinha[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191654.JPG 500 375 Legenda da Foto]Frigideira gigante![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191724.JPG 500 375 Legenda da Foto]A igreja do Sagrado Coração[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191918.JPG 500 375 Legenda da Foto]Vista do alto da igreja[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216191948.JPG 500 375 Legenda da Foto]Variedade de salsichas na grelha[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216192047.JPG 500 375 Legenda da Foto]Fachada do Café da Amélie[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216192117.JPG 375 500 Legenda da Foto]Pôster do filme[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216192148.JPG 500 375 Legenda da Foto]Eu, a chinesa e o crème brûlée[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216192257.JPG 500 375 Legenda da Foto]Prefeitura de Paris[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120216192317.JPG 500 375 Legenda da Foto]Centro Pompidou. Parece que está em reforma, mas é assim mesmo[/picturethis]

Eurotrip França-Alemanha-Rep Tcheca.doc

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6º dia – Munique!

 

Confesso que acordei tensa sabendo que teria que pegar o trem pra Munique, pelo simples motivo que nunca havia feito isso antes na vida. Não sabia como seria achar a plataforma, depois meu vagão, e por fim nossos assentos, essa coisa toda. Mas tudo correu super bem, e nós conseguimos sem dificuldade pegar o trem até a Gare de L’Est e lá embarcar no 1º trem pra Munique. Enquanto esperávamos a partida do trem, para o café da manhã compramos pão doce com Nestea de pêssego em um quiosque do Brioche Dorée (que está pra a França assim como o Rei do Mate está para o Rio de Janeiro). O trem partiu bem vazio.

 

Aliás, isso é uma das coisas da parte da Europa que conhecemos: tem pouca gente. Paris é até mais cheia que Berlim, mas o comentário ainda cabe. Aqui no Brasil é tudo lotado de gente né? Metrô lotado, ônibus lotado, confusão pra andar na rua... Lá não, é sempre um silêncio, uma escassez de pessoas que só aumentava conforme a gente avançava pra Alemanha. Imagino que isso se devesse também ao fato de ser inverno.

 

Viajar de trem foi maravilhoso! É uma viagem muito rápida e confortável, dá pra dormir numa boa porque o trem não sacoleja! No início foi um pouco chato, porque o sol só nascia lá pras 8h30 e daí foram 1h30 de escuridão total, não tinha graça olhar pela janela. Mas depois com a luz ficou legal.

 

A divisa entre França e Alemanha no ponto que atravessamos era feita por um rio bem largo, com a bandeira de cada país na sua respectiva margem. Vibramos muito quando vimos a bandeira da Alemanha! É muito legal você ver como a realidade vai mudando: pra perto da fronteira, a arquitetura é muito igual, mas aí você vai entrando na Alemanha, e começa a ver cada vez mais casinhas de enxaimel, que é aquele estilo de ripas de madeira cruzadas tipicamente alemão, e que até ali eu só via quando ia pra Petrópolis. :P

 

Chegamos em Stuttgart às 11h04, e precisávamos pegar outro trem para seguir viagem até Munique às 11h12, ou seja, 8 minutos pra pegar sua mala e fazer a conexão em uma estação que você não conhece! Isso foi um ponto tenso da viagem: os tempos de transferência de um trem pra outro são ridiculamente pequenos. Você só descobre a plataforma de onde sairá o seu próximo trem ao desembarcar, e aí é uma correria. Por sorte, nós conhecemos um grupo de brasileiros que ia pegar o mesmo trem pra Munique, e por morarem em Strasbourg eram mais despachados nisso que nós.

 

Com muita correria, conseguimos pegar o trem! Nesse ponto, já era um trem da companhia alemã DB Bahn. Passada a preocupação de todo mundo de não ser deixado para trás, começa outro veneno: achar o nosso vagão e os nossos assentos. A numeração nos trens da DB Bahn é completamente louca! Eles seguem uma lógica maluca pois eu andei pra cima e pra baixo no trem e a numeração do vagões ia 1-2-3-2-2... Uma coisa de doido! Me pareceu ser uma formalidade inútil a coisa do assento marcado, pois vimos muuuita gente sentada pelo chão, pelos corredores, com as malas espalhadas pra todo lado. Quando passou o moço do controle, perguntamos pra que lado ficavam nossos lugares, e ele gentilmente nos indicou. Detalhe: na Alemanha, bem mais e com muito mais boa vontade que na França, é comum achar gente que fala inglês.

 

Dentro do trem, uma outra diferença cultural ficou evidente: o silêncio da Alemanha. As pessoas tem uma super preocupação com o espaço coletivo e fazem de tudo pra não incomodar o outro, tanto é que sussurram ao conversarem dentro do trem. Sim, eu não estou exagerando, elas realmente sussurram, assim, como quem conta um segredo! Achei isso curiosíssimo. E eles também te olham feio quando você faz barulho – no nosso caso, ao derrubarmos nossa mala dentro do trem e ao abrirmos um pacote de biscoitos.

 

Chegamos finalmente em Munique! Uma graceeenha de cidade! É uma mistura de modernidade e tradição, com cervejarias antigas e arquitetura típica ao lado de grifes caríssimas – essa é uma cidade muito rica. Vimos muita gente grã-fina andando pra lá e pra cá com casacos de pele, uma coisa bem Tio Patinhas mesmo. Fomos direto pro nosso albergue, o Euro Youth Hostel, que fica a 5 minutos andando da Estação Central. Ficamos só um dia em Munique, então o tempo que passei no albergue foi dormindo, mas me pareceu um lugar muito limpo e bom, além de ser muito bem ranqueado no Hostelworld, site onde fiz a reserva. Aqui começa a ficar evidente a diferença entre os hostels de Paris, que são caros para o que oferecem, com os hostels do resto da Europa. As dependências e a área de convivência desse hostel são incríveis, e nós pagamos 16,50€ por pessoa pra ficar em um quarto misto de 3 camas. Se eu voltar a Munique um dia, ficarei lá novamente. Ah, e lembrem de levar o seu próprio cadeado pra trancar o locker, ok? Eles até alugam, mas além de ser uma despesa evitável, corre o risco deles estarem com todos alugados e não terem como te oferecer no momento.

 

Saímos para dar um rolé na cidade, que pode ser facilmente conhecida em um dia. Só recomendo mais que isso se você quiser visitar o castelo de Neuschwanstein. Nós até gostaríamos (e muito) de ter visitado o castelo, mas em um dia só não dava mesmo pra fazer tudo. Outra coisa que gostaríamos de ter visitado mas também não deu em um dia só foi a Allianz Arena.

 

Em nosso passeio pelo centro histórico da cidade, visitamos a Frauenkirche, que é uma igreja lindíssima e a Marienplatz (chamada carinhosamente por nós de a Praça da Maria), onde estão as prefeituras velha e a nova. Já eram 16h e a gente não tinha almoçado ainda, por isso decidimos que era hora de fazer um pit-stop pra encher a pança e abrir os trabalhos de alcoolização (sim, porque eu cheguei nessa cidade com o intuito de me embebedar). Escolhemos para isso a cervejaria Donisl, na Praça da Maria.

 

Bom, adoraria dizer que a nossa experiência na Donisl foi ótima, mas preciso falar que eu SUPER CONTRA INDICO esse lugar. Não sei se demos azar, mas nós fomos muito mal atendidos, com direito à garçonete jogar o menu na mesa em cima dos nossos pratos após se irritar com perguntas que fizemos sobre as refeições. Isso porque o Marcus fala alemão, e se comunicou o tempo todo no idioma dela. Dando a minha opinião sincera, infelizmente senti que fomos mal tratados nesse restaurante por sermos estrangeiros, já que vi a mesma garçonete ser hostil com um casal de italianos que estavam por ali, enquanto o atendimento com os alemães na mesa do lado correu amigável do início ao fim. Em suma, não recomendo!!!

 

Saímos de lá para andar mais e esfriar a cabeça, coisa que é fácil em um lugar tão lindo e tão frio, ainda bem, e depois de pedirmos algumas informações de direção na rua, fomos para a cervejaria Hofbräuhaus.

 

A Hofbräuhaus é uma cervejaria secular e dita a mais famosa do mundo. É um salão imenso, com mesas comunitárias para 6 pessoas, onde é normal você se sentar com desconhecidos. Mas afinal, o que melhor que o álcool para quebrar as inibições e criar amigos de infância que se conhecem há 20 minutos? Logo ao chegar, sentamos com um russo que estava sozinho, o Constantine, e minutos depois uniu-se a nós um casal que, coincidência, havia nos dado as instruções na rua de como chegar na Hofbräu pouco antes. Eram o Greg, um australiano alucinado e a Gül, sua namorada da Turquia. Estava montada a nossa mesa internacional!

 

A noite com essa galera foi animadíssima! Eu e Marcus pedimos duas canecas de cerveja de 1L com dois salsichões. Não lembro exatamente quanto deu a conta, mas no fim sei que ficou barato. Apesar de badalado, é um programa bastante acessível! Saímos de lá bem tarde e, trocando um pouco as pernas, caminhamos de volta para o hotel para dormir algumas horas de sono, pois no dia seguinte pegaríamos nosso trem para Rothenburg ob der Tauber às 6h54 da matina!

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520200950.JPG 500 375 Legenda da Foto]Strasbourg, última parada na França[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520201051.JPG 500 375 Legenda da Foto]Fronteira França-Alemanha \o/[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520201133.JPG 500 375 Legenda da Foto]Paisagem do trem. Essa fumaceira vem da chaminé de uma termelétrica[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520201234.JPG 500 375 Legenda da Foto]Estação Central de Munique. Não tem roleta! [/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520203904.JPG 375 500 Legenda da Foto]Fachada do Euro Youth Hostel[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520204329.JPG 500 375 Legenda da Foto]Área comum do hostel[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520204410.JPG 500 375 Legenda da Foto]Nosso quarto[/picturethis]

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520204513.JPG 500 375 Legenda da Foto]Fazendo pose com o mapa[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520204546.JPG 500 375 Legenda da Foto]Um portal no meio da cidade[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520204619.JPG 375 500 Legenda da Foto]Torre da Frauenkirche. Dá pra subir[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520205042.JPG 375 500 Legenda da Foto]Em frente à prefeitura[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520205128.JPG 374.88284911 500 Legenda da Foto]Hofbräuhaus![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520205216.JPG 374.88284911 500 Legenda da Foto]Entrada da Hofbräu[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520205255.JPG 500 375 Legenda da Foto]Oi, mãe![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520205328.JPG 500 375 Legenda da Foto]Por dentro da cervejaria[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120520205359.JPG 500 375 Legenda da Foto]Greg, eu e Gül. Não salvava um no bafômetro[/picturethis]

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7º dia – Rothenburg ob der Tauber

 

Acordamos de ressaca às 6h da manhã pra pegar nosso trem pra Rothenburg (ou em bom português Rotemburgo). Eu, que corajosamente me ofereci pra dormir na cama de cima da beliche, acordei algumas vezes durante a noite com o quarto rodando. Ninguém falou que ia ser fácil, certo? A principal vantagem do hostel de Munique era ficar ao lado da estação, o que nos garantiu alguns minutos a mais de sono. Aconselho que levem isso em consideração na hora de escolher qualquer hostel.

 

A inclusão de Rotemburgo no nosso roteiro aconteceu por querermos muito conhecer alguma cidade medieval alemã e essa ganhou de lavada das outras cidades da rota romântica por ser uma das últimas a possuir inteiro o muro protetor em torno do velho centro. Achamos irônico que a Alemanha tenha mais de um muro como atração turística, com mais de 600 anos de diferença entre cada um deles. :)

 

A passagem de trem para lá, como todas as outras, foi comprada pelo site da DB Bahn, e a viagem teria três paradas, naquele estilo delícia de trocar de trem em 4 minutos, sem saber de qual plataforma sai, que contei antes: as cidades de parada eram Donauwörth, Treuchtlingen e Steinach. As primeira e segunda trocas correram bem, mas foi em Treuchtlingen que fomos para a plataforma errada e perdemos o nosso trem.

 

 

Na mesma hora, me bateu o pavor de estar perdida nos cafundós da Alemanha, e de nunca mais conseguir sair de lá. A estação de Treuchtlingen apesar de minúscula era de-ser-ta, não passava viva alma pra quem a gente pudesse pedir informação. Tudo bem que estava cedo, mas era dia de semana e nem movimento de gente indo trabalhar a gente via. Como comentei antes, gente está em falta na Alemanha. Quem não morreu na Segunda Guerra, deu no pé pra fugir do regime comunista com a queda do Muro. O “irônico” é que nessa estação de trem de há uma placa falando que em 1945, 300 pessoas morreram em um bombardeio, e pensamos que o mais surpreendente era que em algum momento pudesse ter tanta gente circulando por ali. Decidimos sair e procurar um escritório, bilheteria ou algo do gênero.

 

Achamos uma salinha minúscula onde havia um funcionário da DB Bahn sentado no escuro (!), que nos informou que não havia problema em termos perdido o trem, e que nossa passagem ainda seria válida para pegamos o próximo, que passava em 1 hora. UFA! Isso é importante: nos trens da DB Bahn, o que importa é o sentido pro qual você está indo, logo o bilhete é válido mesmo que em um horário diferente. Respiramos aliviados e esperamos pelo trem, que chegou religiosamente na hora prevista. Chegamos em Rotemburgo 10h49 da manhã. :)

 

A estação fica fora do centro antigo, mas são só 5 minutinhos de caminhada até você avistar a entrada da cidade, um portal de pedra lindíssimo, que antecede o tão esperado muro medieval. Cruzando o muro, você volta no tempo na mesma hora, pois a cidade se manteve totalmente preservada. É uma experiência incrível!

 

Caminhamos em direção à nossa pensão, a Pension Becker (Rosengasse 23. Não confundir com Rödergasse), que nas minhas pesquisas foi a mais barata das pensões. Até vi que havia uma espécie de albergue da juventude que era mais barato que essa pensão, mas como estava viajando com meu marido e queria um pouco de privacidade nas cidades onde eu pudesse arcar com esse luxo, preferi o Becker. Reservamos um quarto de casal com chuveiro, banheiro e café da manhã incluído por um total de 54€ por um dia. Ao chegar lá, fomos recebidos pelo dono da pensão, um italiano bonachão e super gentil que dirige o negócio familiar com sua esposa alemã há anos. O quarto era muito confortável e romântico, com direito a cortina de rendinha fofa na janela. Deu até pena de termos reservado um dia só! Se Rotemburgo estiver no seu roteiro, eu super recomendo a Pensão Becker.

 

As principas atrações pontuais de Rotemburgo são: comer o Schneebälle, que é um doce típico de lá; visitar o Museu dos Brinquedos, com brinquedos antigos maravilhosos; o Museu do Crime, com exibição de instrumentos medievais de tortura; e duas atrações ligadas ao Natal, que são o Museu e a Loja do Natal. Esses dois são um SO-NHO, e você se sente uma criança lá dentro. Eu pirei muito na loja, pois além dos milhões de objetos lindos – e caros – relacionados ao Natal, há uma árvore de Natal de uns 5 metros de altura armada no salão principal. Ah, uma dica pra quem vai no inverno: as coisas fecham muito cedo! No caso, nós não conseguimos visitar o Museu do Crime, pois ele fechava nessa época do ano às 16h! Por isso, programe-se bem!

 

Além dessas atrações pontuais, há obviamente a cidade, que é um espetáculo e merece que nela você se deixe perder, e a muralha, em cima da qual você pode subir e dar da volta na cidade todinha, se quiser.

 

Paramos para almoçar em um restaurante bem ao lado de uma das antigas entradas, o Restaurant Cafe Michelangelo (Rödergasse 36). Pedimos dois pratos de espaguete com uma bebida fermentada de maçã típica de lá e pela bagatela de 18€ . Depois do almoço subimos na torre da prefeitura, onde se tem uma visão panorâmica de toda a cidade. Essa torre é muito interessante, porque a bilheteria dela fica no topo, logo, você só paga se chegar lá em cima. Achei justo! Quem deve ter odiado esse ideia é a moça que vende os bilhetes, e que tem que dar uma tonificada todo dia subindo aquela escadaria. Quando começou a escurecer, decidimos que era hora de parar e comprar alguns presentes.

 

Foi aí que entramos em uma lojinha com letreiro escrito “Töpferladen Seifert” na Rödergasse 18, e começamos a bater um papo com o dono, o Nico (quem bateu mais papo foi o Marcus, pois o Nico não fala inglês e nem eu alemão). Quando falamos que éramos do Brasil, ele ficou doido! Começou a dançar atrás do balcão (juro!), falando que adorava o Brasil, que já tinha até vindo passar carnaval aqui no Rio. A gente deve ter ficado lá conversando com ele por 1h30, e no fim ele deu de presente pra gente canecas de porcelana com nossos nomes escritos, olha que fofo?

 

Saindo dali, já era noite, e fomos até a praça principal para fazer um lanche antes de voltar pra a pensão. Encontramos uma barraca de sanduíches de salsicha/linguiça, e compramos um sanduíche que devia medir uns 40 cm. A coisa mais deliciosa do mundo! Assim, demos por encerrado nosso dia em Rotemburgo e retornamos para o hotel um pouco mais cedo para descansar. No dia seguinte, nosso destino era um dos mais esperados de toda a viagem: Praga. :)

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525005512.JPG 500 375 Legenda da Foto]Tchau, Munique![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525005721.JPG 500 375 Legenda da Foto]Estação de Treuchtlingen. Cordei, cadê pessoas? [/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525005849.JPG 375 500 Legenda da Foto]A tal placa[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525005919.JPG 500 375 Legenda da Foto]Esperando o próximo trem...[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525005950.JPG 500 375 Legenda da Foto]Chegamos![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010014.JPG 500 375 Legenda da Foto]O portal do centro histórico de Rotemburgo[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010839.jpg 500 375 Legenda da Foto]A Pensão Becker[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010110.JPG 500 375 Legenda da Foto]A cidade[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010146.JPG 500 375 Legenda da Foto]A muralha que protege a cidade[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010232.JPG 500 375 Legenda da Foto]Literalmente em cima do muro[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010300.JPG 375 500 Legenda da Foto]Fachada do Michelangelo[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010339.JPG 500 375 Legenda da Foto]A praça principal[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010405.JPG 500 375 Legenda da Foto]A cidade decorada para o Natal[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010445.JPG 375 500 Legenda da Foto]A loja do Natal Käthe Wohlfahrt[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010528.JPG 500 375 Legenda da Foto]Um sonho de árvore![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010705.JPG 500 375 Legenda da Foto]A cidade vista de cima. So faltou a neve![/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010738.JPG 375 500 Legenda da Foto]Eu e o Nico fazendo aloka[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20120525010807.JPG 500 375 Legenda da Foto]A cidade de noite[/picturethis]

  • 1 mês depois...
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Nossa, muito legal o seu relato! Já tirei várias dicas para minha viagem em dezembro!!

 

Uma pergunta, qual foi o valor da passagem aérea?? Nao consigo encontrar por menos de 2900 reais por pessoa, fazendo o trecho SP-Londres e Munique-SP entre dezembro e janeiro.

 

Ate mais.

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