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Aê Galera!

Vou deixar aqui registrado o relato de minha viagem SUPER-ECONÔMICA, de 4 dias que fiz de carro com uma amiga para Brotas. Fomos no dia 26.dez.2011 e voltamos no dia 29.dez.2011. Tudo começou com um mês de antecedência de planejamento, tinhamos 2 principais inimigos: dinheiro e clima. Tudo o que fariamos lá dependeria se o clima ajudasse e se o dinheiro permitisse. O primeiro passo foi então pesquisar, pesquisar, pesquisar e rezar. Pesquisando pudemos encontrar opções viáveis de passeio e um bom local para acampar, e rezando, com sorte, teriamos tempo bom (a previsão do tempo indicava MUITA CHUVA todos os dias :( ).

Foram 2 os principais resultados da pesquisa:

-Uma planilha com as principais informações dos principais campings da região

camping.brotas.xls

-Uma lista dos principais passeios que podem ser feitos em Brotas

DESCRITIVO ATIVIDADES.pdf

 

Pagamos adiantado uma parte do passeio para garantir a reserva (o que foi indispensável, pois ao chegarmos lá ficamos sabendo que muitos dos passeios estavam lotados). Pegamos um pacote onde pagamos 190R$ cada um para fazer rafting+boia cross+ cachoeirismo na agencia EcoAção. Há outras agências que fazem o passeio: Águas Radicais, Alaya, H2Omem, Território Selvagem e Vaca Nautica.

 

26.dez- 1ºdia

Partimos de São Paulo 7h da manhã, estava garoando, a estrada estava em condições muito boas e tranquila. A medida que nos afastávamos de Sampa a chuva ia ficando para trás. Chegamos lá em aproximadamente 3 horas. Fomos direto para a fazenda Areia que Canta, onde o principal atrativo é... a areia que canta!! Sim, isso mesmo, essa areia, quando esfregada, emite um som parecido com o de uma cuica, no youtube tem vídeos mostrando.

A entrada do hotel-fazenda fica próxima a um posto de gasolina abandonado, SSP-225, km 124,5 sentido Itirapina (quem está vindo de São Paulo deve viajar na direção de Brotas e fazer o primeiro retorno depois do km 124,5). É ainda necessário encarar mais uns 3km de descida em estrada de terra (em boas condições) que passa ao lado de um extenso pomar de laranjeiras.

Para entrar na fazenda, com direito a visita monitorada para nascente da areia que canta o preço é 30R$. A fazendo possui uma infra-estrutura muito boa, com direito a banheiro com chuveiro, restaurante, piscinas, quadras etc. O uso da piscina, da quadra e de muitas outras coisas, porém, só é liberado para visitantes em épocas de baixa temporada, quando o hotel-fazenda está vazio.

Que sorte!! Estava fazendo o maior solzão!!

A primeira visita monitorada do dia acontece as 10h. Resolvemos esperar até a próxima, que seria 12h (depois disso, tem visita monitorada de hora em hora). Enquanto isso brincamos na mini-tirolesa e demos uma volta ao redor do lago, onde é possível encontrar árvores de todos os tipos de frutas possíveis. Existe também uma diversidade muito grande de pássaros na região.

Chegado meio dia, haviam 3 grupos que fariam a visita. Para ir até a nascente, o monitor pega carona com algum dos visitantes (o monitor pediu carona para mim, pude então sondar mais algumas informações sobre Brotas) e então encaramos um trecho de estrada de terra bem ruinzinho. Chegando perto, estacionamos o carro e fizemos uma trilha bem curta que leva até a areia que canta. O lugar é simplesmente DEMAIS por 2 motivos: a areia, por incrível que pareça, faz MESMO um som quando esfregada. O outro é que você pode experimentar a sensação de areia movediça. Colocando o colete salva-vidas (proibido entrar sem) é necessário flutuar até a parte onde tem areia branca sem pisar no chão. Lá tem uma série de vertedouros de água percolando e ao "colocar o pé no chão" temos a sensação de que ele vai sendo engolido pela areia.

Em seguida visitamos um trecho de um rio onde é possível pular de uma pedra bem no trecho onde tem uma queda d'água e ser levado pela correnteza. Tem também uma hidromassagem natural formada nas rochas. Vale MUITO a pena.

Toda essa visita leva em torno de 3horas. Quando voltamos já era 15h e estavamos morrendo de fome.

Apesar do preço SALGADÍSSIMO, pagamos os 35R$/pessoa para comer a vontade no restaurante (o tutu de feijão, a carne assada e a berinjela à milanesa estavam deliciosas) porque estávamos morrendo de fome. E outra, nos dias seguintes encarariamos somente os alimentos que trouxemos para economizar na viagem: 12 bandeijinhas de Fungini Prato Pronto.

20120101180247.jpg

 

Fiquei impressionado com a versatilidade deste produto, tem vários tipos de massa que já vem prontas, não é preciso guardar em geladeira nem nada, é abrir e comer!! (nem esquentar precisa, se não fizer questão de comida quente). A lasanha e o capeleti de frango são até que gostosos, já o ravioli de carne foi difícil de encarar.

Pelo resto da tarde, ficamos deitados nas redes que tem na beira do lago, tirei um cochilo e acabei acordando as 17h.

Acertamos as contas e fomos para o camping.

 

A princípio iriamos ficar no camping cachoeira escorregador, pois a previsão era de chuva e neste camping eles oferecem quiosques para quem vai acampar. Desta maneira ficariamos mais bem protegidos da chuva.

Como não choveu (fez muito calor e poucas nuvens) entramos no primeiro camping que encontramos no Patrimonio: o camping Raio de Sol. Desde a fase de planejamento da viagem eu já estava tentado a ficar neste camping. Quando telefonei fiquei com uma impressão muito boa. Para quem não sabe, Patrimônio de São Sebastião da Serra é a estrada que leva para as cachoeiras da região. O Raio de Sol não só fica perto do centro (uns 15 minutos de carro) como também conta com uma ótima infraestrutura. Para cada barraca existe um poste de luz próximo bem como tomada, os banheiros são LIMPÍSSIMOS e os donos são uma família muito atenciosa. Vivem lá ainda 2 cachorros, o Kuma e o Bóris. O Kuma é bem sossegadão, já o Bóris ADORA brincar com os visitantes, eventualmente roubando chinelos fazendo com que pessoas saiam correndo desesperadamente atrás dele (falo isso por experiência própria rs). Ele também entra na piscina para brincar com as pessoas que lá estão.

20120101182442.JPG

Armamos as barracas, jantamos o fungini, jogamos baralho e dormimos.

 

27.dez - 2ºdia

Dia de muita agitação!! A programação era rafting 10h e Boia Cross 15h. Saimos cedo para garantir que chegássemos uma hora antes à pedido da agência (acabou sendo bobagem chegar muito cedo, ficamos sem nada para fazer). Comemos um pão de queijo (MUUUUITO BOM) e uma empada de frango (MUUUUITO BOA) numa padaria que ficava ali perto.

Antes de ir pro rafting, recebemos umas aulinhas básicas (que é mais para rir do que para aprender). Chegando lá fizemos aquecimento e um jogo bem legal com os remos, todos formavam um grande círculo, o instrutor ficava no meio e dava instrução e tinhamos que correr para pegar o remo da pessoa da direita ou da esquerda, dar rodopios etc. Só estando lá para ter noção do quanto é engraçado.

Fizemos então o rafting no rio Jacaré . Vale a pena!!! Valeu mais ainda porque minha amiga foi a única, dentre os 12 botes, a cair no rio RS. ::otemo::

Chegando lá 13h, pegamos o carro e fomos para a praça comer nosso almoço (Fungini prato pronto rs), demos uma volta pelo centro e 15h estavamos dnovo lá na agência para fazermos o boia cross, que foi legal, mas as águas do rio são muito mansas.

Nesses dois passeios é importante levar um calçado que fique preso ao pé e possa molhar.

Quando voltamos, lá pelas 17h, ficamos na piscina do camping. Neste dia também fez um tempo muito bom, muito sol.

 

28.dez - 3ºdia

Dia de Cachoeirismo!! Fomos até o parque Aventurah, que é onde fica a cachoeira, onde nossos instrutores, os irmãos Gian e Giovani nos deram uma aula básica de como deveriamos proceder na cachoeira. Entramos então na velha perua que nos levou até próximo da cachoeira. Descemos uma cachoeira de 45m amarrados por uma corda em pedras escorregadias, nunca havia feito nada do tipo, no começo, que tinha que se jogar de costas na beira da plataforma, deu um leve cagaço mas é bem tranquilo. Na volta encaramos uma trilha de uns 40 minutos no meio da mata para chegar até a perua.

Pelo resto da tarde aproveitamos o parque, que tinha piscina, um lago bem grande, onde um menino de 6 anos me ensinou como eu deveria escorregar no tobolago (um tobogã que termina num lago). Ganhamos uma tirolesa aquática para fazer nesse parque, você pula de uma plataforma e no fim termina dentro do lago (muito legal). Tinha também lá uma prancha que era puxada por sistema mecânico para meio que vc surfar em alta velocidade no lago, mas que acabamos não indo. Na saída comemos o sanduba de linguiça com rucula no Tavolaro, que fica grudada no parque.

Fomos direto para o centro, dar uma olhada na casa da Cachaça. O lugar é muito legal, vende além de cachaça licores de vários sabores, além de vender o melhor queijo que já comi na vida: um requeijão. Comi uma amostra, e na maior cara de pau pedi para repetir de tão bom que estava. Comprei um licor de leite de onça e um doce de nata.

Lá pelo fim da tarde, exaustos e cansados, voltamos para o camping. O que vinhamos esperando há 2 dias finalmente aconteceu: choveu, com direito a muito vento e raio. ::essa::

 

29.dez - 4º dia

Pela manhã já havia parado de chover e as barracas estavam secas. Guardamos, arrumamos as malas, fechamos as contas e fomos para a nossa última visita em Brotas: escutando uma conversa, ouvimos dizer que a melhor cachoeira para se visitar era a Cassorova. É para lá que fomos.

Já estávamos no Patrimônio e fomos entrando cada vez mais adentro. Fomos, fomos e fomos, parecia que o lugar não chegava nunca... já estavamos achando estranho, até que vimos uma placa, direcionada para uma estrada de terra que indicava "cachoeira do cassorova". A estrada está em condições muito ruins. Tem muitas subidas e descidas, que impedem o motorista de enxergar se tem algum carro vindo na direção oposta. Detalhe: é nessa estrada que fica o camping que a princípios iriamos, por sorte desistimos dele. Chegando lá na fazenda pagamos 25 conto cada um pra entrar (um roubo, mas fazer o quê). Lá ficam 2 trilhas, uma de 15 minutos em terreno íngreme com escadaria que leva até a cassorova e outra mais plana, porém 10 vezes mais comprida, que leva 40 min para ser percorrida (dos Quatis).

Descemos primeiro na Cassorova sossegado (para minha amiga nem tanto). No pé da cachoeira tem um poço com 6m de profundidade, onde quem sabe nadar pode tomar banho. a única coisa que estraga a paisagem é uma grande corda laranja usada para fazer cachoeirismo que se extende por toda a cachoeira.

Voltamos, minha amiga já muito cansada não quis fazer a do Quati, acabei nem indo também. Fomos embora para São Paulo, chegamos em 3h mais ou menos.

 

Talvez tenha esquecido alguma coisa ou outra nesse relato, mas aí vai um super resumo:

 

Gastos:

Pedágios: 74R$ (total ida+volta). Confesso que isso foi burrada minha. Segui o GPS e fui pela Anhanguera. Se tivesse ido pela Bandeirantes o gasto com pedágio previsto era 55R$.

Gasolina: Não sei exatamente dizer o quanto, mas foi aproximadamente 1 tanque inteiro

Camping: 75R$/pessoa ( 25R$ por noite, 3 noites)

Comida: Cada refeição daquela fungini custa 7,30R$

Pacote de Passeio: 190R$

Visita na Areia que canta: 30R$

 

 

 

NÃO DEIXE DE LEVAR:

-Calçado que fique preso ao pé que possa molhar. No caso do rio do primeiro dia, do rafting e do boia cross era possível usar papete e sandália. No cachoeirismo era obrigatório o uso de calçado fechado, portanto leve um par de tênis para molhar e outro par para usar no dia a dia.

-Repelente, ou próximo aos rios e cachoeiras você vai levar muitas picadas de lembrança.

-Carro. Sem ele fica difícil se movimentar pela região, pois não existem ônibus que vão do centro até o bairro do patrimônio e até outros locais onde são realizados passeios (que ficam um pouco distantes).

 

NÃO DEIXE DE VISITAR:

-Fazenda Areia que canta - A nascente é FANTÁSTICA, e na fazenda dá para tirar um bom cochilo nas redes às margens dos lagos.

-Casa da Cachaça - Além de cachaça vende licores caseiros de todos os sabores. Vende ainda doces caseiros e queijos ( o requeijão é FANTÁSTICO). Lá também tem um pequeno museu da cachaça, uma salinha com diferentes garrafas de bebidas alcoolicas. a loja em si é muito legal. O endereço é Pça Benedito Calixto, 221 (centro)

- Sorveteria - Infelizmente não sei o nome, mas era uma sorveteria que ficava numa esquina e vende um sorvete de laranja (massa) muito bom por 3R$ a bola.

-Tavolaro - Fica grudado no parque Aventurah (SP-225 direçao Jaú, km 142), tem vários tipos de doce caseiro, queijos e na lanchonete deles vende um sanduba de linguiça com queijo e rúcula bastante pedido. Muito bom.

 

NÃO DEIXE DE COMER:

- O requeijão que vende na Casa da Cachaça

- Pão de queijo na padoca que fica perto das agências

- Sorvete de Laranja na rua que é paralela à rua das agências

- Sanduiche de Linguiça com Rucula e queijo na Tavolaro.

 

Grande Abraço!!

 

Felipe Matsusaki

  • Membros
Postado

Muito completo o relato. Estava pensando em ir pra Brotas, afinal várias pessoas falam muito bem de lá, e com essas informações, tenho certeza que estarei lá nos proximos meses. Valeu, Felipe!

  • 8 meses depois...
  • Membros
Postado

Muito legal seu descritivo hein! Gostei da planilha dos campings.

Pretendo ir pra lá no feriado de novembro... seremos 3 ou 4 pessoas. Sei que em pleno feriadão é beeeem difícil fugir da bagunça dos turistas. Mas mesmo assim vou arriscar a te pedir uma dica de sossego no feriado. O que vc recomenda? Gostei do estilo desse camping que voce ficou... mas deve ficar lotado né?

  • 5 meses depois...
  • Membros
Postado

Muito bom seu relato!!!

 

Estarei indo pra lá em Julho, e usarei o seu relato com um roteiro para minha viagem.

 

Ja fui em uma cachoeira em Itirapina (Cachoeira do Saltão) é muito bom tbem, recomendo para quem queira se divertir com pouco dinheiro.

  • 1 mês depois...

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