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Ano novo tradicionalmente passo em Peruíbe e já fazia um tempo que queria ir de bike pra lá. Dessa última vez logo depois depois do natal resolvi fazer o trajeto pedalando. Pela Imigrantes e Anchieta normalmente não se pode pedalar, então restava duas opções: Mogi-Bertioga e Rodovia Régis Bittencourt. Eu já havia feito a descida pela primeira até santos, então optei pela Régis.

 

Muito bem como decidi em cima da hora, acabei indo sozinho. O plano era sair as 6h do Butantã rumo à peruíbe no dia 28, mas eu fiquei tão ansioso que resolvi sair as 23h do dia anterior mesmo. Sai de São Miguel rumo a Itaquera, peguei o metrô e desci na estação Butantã 00h 20min de onde de fato começava a pedalada. Perguntei ao guardinha do metrô como chegava na Rodovia a partir da estação, ele fez uma cara de dificuldade, mas me explicou dizendo que de bike até a Régis era meio longe!! Mal sabia ele que eu iria até Peruíbe.

 

Naquele horário quase não era incomodado pelos veículos, tirando um ou outro que passava buzinando que nem louco. Estava com 2 lanternas, uma realmente bem forte, o que a noite é algo essencial e pode garantir o sucesso da viagem. Mantive um ritmo bom pelo acostamento passando por Embu das artes e se aproximando de Itapecerica quando comecei a me perguntar se realmente haveria esse acostamento por toda a rodovia. Do contrário teria que esperar no mínimo o amanhecer para seguir viagem já que os caminhões passavam a toda velocidade pela primeira faixa.

 

As 2h fiz minha primeira parada num posto Br onde pude comer um lanche que havia feito em casa. A partir de Itapecerica, a rodovia ficava totalmente escura e eu dependia exclusivamente de minha lanterna. Em algumas poucas subidas, o acostamento virava segunda faixa e eu tinha que me equilibrar bem no cantinho para não ser carregado pelos motoristas. Lá pelas 4h fiz minha segunda parada já em Juquitiba. De volta a estrada, peguei o grande descidão do início da serra do cafezal e já imaginava a subida. Nessa altura fiz mais uma rápida parada já esperando o amanhecer para começar a subida sem acostamento que eu pensava ser bem longa. Pra minha alegria e espanto a subida era curtinha e eram 6h quando começou a melhor parte da viagem: 20 quilômetros de descida em pleno amanhecer com o visual incrível dos morros da região com pouca neblina e vento na cara. Este momento valeu toda a viagem.

 

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Segui viagem. Passei pelo segundo pedágio e cheguei ao trevo sentido Peruíbe quando algumas gotas de chuva anunciavam a sina do paulista que vai pro litoral no fim do ano. Já estava na interminável rodovia Padre Manoel da Nóbrega, quando às 8h parei pra tomar um suco de manga e um café com leite pra acordar. Veja minha cara de conforto por sentar um pouco na cadeira.

 

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Após alguma prosa com os clientes que admiraram minha coragem, voltei a pedalar pela rodovia que tinha mais subidas do que descidas e um suposto acostamento que ora tinha muita lama, ora tinha muita pedra e nada de asfalto.

 

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A chuva não dava muita trégua e meu corpo começou a sentir um pouco de cansaço principalmente pelas subidas bem íngremes e irregulares. Passei Pedro de Toledo, Itariri e nada de chegar em Peruíbe. Psicologicamente eu falava pra aguentar que já estava chegando. Mais adiante uma placa indicava Peruíbe à direita onde o acostamento já melhorava um pouco. Eram os últimos 10 kms. Não haviam mais subidas e descidas, apenas retas e eu já via sinais de vida, pessoas andando e ciclistas. Meu corpo estava no automático, cansado, enlameado, molhado nas pernas, mas às 11h ele chegava finalmente no centro do Peruíbe, mais precisamente em frente a um restaurante onde pode tomar uma cervejinha e devorar um grande prato de comida apimentado e saboroso. Estava feliz e satisfeito com esta aventura e após pedalar os últimos 5 quilômetros dos 170 até em casa, tomei um merecido banho quente e pude descansar até de noite.

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Parabéns pela pedalada e pelo relato Lucas.

 

 

 

Que bike fez o percurso?

 

Abração

 

Ah sim. O nome dela eh "Ventania", uma Caloi 10 da década de 70. Minha primeira bike e que me acompanha até hoje nas pedaladas mais longas.

 

Abraço

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  • 6 meses depois...

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