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  • Membros de Honra
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Dia 60 - 08/9: Último dia na Tailândia.

 

A viagem era para durar 11 horas, mas durou 14 horas e meia.

 

O ônibus parou a cada 2 horas mais ou menos e o motorista ficava mexendo em alguma coisa no motor.

 

Não dormimos nada, os bancos eram horríveis, a saída do ar condicionado estava sem tampa, o vidro estava trincado e o motorista conversava com o ajudante em voz muito alta.

 

Achamos melhor não ficar reparando no ônibus...

 

Os gringos pediram para o motorista parar numa loja de conveniência para comer. Fala sério...

 

Na parada oficial do ônibus, com comida tailandesa, ninguém desceu...

 

O ônibus parou na Khao San e fomos até o New Joe Guest House, aquele mesmo que ficamos antes.

 

Deixamos as mochilas presas na recepção, pois não tinha quarto vago, e saimos para tomar café da manhã.

 

O remédio contra malaria deixou a gente grog de novo, e ainda tinha o cansaço da viagem...

 

Compramos passagem de ônibus para o Camboja na agência menos suspeita que conseguimos encontrar...

 

Depois já saimos para procurar um livro que deixamos para comprar depois.

 

Deu trabalho para achar o tal do livro. Só achamos no fim da tarde quando já tínhamos desistido.

 

Tentamos comprar umas roupas aqui na Khao San, mas os vendedores não colaboraram...

 

Enfim, não compramos nada além das bandeirinhas para costurar na mochila.

 

Tiramos o resto do dia para descansar pois hoje o dia foi muuuuito puxado.

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  • Membros de Honra
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Dia 61 - 09/9: Atravessando a fronteira Tailândia-Camboja.

 

Acordamos às 6:30 e às 7:30 pegamos o ônibus com destino ao Camboja.

 

O ônibus era um pouco melhor do que aquele que usamos para voltar a Bangkok, pelo menos o banco era um pouquinho mais confortável.

 

Às 11 horas o ônibus parou e algumas pessoas que tinham recebido um adesivo laranja desceram para trocar de ônibus. Não entendemos o por que disso...

 

Paramos às 11:30 em um restaurante, já bem perto da fronteira.

 

Quem tinha o bilhete igual ao nosso desceu "só" para trocar o bilhete por outro, para ser usado no ônibus depois da fronteira até Siem Reap.

 

O novo "bilhete" era só um adesivo vermelho que foi colado em nossas camisetas.

Logo chegou um cara com formulários para preencher.

 

Preenchemos pois achamos que era para não perder tempo na fronteira.

 

Depois o cara voltou, pediu 1 foto, o passaporte e 1200 baht de cada para fazer o visto do Camboja.

 

- Que? 1200 Baht?

- Sim, para o visto.

- Nós não temos Baht.

- Tudo bem, lá do outro lado da rua troca.

- Jú, quanto dá isso em dólares?

- Dá uns 35.

- Nós vamos tirar o visto direto na fronteira.

- Lá também é em Baht e não tem casa de cambio.

- Tudo bem, vamos pagar em dolar. Lá são só 20 dólares.

- Sim, mas vai demorar e vocês podem perder o ônibus.

- Não tem problema...

Não vamos entregar nosso passaporte a ninguém!!!

 

O cara ficou meio bravo e saiu.

 

Pensamos que ele não ia esperar a gente depois da fronteira para continuar a viagem.

 

Mesmo assim decidimos fazer o visto na fronteira mesmo, pois aqui ia custar 15 dólares a mais de cada um de nós e com esse dinheiro poderíamos pegar outro transporte caso perdessemos o ônibus.

 

O ônibus seguiu até a fronteira. Lá, ao contrário do que o cara falou, tem casas de cambio, mas eles não trocam para a moeda do Camboja.

Passamos pela imigração da Tailândia e seguimos para a imigração do Camboja.

 

No caminho o cara perguntou de novo se a gente não queria que ele fizesse o visto, pois agilizaria o processo.

 

Ele disse que demora mais de meia hora e que todos do ônibus já tinham o visto e teriam que ficar esperando.

 

Dessa vez ele pediu 1000 baht. Agradecemos e dissemos que nós mesmos iríamos fazer isso.

Na imigração, o custo foi de 20 dólares mais 5 para agilizar o processo. Aqui nós pagamos a propina, pois eles poderiam realmente estragar nossa viagem. Fala sério!!!

 

Demorou menos de 5 minutos e com o visto na mão, seguimos para a entrada do Camboja.

 

Pegamos a fila, e o pessoal que fez o visto antes com o malandro, ops, com o cara do restaurante, estava lá esperando ainda para passar a fronteira.

 

Subimos na van e o cara disse que era bom trocar dinheiro aqui pois em Siem Reap não aceitam Baht e como hoje é sábado, os bancos estão fechados.

 

A van parou em uma casa de cambio para trocar de transporte e "forçar" a gente a trocar dinheiro lá. A taxa de cambio era horrivel: US$ 1,00 = 3400 riel.

 

Pouca gente trocou dinheiro.

 

Depois, às 2 horas da tarde, pegamos um minibus horrível!!!Bem pior do que o pior dos ônibus coletivos que a gente já andou.

 

Para ajudar, a estrada é toda esburacada. Não é um buraco aqui e outro mais adiante, não. São buracos seguidos, a perder de vista na estrada sem curvas.

 

O motorista parou para fazer xixi e o Douglas me disse: O ônibus vai "pifar" depois do xixi.

 

Dito e feito. Problema elétrico no ônibus e meia hora de espera para nos dar uma canseira...

 

O ajudante do motorista não demonstrou nenhuma preocupação, claro, eles fazem isso todos os dias...

 

Paramos para jantar.

 

Já tinha um minibus lá e depois chegou outro, todos os passageiros estavam no mesmo ônibus que pegamos em Bangkok.

 

Um gringo já chegou perguntando a outro que já estava no restaurante: E ai, quanto tempo seu minibus ficou parado?

 

Hauahuhuahuauh todos estão ligados no esquema...

 

O ajudante do motorista veio a nossa mesa e disse que o minibus vai deixar a gente em um guest house da empresa, mas nós não somos obrigados a dormir lá...Se a gente quiser outro guest house, o tuk-tuk leva de graça...Sei, sei...

 

Levamos 7 horas para percorrer cerca de 180 kilometros!!!

 

Às 9 horas da noite chegamos no Home Sweet Home Guest House, exaustos.

 

Na entrada tinha um monte de cambojanos se oferecendo para mostrar os quartos.

 

Subi para ver e a Jú ficou na entrada com a bagagem.

 

O quarto era bom. Perguntei o preço e ele disse 8 dólares e eu disse que ia pensar.

 

- Jú, esses caras todos trabalham no hotel?

- Acho que eles são motoristas de tuk-tuk.

- Porque eles estão tão interessados em mostrar o quarto???

- Não sei. Fala direto na recepção.

Fui lá.

 

- Quanto custa um quarto duplo com ventilador?

- Qual quarto você viu?

- Não sei o número...

- Espera um pouco.

 

O recepcionista estava procurando o cara que me mostrou o quarto.

 

- Quanto custa?

- Preciso saber o número do quarto.

- Um quarto duplo, com ventilador!!!

- Sim, um momento.

 

Ele ainda estava esperando o cara que mostrou o quarto...

 

- Quanto custa um quarto duplo com ventilador?

Sem resposta...

- Você não sabe quanto custa o seu quarto?!?!?!

Dei as costas e sai.

 

- Jú, vamos procurar outro. Esses caras são enrolados... Expliquei o ocorrido para a Jú.

 

Saimos do Guest House e os motoristas se ofereceram para levar de graça a outro lugar. Ai, sim tivemos certeza que eles ganham comissão, afinal, por que levariam de graça?!?!

 

Fomos até a esquina a pé e duas gringas perguntaram se a gente estava procurando hotel.

 

Dissemos que sim e elas disseram que estavam no Home Sweet Home pagando 7 dólares.

 

Voltamos lá, com a poeira baixa, sem motoristas de tuk-tuk comissionados e pagamos 7 dólares ao invés dos 8 dólares de quando chegamos lá.

 

Pela felicidade das gringas, achamos que elas ganharam desconto por levar novos hóspedes...

 

Não somos mão de vaca, não. O que acontece é que não vamos ficar gastando nossos suados dólares nesses esquemas de tirar grana dos turistas...

 

Foi um dia puxado, mas já estava previsto. O engraçado é que todo o golpe aconteceu como o descrito no guia e nos sites que nós lemos antes da viagem...

 

Dia após dia, ano após ano, sempre o mesmo golpe.

 

Eles nos dão uma canseira, chegam tarde em Siem Reap, para que a gente pague qualquer preço no primeiro hotel que aparecer...

  • Membros de Honra
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Dia 62 - 10/9: Primeiros passos em Siem Reap.

 

Acordamos às 7:00, mas devido a cansativa viagem de ontem não tivemos força até a hora do almoço.

 

O restaurante do nosso guest house é um pouco acima da (nossa) média planejada, por isso saimos para procurar um lugar para tomar café da manhã.

 

Os preços no Camboja são principalmente em dólares, mas pode-se pagar com a moeda local, o Riel...

 

Voltamos do café da manhã e ficamos no quarto descansando.

 

Depois alugamos bicicletas e saimos para visitar o Land Mine Museum, porém, o museu do nosso mapa não existe no lugar indicado...

 

Fomos parar na entrada de Angkor Wat.

 

Já era quase 2 horas e não compensava ir hoje, por isso voltamos para o centro e almoçamos no Shadow of Angkor.

 

A Jú pediu um Amok, que é peixe assado com leite de coco, limão, amendoim e vários temperos servido dentro de um coco.

 

DE-LÍ-CIA!!!!

 

O Douglas pediu um peixe assado com molho apimentado que ele não lembra o nome...

 

Não tinha ninguém no restaurante quando chegamos, mas começou a encher depois.

 

Mas também, com cara que a Jú fazia a cada garfada, os gringos devem ter pensado que era a melhor comida do mundo...

 

Na frente do restaurante tinha um homem com as duas mãos amputadas, vendendo livros em uma barraquinha.

 

Fomos conferir se havia algo de interessante lá. Os livros eram sobre a história do país, os templos de Angkor e também guias de viagens dos países vizinhos.

 

Ele habilidosamente pegava os livros para nos mostrar, mesmo sem as mãos.

 

Nos interessamos por um sobre o Khmer Rouge e compramos para ajudá-lo.

 

Iríamos ajudá-lo a colocar na sacola plástica, mas realmente não foi preciso. Ele tinha muita habilidade.

 

Em todos os países por onde passamos tem pessoas pedindo esmola.

 

É muito difícil ficar indiferente ao ver crianças sujas e mal-vestidas, com cara de quem realmente não tem boas condições de vida.

 

Para nós uma moeda não fará diferença, porém não iremos incentivar ninguém a continuar pedindo esmolas.

 

A grande maioria dos adultos, não tem nada que os impossibilitem de trabalhar e muitos deles colocam seus filhos para pedir esmolas.

 

Nesse trajeto, vimos pessoas plenamente capacitadas pedindo esmolas, assim como vimos cegos, mudos e deficientes físicos trabalhando normalmente.

 

Foi exatamente isso que reforçou em nós essa idéia de não dar esmolas as pessoas. Há outras formas de ajudar.

 

Visitamos o Old Market, que tem muitas lojas para turistas e tem a feirinha para os cambojanos, que, claro, tem condições bem piores do que a parte dos turistas, como sujeira e pouca iluminação.

 

Voltamos ao hotel.

 

O Douglas pediu para arrumarem o chuveiro do nosso quarto e vieram a recepcionista e outro funcionário.

 

Enquanto o cara arrumava o chuveiro, perguntamos quanto mais ou menos custava o tuk-tuk até Angkor Wat e ela disse para negociar com ele pois ele é motorista de tuk-tuk.

 

Por que era um motorista de tuk-tuk quem estava arrumando o chuveiro?

 

Ele pediu 12 dólares pelo dia todo para a rota curta e 13 para a rota longa.

 

Dissemos que é desde de o nascer até o pôr-do-sol na rota curta.

 

- Daí é mais caro porque tenho que acordar cedo...

 

- Quanto?

 

- 13 dólares.

 

- Mas que hora você acorda normalmente?

 

Ele desconversou...

 

- Dá um desconto para nós.

 

- Está barato. Tudo no Camboja é caro...

 

- Não está barato, não.

 

Nós pensamos, vocês é que fazem tudo ser caro.

 

- Tá bom, 12 dólares.

 

- 12 é muito!

 

- É barato. Tenho que acordar cedo...

 

Daí a Jú falou:

 

- Nós somos brasileiros...isso é muito dinheiro para gente...

 

Ele ficou pensando.

 

- Nós pagamos 10.

 

- 10 é pouco, 11 então.

 

- Não, 10!

 

- Onze!

 

- Mas enquanto você nos espera, você vai dormir...

 

Ele deu uma risada.

 

- Faço por 11.

 

A Jú falou em português para mim.

 

- Não, eu vou de bicicleta.

 

Eu respondi.

 

- Tá bom.

 

Virei para o motorista e disse.

 

- Obrigado, vamos de bicicleta.

 

- Ok, ok. 10 dólares...Mas não posso pegar vocês aqui no hotel. Voces terão que ir até a esquina.

 

- Sem problema...

 

Ele nos disse que era para ir até a esquina para que o pessoal do hotel não visse, pois ele fez o preço sem a comissão do hotel.

  • Membros de Honra
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Dia 63 - 11/9: Primeiro dia nas ruínas de Angkor

 

Às 5 horas da manhã encontramos o motorista de tuk-tuk e partimos para o Angkor Archaeological Park.

 

Pagamos 40 dólares cada pelo ticket para 3 dias de visitação.

 

Ainda no escuro, procuramos um bom lugar para ver o sol nascer atrás do Angkor Wat.

 

O tempo não estava muito bom, estava bem nublado e o nascer do sol foi meio sem graça.

 

Fomos tomar café da manhã ao lado do templo em uma barraquinha e os exploradores pediram o absurdo de US$ 2,00 por uma pão com manteiga e mais US$ 2,00 por uma garrafa de água grande.

 

Negociamos, demonstrando irritação pelos precos abusivos, e o preço caiu para 1,50 o pão e 1,00 a água...

 

Angkor foi a capital do império Khmer, que existiu, onde hoje é o camboja, entre os séculos 9 e 12.

 

Na capital residiam mais de 1 milhão de pessoas e o poder do império se estendia até a Tailândia, Vietnã e Laos.

 

Esse templo tem o lay-out baseado no mítico Monte Meru, que para os Hindus é o centro do universo e a casa dos deuses.

 

A mitologia hindu também se encontra nos detalhes das paredes e colunas.

 

As paredes externas do primeiro piso são inteiramente esculpidas com imagens do Ramayana e 2000 mil Apsaras estão esculpidas somente nesse templo.

 

Olhamos atentamente para um bloco esculpido e imaginamos todo o empenho para realizá-lo.

 

Depois olhamos para o grandioso templo e pensamos que em cada bloco dele havia esculturas igualmente trabalhosas...

 

Seguimos de tuk-tuk até Banteay Kdei.

 

Foi construído durante o governo de Jayavarman VII e foi um monastério budista. Hoje o templo está ainda pouco restaurado.

 

Durante todo o nosso trajeto pelo templo os vendedores ficaram nos seguindo e oferecendo seus produtos.

 

Não sairam do nosso pé nenhum segundo...

 

As crianças perguntam de onde somos e rapidamente respondem:

 

- A capital é Brasília, a língua é o português e tem 170 milhões de habitantes.

 

Tudo para nos impressionar para que compremos...

 

De lá nos dirigimos ao Ta Prohm.

 

Nesse templo há varias árvores gigantes que nasceram e cresceram por cima dos blocos que o compõe...

 

É impressionante a ação da natureza e inacreditável a forma como as árvores se sustentam.

 

Os troncos começam em cima dos muros e dos tetos e as raízes "escorrem" até o chão...

 

Depois chegamos no Ta Keo, que é dedicado a Shiva e considerado pelo arqueólogos como um templo inacabado devido a falta de esculturas em algumas paredes.

 

Os blocos utilizados são enormes e a estrutura era conhecida como a Montanha com picos de ouro.

 

Seguimos ao Bayon e paramos para almoçar.

 

O restaurante onde o motorista nos levou fica junto de muitos outros restaurantes, todos sob a mesma cabana de madeira sem paredes.

 

A Jú estava vendo um menu e eu, outro. Percebemos que os preços estavam todos com diferença de US$ 0,50.

 

Eu estava escolhendo a comida e a dona do restaurante trocou meu menu, dizendo que esse era o mais caro e era para nós usarmos o mais barato...

 

Sem querer, tivemos certeza de que há preços diferentes dependendo do cliente...deve ter sido o motorista que a avisou...

 

Sacanagem...pelo menos o nosso foi o mais barato.

 

Visitamos o Bayon, que tem as imagem mais ilustrativas da arte e da arquitetura Khmer.

 

São 37 torres. Quase todas tem 4 faces, cada qual orientada a um dos pontos cardinais.

 

Ainda não é certo o que as faces representam, mas uma das possibilidades é que são uma mistura de Buda e o rei Jayavarman VII.

 

Na parede sul estão representadas, através de esculturas, cenas da guerra entre os Khmer e os Cham.

 

Atrás do Bayon está o Baphuon, que está em grande parte em ruínas e fechada a visitação interna.

 

Depois andamos até o Phimeanakas, que é um templo em forma de pirâmide.

 

A lenda diz que uma cobra vivia na torre de ouro e foi transformada em uma mulher...

 

Andando pela trilha atrás do Baphuon chegamos a uma vila com casas de palha.

 

Um monge estava jogando água com um balde em uma família seminua.

 

Vimos o ir e vir das humildes pessoas e conversamos um pouco com uma menina que vendia bebidas...

 

Era isso que nós queríamos ver no norte da Tailândia...

 

Isso é que é realmente interessante, ver o povo quando ele é simplesmente o povo, e não o povo quando está prestando um serviço ao turista...

 

Depois chegamos ao Terraço dos Elefantes.

 

São 300 metros de comprimento e 2,5 de altura e diversas esculturas de elefantes.

 

Para encerrar o dia com chave de ouro, subimos a colina que leva até o Phnom Bakheng para ver o sol se por.

 

Daqui a vista estende-se até o Tonle Sap Lake e Angkor Wat.

 

Mas como nem tudo é perfeito, caiu um temporal logo que chegamos ao topo, não vimos nada e voltamos para o guest house ensopados.

 

Jantamos rapidinho depois do banho e capotamos...

  • Membros de Honra
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Dia 64 - 12/9: Segundo dia nas ruínas de Angkor

 

Às 9 horas nos dirigimos às ruinas de Angkor novamente, dessa vez para visitar os templos da rota longa.

 

Começamos pelo Pre Rup, que é um belíssimo templo com excelente vista das redondezas.

 

As esculturas são ricamente detalhadas e estão bem preservadas.

 

Seguimos ao East Mebon.

 

Este templo, de três níveis, tem 5 torres simétricas no nível superior.

 

Ficava em uma ilha no meio do lago Eastern Baray, que hoje encontra-se seco.

 

Logo depois, no Ta Som, um vendedor de livros veio nos oferecer seus produtos.

 

Nos interessamos por um sobre o sítio arqueológico de Angkor.

 

No código de barras da contra-capa estava escrito US$ 27,00.

 

Perguntamos o preço e ele respondeu US$ 5,00.

 

Vimos muitas cópias falsificadas de livros sendo vendidas nas ruas, algumas bem feitas e outras muito ruins, por isso desconfiamos do preço.

 

Pedimos para folhear e o livro parecia original.

 

Perguntamos de novo o preço.

 

- 10 dólares.

- Mas você tinha dito 5.

- Não. É 10. 5 é esse outro livro.

- Você disse 5.

- Esse é 10.

- Então não queremos, obrigado.

- 10 tá barato.

- Obrigado

 

Viramos as costas e saimos.

 

- Tá, tá bom, faço um desconto para vocês. 5 dólares.

- Agora não queremos. Ficou caro.

- 5 dólares!

- Obrigado, tchau.

 

Saimos e ele andou por um bom tempo atrás de nós repetindo: Ok, 5. Ok, 5...

 

Seguimos ao Neak Pean, um pequeno templo que fica ilhado na estação chuvosa.

 

Acreditava-se que a água em sua volta continha propriedades medicinais.

 

Mesmo sendo originalmente budista, este templo contém, diversas imagens hindus.

 

Passamos depois no Preah Khan, que foi um monastério budista com mais de 1000 monges.

 

Está amplamente em ruínas e em alguns trechos os blocos caídos impedem a passagem.

 

Tem um ar de filme de Indiana Jones e impressiona pelas diversas passagens internas.

 

Paramos para almoçar no mesmo lugar de ontem.

 

A dona do restaurante estava ensinando sua filhinha de uns 4 anos a vender coisas aos turistas.

 

Ela ensinava a criança a dizer 1 dólar.

 

Não entendemos nada do idioma deles, mas ela claramente dizia para a menina fazer uma cara de triste...

 

Passamos novamente no Angkor Wat para refazer umas fotos que ontem não ficaram boas por causa do forte sol atrás do templo.

 

Vimos um monge saindo do portão central do Angkor Wat e nos apressamos para fazer fotos dele, mas não sei como, ele percebeu de longe e desviou o caminho.

 

Esses monges devem ter sexto-sentido para fotógrafos, pois é só apontar a câmera que eles percebem...E inesplicável...Já aconteceu várias vezes.

 

Voltamos ao guest house e jantamos lá mesmo.

 

Enquanto esperávamos a comida, perguntamos ao dono do guest house se as crianças vendedoras vão a escola.

 

Ele falou que poucas crianças estudam.

 

- Mas elas falam inglês tão bem...

- Só sabem as frases para vender.

 

Na hora lembramos da dona do restaurante ensinando a filha...

  • Membros de Honra
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Dia 65 - 13/9: Choque cultural na chegada a Phnom Penh

 

Acordamos cedo e pegamos o ônibus para Phnom Penh, a capital do Camboja.

 

Como os ônibus costumam parar para subir e descer gente pelo caminho, trancamos, com cadeado de bicicleta, as mochilas na barra de ferro do compartimento de bagagem.

 

Toda vez que precisamos trancar a bagagem e o povo local está vendo, nos sentimos mal, pois parece que julgamos todos como ladrões.

 

Mas é preciso, pois só um mal intencionado, no meio de um milhão de pessoas honestas, pode estragar a viagem.

 

Nesse ônibus só tinha 2 estrangeiras além de nós. Duas senhoras de uns 50 anos.

 

Aliás por todo nosso trajeto, encontramos senhores e senhoras de 50 ou 60 anos viajando de mochilão, alugando bicicleta, dormindo em quartos ruins como os nossos, comendo em restaurantes simples, etc...Enfim, viajando com energia. Isso nos dá ainda mais ânimo para continuar.

 

Nos imaginamos se com essa idade já teríamos conhecido o mundo todo...

 

Esticamos no banco duas camisetas que lavamos ontem na pia do banheiro e que ainda estavam úmidas.

 

A paisagem na estrada é rural e bem pobre. A grande maioria das casas é de madeira e palha, mas há algumas poucas casas de alvenaria grandes e bonitas.

 

O motorista buzinava toda vez que ultrapassava alguém. Parecia uma criança que tinha acabado de ganhar uma buzina de presente...

 

Na TV do ônibus passava clipes musicais cambojanos e passou um filme de comédia chines, bem simples, tipo de 20 anos atrás do Brasil...

 

A Jú não tirava o olho da TV e se divertia junto com o povo. Os cambojanos se matavam de rir...

 

As camisetas secaram e estendemos outras 2 que também estavam úmidas.

 

Em uma das paradas do ônibus descemos para ir no banheiro.

 

Na porta do ônibus chegaram 3 pessoas pedindo esmola.

 

Além do restaurante há, ao lado do estacionamento do ônibus, várias barraquinhas de frutas.

 

Tinha até enormes aranhas fritas...

 

Compramos...bananas e cana de açúcar.

 

Na volta ao onibus tinha uma criança e um senhor cego pedindo esmola. Demos metade de nossas bananas...

 

Só daremos dinheiro em troca de algum serviço.

 

Trocamos as camisetas secas por outras úmidas enquanto o ônibus saía.

 

A chegada a capital Phnom Penh foi o que mais nos chocou nessa viagem toda!!!

 

Ainda longe do centro, o ônibus parou para um passageiro descer.

 

Enquanto o ônibus diminuia a velocidade, vimos alguns homens correndo em direção ao ônibus.

 

A expressão no rosto deles era de pressa misturada ao desespero, mesmo assim com um sorriso no rosto. Não entendemos, ficamos observando...

 

Foi juntando mais gente. Eram mais de 10 pessoas, com certeza.

 

O ônibus parou. Todos que correram se juntaram na porta.

 

Quando a porta abriu o passageiro já estava na escada.

 

Todos o chamaram desesperados, levantando a mão como se dissessem: Eu! Eu!

 

O passageiro desceu e formou-se uma roda em volta dele. Ele escolheu um e saiu enquanto os outros se afastaram, desanimados...

 

Depois percebemos que eles eram motoristas de moto e tuk-tuk em busca de um cliente, ficamos chocados com a situação do povo em relação ao trabalho e a luta por uma renda.

 

Foi uma cena forte!!!

 

Se com um cambojano já é assim, ficamos imaginando a nossa hora de descer...

 

Quando saimos de Siem Reap a recepcionista do guest house nos perguntou se a gente queria que um tuk-tuk nos esperasse na chegada a Phnom Penh.

 

Aceitamos.

 

Quando chegamos, os motoristas se aglomeraram da mesma forma.

 

Os que viram os gringos (eu e o Douglas) na janela nem procuraram pelos cambojanos.

 

Atrás de todos estava um motorista, bem tranquilo, fora do tumulto, com um papel na mão com o nosso nome.

 

Descemos e os motoristas nos cutucavam e diziam: Tuk-Tuk, Tuk-Tuk.

 

Juntou um monte em nossa volta.

 

- Nós já temos motorista, nós já temos...

 

Fomos até o Okay Guest House e o motorista cobrou a corrida.

 

- A mulher do guest house de Siem Reap disse que era grátis.

 

- Só é grátis se vocês fizerem um tour amanhã comigo.

- Desculpa, mas não queremos.

- Então tem que pagar.

- Desculpa...

 

Descemos e entramos no guest house sem pagar o motorista.

 

A Jú olhou para trás depois que passamos a recepção e viu o recepcionista pagando o motorista do tuk-tuk por ter nos levado lá...

 

Fui estender a cueca e as meias úmidas e descobrimos que esquecemos no ônibus... :(

 

Ficamos o resto do dia descansando no quarto pois a viagem agora está muito cansativa...

  • Membros de Honra
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Dia 66 - 14/9: A crueldade do khmer Vermelho

 

O sistema aqui desse guest house nunca tínhamos visto.

 

A gente pede a comida e depois nós mesmos anotamos o nome e o valor do que pedimos em um caderno que fica perto das mesas.

 

Cada quarto tem um caderno, chamado de guest book.

 

Na hora do check-out, o recepcionista soma nossos gastos que anotamos no guest book. Isso sim é ter confiança nos hóspedes...

 

Mas nós não confiamos e como todos os cadernos ficam acessíveis a qualquer um, levamos o nosso para o quarto.

 

A Jú ficou lendo o caderno ontem de noite e como um monte de gente que se hospedou nesse quarto antes comeu panqueca de limão, ela também pediu hoje para provar...

 

Pegamos o tuk-tuk e fomos até a embaixada do Vietnã para pedir o visto. O custo é de 35 dólares, mas curiosamente, o guest house faz isso para nós por 34...

 

Seguimos ao Toul Sleng Museum, conhecido como S-21 Prison, onde o Khmer Vermelho, comandado por Pol Pot, aprisionava os acusados de se opor ao seu regime ditatorial.

 

Antes de Pol Pot, o lugar não passava de uma escola comum.

 

É possível imaginar as crianças correndo pelo pátio, inocentes e alegres.

 

O barulho das crianças deu lugar ao silêncio do sofrimento dos prisioneiros.

 

As salas de aula se tornaram celas e salas de tortura.

 

Mais de 10 mil pessoas foram aprisionadas aqui, principalmente fazendeiros, professores, intelectuais, engenheiros, líderes religiosos, médicos e políticos contrários ao regime.

 

Entre os prisioneiros também estavam muitas crianças.

 

Todos eram fotografados ao chegarem aqui e as fotos estão expostas hoje no museu.

 

É uma imagem forte! Milhares de pequenos retratos, lado a lado de pessoas que foram aprisionadas aqui e depois executadas no Cheung Akh (Choeung Ek ou Killing Field).

 

Pegamos de novo o Tuk-tuk e seguimos ao Killing Field.

 

Os prisioneiros do S-21 eram trazidos para cá para serem executados.

 

Cerca de 300 pessoas por dia eram trazidas em caminhões, com os braços presos e os olhos cobertos por uma faixa, em silêncio, esperando o tiro fatal.

 

Os corpos eram jogados em enormes valas, todos juntos.

 

Depois os executores despejavam produtos químicos para diminuir o cheiro dos corpos em decomposição...

 

Após a queda de Pol Pot as valas foram descobertas e os ossos foram retirados.

 

No local foi construído um memorial, onde estão guardados mais de 9 mil crâneos das vítimas...

 

O lugar dá arrepios...

 

Andando pelo caminho de terra ainda é possível encontrar ossos humanos.

 

Seguimos ao Museu Nacional, que contém centenas de peças históricas de arte e religiosas.

 

Muitas estátuas do Imperio Khmer estão em exibição, algumas delas foram encontradas nas ruínas de Angkor.

 

Depois passamos no Royal Palace, que é a principal residência da família real.

 

A maioria dos prédios contém magníficas esculturas e são pintadas de amarelo e branco. O amarelo representa o Budismo e o branco, o Brahmanismo.

 

Não pudemos entrar no hall do trono pois estava acontecendo uma cerimônia, que não sabemos qual era, pois os guardinhas não falam inglês.

 

Foi uma visita apenas visual, tiramos algumas fotos e logo fomos embora...

 

Se depender desses guardas, o rei esta perdido...

 

Voltamos ao guest house e ficamos descansando.

  • Membros de Honra
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Dia 67 - 15/9: Algumas impressões de Phnom Penh

 

Hoje acordamos cedo e fomos de tuk-tuk à embaixada do Vietnã para buscar nosso passaporte e o visto.

 

No caminho vimos que até a capital do Camboja é bem pobre.

 

Há diversos prédios em condições precárias, cercados por todo tipo de comércio de rua em meio a muita sujeira.

 

Há também boas casas, mas a impressão é que existem muito mais áreas pobres.

 

Homens trabalham como cabelereiros em salões improvisados nas calçadas, mulheres trabalham em obras, crianças vendem todo tipo de produtos.

 

Nas calçadas existem também oficinas de motos, padarias, vendedores de gasolina...

 

É visível que faltam empregos formais na cidade para muitas pessoas...

 

O trânsito é muito bagunçado, muito mais do que em Bali.

 

Todos andam onde convém. Nosso motorista do tuk-tuk andou boa parte do quarteirão da embaixada na contra-mão em meio a um grande fluxo de veículos.

 

E eles adoram buzinar!!! Buzinam por qualquer motivo.

 

Se alguém está na contra-mão, eles buzinam. Se eles vão entrar na contra-mão, também buzinam. Se algum veículo chega perto, também buzinam. Se há um pedestre na rua, também buzinam.

 

O mais interessante é que não há stress no trânsito como nas grandes cidades do Brasil.

 

Todos dirigem tranquilos. Se levam uma baita buzinada, nem ligam...

 

Paramos em um posto para abastecer. Logo chegaram 4 crianças e uma adulta para pedir dinheiro.

 

A Jú deu 2 brinquedos que ganhamos de brinde na lanchonete ainda em Bali e mais 2 correntinhas de madeira que ganhamos também em Bali.

 

As crianças sorriram muuuuuuuito...foi muito bom ver a alegria nos rostos destas crianças.

 

Elas vieram pedir dinheiro, mas acreditamos que elas ficaram muito mais felizes por terem ganho esses presentinhos, afinal, elas não passam de crianças...

 

O tuk-tuk voltou ao guest house e ficamos descansando um pouco.

 

No meio da tarde comecou um temporal que durou até de noite e ficamos só no Guest House o resto do dia.

  • Membros de Honra
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Dia 68 - 16/9: Atravessando a fronteira Camboja-Vietnam

 

Descemos cedinho para o check-out. O recepcionista somou o nosso guest book e nos deu a conta.

 

Será que eles anotam nossos gastos em outro caderno ou eles confiam mesmo nos hóspedes?

 

Às 6:00 da manhã pegamos o ônibus com destino ao Vietnã.

 

Nem deu tempo de comer e levamos o pão para comer depois.

 

O bilhete para Ho Chi Minh City custou 10 dólares e ainda ganhamos água e iogurte a bordo.

 

Ainda no Camboja, o ônibus entrou em um ferry boat para atravessarmos o grande rio Mekong.

 

Esse rio é muito importante para a população ribeirinha da China, Laos, Myanmar, Tailândia, Camboja e Vietnã.

 

Viajamos mais um pouco e chegamos na fronteira.

 

Bem mais tranquilo, limpo e organizado do que a fronteira Tailândia-Camboja.

 

Para entrar por terra no Vietnam é preciso tirar o visto antecipadamente, por isso foi bem rápido.

 

O ajudante do motorista levou todos os passaportes no guichê da imigração, passamos a bagagem no raio-x e logo voltamos para o ônibus.

 

Logo depois da fronteira e visível que mudamos de país.

 

As cidades na beira da estrada são bem mais desenvolvidas do que no Camboja.

 

Há muito mais casas de alvenaria e bem menos de madeira.

 

Há muuuuuuitas motos. Muuuuitas mesmo.

 

A paisagem tambem é rural e já pudemos ver mulheres com o famoso chapéu em forma de cone.

 

A chegada a Ho Chi Minh foi sem o impacto de Phnom Penh.

 

Descemos do ônibus, alguns motoristas ofereceram serviço, agradecemos e fomos a pé até o guest house que escolhemos pelo guia.

 

Antes a gente passava mais tempo escolhendo o hotel, olhando quarto por quarto, com as pesadas mochilas nas costas, até achar um bom.

 

Agora estamos mais preguiçosos. Paramos no primeiro mais ou menos bom, largamos tudo e descansamos.

 

Depois, passeando pelas ruas, se por acaso encontramos algum lugar melhor, pensamos se trocamos de acomodação ou não.

 

Tomamos banho e descansamos por algumas horas.

 

Saimos para almoçar às 4 da tarde.

 

Comemos noodle chines com legumes por 1 dólar cada em um restaurante bom.

 

Esse restaurante faz parte de um guest house.

 

Perguntamos o preço e vimos o quarto.

 

Decidimos trocar amanhã e ficar nesse que tem café da manhã e internet incluídos por 7 dólares enquanto que o primeiro que achamos custa 8 dólares sem nada incluído.

 

Voltamos ao hotel e descansamos mais um pouco.

 

A essa altura da viagem estamos nos cansando bem mais...

  • Membros de Honra
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Dia 69 - 17/9: A Guerra no Vietnã - parte 1

 

Levamos nossa bagagem ao novo guest house, que não lembramos o nome pois os nomes aqui são muito complicados de memorizar, tomamos o café da manhã e saimos para passear.

 

Logo na primeira esquina tomamos um grande susto...

 

Estavamos destraídos, olhando o mapa, o sinal abriu e começamos a atravessar a rua.

 

Quando chegamos no meio da faixa de pedestre, olhamos para o lado e vimos um maciço paredão de motos, ocupando toda a largura da rua, vindo em nossa direção.

 

Eram muuuuuuitas motos. Eu gritei para o Douglas: Cooooooorreeeeeee...

 

Apressamos o passo e chegamos a salvo na outra calçada.

 

Ufa!!! Ficamos até sem ar...

 

Os vietnamitas que estavam na calçada e nas lojas deram risada de nós. ::lol4::

 

Depois disso aprendemos que o farol vermelho não significa muita coisa aqui em Ho Chi Minh...

 

Chegamos ao Palácio da Reunificação, que foi construído pelos franceses quando estes ocuparam o país e se chamava Norodom Palace.

 

Depois que os franceses se retiraram, o Palácio tornou-se sede do governo do Vietnã independente e passou a se chamar Independence Palace.

 

Durante a Guerra no Vietnam, foi a sede do governo do Vietnã do Sul.

 

Em 30 de Abril de 1975, tanques do exército do norte romperam o portão do palácio e o desejo de Ho Chi Minh se realizou: as pessoas do norte e do sul novamente se reunificaram...

 

De lá seguimos ao Museu de História do Vietnã.

 

Cada esquina para atravessar era um grande desafio. São muuuuitas motos. A gente já tinha se acostumado a atravessar a rua no "estilo sudeste asiático", mas aqui em Ho Chi Minh a coisa é beeeem diferente.

 

É preciso ter coragem para ir em frente, senão nunca atravessaremos nenhuma rua...

 

Chegamos exatamente às 11:00, o guardinha nos viu chegando, mas mesmo assim fechou a bilheteria e disse para a gente voltar às 13:30, quando acaba o horário de almoço...

 

Ele bem que podia ter deixado a gente entrar...

 

Ficamos matando o tempo no zoológico que fica do lado do museu.

 

Nesse zoológico só tinha vietnamitas e todos nos olhavam curiosos...

 

Nos sentimos a atração do zoo.

 

Almoçamos em um restaurante muito simples. O prato era arroz com os acompanhamentos que podíamos escolher.

 

A mulher não falava inglês, por isso ela apontava para os acompanhamentos e fazia gestos de sim ou não para que a gente escolhesse.

 

Escolhemos omelete e bife. A comida estava muuuuito boa, principalmente o omelete, que tinha cebola e linguicinha picada dentro.

 

Demos uma volta no zoo e seguimos para o museu.

 

Aqui estão expostas coleções das civilizações Dong Son, Funan, Cham, Khmer e Vietnamita.

 

As peças são muito bonitas, mas não era exatamente o que esperávamos. Queríamos visitar um museu que nos ensinasse sobre os fatos que marcaram a história do país...

 

Pegamos uma tempestade de verão no caminho do War Remnants Museum e chegamos lá ensopados.

 

Esse museu retrata as atrocidades cometidas pelos norte-americanos durante a Guerra no Vietnã.

 

Do lado de fora do prédio estão expostos aviões, tanques e bombas norte-americanas.

 

É preciso ter estômago forte para ver as fotos, por exemplo, das crianças nascidas com deformidades devido a arma química norte-americana Agente Laranja.

 

Outra foto das mais chocantes é de um militar norte-americano carregando o que sobrou de um vietcong atingido por uma bomba: a cabeça pendurada em um destroço de um corpo.

 

O acervo fotográfico conta ainda com as fotos do massacre de Son My, de jovens mulheres combatentes, de adolescentes segurando armas e das batalhas.

 

Passamos mal vendo as fotos!!! A crueldade do ser humano realmente não tem limites...

 

Algumas pessoas estavam visivelmente afetadas com o que viram. Uma senhora idosa estava ofegante, quase chorando...

 

Voltamos para o guest house pensando se os norte-americanos aprenderam algo com essa guerra e chegamos a conclusão que não, pois eles continuaram repetindo a história e hoje estão no Iraque...

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