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Dia 50 - 29/8: Jim Thompsons House

 

Sawadee!

 

Hoje tomamos café da manhã tranquilamente no restaurante do hotel e voltamos para o quarto.

 

Às 10:30 pegamos um ônibus até o consulado dos coloridinhos para pegar o visto.

 

Deixamos o passaporte lá e fomos passear no Jim Thompsons House.

 

Pegamos o sky-train e chegamos rapinho lá perto, depois, adivinhem...fomos a pé.

 

Paramos em um shopping para almoçar. Aqui na região da estação de trem Siam tem muuuuuuuitos shoppings, um do lado do outro.

 

Só no trecho que andamos tinha 5 shoppings enoooormes, a alegria dos gringos...

 

Jim Thompson veio a Tailândia como voluntário do exército do EUA, depois retornou para viver permanentemente aqui.

 

A seda tailandesa capturou a atenção dele. Seu trabalho foi importante para o crescimento da indústria de seda e para o reconhecimento internacional da seda tailandesa.

 

A casa é toda feita no estilo tradicional tailandês.

 

Tem duas entradas, uma pela rua e outra pelo canal utilizado por ele para transportar a produção em seu barco.

 

Em marco de 1967 Jim Thompson desapareceu misteriosamente enquanto viajava na Malásia. Ninguém sabe o que aconteceu com ele.

 

Só a Jú sabe...Ele pegou um tuk-tuk e por isso nunca mais ninguem o viu...kkkkkk

 

Voltamos ao consulado dos coloridinhos para buscar o passaporte. IUUUUUPI, ganhamos o visto de lá...

 

De noite, andamos na Khao San.

 

O Douglas ia comer um grilo, mas infelizmente hoje a barraquinha de insetos no estava lá...Ele já tinha até comprado uma bebida para ajudar a engolir...Eu nem ia olhar ele comendo, só ia filmar...ecaaaaa

 

Fica para a próxima então, se ele não amarelar.

 

Aqui o povo tailandês adora a família real e qualquer ato de desrespeito, inclusive de estrangeiros, é mal visto e pode ser punido com prisão.

 

Se por acaso uma nota de Baht cair no chão e sair voando com o vento, não pise nela para pegá-la, pois é um ato de desrespeito pisar na nota por ter a foto de rei estampada nela...

 

Para demonstrar a adoração à família real, o povo veste camisetas amarelas com o símbolo do reino.

 

Por muitas vezes vimos mais pessoas vestidas de amarelo do que todas as outras cores somadas... Por todo lado há fotos do rei e da rainha, nas ruas, nos hotéis, nos restaurantes, etc...A gente nem fazia idéia de quem era o rei, mas hoje, de tanto ver as fotos, o reconheceremos facilmente se o encontrarmos por ai...

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Dia 51 - 30/8: Kanchanaburi: Ferrovia da morte e a Ponte do Rio Kwai

 

Saimos cedinho para ir para Kanchanaburi.

 

Pegamos o coletivo às 7:00 até a rodoviária e o ônibus de lá às 8:00.

 

Duas horas depois, e sem pagar a mais por sermos farang, chegamos em Kanchanaburi.

 

Pegamos um "táxi", que na verdade é uma caminhonete com bancos atrás, e fomos até o Bamboo House.

 

Só tinha 2 quartos vagos, um era uma cabana de madeira flutuante no rio Kwai sem banheiro privativo e outro era um quarto em terra firme com banheiro privativo.

 

Pegamos o flutuante, claro, pois além de ser diferente era mais barato...

 

Largamos as mochilas e saimos. Na rua que beira o rio Kwai alugamos 2 bicicletas por 40 Baht cada e fomos ao Thai-Burma Railway Centre.

 

Esse museu conta a história da construção da ferrovia, a mando dos japoneses, com a mão-de-obra forçada dos prisioneiros de guerra, durante a Segunda Guerra Mundial.

 

A ferrovia foi projetada para ligar a Tailândia à Burma, trajeto esse de grande importância tática ao exército japonês.

 

As condições dadas aos prisioneiro de guerra foram desumanas.

 

Milhares de britânicos, australianos, alemães, norte-americanos e malaios morreram por desnutrição, esforço demasiado e doenças durante a construção da ferrovia.

 

Por isso a ferrovia é conhecida como a ferrovia da morte.

 

Em frente ao museu está um dos cemiterios dos prisioneiros de guerra.

 

Na verdade eram 144 cemitérios próximos aos campos de concentração, mas os corpos foram reunidos em 3 cemitérios, 2 na Tailândia e 1 em Burma.

 

Nesse cemitério estão enterrados 6900 prisioneiros que trabalharam na construção da ferrovia.

 

Depois continuamos pedalando até a ponte do rio Kwai, que originalmente se chama Maeklaung, por onde a ferrovia passa.

 

Após o filme "A ponte do rio Kwai" muitos estrangeiros passaram a visitar a ponte do rio Maeklaung e como esse nome não era conhecido pelos gringos, o governo acabou mudando o nome do rio...

 

No museu vimos só um casal de estrangeiros e por isso nós pensamos que a cidade estava vazia.

 

Mas a ponte estava cheia de gente e, as pessoas, assim como no Memorial da Bomba de Bali, faziam pose felizes e contentes por estarem em um lugar famoso.

 

Nós sempre achamos muito estranho demonstrar felicidade em um local marcado por uma tragédia.

 

Mais tarde, lendo o livro que compramos no museu, vimos uma frase que completa o nosso pensamento.

 

"Infelizmente a maioria das pessoas ouve a história da ferrovia através do extremamente fictício filme A Ponte do Rio Kwai.

Mesmo hoje, a maioria das pessoas que visitam Kanchanaburi visitam só a ponte e saem de Kanchanaburi não mais bem informado do que quando chegaram"

Do livro The Death Railway, de Rod Beattie, fundador do Thai-Burma Railway Centre.

 

Começou a chover e voltamos para o hotel.

 

O caminho de grama entre o quarto flutuante, o restaurante e o banheiro coletivo estava alagado. Que ÓTIMO, molhamos os pés!

Jantamos no hotel mesmo, nem deu para sair por causa da chuva.

 

Dormimos ouvindo a sinfonia de sapos em volta do quarto...

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dia 52 - 31/8: Trekking de elefante, bamboo rafting, cachoeiras e ferrovia da morte.

 

Acordamos cedinho para passear.

 

Às 8:00 chegou a van do nosso tour.

 

Fomos primeiro até um centro de treinamento de elefantes para passear montados no bichinho.

 

Nós 2 subimos no mesmo e tinha mais um tiozinho conduzindo o elefante.

 

Entramos na floresta...o tiozinho desceu do bicho para tirar fotos da gente, depois foi conversando com o elefante e o elefante começou a andar sem o tiozinho.

 

Passamos em 3 vilas minúsculas com casas de palha. Uma delas era a vila onde nosso condutor mora e lá tinha só 8 casas, ele explicou fazendo gestos...

 

As crianças vieram correndo e ficaram dizendo bem-vindos, com as palmas das mãos juntas.

 

Depois o elefante entrou no rio e andou um pouco com água até a metado do corpo.

 

O tiozinho foi explicando tudo como um guia de turismo.

 

Muito bom, só tinha um problema, ele falava tudo em tailandês e sorria um monte, achando que estávamos entendendo.

 

Dessa vez não esquecemos de dar gorjeta. Pelo sorriso enorme do tiozinho, acho que nós demos dinheiro demais...Demos gorjeta também para o elefante, mas pagamos em bananas. Acho que ele também gostou...

 

Depois seguimos rio abaixo em uma jangada de bambu. Muito legal!!!!Os caras também não falavam nada em inglês. Perguntei o nome do rio e eles responderam 3 metros de profundidade...Perguntei o nome deles e eles deram risada, mas não responderam.

 

Desistimos de conversar com os caras...

 

Almoçamos na entrada do Erawan National Park e depois seguimos a trilha do parque que leva a 7 cahoeiras espalhadas pelo trajeto.

 

As cachoeiras são belíssimas e formam piscinas de água cristalina cheia de peixes grandes.

 

Subimos até a quinta cachoeira.

 

Depois, na volta, paramos na segunda cachoeira para nadar.

 

A Jú não entrou na água, mas eu aproveitei muito.

 

Nadei até debaixo da queda d'agua e deixei a cachoeira massagear os ombros.

 

Os peixes ficaram me mordendo toda vez que eu parava de nadar. Mas não dói nada, parece cócegas.

 

Do Parque Nacional fomos até a ferrovia da morte e pegamos o trem.

 

Andamos um trajeto de uns 20 minutos, mas foi o suficiente para ver estudantes tailandeses voltando da aula, brincando no trem como toda criança.

 

Vimos também uma bela paisagem rural, com o rio Kwai, casas de palha e muitas plantações.

 

Pegamos a van de novo e terminamos o passeio na ponte do rio Kwai.

 

De noite pedimos a janta e, enquanto esperávamos, fomos pedir na recepção as roupas que nós tínhamos deixado para lavar.

 

- As roupas ficarão prontas amanhã às 8:00.

Disse o cara com um inglês bem fraco, pior do que o nosso.

 

- Amanhã?

- É, hoje choveu.

- Mas a gente vai embora às 5:00 da manhã.

- Então, pega às 8:00.

- Mas nós vamos embora às 5:00.

- Tudo bem, vocês podem pegar as roupas às 8:00.

- Não, a gente está indo embora da cidade às 5:00.

- Então. Cinco.

E ele apontou para o relógio no ponteiro das 11 horas...

 

Daí a gente percebeu que ele não estava entendendo nada.

 

Fizemos com a mão CINCO e aí sim ele entendeu a hora...

 

- Ainda falta passar.

- Tudo bem, pode ser assim mesmo...

Ele telefonou para alguém...

- Às 8:00 as roupas estarão prontas.

- Mas a gente vai embora às cinco da manhã...

- Então...

 

A Jú pediu uma caneta e um papel. Apontou para ele e escreveu 8 A.M.

Depois apontou para nós, disse que vamos às 5 e escreveu 5 A.M.

 

Daí sim ele entendeu!!! Ele estava pensando que era às 11 e depois pensou que era às 5 da tarde...hahuauaauh

 

Enquanto isso no rio passava um restaurante-balada flutuante puxado por uma barco, cheio de gringos felizes por estarem curtindo as férias deles.

 

O problema, segundo a nossa visão, é que esse rio tem uma historia triste e o restaurante-balada passa, com música alta, por baixo de uma ponte marcada por mortes...

 

Não vemos problema nenhum ter uma balada na cidade, afinal a vida continua, mas eles deveriam pelo menos respeitar um lugar com tal historia...

 

A nossa guia comentou sobre um campo de concentração que virou restaurante e criticou tal comportamento...

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Dia 53 - 01/9: Dia de folga forçada

 

Colocamos o despertador para 4:30 da manha, mas perdemos a hora e só acordamos às 5:45.

 

Nos arrumamos rapidinho e saimos.

 

Na rodoviária pegamos o ônibus até Bang Pai.

 

De novo só tinha eu e a Jú de estrangeiros, quero dizer, só tinha a Jú porque todos acham que eu sou tailandês...

 

O ônibus ia parando para subir e descer gente. Estávamos no primeiro banco e todos que subiam ficavam olhando curiosos para a Jú. ahuuhauha.

 

Eles nem disfarçavam...

 

O ponto final do ônibus é Ratchaburi e a gente tinha que descer antes em Bang Pai. O problema era saber onde descer...

 

Eu ficava olhando para as placas enquanto o Douglas dormia...Tentava acordá-lo, mas logo ele dormia de novo.

 

Achamos que já tinha passado da cidade, mas a cobradora nos avisou quando chegamos em Bang Pai.

 

Descemos na rodovia, no trevo da cidade, duas horas depois. Andamos procurando uma lanchonete pois não tínhamos tomado café da manhã ainda.

 

Lanchonete?! Não existe isso por aqui...

 

Pelo menos não do jeito que nós conhecemos.

 

Dobramos a esquina e vimos um gordinho acenando e vindo em nossa direção. Olhamos para trás para saber se era com a gente.

 

Ele acenou de novo e apontou para o caminhãozinho (o minibus). Ele fez sinal para atravessarmos logo a rodovia. Mas como íamos correr com os mochilões?

 

Ele estava com pressa porque os passageiros estavam esperando.

 

- Vão para o mercado flutuante?

- Sim.

- Entra, entra...

 

Como era um ônibus com outros passageiros, perguntamos o preço e entramos. Não fazíamos idéia de onde estávamos e para onde tínhamos que ir...

 

Só sabíamos que depois do ônibus tínhamos que pegar outro para Damnoem Saduak...

 

Viajamos mais 40 minutos até chegar num pier depois do centro de Damnoem Saduak.

 

Logo sacamos que o pier era muito turístico. Eles queriam 500 baht (quase R$15,00) de cada por hora para nos levar pelos canais do mercado flutuante.

 

- Não, obrigado.

- Porque não?

- Porque vamos procurar um hotel para deixar as mochilas e vamos passear amanhã. Hoje já está tarde demais.

- Está cedo.

- Não, agora deve ter muitos turistas.

- Não tem turistas e vocês podem levar as mochilas.

- Não, nós queremos deixar no hotel e visitar amanhã.

- Ok, 1000 Bath para os dois com hotel e transporte incluído.

 

Conversamos e decidimos andar mais pela avenida para ver se tinha outros piers.

 

- Não, obrigado.

- Por quê?

- Porque está muito caro.

- Ok, quanto vocês querem pagar?

 

Quando perguntam isso temos certeza que estamos sendo explorados.

 

Agradecemos, saimos e a menina do pier foi nos seguindo, perguntando quanto a gente queria pagar...

 

Mais pra frente paramos em uma sorveteria para ver se tinha café da manhã.

 

O senhor da sorveteria foi muito simpático. Tomamos só um cafézinho porque ele não servia pão, só sorvete e comida.

 

Perguntamos se ele sabia o preço dos barcos para nos levar pelo canal. Ele disse pra gente esperar um pouquinho que ele ia perguntar.

 

Achamos que ele ia falar com as pessoas que estavam fora da sorveteria, mas não, ele andou uns 100 metros e voltou com o tio do barco.

 

Perguntamos o preço.

 

- 250 Bath para os dois por uma hora.

 

Fez gesto para dizer que não era com motor, e sim de remo.

 

Melhor ainda, pensamos.

 

- Ok, mas amanhã.

 

- Vamos agora.

 

- Agora já está tarde, tem muitos turistas.

 

- Mas agora é bom porque tem bastante vendedores.

 

- Mas a gente gosta de tirar fotos e filmar e com turistas fica ruim...

 

- Ahhh.

 

Dai ele concordou. Marcamos para amanhã o passeio.

 

O remador ficou feliz e disse que todos os ônibus de turismo param lá no primeiro pier e os turistas pagam muito mais caro...Ele não entendia porque os turistas preferiam pagar 500 baht por hora...

 

Os dois ficaram muito felizes de conversar com a gente, chegaram até a sentar juntos na mesa...

 

Perguntamos para o dono das sorveteria onde tinha um banco porque a gente precisava trocar traveller cheques e ele se ofereceu para nos levar até o centro da cidade.

 

Aceitamos porque era longe para ir a pé com as mochilas. Já estávamos esperando sair caro, mas quando chegamos, perguntamos quanto custou o transporte e ele não entendeu o porque da pergunta, ficou surpreso e disse que era de graça...

 

Ficamos mais surpresos do que ele. Foi a primeira vez que não fomos cobrados por um serviço...

 

Lá em Kanchanaburi já tínhamos percebido que tudo era diferente de Bangkok, as pessoas eram mais amigáveis espontaneamente, mas não esperávamos por isso...

 

Tiramos o dia de folga.

 

Ficamos andando pela cidade, mas não há nada para fazer por aqui. Onde a gente andava todos ficavam olhando para a Jú como se ela fosse um E.T.

uhahuauha

  • Membros de Honra
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Dia 54 - 02/9: Mercado flutuante e Phra Pathom Chedi

 

Acordamos cedo e às 7:30 já estávamos começando o passeio nos canais do mercado flutuante de Damnoem Saduak.

 

Na verdade, quem nos conduziu foi uma senhora de uns 50 anos e não o tiozinho com quem negociamos ontem.

 

Ela não falava nada de inglês e tivemos que ficar fazendo mímica para explicar onde a gente queria ir e quando parar.

 

Os canais ainda estavam sem turistas, do jeito que a gente queria para fotografar e filmar.

 

São várias canoas onde ficam os produtos dos comerciantes e eles vão navegando pelos canais vendendo.

 

Tem também lojinhas na beira dos canais.

 

Os visitantes podem comprar tanto em terra quanto de dentro de canoas.

 

Navegamos por uma hora sem turistas e na segunda hora os canais já estavam cheios.

 

Por várias vezes as diversas canoas enfileiradas ficavam travadas no canal e não tinha espaço para remar.

 

A Jú deu a idéia de segurar nos barcos dos lados e dar impulso com as mãos. Aí sim saimos rapidinho do engarrafamento...

 

Não conseguimos saber o nome dela pois ela não nos entendia, mas ela sabe pedir gorjeta em inglês...

 

Depois fomos a pé até as lojas nos canais...

 

Vimos um estrangeiro negociando um chapéu e chegamos perto para ver como iam os preços.

 

A mulher estava pedindo 800 Baht por 2 chapéus.

 

Depois baixou um pouco.

 

Comentei com a Jú, o cara ouviu e disse:

 

- Vocês falam português...

- Sim. Somos do Brasil.

- Eu sou de Portugal...

- Que legal!!!

 

Ficamos conversando um tempo enquanto ele continuava a negociar o chapéu...Um amigo dele, também português, estava só assistindo a batalha dele com a vendedora.

 

Eles iam pegar um barco para andar no canal e a conversa atrasou todos que já estavam no barco.

 

A guia chamava e eles diziam:

 

- Espera, eles são da minha famíilia...Hehehe

 

Muito legal. Brasileiros e portugueses devem ser muito parecidos nesse aspecto...

 

Depois voltamos na sorveteria do sr. Sanan, mas ele não estava lá.

 

Pedi uma Banana Split e o Douglas pediu um Floresta Negra.

 

O cara não sabia preparar os sorvetes. Ele olhava para a foto da tabela de preços e tentava fazer igual...Deixou as bolas do sorvete lá no balcão e saiu.

 

Depois de quase 10 minutos ele voltou com o chantili. O sorvete já estava derretendo...Uma mulher veio junto para ajudá-lo a preparar.

 

Minha Banana Split veio sem banana...:(

 

Nunca vi isso. Perguntei se eles tinham banana e o cara disse que não.

 

Colocaram um monte de chantili no lugar da banana...OOOOOO looooooouco!!!

 

Depois tentei perguntar se o sr. Sanan estava lá. Não lembrava o nome dele e ninguém falava inglês...Perguntei se tinha alguém que entendia inglês e elas foram chamar o sr. Sanan, pois ele é o único que entendia um pouco. Deu certo...

 

Demos uma camiseta do Brasil para ele e ele ficou muuuuuito feliz. Ele até vestiu a camiseta pra gente tirar uma foto...

 

Disse que a gente podia nadar na piscina da escola dele se a gente quisesse e que se a gente voltasse era pra gente visitar ele de novo...

 

Não encontramos ninguém tão legal assim até agora. Deu vontade de ficar mais uns dias lá, mas tínhamos que partir...

 

Ele nos levou até o hotel e no caminho ficava sorrindo o tempo todo, a gente também...

 

Pegamos nossas coisas e partimos de ônibus coletivo até Nakhon Pathom.

 

O ônibus parou bem em frente ao maior monumento budista do mundo, o Phra Pathom Chedi.

 

Lá não encontramos ninguém que falava inglês.

 

Perguntamos para uma mulher que dava informações (só em tailandês) se a gente podia deixar os mochilões lá dentro com ela.

 

Demorou, mas conseguimos estabelecer uma comunicação. Ela deixou a gente guardar tudo lá.

 

O monastério é muuuuuito alto, tem 127 metros. Nas laterais, pelo lado interno dos muros ficam as "salas" de aulas, que na verdade sao só as mesas e cadeiras em uma área coberta sem paredes.

 

Andamos em volta do monastério e vimos muitos monges assistindo aula.

 

Depois, no mesmo lugar que descemos, pegamos o ônibus até Bangkok às 2:00 da tarde.

 

Do terminal sul de Bangkok, fomos até o terminal norte, e de lá pegamos o ônibus para Ayuthaya.

 

Chegamos em Ayuthaya às 8:00 da noite, exaustos, comemos e dormimos...

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Dia 55 - 03/9: Os templo de Ayuthaya

 

O hotel P.U. Inn é cheio de regras exageradamente chatas. Se deixar a janela aberta ao sair, chover e molhar o quarto, tem que pagar multa.

 

Se sujar demais o lençol tem que pagar multa. Se sair e esquecer o ventilador ligado ou a água da torneira correndo tem que pagar multa.

 

Alugamos bicicletas e saimos.

 

Paramos em uma loja de conveniência para tomar café da manhã pois no hotel era muito caro e a gente estava quase sem dinheiro.

 

O trânsito no centro da cidade de Ayuthaya é muito confuso, muito bagunçado. Demoramos um tempão para sair do centro, em toda esquina a gente ficava um tempão esperando a hora certa de atravessar a rua.

 

Ayuthaya foi fundada em 1350 pelo rei U-Thong e foi a capital do Siam durante o reinado de 33 reis.

 

Na sua época de ouro, a cidade foi uma das mais prósperas da Ásia.

 

A sociedade de Ayuthaya teve grande influência no modo de vida dos tailandeses, assim como existe hoje.

 

Visitamos a Wat Phananchoeng que fica do outro lado do rio Pa Sak.

 

Esse templo foi construído há mais de 600 anos.

 

O Grande Buda estava sendo restaurado e não conseguimos vê-lo.

 

Aliás, aqui na Tailândia parece que Agosto é o mês das reformas nos atrativos. Visitamos uns 5 que estavam sendo restaurados.

 

Continuamos a pedalar e chegamos no Wat Phra Si Sanphet, um dos principais templos entre os muitos da cidade reconhecidos como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

 

No mesmo complexo ficava o Grand Palace. Esse complexo, durante o período histórico de Ayuthaya, foi um dos maiores de toda a Ásia.

 

Infelizmente o templo e o palácio foram incendiados quando o reino foi invadido.

 

Todas as imagens de Buda tiveram as cabeças cortadas.

 

Observando as ruínas é possível imaginar a grandiosidade que foi Ayuthaya em seu período de ouro.

 

Pedalamos até as ruinas do Wat Mahathat, onde aconteciam os rituais reais.

 

Chegamos na hora exata, quando um grupo de jovens monges estavam entrando no templo, perfeito para fotografar e filmar.

 

Aqui, uma cabeça de Buda foi coberta pelas raízes de uma árvore muito antiga.

 

Hoje é domingo e não encontramos nenhum lugar que trocar traveller cheques aqui no centro.

 

Por isso pedalamos muuuuuuuito até um shopping que fica na rodovia que vai a Bangkok.

 

A mulher do posto de informações turísticas disse que era pertinho e que de bicicleta seria fácil...Pelo menos trocamos, caso contrário, teríamos que economizar muuuuuito até amanhã.

 

Na volta vimos uma placa que dizia 7km até o centro. Vixi, pedalamos 14km no total mais as pedaladas dos passeios...Íamos ver o pôr-do-sol no Wat Chaiwatthanaram, mas a pedalada de hoje acabou com a gente...

 

Vamos ter que ficar um dia a mais por aqui.

 

A pedalada até o shopping foi em vão, pois poderíamos ter visitado o templo no pôr-do-sol e deixado para trocar amanhã os traveller cheques se soubéssemos que eram 7 km até lá...

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Dia 56 - 04/9: Wat Chaiwatthanaram

 

Arrumamos a bagagem e fizemos o check-out às 11:00.

 

O ônibus para Chiang Mai só sairia às 20:30, então ficamos matando tempo no restaurante do hotel.

 

Ainda bem que eles tem lugar para guardar as mochilas nesses casos e ainda deixam a gente tomar banho depois.

 

Escrevemos o diário enquanto observávamos o entra e sai das pessoas.

 

Vimos a dona e o dono conversando em japones e vimos que a imensa maioria dos hóspedes eram japoneses.

 

Ahhhh sim, agora entendemos as regras...

 

Perguntei se ela era japonesa, ela disse que é tailandesa, ele que era japonês.

 

Eu falei nós já moramos no Japão.

 

O cara deu à nós o mesmo tratamento que um japonês dá a imigrantes brasileiros no Japão, ou seja...

 

Mas o tratamento mudou quando a Jú entrou na conversa e respondeu algumas coisas em japonês...

 

Almoçamos e depois o Douglas cochilou no sofá da recepção enquanto a eu continuei a escrever o diário.

 

Lá prás 16:30 pegamos as bicicletas e fomos até o Wat Chaiwatthanaram, que fica fora da ilha, na beira do rio Chao Phraya.

 

As impressionantes ruínas tem forte influência Khmer em sua arquitetura e estão bem conservadas.

 

Nos indicaram o pôr-do-sol para visitar, mas não pudemos ficar mais pois tivemos que voltar para pegar o ônibus para Chiang Mai.

 

Passamos na loja de conveniência e compramos uns lanches para a janta.

 

Voltamos para o hotel, tomamos banho e ficamos esperando o ônibus.

 

Resolvemos pegar o ônibus de turistas pois estava a metade do preço do ônibus dos tailandeses na rodoviária.

 

O ônibus estava vindo de Bangkok e chegou atrasado.

 

Quando compramos os bilhetes, a mulher disse que era o VIP bus, mas acho que esse é igual o segunda classe dos tailandeses...Mas enfim, era mais barato mesmo assim...

 

Entramos e logo percebemos que era de gringos mesmo...Várias mochilas e tênis pelo corredor, conversa alta, etc.

 

Dormimos até a parada e depois não conseguimos dormir direito...De madrugada tinha gente deitada até no corredor, tentando dormir, pois a poltrona era horrível para se ajeitar...

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Dia 57 - 05/9: Conhecendo Chiang Mai

 

O ônibus chegou em Chiang Mai às 6 da manhã.

 

Pegamos um minibus (a tal caminhonete adaptada) e fomos até o Bow Chiang Mai House, que a gente tinha escolhido pelo guia.

 

O hotel é bonito, pena que o quarto tem cheiro de mofo.

 

Ainda bem que na mesma rua tem vários hotéis. Escolhemos o Alley 9 Guest House, que está dentro do orçamento e tem um quarto "dormível", chuveiro quente, ventilador e A/C, tudo por 5 dólares cada.

 

Dormimos até o meio dia pois a viagem foi cansativa.

 

Almoçamos o burrito num restaurante mexicano. HUUUUUMM estava bom demais, apimentado pra dedéu, mas muuuuito bom!!!

 

Alugamos bicicletas e saimos para conhecer a cidade. A mulher que aluga as bicicletas pediu um depósito de 2000 baht ou o passaporte como garantia.

 

Como o passaporte brasileiro é um dos mais valiosos no mercado negro, resolvemos deixar os 2000 baht, pois já ouvimos histórias de pessoas que tiveram páginas em branco do passaporte roubadas. Vai saber né...

 

Pedalamos até o Wat Phra Singh, um dos principais da cidade.

 

Tiramos os calçados como sempre para entrar e para nossa surpresa, quando olhamos para dentro, só tinha jovens monges rezando.

 

Perguntamos para um senhor que estava guardando a entrada, se a gente podia filmar e fotografar a reza dos monges.

 

Dada a permissão, ficamos lá mais de meia hora...

 

Depois, fomos parar no hospital!!!

 

Calma, calma, estava tudo bem.

 

Só fomos comprar remédios para a prevenção da malária.

 

Passamos pelo doutor pois era preciso receita médica.

 

Foi bem tranquilo, achamos que o nosso inglês mais ou menos seria uma barreira, mas não, entendemos tudo certinho...

 

O médico custou 100 Baht, a tradutora custou mais 100 e o remédio para 60 dias também custou 100, para cada um.

 

Achamos que o médico mais os remédios seriam uma facada, mas foi baratinho.

 

Na volta passamos no Wat Chedi Luang, o principal da cidade.

 

As ruínas do templo são impressionantes!!!!

 

De novo, chegamos na hora certa.Às 6 horas os noviços se reuniram para rezar ao lado das ruínas!!Pedimos permissão para fotografar e filmar e deixaram sem problemas...

 

Nos posicionamos quase de frente para eles, mas logo trocamos de lugar pois percebemos que estávamos tirando a concentração deles.

 

Uns turistas sem noção estavam fazendo barulho e tiravam fotos com flash...

 

Um senhor que estava rezando junto olhou feio para eles e logo eles sairam...

 

Depois pedalamos até o Night Bazaar.

 

Compramos 3 livros, um sobre as minorias étnicas, um sobre a cultura da Tailândia e, o principal, de culinária thai!!!!HUUUUMMMM

 

Já temos o livro, agora quero ver a Jú cozinhar...

 

O bazar noturno tem várias lojinhas, mas todos voltadas para os turistas, então, os preços são daquele jeito...Dei uma oferta para uma bermuda e a tiazinha falou que com aquele valor, só se fosse bermuda usada...É isso que acontece quando muitos turistas aceitam pagar um preço inflacionado...

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Dia 58 - 06/9: O passeio mais estranho!

 

Como nós temos pouco tempo para ficar em Chiang Mai, optamos por um tour de 1 dia pelas vilas das minorias étnicas ao invés do trekking de 3 dias.

 

Cada grupo étnico do norte da Tailândia, também conhecidos como Hill Tribes, tem seu próprio dialeto, costumes, crenças e origens.

 

Passamos rapidamente por 6 vilas, Iu Mien, Akha, Hmong, Lisu, Red Karen e White Karen.

 

Foi rápido mesmo, passamos mais tempo na van do que visitando os lugares, pois as vilas são longe uma das outras.

 

Primeiro fomos a um orquidário, mas todos foram rapinho e já voltaram para a van.

 

Chegamos na vila da etnia White Karen, famosa pelas "mulheres girafa", que usam argolas de metal no pescoço para esticá-lo.Na verdade a "vila" que visitamos eram só umas 6 cabanas de palha onde elas vendiam seus produtos e haviam só 5 mulheres, crianças e adultas.

 

A vila mesmo da tribo fica em outro lugar.

 

Foi o passeio mais estranho até agora, pois os turistas só passam para tirar fotos delas, não há tempo para nenhum aprendizado.

 

Não há nenhuma explicação sobre a cultura e os costumes desse povo.

 

Apenas passamos, compramos e tiramos fotos.

 

As Karen estavam lá só para fazer pose para os turistas, os turistas estavam lá só para tirar fotos delas.

 

Estranho, muito estranho...

 

Estava claro que as crianças não estavam a vontade com a situação.

 

Elas estavam tecendo manualmente o tecido tradicional, mas estava claro que era uma encenação só para os turistas verem...

 

Até as adultas estavam desconfortáveis.

 

A estranha sensação que sentimos aconteceu principalmente quando íamos fotografá-las ou filmá-las.

 

Parece que elas são orientadas para fazer uma pose bonita toda vez que alguém aponta uma câmera...Não é nada natural.

 

Nas outras vilas foi tudo mais espontâneo...

 

Certa hora, uma Karen estava tecendo para que os turistas tirassem fotos. Quando eles pararam de fotografá-la, ela parou de tecer.

 

Quando eu cheguei perto dela com a filmadora, ela voltou a tecer imediatamente...

 

Nas outras vilas nós visitamos a vila, mas aqui, assistimos a uma encenação para turistas.

 

Não era isso que a gente queria, não era isso que a gente imaginava...Nos sentimos mal em fazer parte disso...

 

Nós queríamos conhecer a cultura e a história delas e observar o dia-a-dia da vila.

 

Achamos que isso só vai ser possivel se formos sem um tour para turistas, na vila real delas...

 

Voltamos para o hotel frustrados e não fomos só nós, outros do nosso grupo também comentaram sobre isso...

 

Depois fomos ao Night Bazaar e aprendemos a negociar com os tailandeses.

 

Aí ficou mais fácil de comprar...

 

Travamos uma negociação de mais ou menos meia hora com uma tia muito bem humorada.

 

Quando o Douglas dava um preço muito baixo ela cutucava ele e dizia: por favooooooooooor aumenta mais um poucooooooooooo.

 

Ele cutucava ela e dizia: Ta caroooooooooooooooo...

 

No fim dessa batalha ela disse: Aumenta só mais 10 Baht. E o Douglas dizia: Baixa só mais 10 Baht...Repetiram isso umas 3 vezes e ela baixou o preço...

 

Quando o Douglas deu o dinheiro ela ficou vendo contra a luz se era falso. O Douglas pegou o troco e imitou ela...

 

Ela só dava risada...

 

Falou que a gente teve muita sorte nesse preço porque ela não baixa tanto assim...

 

Provavelmente não mesmo, pois os gringos pagam o dobro...

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Dia 59 - 07/9: Gringo espaçoso

 

Tomamos um café da manhã bem reforçado pois hoje começamos a tomar o remédio contra malária.

 

Voltamos ao quarto e tentamos escrever o diário.

 

O remédio deixou a gente meio grog, por isso desistimos de escrever e resolvemos sair e tomar um ar fresco.

 

Compramos por 350 Baht cada as passagens para Bangkok com o ônibus para os turistas.

 

Almoçamos no New Zealand Guest House, o mesmo lugar do café da manhã.

 

Os preços do arroz frito e do suco batido estavam acima da média, mas pedimos mesmo assim.

 

Para nossa surpresa, o tamanho do suco e o sabor da comida valem todos os 3 dolares gastos.

 

Em Chiang Mai é muito fácil se locomover de bicicleta, pois não há subidas.

 

O único problema é cruzar as avenidas que beiram os canais, tanto por fora como por dentro.

 

Algumas vezes ficamos mais de 10 minutos esperando uma alma caridosa freiar para deixar a gente atravessar.

 

Saimos para dar uma volta de bicicleta e no meio do caminho o pneu da Jú furou.

 

Voltamos pedalando com o pneu furado mesmo para trocar de bicicleta e continuar.

 

Achamos que a tia das bicicletas ia cobrar o conserto, mas ela nem ligou.

 

Voltamos, terminamos de arrumar a bagagem e ficamos na internet até a hora do ônibus.

 

Um minibus levou a gente até a rodovia e lá pegamos o ônibus para bangkok.

 

O banco do ônibus deita bastante. Bom né? Depende...

 

O ônibus veio já meio cheio e sentamos atrás de um cara que deitou o banco todo. Ficamos sem espaço nenhum para nos mexermos.

 

O cara ainda por cima estava sozinho em 2 bancos.

 

Ele percebeu, mas nem se importou.

 

A Jú colocou os pés por cima do banco dele só de raiva e eu fiquei batendo o joelho.

 

Na parada, o cara desceu para comer e eu levantei um pouco o banco dele.

 

Eu tinha tentado baixar o meu, mas o cara de trás pediu para levantar um pouco.

 

Tá, tá certo, ele era enorme...

 

Quando o cara da frente voltou, ele percebeu que a gente levantou o banco, deu uma olhada pra gente, mas não disse nada.

 

E fala pra ver...gringo espaçoso...

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