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Fim de semana no Cânion de São Francisco, Piranhas, Xingó e Aracaju


mcm

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Postado (editado)

Geral

Há tempos que eu estava de olho numa rota da TAM, que me permitia curtir um fim de semana em Aracaju (partindo do Rio) e, graças à saudável competição com a Gol, consegui comprar a passagem meses atrás numa bela de uma promoção.

 

Inicialmente a viagem seria para curtir o fim de semana em Aracaju mesmo, mas enquanto planejávamos o que fazer nesse fim de semana, decidimos passar pouco tempo na capital e partir para conhecer melhor a região do cânion do Rio São Francisco, incluindo a Usina de Xingó e Piranhas, em Alagoas. Valeu muito a pena, o lugar é um espetáculo. Fomos no fim de semana de 19-20 de novembro.

 

Muita gente conhece o cânion num bate-volta de um dia, geralmente via excursão. Eu acreditava e continuo acreditando que vale a pena passar a noite por lá. Se tivesse mais um dia, partiria para conhecer Paulo Afonso, na Bahia.

 

Quem quiser ler o relato da Katia, cheio de fotos, clique aqui:

http://casosecoisasdabonfa.blogspot.com/2011/12/um-final-de-semana-em-aracaju-se.html

 

Sexta

Chegamos a Aracaju na sexta à noite, já bem tarde (quase meia-noite), mas felizmente sem atraso. Estava dentro dos planos. Optamos por não curtir a cidade, fomos direto para o Ibis para dormir e acordar cedo.

 

Sábado

Logo bem cedo passamos pela praia de Atalaia. Apenas passamos de carro mesmo, só descemos rapidamente na área dos arcos. O objetivo era se mandar para Canindé de São Francisco e chegar lá antes das 11:30, horário padrão da partida do catamarã que vai ao cânion.

 

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Uma das passarelas da praia de Atalaia, Aracaju

 

Dica para quem vai de carro para Canindé de São Francisco: é importante identificar entrada para Ribeirópolis. Ou a sinalização não existe, ou é muito precária (eu não vi nem na ida, nem na volta; e na ida acabei indo até Carira, o que me custou uns 30-40km a mais).

 

Mesmo com atraso, chegamos a tempo em Canindé -- no caminho vimos vários assentamentos e alguns acampamentos dos sem-terra. Era a primeira vez que nós presenciávamos o Velho Chico, o Rio da Integração Nacional! Grande emoção, sobretudo porque o visual é muito bacana. Rapidamente fomos procurar onde fica o Karranca’s, que é de onde saem os catamarãs.

 

Portanto, outra dica: para chegar ao Karranca’s, siga em direção à Usina de Xingó, ainda do lado sergipano. Até lá você encontrará placas sinalizando “catamarã” ou indicando o restaurante Karranca’s.

 

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Uma plaquinha sinalizando a direção dos catamarãs

 

Chegando no Karranca’s (umas 11hs), logo adquirimos os ingressos para o catamarã. Não estava cheio quando chegamos, mas encheu assim que chegaram ônibus de excursão, provavelmente vindo de Aracaju.

 

O preço do catamarã foi de R$ 50 por pessoa. Se quiser almoçar depois no Karranca’s, esquema buffet, são mais R$ 20. No catamarã há venda de bebidas e tira-gostos e os preços não são extorsivos, considerando que trata-se de uma atração turística isolada e sem concorrência.

 

O passeio pelo rio São Francisco já é muito bacana, mas o trajeto dentro da região dos cânions é belíssimo. No caminho vc já conhece algumas formações rochosas bacanas, como a Pedra do Gavião e a Pedra do Japonês (ou algo parecido, desculpem-me se estiver errado).

 

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Visuais diversos do Rio São Francisco, a bordo do catamarã

 

O barco para num atracadouro construído na área -- a coisa é realmente bem estruturada -- e a galera tem uma hora para curtir. Lá você paga mais R$ 3 pp para um barquinho te levar rapidamente numa área mais restrita (e mais bonita) -- possivelmente a Gruta do Talhado propriamente dita. De resto é nadar (na área permitida) e apreciar a beleza. Foi gravada alguma novela por lá, havia referências desse tipo e ouvi pessoas dizendo que isso andou encarecendo as atrações na região.

 

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O atracadouro -- Porto de Brogodó

 

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Um barquinho te leva a um canto mais reservado...

 

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...e depois te leva de volta à área liberada para nadar...

 

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...e lá vc fica, curtindo toda aquela maravilha.

 

Na volta, optamos por não almoçar e curtir um pouco da praia que fica nos arredores do Karranca’s.

 

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Boa vida

 

De lá, fomos para Piranhas-AL, do outro lado do rio, onde queríamos pernoitar. No caminho, paramos algumas vezes para curtir o visual do rio e da espetacular obra de engenharia que é a Usina de Xingó.

 

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Vista da Usina Hidrelétrica de Xingó

 

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Cruzando o Rio São Francisco, saindo de Sergipe e entrando em Alagoas

 

Piranhas é uma cidade muito bonita. Pequena (você percorre todo o centro histórico em pouco tempo) e muito charmosa. Nossa primeira opção de estadia, a Pousada Maria Bonita, estava lotada. Mas aproveitamos para subir até a igrejinha no alto do morro para curtir o pôr do sol. Na descida, conseguimos um dos últimos quartos disponíveis na pousada do Lampião (bem simples, R$ 100, mais caro que o Ibis de Aracaju! -- deve ser a inflação pós-novela).

 

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Antiga estação de trem

 

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Panorama da cidade -- em fim de tarde -- a partir do mirante onde tem uma igrejinha

 

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Por do sol do mirante da igreja

 

Depois de uma boa descansada e de um muito aguardado banho, subimos o mirante da cidade, já de noite, para jantar no Flor de Cactus. Chegando lá, o garçom nos informou que já era hora de fechar (20hs!), mas que nós seríamos atendidos mesmo assim (mas tínhamos de fazer o pedido logo). Que bom! Estava um vento forte, felizmente, porque o calor também era forte. Comida boa, preços inflacionados, serviço rápido (a galera estava fazendo extra!) e muito cordial.

 

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Vista noturna do mirante secular, onde fica o restaurante Flor de Cactus

 

Como era a primeira (e última!) refeição completa do dia, ainda passeamos um pouco pela cidade, mas logo a lombeira bateu e fomos dormir.

 

Domingo

Acordamos cedo e fomos logo passear pela cidade. Um sol de queimar, com efeitos agravados pela geografia da cidade, cheia de sobe-desce. De manhã cedo estava rolando um jogo de futebol no campo da cidade – o gramado me pareceu em muito melhores condições que boa parte dos gramados que vejo em muitos jogos do brasileirão. A galera assistia ou na pequena arquibancada ou na sombra debaixo de uma árvore. Muito bacana essa coisa local.

 

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Futebol matinal

 

Passeamos por todo o centro histórico, curtimos um pouco a praia local – de onde saem os barcos para o passeio dos Angicos -- e, lá perto do meio-dia, nos despedimos da cidade. Era hora de conhecer a Usina de Xingó.

 

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Casinhas coloridas em Piranhas

 

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Praia de Piranhas -- daqui saem os barcos para a Grota do Angico

 

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Vista -- agora diurna -- do mirante secular

 

Dica: para conhecer a Usina de Xingó, dirija-se ao Mirante/Centro de Recepção de Visitantes, do lado alagoano. É lá que começa a visita guiada, com apresentação de um vídeo explicativo (10 min) e da maquete da usina com explicações de um guia. Depois disso, você vai de carro, com o guia dentro, para a usina. Dentro da usina há duas paradas -- é suficiente. O custo foi de R$ 30 por carro e tudo dura pouco menos de uma hora. Gostei muito, gosto de ver esses mega-empreendimentos de engenharia. Eu já conhecia Itaipu e Assuã e curti bastante o passeio em Xingó.

 

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Dentro da Usina de Xingó

 

De lá, nos despedimos de Alagoas e, já do lado sergipano novamente, passamos pelo MAX, o Museu de Arqueologia de Xingó. Tinha curiosidade de ver o resultado das escavações arqueológicas no local. A visita é rápida (R$ 3), o museu é bem pequeno, mas muito bem apresentado.

 

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Entrada do MAX -- museu de arqueologia do Xingó

 

Era o fim da nossa estadia na região, pegamos a estrada de volta para Aracaju. No caminho, se não me engano entre Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória, paramos na famosa lojinha de doces da Dona Nena. Fica no meio da estrada mesmo, mas pelo visto muita gente para por lá. Demos o azar de chegar uma galera logo depois de nós, mas conseguimos comprar alguns doces bacanas.

 

Antes de chegar a Aracaju ainda desviamos para conhecer rapidamente a cidade histórica de Laranjeiras. Acabamos ficando muito pouco na cidade porque não queríamos pegar estrada de noite, então basicamente passeamos pelas praças centrais e subimos até o alto do morro onde fica a igreja Bom Jesus dos Navegantes para assistir a um belo pôr do sol (infelizmente incompleto, seguimos para Aracaju antes do fim do espetáculo!) com vista panorâmica da cidade.

 

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Por do sol em Laranjeiras-SE, do alto do morro onde fica a igreja Bom Jesus dos Navegantes

 

Chegamos à Praia de Atalaia por volta de umas 19hs. O voo era somente às 2:50 da madrugada, então havia tempo de sobra. Passeamos muito pela orla, jantamos duas vezes (!!) e, já de madrugada, encerramos mais uma jornada.

 

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Orla de Atalaia, em Aracaju

Editado por Visitante
  • Colaboradores
Postado

Legal o relato... pena que você ficou poucos dias por lá hein, mas deu pra conhecer bastante coisa, você maximizou o tempo legal... parabéns...

  • Membros
Postado

MCM Parabéns pelo relato!!!

Foi inspirador, mesmo morando perto (Salvador) nunca tinha pensado nesse roteiro.

E o melhor foi o tempo, essa é uma excelente dica pra curtir um fim de semana.

Valeu mesmo!! ::otemo::

  • 2 meses depois...
  • Membros de Honra
Postado

wagnerponce,

Sim, aluguei em Aracaju, já no aeroporto mesmo. Acho que vale a pena, sobretudo para lhe dar a liberdade de conhecer os lugares na região no seu tempo e da forma que vc deseja.

  • Colaboradores
Postado

Parabéns pelo relato. Tinha planos para conhecer a região do cânion do São Francisco, mas há meses havia esquecido. ler o seu relato relembrou este desejo. Além dos visitados e relatados por você, tenho também a intenção de conhecer a gruta do angico (local onde assassinaram lampião) e a usina de Paulo Afonso. Esta viagem vai ser programada para breve.

  • Membros de Honra
Postado

alexleite_petro, obrigado.

 

Essa viagem vale muito a pena. Se vc tiver 3 dias, acredito que seja suficiente. A gruta não me interessava, mas eu teria ido a Paulo Afonso se tivesse um terceiro dia. Conhecemos o restaurante Cariri sim -- foi um dos dois lugares que jantamos (!!) naquela viagem --, mas infelizmente eu não como frutos do mar -- fui de carne de sol mesmo. :)

  • 6 meses depois...
  • Membros
Postado

Olá, Marcelo. Farei uma viagem de final de semana a Aracaju e gostei muito do seu roteiro, pois encaixa exatamente nos meus horários e dias. Gostaria saber mais informações sobre a viagem de carro até Piranhas. Preço do aluguel, estradas, facilidade do trajeto, enfim, tudo que for possível. Obrigada

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