Membros hugopa Postado Janeiro 30, 2012 Membros Postado Janeiro 30, 2012 Relato Chapada dos Veadeiros - “Mochilão 04/01 – 16/01” Então galera, Como é de costume de todo mochileiro vou iniciar um breve relato da minha trip. Creio que esses relatos sirvam não apenas para guardar a memória de determinada viagem mas ajudar futuras aventureiro: 1º Dia: 04/01 Iniciei minha viagem do RJ – BSB, peguei o avião e aportei em Brasília por volta das 20:00. Chegando em Brasília uma amiga me hospedou na casa dela por uma noite – aproveitamos o reencontro e fomos sair para tomar umas e outras. 2º Dia: 05/01 Pela manhã ela me deixou na rodoviária nova de Brasília o ônibus para Alto Paraíso saiu às 10 horas. Vai uma dica: Existem dois meios para ir para Alto Paraíso. Esse ônibus que sai da rodoviária nova às 10 horas da manhã e outro seria pegar um ônibus na rodoviária do plano piloto que passa por Alto Paraíso, Vilarejo de São Jorge (que é na entrada do parque) e Colinas (cidade vizinha). Esse ônibus sai a partir das 12 horas, mas pode atrasar horrores. No ônibus conheci um casal de biólogos que estavam de mochilão pela chapada que nem eu – trocamos algumas informações porque era a primeira vez deles também. Chegamos em Alto Paraíso umas 14 horas. O casal já tinha hospedagem certa para ficar em Alto Paraíso e meu destino seria o vilarejo de São Jorge. Como eu já tinha informações que na região carona funciona normal fiquei na espera de uma possibilidade de carona caso ela não acontecesse iria pegar o ônibus que sai meio-dia de Brasília. Mas depois de várias ofertas de R$ 70,00 e R$ 60,00 recusadas chegou um camarada e falou que estava indo para São Jorge e bastava dar o preço do ônibus R$ 8,00 – LÁ FUI EU PARA VILAREJO DE SÃO JORGE. Passamos pelo Morro da Baleia - segue a foto. Cheguei ao vilarejo por volta das 16 horas, ainda claro me dirigir direto ao camping Taiuá. Quando cheguei ao camping me apresentaram toda a estrutura (que é excelente) e logo fui arrumar um canto para montar minha barraca. No resto do dia apenas fui conhecer o vilarejo e me entrosar com a galera do camping (diga-se de passagem ambas muito fácies). Conheci o resto do camping e fui comprar alguma coisa para fazer no camping (lá tem uma estrutura boa de chuveiros, banheiro, cozinha e local para descanso – ALÉM DA NOITE ROLAR UNS FILMES NUMA ÁREA DE CONVIVÊNCIA MUITO BOA). barraca boa... 3º Dia: 06/01 Acordei umas 9 horas e tratei de arrumar a mochila para iniciar a primeira aventura. Tomei um café reforçado e comprei algumas coisas (frutas, água e biscoito) para o percurso. Cheguei na entrada do parque (vale uma explicação). No parque é preciso entrar com guia. O guia são moradores da região alguns viviam do garimpo e hoje são guias e outros são filhos de garimpeiros – mas todos são moradores da região e possuem uma cooperativa. Outra coisa é que o guia custa R$ 100,00 e podem levar até 10 pessoas (quanto mais pessoas melhor individualmente pois dividem o custo). Fiquei na entrada do parque aguardando formar um grupo (o que acontece rápido) – Logo se formou um grupo de 8 pessoas e fiz o primeiro passeio – OS SALTOS O passeio é sensacional passamos nos saltos de 120 metros (Rio Preto), 80 metros e Corredeiras. No total o passeio é de uns 8 km (ida e volta). Não vou ficar tecendo elogios porque as fotos falam por si só. Pós-passeio almocei num restaurante (comida a Kilo) e retornei ao Camping – a noite fizemos uns lanches e muita música para passar a noite 4º Dia: 07/01 Segundo dia de aventuras em são Jorge Neste dia resolvi fazer o segundo passeio no parque. Os Cânions e a corredeiras das cariocas. Vale uma ressalva o primeiro cânion estava fechado, com isso, só os dois últimos atrativos tinha acesso ao público. Fiz a mesma coisa do primeiro dia. Acordei fui tomar aquele café reforçado e, posteriormente, comprar algumas coisas para a caminhada. Esta caminhada seria no total de 10 Km (ida e volta). Fiquei na entrada do parque e logo construímos um grupo Como o primeiro Cânion estava fechado fomos em direção ao segundo. Simplesmente achei fascinante o cânion – surreal a estrutura de rocha a passagem da água – tudo surreal. Depois da passagem pelo Cânion fomos para a cachoeira das Cariocas outro lugar que tentamos compreender como foi produzido – e não temos explicação...risos!!! A formação rochosa é fascinante. Neste dia o nível de água estava elevado (não podemos esquecer que estava no período de chuvas na região). Depois de chegarmos a cidade (umas 16 horas) fui almoçar junto com o guia (Bill) e um casal de minas. Depois para o camping e no final do dia um churrasco com muita música e cerveja. 5º Dia: 08/01 Acordei e estava caindo um dilúvio na cidade. Fiquei o dia inteiro no camping arrumando algumas coisas na barraca e curando a ressaca do dia anterior... Risos! Este dia fiz o almoço com o povo do camping e dei um rolé num córrego do lado chamado Preguiça – só um banho para desestressar e pegar bons fluidos... 6º Dia: 09/01 Acordei um pouco tarde mas como estava na chapada tinha que curtir alguma coisa. Não dá para ficar num local desses e ficar apenas no camping e barraca – mesmo com chuva fui embora. Meu destino seria o Santuário Raizama (8 Km total). Quando estava na rua do vilarejo me deparei com o guia Bill e ele conseguiu uma carona para o Santuário (com o dono da fazenda) – nem gostei. Peguei a carona e cheguei no Santuário umas 14:00 horas. Curtir muito lá, devido a chuva as cachoeiras e o fluxo de água estava intensa em algumas partes só dava para andar pelas pedras o que dificultava o caminho. O local é lindo e merece um dia inteiro. Tem uma queda fascinante. Conheci duas casais lá e voltei de caronas com eles (minhas pernas agradeceram). A noite fomos para um barzinho na cidade, curtirmos uma música e bastante cervejinha – e duas pingas excelentes Seleta e Arnica (muito boas). 7º Dia: 10/01 Acordei e junto com um camarada conhecido no camping “Thiago” – que estava sozinho também só que de São Paulo – resolvemos ir para o Vale da Lua. Pegamos as instruções de uma trilha que existe que vai do vilarejo para o Vale em meia-hora. Com as informações tomamos café e abastecemos a mochila para a aventura. De início foi tranquila, descemos o campo de futebol passamos pela estrada de terra e entramos na mata fechada. Descendo a mata tivemos que atravessar um rio e depois uma subida que para mim foi tranquila. Mas o problema veio depois.....Nesta subida saímos numa estrada de terra (com caminho para carro) e achamos chegamos – fomos para direita andamos 20 minutos e nos deparamos com um portão fechado. Retornamos e andamos para esquerda depois de 25 minutos de caminhada apareceu um camarada correndo e ensinou para nós o caminho. Tínhamos que cortar a estrada e continuar na mata fechada para sair na entrada do vale da Lua. Com a informação voltamos ao ponto inicial da estrada (onde saímos) e descemos até pegar uma mata fechada mas foi em cheio saímos na entrada do vale da Lua. Na noite anterior a chuva foi grande e pela manhã pegamos alguma chuva na trilha e com isso o vale da lua estava intenso. Mas valeu por conhecer o local que fiquei deslumbrado com a cor das pedras, a formação rochosa e tudo mais – parece que aquilo foi colocado lá, porém tem milhões de anos...impressionante!! Ah tive que pagar 10 reais para entrar. FOTOS VALE DA LUA A noite foi a base de muita seleta e violão com pessoas que estavam lá e eram de São Paulo. (aliás todas as noites foram assim). FOTOS DA NOITE DE SÃO JORGE 8º DIA: 11/01 Este dia foi uma dificuldade para acordar. Uma amiga de São Paulo passou na minha barraca as 08h30min – se não ia acordar depois de meio-dia. Após o banho e arrumar a mochila guerreira resolvemos fazer o abismo/janela só que sem guia. Um dos amigos do camping já tinha ido para o abismo, ou seja, conhecia o local (no total fomos em 5 para essa trilha). Começamos a andar – e vou falar uma andada boa em, cerca de 8 km. Passamos pela entrada da propriedade pagamos a taxa de R$ 10,00 e depois de andarmos mais um pouco chegamos no Abismo curtimos um pouco a cachoeira mais ou destino era mesmo Janela (dizem ser incrível). Do Abismo para Janela a trilha começa a piorar, muitas pessoas utilizam guia, mas preferimos ir sem guia – no caminho encontramos um casal de amigos que eram de Santa Catarina e também estavam curtindo a chapada. Após uma subida boa chegamos à famosa Janela e podemos entender porque é tão famosa – simplesmente sensacional. A vista de qualquer ponto é fantástica, contudo, a parte onde se vê os dois saltos do parque é impressionante. O local parece mágico e construído pelo homem, contudo, é uma formação da natureza que devemos aproveitar para reoxigenar as energias. Segue algumas fotos. Chegamos ao camping fizemos uma comida e depois dar uma descansada e cair na noite no bar do Valtinho – muito violão, samba e seleta. FOTOS ABISMO e JANELA 9º DIA: 12/01 Último dia em São Jorge e este dia parecia ter uma aventura sensacional. Para o dia resolvermos fazer algo diferente e irmos no pico chamada Macaquinhos. O camarada Thiago (que era de São Paulo e estava sozinho na viagem) agitou tudo – guia e carros. O guia Fabiano chegou no camping por volta das 9 horas com dois carros e no total foram 8 pessoas mais o guia e a companheira do guia. Essa viagem foi foda, digo viagem porque andamos cerca de 100 Km do vilarejo para lá. Saímos de São Jorge e passamos em Alto Paraíso para abastecer. Depois veio a pior parte. Estava num corsa e 4 pessoas foram de Fiat (outro carro), quando chegamos na estrada de terra o Fiat passou a ser uma bárbarie. Segue a foto: Tivemos que parar um tempo devido a superaquecimento do carro. Depois de muito perrengue – chegamos a entrada do pico. Pagamos a tradicional taxa e começamos nossa caminhada pelo Rio. Na verdade o local possui algumas cachoeiras no mesmo Rio. E então fomos seguindo o RJ até onde dava – sempre com a instrução do guia. Segue algumas fotos. Ficamos lá até 18 horas curtindo o local e a paisagem da região. Literalmente no meio da mata. Pegamos os carros – nosso FIAT ficou no local onde estava...kkkkk Aí na viagem de volta tivemos que parar com o carro (superaquecimento de novo) na estrada – naquele breu e sem triangulo, imaginem a cena! Mas valeu, chegamos a São Jorge e pós-banho fomos comer uma pizza. Da pizza a tradicional passagem no bar – mas dessa vez não fiquei muito pois no dia seguinte tinha que continuar minha trip – Ir para Cavalcante e conhecer Santa Bárbara. Fotos Macaquinhos 10º DIA: 13/01 Acordei cedo para começar os preparativos da viagem. Arrumei a barraca e mochila, depois desmontei a barraca e deixei no camping. Fui até uma pousada, pois tinha conseguido carona com o dono da pousada até Alto Paraíso. Chegamos a Alto Paraíso meio-dia. O Thiago acabou indo pois tinha que ir nos Correios enviar um documento lá em Alto paraíso encontramos um casal que estava em São Jorge e foram para lá sacar dinheiro (só existe dois bancos na cidade – Banco do Brasil e Itaú). Deixei minha mochila na casa do Fabiano (guia que nos levou para o Macaquinhos) e fomos resolver tudo – passamos na lan house, banco e almoçamos. Depois fomos a rodoviária e encontramos o casal – os 3 foram para São Jorge e eu fiquei na beira da estrada a procura de carona para Cavalcante (90 km de Alto Paraíso). Fiquei uns 30 minutos até consegui-la um casal mais a mãe do rapaz estavam num carro e pararam cedendo a última vaga gentilmente para minha pessoa. Após 18 Km o carro resolveu parar por falta de gasolina o rapaz teve que voltar a Alto Paraíso pegar gasolina e esperar outra carona (onde estava) até onde estávamos (eu fiquei no carro aguardando junto a companheira dele e a mãe). Abastecemos o carro e partirmos rumo à Cavalcante. Quando chegamos em Cavalcante fui a procura da Pousada Ceará (indicação do povo de SP) – 15 reais a pernoite (com certeza a mais barata da região). O casal me levou para jantar num churrasquinho no centro da cidade – barato e excelente a comida (com várias opções). Depois ele me deixaram na pousada e fui dormir – pois o projeto era acordar e subir até Santa Bárbara. 11º DIA: 14/01 Chegado o grande dia. Acordei cedo e fui tomar café numa padaria. Comi uns pães de queijo na entrada para o Quilombo Kalunga (inicialmente minha idéia seria campar no quilombo, mas pela hora que cheguei no dia anterior seria impossível). Fiquei aguardando na entrada do quilombo (são 32 km de Cavalcante) e passado uns 20 minutos passou um carro com um casal e uma garota. Pedi uma carona e eles aceitaram fomos na maior tranquilidade – paramos no mirante FOTO DO MIRANTE Depois continuamos e chegamos ao quilombo. Pagamos a taxa de R$ 10,00 e um guia (próprio do quilombo) nos levou para Santa Bárbara. Andamos cerca de 4 km até chegar na maravilha chamada Santa Bárbara. Uma das cachoeiras mais impressionantes que visitei – uma energia própria. A água estava verde (na seca ela fica azul) o sol passa por cima dela o que da um reflexo todo especial – um arco-íris se formou na água da cachoeira – SENSACIONAL – agora entendo porque é uma das cachoeiras mais bonita da região. FOTOS SANTA BÁRBARA Depois voltamos para a cidade (chegamos às 16 horas) – fui numa lan house e comer no churrasco. Lá fiz amizade com 2 caras que queriam ir a Santa Barbara no dia seguinte – ensinei como seria a melhor maneira. Eles estavam de bicicleta foram de Brasília até Cavalcante (uns 4 dias de viagem – com cerca de 90 Km/dia). Voltei para a pousada e depois fui para um baile funk/sertanejo em Cavalcante – podem imaginar, mas foi bom e engraçado a versão que o povo faz para as músicas. Tudo termina em ritmo de sertanejo e funk. 12º Dia: 15/01 Acordei pela manhã e arrumei as coisas no quarto. Iria pegar o ônibus às 15 horas para Brasília. Depois de almoçar levantei acampamento da pousada e fui esperar o ônibus (que já estava lá) – ele saiu pontualmente no horário. Passei por todas as cidades satélites de Brasília e cheguei às 21 horas. Indicaram-me ficar num hotel no Bandeirante. Fui de Taxi até lá (rachei com mais dois que estavam indo para o aeroporto) e parei num Motel (R$ 35,00 a pernoite) os hotéis estavam todos caros (60 e 70 reais). 13º Dia: 16/01 No último dia peguei o avião às 16 horas e cheguei ao RJ com a vontade de retornar muitas e muitas vezes. Espero que o breve relato ajude todos os mochileiros pelo Brasil. A chapada é um local fascinante e mágico, pois possui uma energia própria – segundo os esotéricos essa energia se deve a estar perto do paralelo 14 (o mesmo que Machu Picchu. Outra importante é que na chapada não existe roteiro certo e isso se deve devido as inúmeras cachoeiras que existem na região. Algumas visitei como vocês acompanharam no relato outras ficaram para a próxima como São Bento, Almécegas, Loquinhas, Segredo e Cristais. Um beijo e abraço a todos os mochileiros. 1 Citar
Membros marcosmm Postado Janeiro 30, 2012 Membros Postado Janeiro 30, 2012 Belíssimas fotos, e muitas dicas tambem. Parabens, Saudações mochileiras!!! Citar
Membros hugopa Postado Janeiro 30, 2012 Autor Membros Postado Janeiro 30, 2012 Quem bom que o relato ficou com bastante dicas - essa era a intenção. Precisando de dicas é só falar. saudações Citar
Membros Viajante de Direita Postado Julho 23, 2013 Membros Postado Julho 23, 2013 Muito bom teu relato Hugopa Estou indo esta semana, alguma informações me serão uteis =] abs Citar
Membros fabricionn Postado Outubro 27, 2013 Membros Postado Outubro 27, 2013 Quem bom que o relato ficou com bastante dicas - essa era a intenção.Precisando de dicas é só falar. saudações Fala Hugo! Maneiro o relato! Vou ter 6 dias em abril para viajar e estava pensando na Chapada dos Veadeiros. Acha que dá pra fazer uma boa parte do que fez neste tempo? O periodo de seca/chuva é quando? Abraços e obrigado Citar
Membros Daniel.Medeiros Postado Outubro 28, 2013 Membros Postado Outubro 28, 2013 Sou fã da chapada Citar
Membros Sabrina Lara Postado Outubro 28, 2013 Membros Postado Outubro 28, 2013 Muito legal seu relato, e as fotos ficaram ótimas! Citar
Membros danictlr Postado Dezembro 18, 2013 Membros Postado Dezembro 18, 2013 Muito bom o seu relato!! Você tem algum contato da Pousada Ceará onde ficou em Cavalcante? Obrigada! Citar
Membros Marina Cerqueira Postado Março 15, 2014 Membros Postado Março 15, 2014 Oi Hugo! Qual o nome do camping que vc ficou? Citar
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