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Nossa aventura começa as 6:30 h da manhã, horário em que o Emerson passou lá em casa, em Guarapari, no dia 05/11/20122 pra juntos irmos até Mathilde, em Alfredo Chaves-ES para começarmos nossa caminhada. Chegamos em A. Chaves (40 km) por volta de 7:30 h e fomos tomar um café pra agüentar a jornada. Já havíamos comprado o lanche (que na verdade eram somente 1 penca de bananas) e a água mineral em 2 garrafas de 500 ml. Rapidamente saímos de A. Chaves e seguimos em direção a Mathilde (18 km) de onde partiríamos para nossa caminhada. Chegamos a Estação Ferroviária de Mathilde por volta de 8:05 e após guardarmos roupas e capacetes no baú da moto, seguimos pela ferrovia em direção ao distrito de Ibitiruí, também conhecido como “Engano”. Abaixo uma nota:

 

"Este é um aspecto totalmente desconhecido da história da região serrana. Não fosse isso, a ferrovia, a partir de Ibitiruí (antigo Engano, por causa disto), tomaria a direção de Richmond e Rodeio (que talvez deva seu nome a ferrovia que nunca teve e aonde iria encontra-la a Estrada de Ferro do Piúma ao Rodeio, que nunca saiu do papel), passando pelas atuais localidades de Paraíso (em frente a igreja de Santo Antônio) e Concórdia (a igreja está sobre o antigo leito), onde ainda hoje podem ser vistos cortes, aterros, bueiros e até cabeceiras de pontilhões, já próximo de Soturno, sobre o rio Novo. Quando o leito chegou a Engano, o Gov. Gerônimo Monteiro, que era muito amigo do Coronel Carles Gentilomem - que morava em Guiomar - mudou a direção de Richmond para Guiomar, a pedido do Cel. Quando eu estudei com os salesianos em Jaciguá, tive oportunidade de ver vários cortes no solo abandonados em função da modificação.

Penso que ENGANO deveria preservar o antigo nome para registrar e comprovar um capítulo da corrupção já existente na velha república."

 

 

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Logo no início da caminhada tem-se a linda imagem da Cachoeira Engenheiro Reeve, com cerca de 70 metros de altura, muito procurada para a prática do rapel. Seguimos caminhando e curtindo as belezas do caminho. Fazíamos algumas paradas pra fotos, ou pra tomar água, comer umas bananinhas...pela ferrovia tem-se um desgaste grande nas juntas e articulações, por causa do relevo de pedras e o descompasso em se caminhar por sobre dormentes. A passada não é regular, igual. Muito cansativo, mas vale a pena. Caminhar sobre trilhos nos traz uma nova visão sobre a natureza entrecortada pela ferrovia.

 

 

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Acima e abaixo, vista da Cachoeira de Mathilde.

 

 

 

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A caminhada era relativamente curta, cerca de 10 km pelos trilhos, mais 8 km pela estrada de terra retornando ao ponto de partida. Fomos batendo papo, tirando fotos, apreciando as diferentes paisagens que surgiam, os pássaros, riachos, pequenas nascentes e outras tantas atrações. Passamos por dois pontilhões, o que pra nós já é normal. Algo que sempre me chama a atenção nas caminhadas pelos trilhos é o silencio, somente interrompido pelo canto dos pássaros, ou cachoeiras, ou ainda o vento uivando nas árvores.

 

 

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Acima, Cachoeira da Vovó Lúcia vista da ferrovia.

 

Após 2:40 h chegamos ao fim da linha, ou pelo menos da nossa linha: a Estação de Ibitiruí. A partir dali seria o retorno pela estradinha de terra batida, onde alcançaríamos o segundo objetivo: a Cachoeira da Vovó Lúcia. Lugar lindo, mas sem nenhuma placa de indicação ou divulgação.

 

 

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Chamamos o pessoal da casa, e quem nos atendeu foi o Gerson, um rapaz super gente boa que iniciou um animado bate papo, falando sobre a Cachoeira, o tempo em que ele viveu em Guarapari e nos levou para conhecer as duas quedas d’agua, que compõem a Cachoeira. Realmente um lugar de rara beleza.

 

 

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Foi conversando sobre os planos e projetos que ele tem pro lugar, das pessoas que sempre visitam e passam o dia na Cachoeira e após uns 20 minutos, nos deixou e nos deu liberdade pra conhecer e permanecer no local. Varias fotos depois, descemos até a segunda queda, que é mais bonita do que a primeira queda, onde por já estarmos suados e um pouco cansados dos trilhos, resolvemos nos refrescar. A agua estava numa temperatura muito agradável e convidativa ao banho. Bora então....rsrs..

 

Primeira queda....

 

 

 

Segunda queda....

 

Após o renovo proporcionado pelo banho, seguimos viagem pela estradinha, restando então aproximadamente 7 km até a Estação de Mathilde, nosso ponto de retorno.

 

 

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Lugar simples, fica num vale entre as Cachoeiras de Mathilde e da Vovó Lúcia. A hora foi passando e já era mais de 1 da tarde, pois ficamos bastante tempo na Cachoeira, recuperando as energias. Continuamos com belas paisagens a nos rodear, até que saímos no asfalto, próximo a cachoeira de Mathilde. Dali a estação era quase 1 km. Chegamos a Estação e pudemos ver que estava toda enfeitada, por conta da comemoração de 101 anos de fundação e 1 ano de restauração. A nova estação é um ponto turístico com alto índice de visitação pública, pois oferece além de fotos antigas que nos levam a uma viagem no tempo, música, objetos da época e uma lojinha com produtos caseiros e artesanato.

 

 

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Ainda tem o túnel que também é bastante procurado por aventureiros que descem na mais completa escuridão, apenas tateando o piso e as paredes (essa é a aventura) e depois retornam escada acima. O túnel fica a cerca de 1,5 km da estação ferroviária. Mathilde também conta com duas áreas de camping, com total infraestrutura e muito procurada em feriados e carnaval. Uma das áreas de camping conta com chalés a R$ 120,00 a diária (preço dessa data) com café da manhã e almoço incluso. Pra se ter uma idéia, talvez não se achem mais vagas nos chalés para o carnaval 2012. A diária para acampar é de R$ 20,00 por pessoa. O telefone de lá é 027 3269 2040. Já o telefone do Gerson, da Cachoeira da Vovó Lúcia é 027 9988-7205.

 

Minha próxima caminhada será de Ibitiruí x Vargem Alta-ES, cerca de 30 km, que pretendo fazer em dois dias. Está marcada para o fim de novembro, mas vamos ver se vai dar tudo certo.....

 

Todas as fotos dessa caminhada no facebook http://www.facebook.com/media/set/?set=a.190462827699589.47212.100002076191035&type=3

 

Vlw.......

 

 

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