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São Paulo - Curitiba

 

CURITIBA - PRIMEIRO DIA

 

Segue mais um relato de viajem que resolvi regatar de um passado recente 2009. Posso considerar esse meu primeiro mochilão de verdade apesar de que eu ja tinha conhecido alguns dos lugares aqui relatados, porém sem viver é claro a emoção e o prazer de mochilar. Um roteiro idealizado durante anos por mim e meu melhor amigo desde a infância porem que nunca saia do papel e das inúmeras conversas de bar. Até que um dia por um acaso desses da vida que somente acontece uma vez, enfim, tudo se tornou realidade. Enfim, vamos ao relato que é o que sem dúvida mais interessa para vcs rs rs

 

Saida de São Paulo (terminal do Tiete) numa sexta feira ultimo onibus da viação cometa rumo a capital Paranaense Curitiba (onde moro atualmente). A idéia era aproveitar o caminho ao maximo e portanto tambem explorar o sul do Brasil, a unica região que fica totalmente fora dos trópicos. A paisagem mostra grandes contrastes (os pampas, as monstanhas e o planalto) distribuídos nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

Começamos por Curitiba, a capital do Paraná chegando lá por volta das 6 horas da manhã. Inicialmente fundada como campo de mineração de outro, Curitiba se desenvolveu e se tornou a maior cidade do sul do Brasil e vem rivalizando com São Paulo como local de investimentos corporativos, atraídos em grande parte pela qualidade de vida que é considerada um exemplo em todo o país. Rodoviária bem pequena se comparada a São Paulo, com os taxis laranjas por padrão seguimos de lá pegando um busão nos tubos (pontos de onibus) rumo ao centro, deixando a bagagem na propria rodoviaria pois o plano não era perder muito tempo em Curitiba que da pra conhecer em um bate-volta de fim de semana desde São Paulo. Largo da Ordem foi o primeiro destino e lá encontramos o bar do Alemão, um famoso bar da cidade onde pudemos tomar nosso breakfast (cerveja rs rs) e dar partida oficial rumo ao projeto audacioso que estava apenas começando. De lá caminhamos pelo centro de Curitiba e o destaque ficou por conta das mulheres curitibanas ou que pelo menos vivem em Curitiba. Simplesmente show de bola e é sem duvida uma atração da cidade rs rs. Passamos pela igreja do Rosario, praça Garibaldi e o centro comercial que fica na XV de Novembro. Almoço na rua mesmo e fomos para Bosque do Papa, lugar que um curitibano havia nos indicado como lugar de atração. Lá vimos chalés de troncos erguidos pelos imigrantes poloneses (que alias influenciaram bastante na formação da atual população local) e ainda deu tempo de dar uma passada no "museu do olho" numa região conhecida como centro civico. Enfim, o tempo era curto e estavamos de passagem apenas e quando a noite caiu pegamos outro busão pela viação catarinense rumo a Florianópolis em Santa Catarina, onde chegamos a noite. Arrumamos um lugar só para tomar banho e deixar a bagagem e saímos rumo a noite de Florianópolis.

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Curitiba - Florianópolis

 

FLORIANÓPOLIS - SEGUNDO E TERCEIRO DIA

 

Chegando em Florianópolis naquela noite de Sabado nos informamos onde dois mochileiros poderiam encontrar uns bons bares e boa diversão também e nos recomendaram a região da Lagoa da Conceição (já na ilha) como um lugar de destaque noturno. Pra lá fomos tomando um onibus num terminal que fica bem ao lado da Rodoviária que após dar uma boa volta pela ilha nos deixou por lá. Enfim o lugar ferve realmente por lá e mais detalhes daquela noite fica em privacidade rs rs show de bola!

 

No outro dia meio de ressaca começamos a exploração por la. Florianópolis é sem duvida um dos locais mais bonitos da América do Sul e não é por menos que los hermanos argentinos invadem a cidade em época de férias. Porta de entrada da ilha de Santa Catarina, onde esta as principais atrações. Fomos para a parte norte da ilha que tem belas praias de aguas quentes e tranquilas, preferidas por familias. A praia recomenda e visita foi a de Jurerê internacional mas depois do almoço caímos para Canasvieiras (lotado de argentinos e argentinas o que é melhor sem duvida rs rs). Alí pudemos passar todo o dia curtindo as duas belas praias com preços bem mais caros do que Curitiba, mas sempre dosando porque a viajem estava no começo. A noite caímos para o centro da Lagoa com um pouco menos de movimento que o dia anterior, porem fervendo novamente.

 

No outro dia resolvemos explorar a região da costa leste, onde as altas ondas fazem da ilha um dos centros mundiais de surf. Destaque para a praia Mole e da Joaquina que estavam lotadas nesse dia. Ao cair da noite já era hora de partir com a sensação de que um dia tinhamos que voltar para Florianopolis com mais tempo, o que fizemos tempos depois porem eu e meu velho amigo até hoje cada um em situação diferentes. Busão a noite rumo a Porto Alegre onde eu confesso que não vi nada tamanha o cansaço daquele dia. Só acordei lá, na capital gaúcha!

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Florianópolis - Porto Alegre

 

PORTO ALEGRE - QUARTO, QUINTO E SEXTO DIAS (COM DIREITO A NOVA PETRÓPOLIS POR ACASO)

 

Por fim estávamos no Rio Grande do Sul! Fundada na margem direita do rio Guaíba, Porto Alegre foi uma guarnição militar portuguesa destinada a defesa contra invasões dos espanhois no sul do Brasil. Hoje é a capital do Rio Grande do Sul e um importante porto comercial. A cidade tem vários edificios publicos importantes e uma vida bem dinamica. A maioria das suas atrações fica nas areas centrais da Cidade Baixa e da Cidade Alta, e os melhores restaurantes, bares etc ficam em torno dessa area central. Rodoviaria meio confusa de cara tivemos a má noticia: "não havia mais busões para Montevideo no Uruguai para a data que haviamos programado, ou seja, dois dias depois". O problema foi que somente duas companhias operavam o trajeto a TTL e a General Artigas (uruguaia acho). Uma delas nao operava busão para o dia e a outra estava lotada. Assim ja garantimos passagem ali mesmo para o dia disponivel antes que fosse tarde demais permanecendo mais um dia além do programado em Porto Alegre.

 

Visitamos o Mercado Publico que tem la o seu interesse, a praça da matriz e na sequencia fomos na usina do gasometro. De la tomamos um barco que da um role pelo guaiba e na volta acabamos voltando para o centro ao anoitecer. Todos os percursos claro feitos a pé, porque mais do que nunca tinhamos tempo por la e na minha opnião, na medida do possivel, respeitando sua condição fisica, a pé é a melhor forma de se conhecer e viver o clima de um lugar.

 

Segundo dia visitamos os dois estadios o do Gremio e o do Internacional como bons admiradores do futebol apesar de eu ser são paulino e meu amigo corinthiano rs. Demos mais um role pela região e seguimos rumo ao gasometro pois o dia estava bom e o por-do-sol no Guaiba era o grande momento do dia. E que momento! Claro que seria melhor estar ao lado de uma das belas moças gauchas que eu vi por la, mas bem longe disso quem estava ali comigo naquele momento "romantico" era o meu amigo/irmão degustando uma cerveja na beira do Guaiba hahaha Brincadeiras a parte é show de bola esse momento desde o inicio até a ultima luz do sol, e fica lotado de jovens (sejam turistas ou moradores locais) para ver esse espetaculo da natureza. Quem estiver por la não esqueça disso e reserve um fim de tarde que não irá se arrepender.

 

No ultimo dia a sensação que tinhamos era que Porto Alegre já tinha dado já (o que fazia parte dos planos originais) mas o busão só saia a noite rumo a Montevideo e portanto não tinha jeito, tinha que ficar por lá. Fomos confirmar as passagens somente por precaução la na Rodoviaria e por um acaso vimos uma cia local de onibus indo para Nova Petrópolis. Meu amigo disse que havia escutado falar do lugar e talvez nao fosse longe e poderiamos fazer um bate volta (ja que tinhamos o dia inteiro ainda pela frente) e entao fomos e de fato dava pouco mais de 1 hora. O busão saia em 15 min. fomos nele!

 

Pelo que pudemos apurar os imigrantes alemães foram os primeiros habitantes dessa região nas montanhas ao norte de Porto Alegre e a cidade preserva muitas caracteristicas alemãs até hoje. Estendemos pela Av 15 de Novembro, centro comercial com varios edificios estilo alemão. Na av. fica um interessante parque "Aldeia do imigrante" que homenageia os primeiros colonizadores da região. Aqui ainda é possivel escutar o alemão e preserva-se a musica e a dança das raizes. Enfim, acabamos o dia por la e voltamos um pouco antes para Porto Alegre pois o busão problematico nos aguardava.

 

Fato é que saimos de Porto Alegre numa viajem noturna que somente terminaria na manha seguinte já na capitual uruguaia, Montevideo!

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Porto Alegre - Montevideo

 

MONTEVIDEO - SETIMO, OITAVO E NONO DIAS (EXTENSÃO PARA PUNTA DEL ESTE)

 

Por volta das 8 hs da manhã do dia seguinte já estavamos no Terminal Tres Cruces de Montevideo. Uma rodoviaria não tão grande porem moderna se comparada as demais capitais sulamericanas. Tempo não tão agradavel, por la mesmo ja nos informamos sobre as opções para seguir rumo a Buenos Aires e percebemos que a melhor forma seria via Rio de la Plata, com saída do Porto de Montevideo. Para la seguimos então iniciando o role e deixando as mochilas la na Rodoviaria mesmo (um pouco mais cara do que o comum e com um pessimo tratamento por parte dos uruguaios). Antes porem no caminho uma parada numa das varias barracas de cachorro-quente onde na verdade eles vendam um tal de "choripan". Junto com ele um Norteña e fomos embora.

 

Pegamos um av que é a 18 de Julio e cruzamos ela de cabo a rabo (um puta dum role meu velho) até chegar na Plaza Independencia. La tambem temos um monumento que é a ciudadela e o famoso Teatro Solis. Ainda na praça um momuntento do general Artigas (se nao me falha a memoria) com um bela bandeira do Uruguai. Na sequencia depois de almoçar na 18 de Julio, lugar bem movimento no centro de Montevideo e com varias opções de restaurantes e bares começamos a descida rumo ao porto. Um lugar meio sinistro a medida em que nos aprofundavamos e ao pedir informações para uma mulher que passeava com o cachorrinho a mesma nos alertou "Tomá cuidado jovenes porque el lugar no es muy seguro". Claro, ela que é nativa percebeu o meu amigo dando bandeira tirando fotinhos e era nitido que o lugar não era propício para turismo.

 

Enfim, chegamos no porto e vimos a bela estação onde chegam e partem os buquebus rumo a argentina. Outra opção pelo que nos informamos por lá seria ir até Colonia del Sacramiento e depois tomar um tal de Cachiola até Tigres na grande Buenos Aires, o que demoraria pelo menos mais 1 dia a mais para chegar na capital porteña. Por outro lado o Buquebus é bem mais caro apesar de demorar até 3 horas para chegar direto em Puerto Madero, na cara de Buenos Aires. Ficamos nesse impasse e ao final decidimos ir direto para Buenos Aires via Buquebus. Dica: existem várias classes de passagem nesse buquebus e a mais cara nós pudemos comprovar que não vale a pena, não porque pegamos ela mas porque mesmo na nossa classe pudemos passar em frente dessa "primeira classe" para ir numa especie de dutty free que tem por la. Vimos todo mundo sentado em bancos sem inclinação, sem nenhum conforto e a visão que eles tinha era a mesma que a nossa, sem poder sair para fora do barco. Portanto se alguem cruzar não pague mais caro por nada, não vale a pena. Outra dica sobre o buquebus eu dou quando o relato chegar na travessia rumo a Buenos Aires. De volta para Montevideo.

 

Voltamos para o centro afim de explorar melhor a região. Nessa hora começou uma baita chuva e frustou nossos planos de caminhar por lá. Seguimos para o Montevideo Shopping onde nos informaram que tinha um cassino uruguaio. Resolvemos ir pra la porque era melhor do que ficar na chuva. Bacana, não igual aos cassinos de Las Vegas obviamente mas serviu para esperar a chuva passar. A noite caímos para o centro novamente e a decepção ficou por conta da agitação de Montevideo. Definitivamente Montevideo e um lugar com pouco vida norturna e quando perguntavamos sobre as possibilidades os proprios uruguaio tinham que se esforçar para recomendar algo. Percebi que só perderíamos tempo e fomos de volta para o Hotel, onde aproveitamos para descarregar fotos, tomar um banho e programar o outro dia.

 

Nesse outro dia, fomos visitar o lendário estadio Centenario de Montevideo, a casa dos famosos Nacional do Uruguai e Peñarol. Pensei que tinha um tour para entrar la, mas so tinha um tiozinho que pediu uma caixinha (poderia ser em reais disse ele) e então poderíamos entrar. O estadio e grande e bonito e para quem gosta realmente de futebol vale a penas visitar e imaginar quantos jogos entraram para a história naquele lugar, o famoso e por vezes temido, Centenário de Montevideo.

 

Na sequencia fomos ao parque Rodo onde passamos pela sede do time da capital, o Defensor de Montevideo. O parque e bem interessante e bonito, acho que seria o Ibirapuera dos caras lá e como estava no caminho da playa de los pocitos o target daquele dia valeu a pena passar algumas horas por la. Detalhe fica por conta dos preços de almoços e jantares em Montevideo, nos achamos relativamente caros numa cidade que não é mundialmente conhecida pelo turismo como Buenos Aires por exemplo (bem mais em conta). Enfim chegamos na região de pocitos na boca do Rio de la Plata. Um lugar bonito, cartão postal de montevideo mas longe de ser uma "praia" limpa e maravilhosa. Vale mais a penas a caminha nas suas calçadas beirando o mar do que um banho por la propriamente dito. Enfim, pegamos outro belo por do sol por la e o anoitecer tambem é bacana. A noite pelo que já tinhamos visto no dia anterior não tinha muito o que se fazer e decidimos ficar pela região de pocitos mesmo, uma area mais nobre de montevideo e tambem mais "light" que o centro.

 

No Hotel chegamos a mesma conclusão de Porto Alegre: Montevideo em dois dias ja tinha dado ja! Claro, isso depende do estilo de cada um, se vc é daqueles que gosta de passar tardes inteiras em shoppping ou entao num museu ou ate 3 horas tomando um café. Dois dias será pouco para vc. Mas se vc é mochileiro (caso da maioria por aqui acho) e que sai na exploração o dia inteiro na rua. Dois dias ta bom demais por lá.

 

Como tinhamos mais 1 dia decidimos ir para Punta del Este que fica a 1 hora mais ou menos de la porem que pode demorar mais devido ao pinga pinga dos busões durante o caminho, que foi nosso caso. Chegamos lá as 9 hs mais ou menos e valeu a pena ter tomado essa decisão. Lá vc encontrará praias de verdade, mais caro sim, e a bela Casa Pueblo de um famoso escritor uruguaio se nao me engano que pode ser vistado. Punta del Este? SHOWWW! Não deixe de ir uma vez estando em Montevideo. Da pra fazer bate-volta facil se estiver com pressa, onibus e troco de pinga e sai um atras do outro. Pra quem tem planos de voltar para o Brasil a partir do Uruguai, pode encerrar a viajem por lá. De la o mesmo onibus que sai de Montevideo rumo a Porto Alegre ou São Paulo, para em Punta e é possivel pegar o mesmo de lá.

 

Assim voltamos para Montevideo ja de noite, e era hora de se recuperar pois no outro dia cedinho partia o buquebus rumo a Buenos Aires (um dos picos altos da viajem) e tanto eu como meu amigo ja demostravamos ansiedade enorme só de imaginar que no outro dia estaríamos lá, em Buenos Aires.

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Montevideo - Buenos Aires

 

BUENOS AIRES - DIAS 10, 11,12 e 13

 

Chega o grande dia! Buenos Aires estava linda, romantica, boemia e esperando pro nós. Há um famoso tanto que diz "Buenos Aires tiene ese que sé yo" e de fato tem algo naquela cidade que me encanta. Talvez a paixão, demostrada claramente pelos torcidas (hinchadas) argentinas que vão aos estadios não para torcer, mas para dar um espetaculo de amor aos seus clubes nas aquibancadas. Talvez o tango com seus passos e suas melodias que atingem o fundo da alma e nos deixa apaixonados por um instante, talvez La Boca e Caminito num fim de tarde caminhando sem destino, sem rumo, sem tempo. Talvez Buenos Aires, nem pior nem a melhor do mundo, apenas única!

 

Buquebus do Porto de Montevideo direto a Puerto Madero em Buenos Aires. Aí vai a outra dica que eu havia prometido no post de Montevideo. CUIDADO com o tal de duty free la do buquebus. Eles poe o preço mas sem informar em qual moeda. A principio claro vc vai dizer "é pesos argentinos" e achar que os preços estão ótimos mas NÃO! É em dolar tudo e na hora de passar o seu cartão se vc não confirmar eles simplesmente debitam e depois informar "tantos dolares señor". Vi varias pessoas (brazucas) discutindo lá por conta disso. Portanto, segue a dica, de preferencia fique longe desse free shopping que não tem nada demais diga-se de passagem.

 

Após 3 horas de viajem a visão da "bellisima" Puerto Madero vai se aproximando cada vez mais e já se pode avistar a enorme capital porteño (só perde para São Paulo na America do Sul em termos de região metropolitana) e que um dia foi a maior da América Latina. Não poderia ser melhor o cartão de boas-vindas: Puerto Madero, um dos lugares mais romanticos de Buenos Aires, palco inclusive de estrangeiros que marcam seus casamentos por lá, nas margens do La Plata.

 

Por trás do verniz europeu da Argentina existe um país latino-americano colorido e encantador. Apaixonado por música, por carne e por futebol, seu povo adora a boemia. A paisagem unica e exuberante e a evolução histórica sem paralelos, desde a conquista espanhola e ao longo dela, se combinam para que a Argentina seja o lindo destino que é hoje. Mas nem tudo é um mar de rosas. Longe de ter a economia européia ou americana, o país foi castigado economicamente pela crise de 2002 e a probreza e desemprego aumentaram significativamente em Buenos Aires principalmente, nos ultimos anos. Relatos de gente que tinha seu carro na garagem e sua casa para poder viver tranquilamente e que de repente se viram praticamente na rua com familia e tudo, são reais. Portanto alguns cuidados são basicos por lá. Por exemplo, os taxis são bem baratos mas podem se tornar caros ao mesmo tempo. Há relatos de que se vc for turista e for pagar com notas altas de dolar ou até mesmo notas de 100 pesos argentinos, vc toma chapeu. Os caras (não vamos generalizar ok?) recebem a nota e com uma rapidez profissional dizem que vc deu uma nota de 10 por exemplo ou que sua nota em dollar e falsa (e é mesmo so que não a sua a que ele esta te devolvendo rs rs). Eu particularmente não usei taxi nenhuma vez lá, mas certamente muitos usam e portanto de preferencia para tomar taxi do Hotel, jamais nas ruas. Outra coisa são alguns bairros famosos e turisticos como La Boca por exemplo. De caminito para o inferno vc caminha apenas algumas quarteirões de distancia e então vc corre um serio risco de ser assaltado ou molestado. Tome cuidado ao se localizar em Buenos Aires as vezes. Mas nada disso pode afetar a esplendida cidade e tenha certeza de que quem foi, tem vontade de voltar e quem não foi vai se apaixonar e voltar mais vezes naquele lugar.

 

A maior cidade e o maior porto da Argentina, Buenos Aires é a capital Federal e abriga quase 4 milhões de pessoas sem contar a região metropolitana. É bem facil percorrer Buenos Aires - ao redor da Plaza de Mayo estão os bairros centrais do Retiro (onde se encontra a rodoviaria), San Telmo (bairro boemio ) e Recoleta (lugar onde a vida noturna porteña atinge o pico). Ao norte ficam os parques de Palermo, ao sul o antigo porto de La Boca, onde os imigrantes italianos chegaram em peso e contribuiram muito na forma cultural porteña, e tambem no idioma. Os porteños falam o espanhol com um sotaque meio italiano, inclusive palavras (laburar = trabajar, por exemplo) e até mesmo conjugações de verbo que não fazem parte do idioma espanhol oficial. Em La Boca tambem nasceu o "lunfardo" uma especie de dialeto porteño quando os prisioneiros tentavam se comunicar nas selas de forma que os policiais não os endessem. Boa parte desse vocabulario é praticada pelos atuais argentinos e foram incorporadas ao dia a dia. Somando-se a isso temos o tango que de incio era uma dança praticada nos prostibulos de La Boca, onde os italianos e franceses chegavam e se apaixonavam por esta dança e consequentemente Buenos Aires. É comum relatos de estrangeiros, principalmente americanos e europeus (lonely planet) que dizem ter chegado em Buenos Aires somente para uma simples viajem como a que nos fizemos, e então não conseguem mais sair de lá, por se apaixonarem loucamente pelo lugar.

 

Enfim, começamos pela Plaza de Mayo e o microcentro onde ficava nosso hotel. Casa Rosada é obrigatório é la na praça existem várias faixas de mães de ex-combatentes das Malvinas com dizeres como "las Malvina son y siempre serán argentinas" numa demonstração de paixão pelo pais (não so em copa do mundo como no Brasil). São muito patriotas e a bandeira celeste e branca esta por todas as partes. De la visitamos os Cabildo de Buenos Aires. A Espanha construiu "cabildos" por todo o império e não poderia faltar um na Argentina. A tarde fomos ao Café Tortoni (nome de um boteco boemio de Paris). La vc pode apreciar um belo show de tango tambem mas o lugar é meio boy. Para encerrar o primeiro dia, role pelo centro incluindo calle Florida (a rua das compras com preços muito bons) e lotada de brazucas que têm invadido Buenos Aires nos ultimos anos. Av Corrientes tem boas casas de cambio para quem precisar, e então demos de cara com a 9 de Julio e o belissimo Obelisco. SHOWWWW! Pra quem curte teatro la mesmo vc encontra o Colon, mas não foi o nosso caso rs. Pra finalizar fomos dar uma volta na Plaza general san martin e percebemos que a coisa estava mudando de figura ao entrarmos na região do Retiro. A noite jantar em Puerto Madero, caro pra cassete mas que não é todo dia que se tem a chance de jantar por la. Obrigatorio esse esforço na minha opnião (principalmente para casais apaixonados e em lua de mel por la).

 

Apos o jantar caímos para Recoleta e simplesmente deixamos a noite nos levam. IMPAGAVEL! Detalhes? Vai pra la que vc verá rs rs rs

 

Esse é o primeiro bloco Buenos Aires. Na sequencia tem mais.

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BUENOS AIRES - PARTE II

 

Após uma noitada braba foi impossivel levantar cedo conforme planejado. Então começamos pelo Congresso indo de metrô (ou subte como dizem os argentinos). Belo lugar com belos cafés ao melhor estilo Paris e onde vc pode caminhar tranquilamente. Assim chegou a hora do rango pois já era tarde e não teve como recusar um belo bife de chorizo con papas. Retornamos a Puerto Madero para então dar uma explorada na região durante o dia. Puerto Madero é resultado de uma competição municipal para a criação de novas docas de Buenos Aires, a fim de armazenar grãos e outros produtos perecíveis no auge das exportações. Por mais de 50 anos Puerto Madero ficou abandonado (que desperdício), mas nos anos 90 a area foi revitalizada e reformada com casas noturnas, um iate club, restaurantes e um hotel-boutique. É o unico que tem todas as ruas com nomes de mulheres. Não deixem de visitar a "Puente de la Mujer" de um famoso arquiteto espanhol e o navio Sarmiento construido na Inglaterra e que hoje é um museu maritimo flutuante (Buque Museo Fragata). Dalí direto para San Telmo onde o primeiro europeu chegou na atual Buenos Aires (Pedro de Mendoza). La foi o bairro oficial dos generais espanhois e todo o seu pessoal. Na Plaza Dorrego vimos uma area animada e bombada. E o lugar ideial para caminhar sem rumo e deixar o tempo passar sem se preocupar com ele, isso o que senti pelo menos. No coração de San Telmo esta a feira de San Telmo, a mais antiga da cidade. La pode-se apreciar uma apresentação de tango nas ruas, assim como senhores tocando as milongas, que te deixam apaixonados por um instante, mesmo se vc for solteiro. Um pouco mais para cima temos o parque Lezama onde ja não se ve muitos turistas mas se sente o clima local dos porteños mais de perto. Passamos tambem pela calle Necochea onde ainda se percebem vestigios da mal-afamada zona portuaria de La Boca (prostibulos onde nasceu o tango argentino). Evidentes pelas suas fachadas coloridas e nas placas desbotadas das lojas. Muitas delas, me dizia um senhor com orgulho de dizer que havia nascido, crescido e que morreria por la, eram bordéis (zonas) e espeluncas mal iluminadas onde esse senhor jurou de pé juntos ter visto Gardel por lá quando ainda era muleque. Quem sou eu para duvidar rs rsrs . Fato é que la chegavam os marinheiros europeus que jogavam cartas, bebiam e se embriagavam noite a dentro com as meretrizes porteñas ao som do: tango.

 

Assim chegou a noite e decidimos passar por la mesmo, o target era uma especie de barzinho com tango. Como a noite porteña demora pra começar (não antes das 10 ou 11 da noite) deu tempo de ainda passar no Hotel.

No dia seguinte, a vez era La Boca. Chegamos caminhando pela Almirante Brown pois ja haviamos sido alertados (não ande pelas alamedas de La Boca, principalmente nas cercanias de La Bombonera). É considerado "zona roja" ou zona vermelha, de perigo por lá. Vimos a ponte que liga La Boca ao famoso distrito de Avellaneda até chegarmos me "La vuelta de Rocha". Diz a lenda que para entender o tango é preciso caminhar ao longo desta rua em uma curva do rio Riachuelo. La percebe-se o mal cheiro que originou o trocadilho "bosteiros" (apelido dado pelos torcedores do River aos torcedores do Boca Juniors). Pois todas as vezes que iriam jogar la em La Boca o mal cheiro era insuportavel (o que não acontece nos dias de hj, somente se vc ficar muito, mas muito proximo desse rio/esgoto). Ali exatamente é declarado oficialmente o nascimento do tango, a dança que seduziu Paris e o mundo. La não deixe de visitar o museu de La Bombonera mas chegando por caminito e pergutando para os locais, não para turistas que sabem menos que vc. O lendário La Bombonera é fantastico, temível porque segundo "La 12" a torcida do Boca, os adversários enfrentam não somente o grande Boca Juniors, mas um coração em forma de arquibancada que pulsa os 90 min, na vitória ou na derrota. Alguns cantos da torcida do Boca dizem "ni la muerte nos va a separar, desde el cielo te voy alientar" (nem a morte vai nos separar, lá do céu eu vou te empurrar). Fato é que, felizes foram os poucos times que escaparam da derrota jogando em La Bombora até hoje. Então começou a caminhada pelo bairro de La Boca, sem rumo, sem destino. Engraçado como é um lugar simples, pobre, humilde mas a energia, o bem-estar daquele lugar me faz lembrar um passado longinquo, lembranças que não sei de onde vem. Então paramos para almoçar em Caminito, onde se come, se toma uma Quilmes e se aprecia dançarinas de tango que muitas vezes te chamam para dançar (ou fingir que esta dançando rs) com elas. Impressionante a habilidade que eles têm para "bailar el tango". Eu perguntei a uma delas, como vc conseguem executar esses passos tão dificies com tamanha simplicidade? Ela me respondeu "el tango no se baila, el tango se siente mi amor"... uiiiiiiii fiquei "enamorado" na hora rs rs rs rs rs

 

Enfim, para não estender muito senão iria 500 paginas no forum aqui finalizamos Buenos Aires pela Plaza San Martin e o bairro de Retiro. La vimos o Monumento a los caídos en Malvinas, Palacio San Martin, Circulo Militar, Palacio Haedo e a famosa e bela Galerias Pacifico, paraiso de compras para a mulherada. Um pouco mais proximo de Retiro tem a Torre de los Ingleses, um presente da Inglaterra para a cidade de Buenos aires antes de se tornarem inimigos mortais depois da guerra das Malvinas. Na estacio Retiro percebe um dos charmes porteños, os trens (e metrô tambem) que datam dos anos 20. E ao andar de metro por Buenos Aires essa é a sensação de que se tem, de uma volta ao passado, no presente. Alias Buenos Aires tem muito disso, a união do passado com o presente. La mesmo em Retiro sacamos nossas passagem rumo a Cordoba numa viajem noturna que so te deixa la no outro dia.

 

Antes porem não posso esquecer de citar Recoleta de dia, o belissimo e famoso cemitério onde esta Evita Peron, simbolo na Argentina e venerada por todos ao lado de Gardel e Diego Armando Maradona. Os lindos, lindos e peaceful jardins de Palermo e o bairro nobre de Belgrano onde caminhar uma tarde inteira pode ser uma programa maravilhoso.

 

Mas era hora de partir, apesar de que não queríamos isso, pois Buenos Aires cativou nossos corações. Eu moraria fácil um tempo lá! Mas como diria um famoso narrador de futebol Fiori Giglioti "fechavam-se as cortinas e terminava o grande espetaculo". O espetaculo em cartaz era La ciudad de Buenos Aires.

 

Busão noturno rumo a Cordoba!

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Buenos Aires - Cordoba

 

CORDOBA - DIAS 14 E 15

 

Viagem tranquila até Cordoba e aqui vai uma relato. O busões argentinos são n vezes melhores que os brasileiros a nivel de conforto e serviço. E mais baratos tambem diga-se de passagem. Portanto segue a dica, ao viajar pela Argentina, pode ir de onibus tranquilamente.

 

Situada em um amplo vale das "sierras" centrais, a segunda maior cidade da Argentina é uma metropole moderna e um centro universitário. Possui a mais bela arquitetura colonial do país, que inclui o "Quarteirão Jesuita", muito bem preservado. Com uma população de descendentes italianos, Cordoba é famosa pela hospitalidade (e pudemos comprovar isso) e um forte espirito civico. A proximidade das montanhas faz dela uma parada agradavel para quem esta indo de Buenos Aires a Mendoza ou Chile. Vale a pena se o tempo não estiver curto como foi nosso caso.

 

Chegamos bem cedinho, ainda amanhacendo e fomos direto na busca de hospedagem. Nos recomendaram a Plaza San Martin como um bom lugar e onde poderiamos encontrar algo interessante. E assim foi. Gente bonita andando nas ruas, porem cuidado com os motoristas de la que de forma geral nao respeitam os pedestres. Logo após visitamos a cripta jesuitica del Noviciado Viejo, manzana de las luces.

 

A noite de Cordoba e muito legal tambem com bares, restaurantes para todos os gostos e tribos. E assim terminamos ela numa especie de bar/danceteria onde a cumbia predominava e fazia a galera se soltar.

 

Dia seguinte acordamos e saimos sem rumo pela cidade até que encontramos alguns "pibes" (rapazes) batendo uma bola num parque. Eu estava com a camisa do meu Tricolor e percebi que eles ficaram olhando até que resolvemos sentar do lado de fora da quadra para ver o que estava pegando. Momentos depois 1 deles nos convidou para fazer parte do bate bola rs rs...Ja fui melhor nisso, mas topamos entrar no time. Foi bacana, mas eles não gostam de firulas, pois meu amigo ameaçou fazer graça ja tomou uma chegada que ficou esperto hahahaha

 

Logo apos pegamos dois litros de coca cola e ficamos trocando ideia com a mulecada sobre.. futebol claro rs. Almoçamos e deu tempo tempo de ir para o Hotel andando uma hora e meia mais ou menos e de la seguir para a Rodoviaria. La sacamos a passagem para Mendoza que era o foco principal e so nos restou aguardar pelo busao que partiria no inicio da noite.

 

Era um pinga pinga desgraçado, e parava em tudo quando era cidade/villa da região. No final o busão quebrou no meio do caminho e tivemos que esperar outro rs rs (3 horas mais ou menos). Sorte que na confusão conhecemos umas argentinas que eram de Mendoza e deram umas dicas valiosas pra gente la. No final chegamos, em Mendoza a fabrica dos vinhos argentinos no pé da cordilleras de los andes. Ja se sentia diferença no clima, era de madrugada. Esta historia prometo que conto no proximo bloco amanha, pois ja to com sono rs rs rs

 

Forte abs a todos e obrigado por terem paciencia de ver o relato, que só foi 1/4 até agora rs!

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Cordoba - Mendoza

 

MENDOZA - DIA 16, 17 e 18

 

Bem conforme disse chegamos em finalmente em Mendoza. Situada aos pés do leste andino, Mendoza foi destruída por um terremoto há anos e anos atrás. Hoje extensamente reconstruída, tem praças ajardinadas, todos com nomes de países como Plaza España, Plaza Italia etc, e decoradas com ajulejos, murais, estátuas e fontes. É realmente lindo fazer o tour (por conta própria) por essas Plazas de Mendoza. E foi o que fizemos no primeiro dia por lá.

 

Coração da indústria do vinho na Argentina, a cidade é a base ideal para explorar as excelentes "bodegas" (vinículas) da area. Cheio de turistas ao longo do ano pelo que pudemos nos informar e presenciar, especialmente durante a festa da colheita da uva em Março (essa não ocorreu na epoca em que estavamos lá). Mendoza recebe visitantes também nos meses de inverno, por seus dias claros e agradáveis para esquiar nos Andes (bem mais em conta do que a badalada Bariloche).

 

Fizemos o passeio no Parque Bernardo O´Higgins mais afastado do centro de Mendoza e que é um cinturão verde que se estende por várias quadras, até o lugar original da cidade, onde pudemos visitar o Museo del Area Fundacional, erguido sobre os alicerces escavados do "cabildo" colonial (a prefeitura). Nas proximidades estão as ruínas do Templo de San Francisco, praticamente destruído pelo terremoto citado acima, que obrigou a cidade a mudar de localização. Sim a Mendoza que visitamos hoje não era situada no mesmo lugar antes do terremoto.

 

Ainda deu para dar um pulo no Parque San Martin, coroado pelo Cerro de la Gloria. No alto da montanha, o Monumento al Ejercito Libertador presta homenagem ao Exercito dos Andes de San Martin. Os portões de ferro na entrada principal do parque se abrem para uma vegetação que combina roseiras, trilhas (muito interessantes) para andar a cavalo, zoologico e museus (para quem gosta). Outra atração é o Estadio Islas Malvinas que hospedou jogos da Copa do Mundo de 1978, vencida pelos donos da casa.

 

Chacras de Coria para encerrar, ainda com algumas ruas de terra, local que tornou-se um gueto gourmet de restaurantes elegantes e bares de vinho. A Plaza Geronimo Espejo abriga uma feira e tem ainda outro museu por lá.

 

Mas o foco mesmo nosso era a rota do vinho. Embora ela seja em boa parte nos suburbios de Mendoza, a paisagem de plátanos do sul de Luján da lugar a imendos vinhedos em paisagens andinas. Lindo o lugar e o clima que se respira por lá. Não recomendo pegar tour para boys, mas sim explorar o maximo por conta, sem passeios "programados" e dependendo dos outros. Certamente vc não verá paisagens imperdiveis que provavelmente estarão fora do roteiro. Alugue um carro se possivel e explore. As neves eternas do Cordon del Plata servem de cenario para as estradas ladeadas de álamos no vale de Uco. Algumas "bodegas" são butiques, outras são monumentos gigantescos e de alta classe. Vale a pena conferir e desgustar!

 

Algumas tambem tem uma longa historia local, outras abrigam galerias de arte e restaurantes refinados. Mas todas abrem suas portas para visitas e degustações. Enfim, ficamos com a sensação de que 3 dias em Mendoza não era o suficiente, talvez 4 ou na dúvida reserve uns 5 se curtir a rota do vinho e quiser explorar bem a região e a cidade. Há ainda pelo que nos informamos Uspallata, Parque Aconcagua, Los Penitentes e o Cristo Redentor a ser explorado por la, sentido Chile. Mas não tivemos esse luxo e tivemos que pegar um busão da empresa Taca na manhã seguinte para atravessar a Cordillera de los Andes rumo a Santigado, a capital do Chile. Alias senhoras e senhores não deixem de fazer isso, atravessar as Cordilleras de los Andes. Pico alto da nossa viajem. Mesmo que vc chegar de avião em Santiago faça um bate-volta para Mendoza (vai levar dois dias para ir e voltar + 1 noite em Mendoza) mas eu garanto, vale a pena. IMPERDÍVEL!

 

Assim terminamos essa ultima noite em Mendoza numa especie de passeio publico que me foge o nome agora mas talvez algumem possa lembra, onde temos vários bares, restaurantes e um agito pela cidade. No outro dia cedinho rumo a Santiago de Chile.

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Mendoza - Santiago

 

Santiago - DIAS 16, 17, 18 E 19 (COM BATE-VOLTA PARA VIÑA DEL MAR/VALPAÍSO)

 

Bem, a travessia pelas Cordilleras de los Andes é impagável!!!! Montanhas enormes, com gelo no topo (frio de rachar sim principalmente no inverno). O busão passa bem no meio delas e se der compre o busão com antecedência, pois são de dois andares e se vc pegar um dos 4 primeiros bancos do andar de cima certamente vai ser recompensado pelas fotos e paisagens privilegiadas que irá ver. Foi o que fizemos logo na chegada a Mendoza e segue aí a dica! Pode-se comprar nos sites das cias tambem pela internet antes de sair do Brasil, não tem grilo.

 

Chegamos então na fronteira da Argentina com o Chile, lá encima. Paso de los Libertadores é o lugar e na entrada no Chile já se percebe a seridade do seu povo. Revista milimétrica, com cães no busão etc. Liquidos, comidas etc é tudo confiscado e lá se vc demonstrar alguma irregularidade vai arruma para a cabeça para entrar no país. Portanto, quem for, atenção nesse hora. A descida rumo a Santiago é um show a parte e nessa hora as Cordilleras ficam mais bonitas ainda. Detalhe, ao dar entrada no Chile vc desce do busão portanto seja rapido para ser um dos primeiros e portanto ter tempo de sair para fora da Aduana e respirar os ares das Cordilleras alem de colecionar fotos que valem ouro rs rs enquanto os demais se matam na fila para dar entrada no país. Dica!

 

Como eu estava dizendo a descida e pelos "caracóis" dos Andes. Uma descida por estrada asfaltada em forma de caracol e que a cada curva do busão vc olhada pela janela e parece que o busão estã suspenso (só se vê precipicio). Um deslize la é fatal! Por outro lado para quem já enfrentou as estradas da Bolivia, vai ter a sensação de lá é uma Highway americana rs rs.

 

Enfim chegamos em Santiago de Chile, uma das grandes capitais sulamericanas. Metro direto para o bairro de Providencia onde ficava nossa hospedagem. Por la mesmo almoçamos e decidimos dar um role pelo bairro. É um dos bairros nobres de Santiago ao lado de Las Condes, com parques/praças interessantes, edificios sofisticados e repleto de cafés, fast food places, serviços de internet etc. Saímos caminhando sem rumo, o que foi uma experiencia agradável. De la tomamos o metro sentido centro. O metro de Santiago foi inspirado no de Paris, com trem azul e "pneus". Estações modernas, cobre boa parte da cidade. Na verdade é como São Paulo, cobre as "principais" partes da cidade, o que para os turistas está bom demais. No centro passeamos pela Alameda até chegar no Palacio de La Moneda, que seria a Casa Branca dos Chile, sede do Governo.

 

Por todas as parte podemos avistar os "pacos" policiais chilenos também chamados pelo povo local de "tortugas nijas" ou tartarugas ninjas rs rs. Percebemos de imediato como os chilenos são simpáticos, atenciosos e gostam muito dos brasileiros. Ao se identificar como brasileiros, além das informações solicitadas eles sempre perguntavam algo a mais e alguns se arriscavam até a usar algumas palavras em português rs rs

 

La no centro vimos vários "cafés" mas esses eram um pouco diferentes dos que conhecemos por aí rs rs . Belas mulheres com trajes como mini shorts, ou saia bem curtinha, seios quase a mostra atendem nesses cafés. Em volta, varios senhores e homens mais jovens tambem tomam seu café, e tentam de todas as formas deixar pelo menos o telefone para as moças, caso elas se interessem. Foi no minimo diferente e divertida a experiencia. La mesmo conversei com um chileno, e como o clima era de badala no café, perguntei onde era o agito la pelo centro. Ele me respondeu "acá no muchachos", o centro e perigoso depois das 10 principalmente para vcs que são turistas. Me recomendou justamente o bairro onde estavamos (Providencia) e um outro lugar proximo de la. Portanto, foi so voltar para casa e garantir a festa na primeira noite em Santiago rs rs rs By the way, anotem o nome dessa cerveja que eu achei muito boa: Becker!

 

Segundo dia a ideia era visitar a região norte de Santiago, com algumas atraçoes que nos haviam recomendado. Fomos para o centro novamente e de la decidimos ir a pé para o local. Caminhamos pelo Paseo Ahumada, um lugar com várias lojas e bombado de gente. * Dica dos proprios chilenos: Santiago é conhecida como o paraiso dos trombadas portanto ao andar em onibus, metro ou lugares como esse, estrumbado de gente, tome muito cuidado. Principalmente as mulheres pois segundo os proprios chilenos os caras são profissionais quando o assunto é levar uma carteira ou objetos de bolso sem vc perceber.

 

Chegamos então na Plaza de Armas, onde se encontra a Catedral de Santiago. È um lugar tranquilo, se ve turistas por lá mas e bom nao vacilar, definitivamente não é Paris ou New York onde vc anda com a camera na mão. La tambem nas imediações da praça vc encontra o Portal, onde comemos um sanduba + pedaços de pizza GIGANTE, animal mesmo e não foi caro. Vale a pena passar por lá, ainda que seja para dar uma olhada nas amostras que eles poem na vitrine. De la saimos na cara do rio Mapocho que teria tudo para ser um otimo cartão postal de Santiago se fosse mais bem cuidado. Por outro lado não chega nem de perto ser um rio Tiete ou Pinheiros em São Paulo. Dá para caminhar ao lado dele tranquilamente. Inclusive passamos pelo parque de los reyes, um lugar bem legal para se dar uma caminhada e onde se ve varios colegiais e pombinhos namorando. Colegiais que alias usam todos um uniforme padrão. Mulecada com terno e gravata e as meninas com saias, gravatas femininas etc. La nesse parque tambem temos um mercado persa onde pode-se encontrar alguns souvenirs de interesse. Subindo na caminhada pelo rio Mapocho chega-se ao Cerro Santa Luzia já no norte de Santiago e mais proximo das Cordilleras. Cordilleras que alias são um guia em Santiago. Aonde quer que vc vá em Santiago elas sempre estão presentes, vigiando vc, com seus cumes branquinhos no inverno e bem nitidas quando a poluição (grande por lá) permite. Se vc estiver rumo a norte saiba é só olhar para a sua direita e lá estão as imponentes cordilleras. Se for sentido sul olhe para a esquerda e novamente vc as verá.

 

Enfim, Cerro Santa Luzia com direito a uma bela caminhada (meio punk porem) ao topo do cerro onde se tem uma vista sensacional da capital chilena. La vc se sente bem pertinho das Cordilleras novamente.

 

Volta - noite - mesmo lugar do dia anterior, pois foi bom demais por lá rs rs

 

Ultimo dia util em Santiago fomos explorar a região do bairro de La Florida. È uma especie de centro comercial de Santiago com um belo shopping mall, largas avenidas e la caminhando bastante chegamos ao famoso estadio Monumental do Colo Colo, uma das paixões de Santiago ao lado de Universidad de Chile (maior rival) e Universidad Católica. Aproveitando o bonde do dia demos uma volta sem rumo pela Gran Avenida com seus 500 paraderos mas que é muito interessante e lá sim sente-se o clima, ambiente e dia a dia de Santiago. Las Condes foi outro target e o resto foi tomando cerveja com alguns chilenos e chilenas que haviamos conhecido na noite anterior e que gentilmente nos convidaram para um "assado" (churrasco) as pressas devido ao nosso ultimo em Santiago. Achei muito legal a atitude deles considerando que eramos dois estranhos.

 

Volta para a hospedagem pois no outro dia tinha busão as 6 da manha rumo a Vaparaiso/Viña del Mar.

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Continuando pelo Chile...

 

...chegamos em Valparaíso no Oceano Pacífico. É bem pertinho de Santiago (como São Paulo - Santos) e vale a pena pegar 1 ou dois dias de bate-volta por lá. Claro se o tempo estiver bom, caso contrário não vira.

 

A cidade e bem típica de praia porém com um estilo diferente das nossas por aqui. Viña del Mar e Valparaíso são coladas uma na outra ou poderíamos até dizer que são quase duas cidades em uma. Boas praias mas bem longe das tropicais que temos por aqui no Brasil. Os preços por lá já sobem um pouco com relação a Santiago. Moderna e principalmente Viña é bem estruturada.

 

Bacana são os lobos marinhos que volta e meia dão o ar da graça. Não se chega perto claro mas pode-se avista-los claramente e rendem fotos interessantes. Pegamos um barco de Valparaíso para dar uma volta pelo gelado oceano pacífico até chegar na vizinha Viña del Mar. La também encontramos um bosque onde pode-se fazer uma caminhada com bastante trilhas para aventureiros. Seguindo pela costa chilena Viña e Valparaíso vão se afastando e começam a aparecer pequenos vilarejos (pueblos) com praias praticamente desertas e novamente uma bela vista do Pacifico, no meio de rochas e bosques. Belo litoral chileno na região centra do Chile. Não conhecemos o norte do Chile mas ouvimos falar que La Serena, entre outras cidades mais ao norte são melhores ainda, alem claro da grande atração Atacama.

 

Como tínhamos que optar, decidimos ir para o Sul e deixamos o norte do Chile para fazer numa outra ocasião, provavelmente combinando Bolivia ou Peru, tem mais a ver.

Assim vimos um belo dia (não muito calor) porem bem agradavel, e deu tempo ainda para dar uns mergulhos por lá. Na sequencia fomos jantar e a noite parecia bem interessante la por aqueles lados de Viña. Como não tinhamos tempo infelizmente o busão a noite já nos aguardava para a volta a Santiago e tambem nao queriamos voltar muito tarde porque a Rodoviaria de Santiago fica num lugar meio sinistro durante o dia, quem dirá tarde da noite.

 

Volta para Santiago somente para cochilar pois no outro dia começava a exploração no sul do Chile (pico ALTO da viajem tambem).

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