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0. Preâmbulo

Olá, senhoras e senhores, iniciamos aqui nosso relato de uma nova aventura: Fortaleza-Foz do Iguaçu de carro!

Saímos daqui já à tarde, chateados, fustigados, meu filho tinha levado uma queda e aberto o supercílio, o médico o operou contra minha vontade(eu queria um plástico) enfim, tava muito tumultuada a situação e resolvi partir às pressas. Saí daqui com 50.283 km.

 

1. O Piauí

O trecho da viagem pelo Piauí é terrível para quem gosta de cuidar bem do carro e tem "pena" de tacar um carro que se paga com tanto sacrifício numa estrada sem condições ou que simplesmente não exista. Vamos lá. A opção lógica para se seguir para Foz é Fortaleza-Brasília. para isso se passa pelo Piauí. Mas como? Respondo. Se você vai pegar esse trecho agora, desista. Não vale a pena, se você tem pena do seu carro.

Da Fortaleza até Floriano tudo bem. De Floriano você tem que escolher como vai chegar em Eliseu Martins. Você tem que escolher: ou uma estrada de terra que não tem condições(valas, pontas de pedra, inclinações terríveis, poeira infernal, e desertidão: o Exército 'abandonou' a construção depois de Jerumenha, veja a foto upload/galeria/fotos/20111001224650.JPG )

ou uma de "asfalto"(PI-140: que não tem acostamento, passam muitas carretas carregadas, e só tem buracos impressionantes). Os moradores e todos com quem eu falei em Floriano me disseram que mesmo assim a de terra era melhor. Fui; pra nunca mais. Veja um vídeo do exato fim da "piula" da BR-135:

Portanto, repito: vá pela 116 até depois de Feira de Santana e entre sentido Chapada Diamantina para chegar em Barreiras. É melhor. Vale o "Arrudeio".

 

2. Brasília

Chegamos a Brasília na madrugada de 6 para 7 de setembro, com a expectativa de assistir ao desfile na capital federal: uma decepção. O hotel em que ficaríamos só cobrava o preço da internete pela internete mesmo, porque na vida real... Perto do hotel um engarrafamento plena 1h da mnhã: era uma juventude repleta de moças que urinavam expondo sua genitália todos que ali estivessem, consumo de maconha indiscriminado e de bebidas, tudo nos arredores de um viaduto que levava para uma festa numa granja-não-sei-lá-das-quantas. Fomos à procura de alguns lugares numa grande avenida mais pra dentro da cidade e o que encontramos muito na madrugada de BSB foi travesti e gente se drogando. Por fim, achamos meio sem querer um hotel Diplomat. Pequeno mas sem nada a reclamar: camas religiosamente limpas, quarto grande e sem fedor de fumante, tv a cabo, toalhas bem novas, chuveiro funcionando, café farto. Defeito: estacionamento em aberto, um terror para quem viaja de carro.

No desfile, muito desânimo por parte dos "desfilantes". Achei ter ouvido uma vai quando uma senhora lá chegou ao palanque. E diferente foi a distribuição de água para o povo. Veja a foto: upload/galeria/fotos/20111001233459.JPG Por falar em povo, o povo te acotovela mesmo e é bem mal-educado na hora de conseguir um lugar na beira do asfalto. Não teve essa de criança no braço, não. Me empurravam mesmo e eu que se quisesse que me segurasse. Policiamento tinha muito, mas nenhum que impedisse os fumantes de desrespeitar crianças, bebês e idosos, em quem tacavam constantemente rolos e mais rolos de fumaça e o Seu Polícia nada dizia ou fazia. Outra decepção parece ser o Congresso: ele não é grande como na televisão. É miudinho. Frustra.

 

3. Goiânia

A caminho de Foz do Iguaçu passamos por Goiânia. Um lugar simpático para se parar é uma pamonharia na BR-153, depois que se sai de Goiânia, com destino ao sul. O lugar é agradável, sombra boa e tratamento muito diferente do de outros pontos do Estado. Sinceramente, um verdadeiro oásis em matéria de tratamento dentro desse trecho da viagem. Pessoas educadas, simpáticas mesmo, que te atendem sem falsidade, atendem de gom grado, de coração. E ainda te dão um mapinha muito útil na saída. Veja o mapinha que eles dão: upload/galeria/fotos/20111001222118.jpg

 

4. Cascavel-PR

Estávamos só de passagem, paramos só pra dormir. A cidade é mais fria que Foz. Mesmo de passagem, encontramos um hotel de bom custo e bem limpo. Veja o cartão de lá: upload/galeria/fotos/20111002114800.jpg

 

5. Foz do Iguaçu

Em Foz do Iguaçu a entrada é 25,00 reais.

Veja o ingresso: upload/galeria/fotos/20110930083324.jpg

Depois que você entra tem um ônibus double deck que tem a parte de cima cortada, isto é, sem o teto. Veja a foto: upload/galeria/fotos/20111002121427.JPG, Ele vai te levar até um hotel lá dentro. Quando você chegar o hotel é à esquerda e à direita tem uma árvores e detrás dela você já ouve o barulho das cataratas. Sua adrenalina sobe na hora, não tem jeito. A excitação é extrema. Você entra na mata por um caminho de cimento e logo o barulho aumenta quando você terá a primeira vista.

Hospedagem em Foz não tem por que procurar, o Hotel Rouver é o lugar. Veja só a placa que há em frente ao Hotel... isso basta para um local muitíssimo bem localizado e com um preço delicioso. Sem contar com o atendimento de um rapaz chamado Sidney que é exemplar até para Hoteis de outros destinos, e sem falar que ele te atende bem MESMO, sem falsidades ou artificialismos. Veja a foto: upload/galeria/fotos/20111002003042.JPG Na Avenida da foto, entrando à direita já é a Avenida das Cataratas e o acesso para o Marco das 3 Fronteiras. Sem falar do supermercado com caixas eletrônicos bem no outro lado da esquina!

Em Foz do Iguaçu cabe um passeio pela Av. Brasil. Oportunidade em quem se aproxima mais um pouco da vida local e conhece a diversidade de pessoas e rostos da agradável cidade. Um achado na Av. Brasil em Foz foi uma simpática lanchonete, com bom atendimento e um sanduíche árabe muuuuito bom. Não sei explicar a localização, mas tá aqui a imagem do cartão de lá, veja:

upload/galeria/fotos/20111002133429.jpg Lá vale a pena merendar. E ainda tem a diferença do bom atendimento.

Me deixou muito contente saber que existe bem mais respeito em Foz pelo deficiente. Veja o rapaz nesta foto: upload/galeria/fotos/20111002140810.JPG - Ele atravessou toda esta faixa de pedestres e os carros esperaram que ele fizesse a travessia. Além disso, algo simples e importantíssimo, ao mesmo tempo, estava lá: a rampa de acesso. E tem outro exemplo de atenção que captei em Foz, veja: upload/galeria/fotos/20111002142051.JPG - Este cobrador foi atencioso por demais, sincero, solidário. Sabe, ser deficiente físico não é bom. E o respeito pelo deficiente torna bem menos dolorosa sua condição. Não se esqueçam que um dia eu saí de casa "perfeito", e voltei deficiente físico pra sempre. A lição? Amanhã você pode voltar pra casa numa cadeira de rodas e nunca mais vai pisar um chão. E não tem nada que te garanta que isso não vai acontecer. Nem todo o teu dinheiro, nem o teu carrão de luxo pode te proteger. E isso vai te doer muito. E vai fazer tua mãe sofrer muito. E ela vai derramar lágrimas muito amargas, de tristeza profunda, de tristeza inconsolável, de onde ela estiver. Pois então faça assim: respeite que não teve tanta sorte. Dê uma atenção especial ao deficiente. E agradeça a Deus até por poder ir no banheiro.

6. Itaipú

O passeio vale a pena. No começo é chato. Muita regra, muita regra... blá, blá... Tem busca de arma pessoal. A criatura passa um detectorzinho de metal em ti. Pena que ela solta o cabo da arma quando vai fazer a busca, um erro em segurança primário. Veja a foto: upload/galeria/fotos/20111002123130.JPG Com arma não se pode vacilar! Nem um vezinha! E presenciei, infelizmente, nesse dia, varias vaciladazinhas. Depois de descoberto que você não é um terrorista querendo detonar a barragem, você entra no ônibus(veja-o: upload/galeria/fotos/20111002140023.JPG).

A água mineral que eles dão tem um gosto meio assim, sei lá. Eu reclamei pra guia da Usina, que prontamente me respondeu com um sorriso amarelo. Engraçado: ela não tomou da água...

Não vi nenhum compartimento "secreto" na Usina ou em derredor que me pudesse parecer um "contra-míssil" da Aeronáutica destinado a proteger Itaipú de uma agressão bélica. Acho que o Brasil tá com o bumbum de fora em matéria de defesa estratégica. Pra mim, qualquer país invejoso de terceira ou primeira categoria detona Itaipú, já que o detectorzinho lá da entrada só consegue identificar mesmo um bom e velho canela-seca, nada que descubra um C-4 no bolso ou coisa mais avançada.

Quando se chega nos tubos e se entra na Usina a coisa fica melhor. Aqueles tubos parecem finos de longe(mirante) mas de perto são imensos e gelados. A guia vai te mandar colocar a mão neles pra sentir a pressão da água. A surpresa vem da temperatura.

Agora o mais frustrante da visita, um erro que Itaipú não sei se em sensibilidade de corrigir a partir deste meu comentário. Um desejo que se aguça em todos que visitam a Usina se instala em você depois que se vê, de muito alto, o leito seco e original do rio Paraná. Veja a foto: upload/galeria/fotos/20111002124039.JPG É incrível a proibição de se conhecer essa que seria uma fantástica atração, tocar o fundo de um rio(seco), sabendo que do outro lado da parede milhões de litros d'água te espreitam, e que ali está a mão da grandiosidade da engenharia humana. Alô? Itaipú? Acorda!!! Libera pras pessoas tocarem o leito seco do rio Paraná!

A sala de controle promete ser algo especial mas nem é. Veja a sala: upload/galeria/fotos/20111002135511.JPG - Um monte de gente se aglomerou foi na frente da sala de controle da segurança, que contava com uma imensidão de câmeras e ângulos de visão que se apresentou muito mais interessante que o próprio controle. A divisa geográfica(indicativa da fronteira) que passa bem no meio da sala de controle é legal, pra compensar.

A guia não fala dos mortos. Nem de um memorial em homenagens aos trabalhadores mortos durante a construção da barragem e a instalação das turbinas. Um coroa que tava lá que levantou a idéia de que pode muito operário estar até hoje concretado no meio da barragem. Eu concordei. A guia sileinciou. Acho que naquela época ninguem levava os EPIs ou a CIPA a sério. Um cara que caísse ali no concreto... Veja este site: http://www.parana-online.com.br/colunistas/320/76320/?postagem=37+ANOS+DO+TRATADO+DE+ITAIPU - O coroa falou em setores mal-assombrados pelos mortos, mas aí eu já acho que ele viajou. Ali o que causa medo é ver infiltrações aqui acolá. É desconfortante ver um lodinho no meio do concreto.

A parte curiosa da fala da guia é sobre o gelo usado, mas aí se eu contar aqui perde a graça. Eu e muita gente achou esta foto curiosa, já que aconteceu em plena Itaipú: upload/galeria/fotos/20111002124936.JPG Outra coisa diferente é que lá em Itaipú não esxistem andares nos elevadores. veja na foto: upload/galeria/fotos/20111002135149.JPG

Sobre o Ingresso.. uma ótima vantagem em Itaipú: quem é doador de sangue tem um bom desconto. Veja as regras no site. Vale se você é doador no seu Estado de origem. Agora uma desvantagem: 8 paus o estacionamento. Eu achei meio que um abuso. Tinha que ser de graça. Lugar tão grande! Lá tem ônibus que para na porta, faça as contas do que é melhor pra você. O ônibus é 2,50. Lá nas Cataratas o estacionamento também é o mesmo preço. O ingresso também é o mesmo preço, já que não vale a pena fazer outro passeio em Itaipú que não seja o "Circuito Especial". Veja o ingresso: upload/galeria/fotos/20111002130109.jpg Não pense em sair do hotel e ir visitar Itaipú assim, de supetão. Lá tem um lance de reservar horário que faz você ir lá do outro lado da cidade(as cataratas ficam do outro lado da cidade) e não encontrar vaga. Melhor ligar antes pro 0800 que tem na imagem do ingresso que eu coloquei aí. Isso também não significa ter que precisar de uma Agência, é so ligar de onde você estiver, de um orelhão. Nesta foto tem os cartões que eles aceitam(de débito): upload/galeria/fotos/20111002134738.JPG

 

7. Serra dos 100

Na Bahia, na volta pra casa, um comportamento comercial é muito curisoso. Esta é a Serra dos 100. Nela os plaqueiros não se resumem a somente exibir as placas, mas, quando você se aproxima, ele se levanta e faz um gesto com a mão próxima da boca próprio de quem quer/vai comer, articulando os dedos em riste para a boca, como que papando a comida, e ainda apontam para o restaurante que você tem que ir. Uma graça. Veja a foto: upload/galeria/fotos/20111002001351.JPG

  • 3 semanas depois...

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