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  • Membros
Postado

É isso ai... Pena q ja faz de 1 mês q o "( E )" parou de postar a evolução desse trabalho maravilhoso q ele esta realizando.... Continua aêÊÊêê

  • Membros
Postado

Obrigado pelo incentivo, João! Fiquei um pouco distante do fórum, mas não parei com as facas. Postarei aos poucos o avanço.

 

Legal mais alguém que se aventurou na construção de sua própria faca, Foster. Trocaremos bastante idéias, então.

 

Abraço!

  • Membros
Postado

{ Este comentário eu postei em outro lugar e tinha esquecido de copiar aqui. De qualquer maneira, apesar de descobrir sobre a madeira (postarei em seguida o comentário também) e já ter feito os tratamentos térmicos das facas, achei legal ter o texto na sequência. Abraço! }

 

...

 

Salve, trupe!

 

Esses dias corri atrás de alguns materiais para as etapas seguintes da faca. Acaba cansando um pouco mais fazer isto fora da sua cidade, por não conhecer os lugares certos para ir, sem contar o calor nestes dias, a chuva (de 30 segundos uma vez a cada dois dias) evapora antes de cair no chão; rs!

 

Para uma atualizada nos avanços das lâminas, a segunda faca está quase pronta para a têmpera, e a primeira, eu ainda darei uma ajeitada naqueles riscos (logo postarei fotos das duas juntas, já furadas e prontas para a têmpera). A minha furadeira chegou, não será de bancada, e acabei desencanando de uma manual pois seria cara por tão pouco e bem pesada. Optei por uma DeWalt com controle de velocidade. Também já comprei um 1kg de parafina raspada (que derreterei em banho-maria numa forma comprida com profundidade para colocar todo o fio) para a têmpera seletiva e o revenimento será no forno de casa mesmo.

 

Arrumei para o cabo de uma das facas, um bloco de uma linda madeira, bem densa, que desconfio que seja 'Pau-ferro-verdadeiro'. Para a segunda, ganhei do cara que me aluga a casa, um pedaço de 'Rabo-de-macaco' (Lonchocarpus Leucanthus - também conhecida como: Rabo-de-bugio, Pau-de-canzi, Rabo-itá, Monkey Tail, Yvirá-itá, etc.) que ele tem guardado para cabo de ferramentas há mais de um ano. Era bem grande e ele me cortou um tamanho bom com bastante folga para trabalhar. Fotografei como eu a ganhei, ainda suja, marca de queimado da serra circular e com uma boa parte externa que será cortada e lixada. O bloco também precisa ser melhor lixado pois cortei na serra de arco ( ::mmm:::mmm: ela é dura! ::mmm:::mmm: ); só cheguei a este ponto, pois queria ver direito o desenho dela (mais cheiro, gosto, etc.) para ajudar a encontrar a classificação correta.

 

Em cima, possivelmente, Pau-ferro-verdadeiro; embaixo o Rabo-de-macaco.

20120207124000.jpg

 

Rabo-de-macaco (com a marca de queimado da serra :| ).

20120207124503.jpg

 

Fotos que peguei na internet para comparação e referência:

Pau-ferro-verdadeiro.

SuperStock_1815R-54423%20Ironwood.jpg

Rabo-de-macaco.

raboMacaco.jpg

 

Não será difícil saber o nome da madeira, mas se alguém souber e quiser dizer, ficarei agradecido. :wink::wink:::cool:::'>

 

Grande abraço!

  • Membros
Postado

..., hoje consegui saber o nome da madeira que usarei numa das facas, é Angelim-pedra e não Pau-ferro-verdadeiro. Gostei que a faca terá uma relação com os barqueiros de onde moro, eles a usam para montar as casarias dos barcos.

 

Abraço!

  • Membros
Postado (editado)

Olá a todos!

 

Me ausentei do fórum por um tempo para me concentrar em alguns testes na gravura indireta em aço. Afinal, o trabalho de gravura na cutelaria é um tanto diferente da gravura em metal que realizo nas artes plásticas. Para quem não é familiarizado com este tipo de prática tentarei, com todo prazer, esclarecer as dúvidas quando postar o progresso ao aplicá-la às facas que estou fazendo.

 

Como estou longe do atelier de gravura que eu costumava frequentar, tive que preparar o material necessário, desde o verniz (onde testei até agora três fórmulas para tentar encontrar a melhor para esta situação) até o mordente para fazer a corrosão no metal, entre tudo, as ferramentas para se desenhar no verniz. Também decidi eu mesmo fazer estas simples ferramentas de madeira com pontas de metal aproveitando para testar alguns diferentes tratamentos nas madeiras visando os cabos das facas. Uma maneira simples e rápida de comparar resultados sem precisar esperar por todo o processo de fazer uma nova faca.

 

Postarei, o que for de interesse do fórum, junto, quando mostrar os tratamentos das madeiras das facas. Assim, ficará melhor organizado e poderei separar as fotos e detalhes com mais atenção. E claro, para trocaremos idéias e experiências a cada passo.

 

...

 

Pois, então, onde parei: após limar e lixar, deixando as facas o mais próximo possível do resultado final, fiz a têmpera seletiva em parafina nas duas lâminas. Estava bem apreensivo, me preparando para ouvir algum 'crack' ou tirar as facas todas tortas da parafina, contudo, para minha alegria, as duas passaram intactas! ::mmm:::mmm: Testando com a lima se haviam temperado corretamente, ainda perto da forja, por algumas dúvidas, refiz as têmperas das duas algumas vezes. Deixando claro, que até onde sei, múltiplas têmperas não acrescentam em nada a qualidade ou dureza da lâmina. A questão é fazer uma corretamente, e foi o que procurei.

 

Logo após a têmpera, fiz um duplo revenimento no forno a gás, a mais ou menos 200º, por uma hora e meia cada. Infelizmente uma das faca, a maior, deu uma leve empenada na ponta que só percebi quando estava lixando para tirar a carepa dela.

 

Como as fotos delas depois de temperadas e revenidas são muito parecidas, postarei apenas uma para ilustrar o texto.

 

20120326131146.jpg

 

 

Algumas observações que achei relevante postar sobre este momento:

 

Como são as minhas primeiras facas e há sempre muitos erros de empolgação, pressa e falta de experiência, resolvi não colocar esta duas facas nos limites dos testes de resistência. Acho justo, pois não espero que sejam além de que um começo para outras lâminas que exigirei uma ótima qualidade ou prefiro que elas se quebrem em minhas próprias mãos nos testes. E somando todo o trabalho de gravura e bolster trabalhado que colocarei nestas peças, esta decisão não me incomoda nem um pouco.

 

Apesar disto, pelo fato de uma delas ter entortado um pouco usei a morsa para tentar desempená-la. Esqueci de tirar foto dela prensada, acho que este rabisco dará uma idéia do que estou descrevendo:

 

20120326134421.jpg

 

Após o revenimento é possível tentar assim. Para minha surpresa, a cada tentativa eu aumentava a pressão até o aço ficasse bem encurvado para o outro lado, o deixei preso até de um dia para o outro, mas ele sempre voltava para a mesma maneira do ponto inicial na hora que eu o soltava da morsa. Bom, por um lado, me agradou saber que a faca ficou bem resistente (mais do que eu saberia sobre ela se não tivesse que tentar desentortá-la, certo? :D:wink::wink: ). Eu tinha feito coisas semelhantes com o aço recozido antes para endireitá-lo e era como uma manteiga. E se fizesse isto com ele somente temperado, teria o partido com certeza.

 

Como não deu nenhum resultado com a morsa, parti para a martelada a frio. É um método bem simples, mas que envolve bastante paciência e prática (por isto deixei como segunda opção): se encosta a 'barriga' de onde está empenado na lâmina em algum lugar rígido e plano, e com um martelinho (usei um com ponta redonda) vai batendo levemente, deslocando a massa mal distribuída na lâmina até que ela tome a forma desejada. É um trabalho de ritmo e cuidado, pois não se usa força para se obter resultado. O importante é perceber onde se está batendo pela vibração do metal e não pelo som. Se alguém tiver interesse sobre este assunto podemos estendê-lo mais sem problemas; para o propósito do relato, consegui deixá-la retinha! ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Outra cosia, aproveitando o forno para a têmpera, recozi mais duas barras só que maiores que estas primeiras. Estas, sim, colocarei para cortar tudo na porrada. :D:D

 

Alguns aprendizados foram importantes para as facas seguintes, como no caso de eu ter que lixar MUITO uma das facas, que apenas após todo o tratamento térmico percebi que eu não a tinha deixado direito para o encabamento. Não poupei esforço, a lixei bem, mas demorou, e demorou, e me detonou bem as mão. ::putz::::vapapu::::vapapu:: O lado positivo é que desenvolvi (e/ou adaptei) melhores métodos para o futuro. ::cool:::'> ::cool:::'>

 

...

 

Me desculpem se escrevi demais, e obrigado pela paciência de quem leu tudo. Tentei deixar o texto o mais curto e interessante possível, qualquer falta minha, por favor perguntem.

 

Abraços e logo postarei outros estágios que já estão prontos.

Editado por Visitante
  • Membros
Postado

Caros, colegas!

 

Aproveitando a calmaria por aqui, separei algumas fotos do bolster.

 

20120327192436.jpg

 

20120327192530.jpg

 

20120327192609.jpg

 

Detalhes feitos com pequenas limas e lixas:

 

20120327192646.jpg

 

Como dá para ver na última imagem, apenas trabalhei definitivamente, a curva onde ficará em contato com a madeira e o 'V' que acompanha a lâmina. O resto será propriamente lixado e polido após a fixação de todo o cabo para não haver desníveis.

 

Espero que valha a visita. ::cool:::'>

 

Um abraço a todos!

  • Membros
Postado
CARA, TA FICANDO IMPRESCIONANTE SEU TRABALHO.....

Valeu, João!

 

{ Agradecerei por aqui também a mensagem do Silnei pelo 'Reputation Point' }

(E). Verdadeiro trabalho artístico de cutelaria. Parabéns!

Obrigado!

 

th_schuechtern.gifth_schuechtern.gifth_schuechtern.gif

Abraços!

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