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Relato de Viagem - Chile em 10 dias - Santiago, Atacama e Regiao dos Lagos (com fotos)

 

Contexto:

 

Somos um casal jovem (31 e 29 anos) que decidiu passar uns dias no Chile para tentar ver varias atracoes em um curto espaco de tempo. Nao conseguimos encaixar a regiao Patagonica, que tera que ficar para uma proxima, porem, com um roteiro otimizado conseguimos ver muitas das principais atracoes desse belo pais. Visitamos a regiao de Santiago, incluindo Valparaiso e Vina del Mar, alem do extremo norte do Atacama (San Pedro e arredores) e tambem a regiao dos lagos ao sul do pais, pelas cidades de Puerto Montt e Puerto Varas. Espero que o relato possa ser util e lhes de uma ideia do quao especial foi essa viagem. Como de costume em meus relatos, desde ja', desculpo-me pela falta de acentuacao grafica, pois escrevo de um computador que possui o teclado em Ingles e nao contem os sinais.

 

Dia 1 – Santiago - 19/09/2011

 

Partimos no voo direto da Gol, Porto Alegre – Santiago com 2h50min de duracao. Organizamos o nosso transfer para o hotel (13,000 pesos com a Transfer Delfos comprados na chegada em Santiago).

Apos uma espera para liberar um quarto (o check-in era somente a partir das 13h mas gentilmente nos cederam o quarto antes) tomamos o café da manha e descansamos ate’ as 14h. Organizamos entao o city tour no bus turismo hop on hop off da Turistik (18,000 pesos comprados na recepcao do hotel – acredito que nesse onibus o preco seja tabelado).

Nao fizemos o tour no bus turismo porque era feriado nacional pelo dia das Festas Patrias e o transito no centro da capital estava completamente alterado, afetando as rotas do bus turistico. Ate tentamos encontra-lo na Catedral e proximo a Plaza de Armas mas nao tivemos sucesso. Apos desistirmos de esperar pelo bus, voltamos ao hotel e fomos pesquisar os passeios. Eles vendiam em nosso hotel mas tivemos a ideia de pesquisar nos sites de alguns hostels de Santiago e encontramos os mesmos passeios, em alguns casos ate’ com mais inclusoes, pela metade do preco. Achamos o hostel mais perto de nosso hotel e fomos fazer as reservas.

De volta ao hotel, descansamos apos um dia cansativo para nos prepararmos para o passeio do dia seguinte, Vina del Mar e Valparaiso.

 

Dia 2 – Valparaiso e Vina del Mar - 20/09/2011

 

Tomamos o café da manha e caminhamos ate o hostel tche lagarto. De la’ partiu a nossa van para Vina del Mar e Valparaiso. No caminho, na otima estrada que liga Santiago a estas cidades, uma parada para visitar um galpao tradicional Chileno com fornos feitos de barro e onde tambem vendiam empanadas, cafes, artesanato e o “trago” (bebidas alcoolicas da regiao). Ainda na estrada, passamos por varias vinicolas, dentre elas a popular Concha Y Toro, fabricante do Casillero del Diablo.

Na chegada a Valparaiso logo percebe-se a peculiar distribuicao populacional da cidade. Varias casas ocupando os morros, no estilo favela mesmo, todas coloridas e com vista para o mar. Talvez por isso nao as chamem de favelas. No topo de um dos morros, estava a casa de veraneio de Pablo Neruda, famoso poeta Chileno ganhador do Nobel de Literatura. La’, com a bonita vista para o mar, Pablo inspirava-se para escrever suas famosas poesias. Seguindo ainda por dentro dos morros passamos pelo bairro bohemio de Valparaiso, onde ha’ varios bares e tambem hostels. Segundo nosso guia-motorista, la’ e’ o local preferido dos jovens para curtir as noites da cidade. Para finalizar a visita a cidade, paramos num mirante no topo do morro, que fica de frente ao porto da cidade e tambem em frente ao museu maritimo. A curiosidade sobre esse museu e’ que la’ esta’ exposta a capsula que resgatou os 33 mineiros Chilenos, famosos agora no mundo inteiro. Partiriamos entao rumo a Vina del Mar, que fica ao lado de Valparaiso.

Chegando em Vina del Mar ja’ percebe-se a drastica mudanca de ares, pois esta e’ uma cidade turistica mesmo e com muitos edificios luxuosos. E’ uma praia badalada e que atrai tambem muitas pessoas de Santiago para aproveitar os finais de semana e o verao. Paramos para almocar la’ por volta das 14h e depois demos uma caminhada na bonita orla. As casas e apartamentos tambem sao construidas nos morros mas com muito mais charme e bom gusto, com interessantes formatos e alguns ate’ possuem seus proprios “funiculars” ou bondinhos que servem como elevadores panoramicos que vao subindo em angulo diagonal. Apos deixarmos a orla, passeamos mais um pouco pelas principais ruas da cidade e comecamos a subida para um mirador, de onde avistavam-se tanto Vina del Mar quanto Valparaiso. Fim de passeio e voltamos no final do dia a Santiago. Chegamos por volta das 19h e nos dirigimos ate’ a estacao de metro universidade, que tem lojas da Turbus e da Pullman, uma ao lado da outra, e acertamos nossas passagens de Santiago para a regiao dos Lagos. Jantamos e voltamos ao hotel para descansar apos mais um dia cheio.

 

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Dia 3 – Santiago - 21/09/2011

 

Dia de explorar a cidade com o famoso bus turismo da Turistik (18.000 pesos por 1 dia inteiro). O onibus funciona no sistema hop on – hop off, ou seja, pode-se descer em qualquer ponto de interesse e reembarcar no onibus quando ele passar novamente no ponto escolhido. Descemos no popular Cerro San Cristobal, de onde avista-se, quando a neblina assim permite, a cidade inteira e ainda a cordilheira dos Andes no lado esquerdo. La’ no cerro ha’ um zoologico, trilhas de mountain bike, 1 capela e 1 igrejinha e a subida e’ feita de funicular (teleferrico) em 5 minutos. Apos visitarmos o cerro, embarcamos no onibus e descemos no Mercado Municipal. Aqui uma dica, nao coma nada no Cerro se estiver com fome e proximo da hora de almoco. Ha’ varios bons restaurantes no Mercado que servem especialidades Chilenas como peixes diversos. Nao conseguimos comer porque tinhamos devorado empanadas no Cerro. Apos conhecermos o Mercado descemos na parada do Cerro de Santa Lucia, onde, na verdade, nao queriamos ver o cerro que era bem pequeno, mas sim visitar uma feira de artesanatos bem grande ate que encontra-se 2 quadras distante do cerrto. Apos deixarmos a feira, fizemos algumas compras basicas em um supermercado, caminhamos por algumas ruas do centro como Moneda, Paseo Huerfanos e Augustina e fomos jantar e voltar para o hotel. Encerrado mais um dia pois tinhamos um voo cedo para a cidade de Calama, ao norte do pais, regiao do famoso deserto do Atacama.

 

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Dia 4 – San Pedro de Atacama - 22/09/2011

 

Pegamos nosso transfer para o aeroporto as 5 da manha, para embarcarmos para Calama as 7h com chegada prevista para as 9h. Chegamos em Calama e compramos o transfer para San Pedro de Atacama (10.000 pesos por pessoa) e tomamos nosso rumo na van da empresa Licancabur. O transfer durou mais ou menos 1 hora e 15 minutos. Chegamos no nosso hostel em San Pedro de Atacama e apos largarmos as mochilas fomos ao “centro” da cidade, na rua principal que chama-se Caracoles, verificar os precos e acertar os passeios que iriamos fazer na regiao. Acertamos tudo na agencia Cumbres 600 com a sra. Rossana, muito simpatica e atenciosa. Isso era mais ou menos 1 hora da tarde ja’ e entao almocamos, voltamos ao hostel e esperariamos o primeiro passeio que sairia no mesmo dia as 16 horas – Laguna Cejar.

Laguna Cejar e’ uma laguna formada em pleno salar de Atacama com uma coloracao verde-azulada incrivel. Pode tomar banho e agua e’ bem salgada. Realmente e’ um oasis no meio do deserto do Atacama e vale muito a pena a visita. Apos visitarmos a laguna, o passeio segue para os “Ojos del Salar” que sao 2 “pocos” de agua doce no meio do salar. Nao achei nada de mais, mas estava no roteiro entao foi feito. Apos essa parte, dirigimo-nos para uma outra laguna para assistir ao por-do-sol e como ele afeta a coloracao das montanhas da cordilheira dos Andes. Realmente e’ um espetaculo natural muito especial. Jantamos em San Pedro no retorno do passeio e voltamos ao hostel para descansarmos para o proximo dia.

 

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Dia 5 – San Pedro de Atacama - 23/09/2011

 

Dia de fazer o passeio das Lagunas Altiplanicas, que tem duracao de mais ou menos 7h, saindo as 7 da manha e retornando as 3 da tarde. Nesse passeio, primeiramente visitamos a laguna de Chaxa, que ainda nao e’ uma das lagunas principais do passeio, que ficam em cima dos vulcoes ha’ mais ou menos 4 mil metros de altitude. Essa fica no salar de Atacama, ha’ mais ou meno suns 2700m de altitude e e’ especial por reunir grande quantidade de flamingos migratorios, que la’ se refugiam e buscam alimento (um pequeno crustaceo abundante na laguna). Faz muito frio de manha no deserto, entao vao preparados com bastante roupa. Enquanto a turistada se esbanja tirando fotos dos flamingos e das paisagens maravilhosas da laguna e do salar, o guia e motorist vai preparando o café da manha. Nada de luxo mas serve e muito bem para matar a fome sim. Finalizada essa etapa, seguimos na Estrada rumo a Toconao, um minusculo vilarejo do povo Inca da montanha e la’ comecamos a subida ate 4 mil metros. Dirige-se mais ou menos por 1 hora e poucos minutos na linda paisagem do deserto com montanhas e vulcoes. No caminho, 2 vilarejos menores ainda, que nao chegam a ter 100 habitantes, quando comecamos a encontrar o topo da montanha onde ficam as lagunas Miscanti e Minique. Um espetaculo indescritivel da natureza, ha’ mais de 4 mil metros de altitude, com essa coloracao incrivel e ainda com um vulcao de pano de fundo. Como se nao bastasse isso tudo, ainda conseguem-se ver as Vicunas (veados da montanha) livres tomando agua na laguna. Simplesmente espetacular. Depois de fazermos uma pequena caminhada para mais fotos da laguna, hora de voltar pra San Pedro com a sensacao de ter-se visitado um dos lugares mais especiais, inospitos e intocados pelo homem ainda existente.

No mesmo dia, ainda tinhamos o passeio ate o Valle de La Luna, que saia as 4 da tarde.

Mais paisagens de se tirar o folego. Impressionante a regiao do deserto do Atacama. Tudo e’ de uma beleza indescritivel, estonteante. As fotos dao uma nocao, mas quando voce visita o local, tudo e’ mais magico e especial. Voltando ao passeio…para-se primeiro num mirante, a poucos quilometros da saida de San Pedro e o guia conta um pouco da historia da cadeia de montanhas que forma o Valle de la Luna. Para os que se interessam, ai vai um pouco de geografia e historia da regiao. San Pedro e’ uma cidade de pouco mais de 2 mil habitants no meio de 3 cordilheiras, a imponente e famosa cordilheira dos Andes, a cordilheira Domeico e a menor, que forma o vale da lua, Cordilheira do Sal. Esta ultima sendo a mais nova a se formar (alguns poucos milhoes de anos, em plena juventude!). Ali onde hoje localiza-se a Cordilheira do Sal, tinha um lago que foi se encolhendo e se secando ao longo das transformacoes climaticas do planeta, com destaque para as eras glaciais e seus finais. Com isso, o clima da regiao tornou-se desertico e os minerais que ali existiam e iam tambem escorrendo ou surgindo a partir de erupcoes de vulcoes das cordilheira dos andes, comecou a formar a cordilheira do sal. A oxidacao de todos os depositos minerais e’ o que da’ a coloracao marrom, ferro, bronze, acinzentada do Vale da Lua. O format, alem das influencias da pressao atmosferica em tal altitude, e’ derivado dos movimentos das placas tectonicas e tambem da erosao dos ventos e dos rios (formados por neve derretida das cordilheiras que a cercam). Falei tudo isso para tentar explicar o porque do nome do vale ser Valle de la Luna. Parece, como podemos comparar nas fotos, com as paisagens lunares mesmo.

Apos o banho de historia e geografia que recebemos, o guia motorista nos leva para caminhar no proprio vale, visitar cavernas formadas pela erosao dos ventos e tam bem para um mirador, ja’ no final do passeio, no topo de uma das montanhas para vislumbrarmos o por-do-sol e como ele influencia na coloracao das montanhas das cordilheiras dos Andes. Um dia cansativo todavida, porem, aprende-se muito e com certeza apreciam-se paisagens que certamente levarao muito tempo para serem esquecidas. Final de passeio, janta e hotel, para descansar e dormir cedo, pois o passeio para os Geysers El Tatio sai as 5 da manha. E faz frio no deserto, muito frio durante a noite e o inicio da manha.

 

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Dia 6 – San Pedro de Atacama - 24/09/2011

 

Desde quando marcamos esse passeio, ja’ sabiamos da sua fama. Era incrivel, porem, para poder apreciar mais um espetaculo da natureza, tinhamos que acordar muito cedo e provavelmente iriamos passar frio. Muito frio.

Acordar as 5 da manha, com aquela vontade de querer ficar na cama, nao foi nada perto do que estava por vir. Ritual normal da manha, banho, preparar a mochila de ataque com agua, uns mantimentos e tudo o que coubesse de roupa de frio e preparar-se para esperar a van do tour, que poderia chegar entre 5 e 5:30 da manha. Ate’ ai tudo bem, mas no nosso hostel, teriamos que esperar na rua aguentando o frio. Estavamos bem agasalhados entao nao teriamos tantos problemas. Ruim era vencer o sono. Quando de repente, o inesperado acontece…o que e’ mais comum de acontecer no deserto, com chilenos bebados numa casa de madeira seca, fumando, com um aquecedor a todo vapor?

a) Nada

b) Queimada de proporcoes faraonicas

c) Festa com musica tipica

d) Todos dormirem como anjos

e) Incendio

Resposta correta: e

a) Incorreta por todos os elementos juntos representarem uma receita para o desastre.

b) Incorreta porque nao havia vegetacao, entao, as unicas proporcoes faraonicas poderiam significar queimar a cidade inteira e ai voces saberiam por outros meios e nao o meu relato.

c) Incorreta porque, mesmo havendo musica tipica, os elementos elencados indicam uma tragedia e nao uma festa.

d) Incorreta porque ninguem, que eu saiba, fuma dormindo.

Sim, um incendio. Ha’ uma quadra do nosso hostel, esperavamos a van as 5:30 da manha quando um casebre da esquina comeca a pegar fogo. Vimos a labareda de longe e ficamos boquiabertos, meio que sem reacao. Comecam entao os barulhos de gente batendo em portas dos vizinhos pra acordar e pedir agua e criancas correndo e gritando, com choro. Foi um caos. Ao longe a sirene dos bombeiros tocava e eu vi uma senhora segurando um bebe no colo, cheio de roupa, chorando desesperada na frente da casa. Sai em disparada ate’ a frente da casa, pois eu e mais uns 2 vizinhos chegariamos muito antes dos bombeiros. Impressionante como o fogo tomou conta da casa em poucos segundos. Muito seco. Perguntei se todos os humanos tinham saido da casa em tempo. Sim. Depois perguntei dos cachorros. Impressionante como ha’ cachorros no Chile. Sim pelo que entendi. E ai os vizinhos corriam de um lado pro outro com baldes pra tentar pegar agua. Que agua? Estamos no deserto. A casa se destruindo em fogo e os caras com 2 baldes de agua, tentando salvar alguma coisa. Tiraram o botijao de gas de dentro mas nao deu tempo. Chegaram os bombeiros e chegou a nossa van. Mais tarde soubemos que nada da casa se salvou. Era uma casa pobre e ficamos com pena da senhora com a crianca no colo que chorava desesperada. Uma pena. O governo la’ ajuda com dinheiro e outros auxilios descobrimos mais tarde. Menos mal.

Agora sim o passeio, depois de comecar o dia mais acordados do que jamais imaginariamos estar num frio de 0 graus as 5:30 da manha.

O caminho ate’ os Geysers demoraria mais ou menos 1 hora e meia. Nao pela distancia, mas por ser em Estrada de chao e subirmos, em alguns pontos, acima dos 5 mil metros de altitude. Impressionante. Nem preciso comentar que as paisagens sao lindas, como tudo na regiao do Atacama. Chegamos na entrada do parque e ja’ conseguiamos ver as fumacas dos geysers tomando a atmosfera. E’ realmente muito interessante ver como que, com o frio imenso que faz, a agua consegue atingir temperaturas de mais ou menos 85 graus Celsius na superficie. A temperature do ar, as 8 da manha, era de -11 graus, isso mesmo, 11 graus negativos. Muito frio mesmo, va’ muito bem agasalhado! Poupa-los-ei da explicacao tecnica sobre os Geysers, pois ja’ me alonguei muito e o Google tem memoria muito melhor do que eu. Ao final da visita pode-se tomar um banho num pequeno poco de agua termal, formado pelos geysers, com temperatura entre 30 e 35 graus Celsius. Fica uma cena engracada, porque esta’, mais ou menos, uns -2 ou -3 graus e a galera comeca a se despir e andar de maio, biquini, sunga, pegando toalhinha, etc. Nao entrei na agua mas quem toma banho nao se arrepende. Fica ai a dica. O guia e motorista prepara um café da manha no mesmo estilo dos outros passeios e, no caminho de volta, paramos na pequena vila de Machuca, com uns 30 habitantes mais ou menos. Ali pode-se comer uma empanada frita e comprar uns artesanatos ou artigos de la de alpaca ou llama. Estrada de volta pra San Pedro e chega ao fim mais um sensacional tour da regiao, por volta das 12:30.

Almocamos e voltamos ao hostel, ajeitamos as malas e entao nos buscou o nosso transfer para o Aeroporto de Calama, onde iriamos pegar o voo para Santiago. O transfer durou 1 hora e era entao hora de dizer Adeus para uma das regioes mais sensacionais do planeta. Se voce so’ tem tempo ou dinheiro para 1 lugar no Chile, escolha San Pedro de Atacama.

Chegamos em Santiago por volta das 20 horas e pegamos um taxi ate’ o terminal de onibus, onde embarcariamos num onibus Pullman ate’ a regiao dos lagos, no sul do Chile, com destino a cidade de Puerto Varas.

 

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Dia 7 – Puerto Varas - 25/09/2011

 

Apos as quase 12 horas de viagem, num confortabilissimo onibus da Pullman, chegamos no terminal de onibus exclusivo desta empresa, as 09:30, na cidade de Puerto Varas. Caminhamos uns 200m ate’ o nosso hotel e pedimos para deixar as malas e pegar algumas informacoes sobre a regiao e passeios disponiveis. Apos vislumbrarmos nossas opcoes, com o folhetinho de empresa turistour na mao, decidimos alugar um carro. Otimo negocio, pois por 3 dias, se compararmos com os precos de todos os passeios que iriamos fazer, economizamos mais de 50.000 pesos por pessoa. O site da turistour vale para dar uma ideia do que se fazer e tambem de gastos “na pior das hipoteses”. Chegando la’ e pegando um carro alugado, como expliquei, fica mais em conta. As cidades sao faceis de se achar e os passeios tranquilos de se fazerem de forma independente. Com tudo isso resolvido, demos uma volta na cidade, almocamos, colocamos e-mails em dia, pesquisamos sobre cada passeio e como chegar e descansamos um pouco. Mais energizados, pegamos o carro e fomos conhecer as cidades que ficam em torno do lago Llanquihue. No roteiro da tarde estavam Puerto Octay, Frutillar e Llanquihue. A cidade mais ao norte e’ Puerto Octay entao decidimos que iriamos pra la’ primeiro e depois iriamos descendo a rota 5, Estrada principal da regiao, e visitando as outras cidades. Sao todas muitissimo pequenas e com excessao de Frutillar, tiramos algumas fotos e ficamos poucos minutos em Puerto Octay e Llanquihue. Em Frutillar, que e’ bem pequena tambem mas muito simpatica fomos visitar o museu do Alemao, principal atracao da cidade. 1 hora de visita e’ o suficiente, pois o museu e’ uma antiga vila onde alemaes colonizadores viveram e conta um pouco da historia da imigracao alema no Chile desde o final do seculo XIX. Vale a pena uma visita.

Terminado o roteiro do dia, fomos jantar e ficar relaxando no otimo hotel Bellavista, ate’ a manha seguinte quando retomariamos o ritmo forte de visitacao turistica.

 

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Dia 8 – Saltos de Petrohue e Vulcao Osorno - 26/09/2011

 

Saimos por volta das 9 da manha do nosso hotel e pegamos a Estrada CH-225, que passa na beira do lago Llanquihue em Puerto Varas e seguimos sempre reto. Ha’ muitas obras na Estrada mas nada que chegue a perturbar. No final do caminho, ha’ uma bifurcacao e, seguindo para direita, e’ o caminho dos Saltos e, para esquerda, no outro lado, sobe-se ao vulcao Osorno. Comecamos pelo passeio dos Saltos do Petrohue, onde paga-se uma entrada baratinha e pode-se caminhar livremente pelas trilhas do belo parquet que fica no pe’ de uma montanha. O highlight, com certeza, e’ chegar pra ver os saltos, que tem uma cor meio azul turquesa ou verde esmeralada impressionante, com a vista pro Vulcao Osorno no fundo. E’ simplesmente sensacional. Apreciamos o parque na parte da manha e, a tarde, subiriamos ate’ o Vulcao para andar de teleferrico e subir o maximo para ver a neve e apreciar a vista do lago de outro angulo.

Na chegada ao vulcao, almocamos um salmao delicioso no proprio restaurant/café da estacao. Era baixa temporada e estava vazio, mas ainda com muita neve no vulcao. Alguns Brasileiros aprendendo a esquiar e 1 ou 2 Chilenos se arriscando no snowboarding. A paisagem do vulcao nem preciso falar ou descrever, vejam pelas fotos. Incrivel. Pagamos o teleferrico para subir nas 2 estacoes, acho que saiu 12,000 pesos por pessoa e, no total de ida e volta, da’ 1 hora pra fazer todo o trajeto. Pode-se descer e tirar fotos em quaisquer das paradas. Vale muito a pena o passeio e ainda mais se e’ feito por conta propria. Apos visitarmos o vulcao, hora de voltar pro hotel, dar uma descansada e procurer um restaurante legal pra jantar na charmosa Puerto Varas.

 

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Dia 9 – Ilha de Chiloe - 27/09/2011

 

Esse foi o unico dia da viagem que nao demos sorte com o tempo. Estava chovendo e nublado , mas, mesmo assim, decidimos visitar a ilha porque nao tinhamos outra coisa programada mesmo e tinhamos boas recomendacoes. Dirigimos de Puerto Varas ate’ a cidade de Pargua para pegar a balsa que faz a travessia, que dura entre 25 e 30 minutos. Acho que pagamos 11,000 para o carro. Chega-se do outro lado no minusculo vilarejo de Chacao. Simpatico e com uma praca bonitinha, nada mais. Seguimos na Estrada entao rumo a Ancud, segunda maior cidade da ilha e importante ponto turistico do local. Nao gostamos muito, achamos meio suja a cidade, com dificuldade de achar lugar pra estacionar sem pagar, sei la’, o tempo nao ajudou tambem. Visitamos o forte que havia no topo de um dos morros e fomos procurar algo pra almocar. Estavamos decidindo ainda se iriamos ate’ Castro (principal cidade da ilha) ou se ficariamos pela volta de Ancud, visitando as Penguineras e uma vilinha de Pescadores chamada Mar Brava. As estradas pra chegar nesses lugares nao sao asfaltadas e, como estava chovendo, nao conseguimos chegar nas penguineras. Estava um lodo so’ e fiquei receoso de tocar o carro da locadora na lama e ainda atolar e perder um tempao no meio do nada. Fomos entao ate’ Mar Brava que e’, literalmente, minuscula. Tipo umas 3 casinhas de Pescadores e era isso. Nao achamos nada de mais tambem. Decidimos voltar e resolver outras coisas. Voltamos para Puerto Varas (acho que sao uns 60km mais ou menos numa otima Estrada). Chegamos ao hotel, jantamos e mais um dia se encerrava.

 

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Dia 10 – Puerto Montt e Puerto Varas - 28/09/2011

 

Tinhamos reservado esse dia para conhecer Puerto Montt e o restante de Puerto Varas que ainda nao tinhamos conhecido. Pegamos o carro apos o café da manha e saimos para a Estrada. Acho que sao uns 16km mais ou menos entre as 2 cidades. Chegando em Puerto Montt, logo percebe-se a diferenca entre as cidades. Puerto Varas e’ muito mais calma, bucolica, charmosa. Puerto Montt e’ bem maior, mais agitada, mais barulhenta. Na verdade nao gostamos muito e ficamos muito felizes com o fato de termos escolhido nos hospedar em Puerto Varas. Visitamos uma ou outra coisa em Puerto Montt e logo voltamos para Puerto Varas, para almocar, entregar o carro para o rapaz da locadora (que levou e buscou o carro no nosso hotel) e dar uma volta em Puerto Varas a tarde, comprar uns souvenirs e se preparar para a viagem de volta a Santiago.

Nosso bus saiu as 18 horas, parou em 2 cidades no caminho e chegou a Santiago na manha seguinte, as 7 horas. Fomos com a Turbus, que, na minha opiniao, e’ bem inferior a Pullman.

 

Dia 11 – Santiago - 29/09/2011

 

Nesse dia tinhamos o plano de chegar na rodoviaria, comprar os transfers ate o aeroporto (usamos a Turbus mesmo, sai tipo uns 1,700 pesos por pessoa) e la’ alugar um carro para o dia, entregando no final da noite quando ja’ estaria proximo o nosso retorno a cidade de Porto Alegre. Fizemos isso, chegamos ate’ as locadoras e acertamos um carro com a Alamo por um dia. Queriamos visitar o Vale Nevado, uma vinicola e talvez ir ao restaurant giratorio. Ficamos rodando pela cidade, conhecendo outros pontos e fomos ate’ o Vale Nevado. Uma subida xarope de carro, mas, o Vale e’ bem bonito. Achei meio normal demais, ainda mais depois de visitar o vulcao Osorno, meio que perde a graca. Agora se voce vai esquiar o fazer snowboarding, o Vale e’ uma otima pedida. Eles tem uma otima estrutura de suporte para os esportes da neve e a paisagem e’ sim muito bonita.

Almocamos e tentamos achar a vinicola Undurraga, por recomendacao de um dos guias que tivemos anteriormente (o que nos levou a Vina e Valparaiso). Meio que nos perdemos na estrada e nao conseguimos encontrar. Quando percebemos, ja’ era umas 16:30 e achamos que a vinicola fechava cedo e desistimos, voltando entao para Santiago. Fomos ate’ o shopping Florida, em frente ao estadio do Colo-Colo, fazer hora, jantar e desistimos do giratorio. A neblina nao nos deixaria apreciar muito a vista da cidade e tambem ja’ tinhamos ido ao cerro San Cristobal e ao Vale Nevado. Hora de voltar ao aeroporto, devolver o carro e embarcar rumo ao Brasil. Final de mais uma excelente viagem.

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