Membros Simone Morini Postado Setembro 26, 2011 Membros Postado Setembro 26, 2011 Daí galera, Antes de viajar li muito aqui no mochileiros, por isso gostaria de contribuir com os próximos viajantes. Saímos do Brasil dia 08 de agosto de 2011. Havíamos comprado as passagens em março pela Decolar, 2 passagens SP – La Paz com escala em Santa Cruz, mais taxas, saíram R$1.350,00. Mais duas passagens Floripa – SP que saíram R$ 250,00. Todos os gastos foram para duas pessoas. Dia 1 – Floripa – SP – Santa Cruz – La Paz O vôo foi tranqüilo, e em Santa Cruz de La Sierra, escala antes de La Paz, conhecemos um rapaz e um casal de cariocas. O cara sozinho já havia ido à Bolívia e ao Peru, e me deixou super assustada com o lance da altitude. Eu tinha certeza que passaria mal. O casal também estava um pouco apreensivo. Quando descobri, no vôo, que serviam chá de coca, pedi um e eles também quiseram. Chegamos à La Paz. À princípio, tudo certo, não sentimos nada da altitude. Fomos pegar as mochilas e – surpresa! A do André estava com as alças cortadas. Cortadas mesmo, perecia ter sido corte de tesoura. Reclamar? Pra quem? Os funcionários do aeroporto só diziam “passa, passa!”. Em breve descobriríamos que isso era super comum. Quando você pensava em agradecer por alguma coisa, já levava um “passa, passa!”. Povo super educado. Com o outro casal de brasileiros, rachamos um táxi e seguimos para o Loki Hostel, muito bom. Pegamos um quarto pra quatro pessoas e na subida das escadas encontramos a altitude! Lá estava ela, nos deixando ofegantes e com o coração saindo pela boca!! A partir desse momento, subidas, sempre bem devagar. Depois de tomar banho e relaxar um pouco, descemos para o bar do hostel pra comer algo, afinal, o lanchinho do avião é minúsculo. E quem disse que tinha o que comer? Passava das 22h, a cozinha do hostel tinha fechado e já era muito tarde para pedir uma pizza. Tínhamos levado bombons e biscoitos, então nos viramos com o que tínhamos e tomamos umas Paceñas. Erro. Álcool + estômago semi-vazio + altitude = André passando mal + minha pressão caindo. Muito. Ele não dormiu a noite toda e estava com muita dificuldade em respirar. Eu tive um rápido desmaio e depois fiquei super preocupada com ele, a noite foi um horror. Gastos do dia: Suco e refri em SP: R$ 11 Água no aeroporto em Santa Cruz: Bls 10 Táxi do aeroporto em LP ao hostel: Bls 60 (dividido por 4) Cerveja no hostel: Bls 30 (2 garrafas) Dia 2 – La Paz Assim que deu sete da manhã, desci em busca de um chá de coca pro André. Foi revigorante. Depois ele tomou outro, e outro. O Loki oferecia café da manhã, aproveitamos todos os dias. Pão, café, chá, leite, manteiga e geléia. Junto com o casal de cariocas, fomos desbravar La Paz. É uma cidade muito maluca. O trânsito não tem regra, vence quem tem mais buzina. Como não existe um sistema de transporte público, as vans estão por todo lado, superlotadas, atrapalhando o trânsito, uma loucura. Caminhamos em direção à Rua das Bruxas, queríamos ver os fetos de lhama (um horror!), o artesanato local e planejar nossas compras para o final da viagem. É uma perdição. São muitos casacos, gorros, luvas, cachecóis, mantas, redes, tapetes, tudo muito lindo!! Fora as cerâmicas e bijuterias, tudo a preço de banana! Rodamos o centro todo, subindo devagarinho pra dar conta. Almoçamos em um restaurantezinho lá no meio dos montes de lojas, mas não foi muito bom. Foi um erro nosso, o restaurante estava vazio, o preço não era o mais atraente, mas o cansaço nos venceu e ficamos por ali. Em vários pontos do centro se vê montanhas congeladas, é lindo. Á tarde, fomos à Calle Mercado, rola uma feira de rua imensa com todos os tipos de bugigangas. Compramos uma máquina pra cortar cabelo (que será usada nos nossos dogs) por cerca de 15 reais e nossos amigos compraram um tripé pra câmara também por uma bagatela. A Plaza Murillo é um ponto muito bonito, e achamos super curioso a interação do povo com os milhares de pombos que ficam por ali. Eles alimentam e brincam com essa ave tão nojentinha. Fim de tarde, comemos um combo por Bls 17,90: uma pizza individual + dois pãezinhos de alho + um refri pequeno. Muito bom!! Tanto o preço quanto a comida, no Mr. Pizza, pertinho do Shopping Norte. Cedinho já fomos dormir, pra recuperar o sono da noite anterior. Gastos do dia: Água 2 litros no hostel: Bls 8 Três anéis na Rua nas Bruxas: Bls 100 Dois almoços: Bls 80 Máquina para cortar cabelo: Bls 60 Dois combos Mr Pizza: Bls 40 Água 2 litros na rua: Bls 6 Dia 3 – Copacabana Acordamos prontos pra partir. Fechamos a conta no hostel e já reservamos no hostel de Cusco, pra chegar com lugar certo. Pegamos um táxi até o cemitério, de onde saem os ônibus pra Copa. Cerca de 10 de manhã começou a viagem. Quando se olha do centro em direção à periferia, parece que tudo é uma grande favela, mas na realidade há grandes avenidas lá no alto. Não que não seja um tipo de favela, pois é uma bagunça, muito lixo jogado e pobreza. Saindo da grande La Paz, depois de umas duas horas de deserto, começa a ser avistado o Lago Titicaca. É lindo, imenso e azul. Chegando á beirada do lago, é necessário fazer uma pequena travessia. O ônibus vai em uma balsa que parece que vai afundar a qualquer momento e os passageiros pagam uma taxinha e vão em um barco. Retorna-se pro ônibus e a viagem continua até Copacabana. Chegamos 1:30 da tarde, famintos! Depois de fugir de um restaurante imundo à beira do lago, fomos em outro na rua principal, que é cheia de lojinhas. Comemos a famosa truta do Titicaca, maravilhosa! Descansamos um pouco tomando um café ali mesmo, e fomos conhecer Copa. Compramos nossa passagem pra Cusco e a própria agência guardou nossas mochilas pra podermos caminhar sem o peso. Não há muito o que se ver, mas a catedral é bem bonita e há um mercado de frutas e carnes expostas que é bem interessante. Às 6 da tarde pegamos o ônibus e aí começou uma saga que foi terminar só às 5 da manhã do dia seguinte. Na saída de Copacabana fica a imigração. Você entra na fila e entrega o formulário de saída. Ali uma brasileira foi subornada porque perdeu o papel que se recebe no avião e precisava de outro. Não há o que fazer, ou paga, ou paga. Então caminhamos até o outro lado da fronteira, para passar na imigração do Peru. Tudo certo, partimos. Meu namorado mede quase 2 metros, então nós havíamos comprado bus cama, que são os assentos do ônibus que deitam bastante. Na partida em Copa soubemos que esse ônibus, com assentos cama, pegaríamos em Puno, depois de duas horas de viagem. Tudo bem. Só que quando chegamos a Puno, alem de o ônibus não ter cama nenhuma, havia mais uma galera de um ônibus anterior pra entrar no nosso também. Só 40 minutinhos, diziam eles, até Juliaca. E lá fomos nós, uns sentados, outros não, até Juliaca. Sendo que nessas duas trocas de ônibus nossas mochilas eram jogadas como sacos de batatas pra lá e pra cá, não podíamos carregá-las entre os ônibus, eles é que tinham que fazer isso, e do “jeitinho” deles. Lá chegando, agarramos is primeiros assentos cama que vimos e tudo ficou melhor. Só que umas quatro pessoas que também pagaram por bus cama ficaram ser lugar! A companhia vendeu mais assentos do que existia, e a funcionária da agência se dizia de mãos atadas. Resultado: quatro pessoas que pagaram por uma coisa levaram outra, e tiveram que viajar 6 horas indignados. Chegando a Cusco, 5 da matina, um alemão que sentou ao nosso lado notou que sua câmera fotográfica não estava na mochila. Com certeza no meio da confusão de troca de ônibus, levaram a máquina dele. Não havia o que fazer. Gastos do dia: Hostel (para dois, duas noites em quarto para quatro): U$30 Táxi hostel – cemitério: Bls 10 (dividido por 4) Bus para Copa: Bls 30 (duas passagens) Balsa Titicaca: Bls 3 (duas taxas) Almoço para dois: Bls 90 Bus cama para Cusco: U$ 38 Dois colares: Bls 100 Anel: Bls 30 Brinco: Bls 15 Frutas e Doritos: Bls 12 Taxa rodoviária em Puno: s/3 Saltenha rodoviária em Puno: s/2 Dia 4 – Cusco Chamamos os alemães pra dividir o táxi com a gente e ir para o mesmo hostel. Chegamos ao Loki cinco da manhã, fomos super bem recebidos e colocados em um quarto para quatro. Depois do banho, já tinha café servido, tomamos e descansamos um pouco. Fomos conhecer Cusco ainda de manhã. A cidade é uma graça, toda planejada para receber o turista. Andamos pelas ruas meio sem destino, pela Plaza San Francisco, Plaza de Armas e acabamos topando com uma loja chamada TopTi ou algo do gênero, tipo uma Renner, com umas promoções muito boas, compramos várias roupas (duas jaquetas masculinas, uma calça de moleton masculina, três blusas femininas). Almoçamos um menu com salada, sopa, arroz, frango grelhado, batata frita e refri (quente, como todo lugar). Era muita comida! Aprendemos a lição e em outros momentos pedimos um menu só, pra não sobrar tanta comida. Compramos o passeio de Maras e Moray para o dia seguinte e fomos conhecer Sacsaywaman. No caminho, uns caras de moto nos ofereceram MJ na rua. Havia uma senhora e uma menina com uma lhama na igreja da subida pra SW, elas estão em todo lugar pra ganhar uns trocados com os turistas que querem tirar fotos. Chegando a Sacsaywaman, se vê Cusco inteira, é bonito demais. Como não tínhamos o boleto turístico, não entramos em SW, mas do outro lado do morro tem um Cristo e de lá se vê o parque de ruínas. É impressionante. Pedras gigantescas perfeitamente encaixadas, incrível. Fomos a um café na Plaza de Armas tomar um cappucino com torta antes de voltar para o hostel. Depois de tomar um banho e descansar um pouquinho, saímos pra jantar no fast food típico Peruano: o Bembo’s. É bem bom! O hambúrguer é maior que o pão, e provamos Inka Cola, o refri mais adorado por lá. Tem gosto de bala, é doce demais!! Gastos do dia: Táxi rodoviária – hostel: s/15 (para os 4) Roupas: s/88 Batata Lay’s: s/2 Cadeado: s/4,50 Almoço Menus: s/18 (dois almoços) Tour Maras e Moray: s/50 (dois tours) Casaco lhama: s/30 Café com torta: s/27 (dois cafés e duas tortas) Bembom’s: s/23 (dois combos) Dia 5 – Chinchero, Maras e Moray Tomamos café da manhã com os alemães e saímos, a van deveria nos pegar às 9 horas no hostel. Saímos atrasados até que todos aparecessem para o passeio. Fomos primeiro à Chinchero, uma comunidade que fabrica as roupas de lã. Todo o processo é explicado e demonstrado. Lavar a lã com uma raiz detergente, secar, tingir e tecer. Em seguida fomos às Salineras de Maras. A estradinha pra chegar lá é muito assustadora, muitas curvas, só tem espaço pra um carro e o precipício é ao lado. Quando vinha um carro na contra mão, o nosso motorista e o outro paravam e ficavam buzinando até que um deles decidisse dar a ré. As Salineras são incríveis, são entre 5 e 6 mil piscinas de sal, tudo branquinho. Em seguida fomos à Moray, com certeza dos lugares mais incríveis da viagem. É muito doido, cada degrau, cada escadinha, lindo! Voltamos pra Cusco e compramos a viagem pra Águas Calientes. Saímos novamente, passamos no Mercado San Pedro só pra dar uma olhadinha, compramos umas frutas e fomos no mercado Orion, um supermercado grandão que tem bem em frente ao San Pedro. Os preços são ótimos, compramos pão, queijo, iogurte, suco, já pensando em MP e na viagem até Águas Calientes. Depois jantamos no mesmo restaurante que almoçamos no dia anterior. Gastos do dia: Empanada em Maras: s/5 Água 500ml: s/2 Van para Hidrelétrica: s/27 + U$ 50 (2 passagens) Comida no mercado: s/28 Janta: s/20 (sopa, prato do André com frango, arroz e salada, coca e água) Táxi centro-hostel: s/3 Dia 6 – Cusco – Aguas Calientes Deixamos a bagagem no hostel, fomos apenas com uma mochila pequena cada um. Pegamos a van com 3 croatas e 3 franceses. O André teve que sentar na frente, com o motorista e mais um rapaz que viria a ser o “guia” de alguém. A viagem durou seis horas, com uma parada rápida em Ollantaytambo e outra já em Santa Teresa para almoçar. A estrada é boa, subimos uma serra até 4300m de altitude, tinha neve e tudo. Em seguida começa a descida e aí passamos pela estrada em construção e em seguida pela estrada ainda de terra. É muito pó, o tempo todo! Com os vidros fechados não se agüenta o calor, com os vidros abertos se engole pó. Paciência. Em muitos momentos, na estrada de terra, só passa um carro, sendo que é um despenhadeiro logo ao lado. Chegamos à hidrelétrica por volta de 3:30 da tarde, muitas outras vans chegaram neste horário. Seguimos caminhando pelo trilho do trem. É importante pra quem vai sem guia, como nós, ficar atento para o inicio da trilha, pois são uns cinco minutos numa trilha e não no trilho do trem, o que provavelmente encurta bastante o caminho. Durante a caminhada o cenário é lindíssimo, recomendo muito! O rio Urubamba acompanha o trilho o tempo todo e, como agosto é a época de seca, as pedras brancas do rio ficam aparentes. Nós logo nos distanciamos do resto do pessoal e acabamos passando a descida que existe para os pedestres não atravessarem o túnel á pé... foi um susto! Depois do primeiro túnel, nos embrenhamos nas pedras pra descer para o caminho certo, muito assustador passar na escuridão do túnel... e por sorte não veio nenhum trem naquele momento! Mais uma dica pra ficar de olho em algum guia. Depois de duas horas e meia caminhando, chegamos à Águas Calientes. Já surgiu um rapazinho perguntando se tínhamos hostel e decidimos conhecer o que ele oferecia, mas antes fomos comprar os tickets pra voltar pra Hidrelétrica de trem no dia seguinte, pois não haveria tempo pra caminhar tudo de volta (e nem pernas!). fomos para o hostel Number One, que não dá nem pra chamar de hostel, pois não tem recepção nem nada. O quarto era razoável, e o chuveiro ruim, mas como dormiríamos só algumas horas decidimos ficar por ali mesmo. Saímos pra jantar e depois de passar um tempão tentando explicar pra um garçom que queríamos uma pizza com dois sabores (!!) comemos. Caminhamos um pouquinho por Águas, e a cidadezinha acaba. É muito bonitinha, pena que não tivemos tempo de aproveitar melhor os bares. Ah, tudo muito mais caro que em Cusco. Fomos dormir cedo pra ir à Machu Picchu no dia seguinte. Gastos do dia: Hostel em Cusco: U$57 (diária no quarto de casal e quarto p. seis, 2 pessoas) Almoço: s/21 (um menu) Trem da volta: U$ 24 (dois tickets) Hostel em AC: s/50 (duas camas) Pizza: s/41 2 águas 2l: s/10 Dia 7 – Machu Picchu Saímos do hostel 4:30 da manhã. Levamos casacos, luvas, cachecóis e não usamos nada!!! A temperatura estava amena, apenas uma blusa e um gorro resolveu. Levamos uns 15 a 20 minutos do hostel até o inicio da trilha e 1 hora na subida. É na verdade uma escadaria de pedra, tem muita gente subindo, não há perigo algum. Vale muito a pena parar um minuto quando estiver muito ofegante pois a recuperação é rápida e ajuda a continuar. Logo no inicio da subida já estávamos suando, ficamos felizes em ter deixado casacos e acessórios no hostel. Chegamos no portão do parque 5:50h e já tinha umas 50 pessoas na fila. Já estava claro, mas o sol não havia aparecido. Conforme foi clareando, já no fim da subida, pudemos perceber a beleza do lugar. Wayna Picchu se impõe e é impossível não se impressionar. Seis horas abriram os portões e entramos. Foi fenomenal. É importantíssimo estar entre os primeiros, pra pegar o parque vazio. Andamos, tiramos fotos, respiramos. Lindo. Incrível. Tem lhamas nos gramados, o André até fez carinho em uma delas, mas ela não curtem muito não. Logo o sol nasceu por trás das montanhas, o que foi mais um espetáculo. Depois de caminhar um pouco, tomamos o caminho pra entrada de Wayna, que abriu às 7h. Mais uma hora de subida em escadas de pedra, e MP ficando cada vez mais baixo. Com certeza vale a pena subir Wayna, a montanha é incrível, o visual lindo, e é muito alto mesmo, e íngreme! Dá pra ver o rio Urubamba e o trem lá embaixo... além de MP inteiro. Depois de contemplar o visual por todos os ângulos, tirar muitas fotos e comer morangos silvestres (sim, muitos!), iniciamos a descida. Nossos joelhos tremiam, minhas panturrilhas doíam. Momento inesquecível. Voltando à MP, caminhamos pelos templos e moradias, agora lotadas. Ficamos muito felizes por ter estado lá mais cedo, pois o parque tão cheio de gente perde um pouco da magia. Por volta das 11h começamos o caminho de volta, toda a descida da escadaria e a caminhada até AC. Apenas pegamos nossas coisas no hostel e fomos pra estação de trem. Quando o trem chegou, a melhor surpresa: nossos lugares eram no último vagão, e ele era muito confortável! E estava vazio... chegando de volta à Hidrelétrica, exaustos, tivemos que ter a paciência de esperar nosso motorista arrumar gente pra encher a van, já que os franceses não apareceram. A viagem demorou a começar, e pelo caminho o individuo ficava parando pra ver se arranjava alguém pra ocupar o último lugar (entre ele e o André, bem no câmbio!) então acabamos pegando a estrada à noite, com chuva, neblina... foi tenso! Mas deu tudo certo no fim. Chegamos ao hostel exaustos, quase 10 da noite. Tomamos banho, jantamos lá mesmo – uma delícia – e caímos desmaiados na cama. Gastos do dia: nenhum. Tudo foi pago no dia anterior, e passamos o dia à base de lanches que compramos em Cusco. Dia 8 – Cusco Acordamos descansados e fomos fazer as compras pensadas pra Cusco. Primeiro, a passagem pra La Paz. Como a ida foi trash, pensamos na possibilidade de voltar de avião. Olhamos o preço na Aerosur – U$ 120 e já descartamos, pois U$ 240 na Bolívia dava pra comprar muita coisa! Compramos as passagens de bus cama, agora com receio de sermos enganados. Enchemos o saco do cara da agência, fizemos ele escrever que era cama, nos dar o telefone e tudo. Caminhamos até o mercado San Pedro e foi muito legal. Lá é o paraíso das frutas, castanhas e cereais, os preços são muito bons, até queijo nós compramos! Compramos uma torta de limão no caminho e voltamos pro hostel pra almoçar e fazer as malas pois tínhamos que fazer o check-out até 1h da tarde. Almoçamos por lá, guardamos as mochilas e ficamos no bar do hostel conversando, comendo e dando um tempo até a hora do ônibus. Chegando na rodoviária, o ônibus era realmente cama!! Surpresa boa, finalmente... A noite foi tranqüila, conseguimos dormir e descansar. Gastos do dia: Hostel + almoço + janta, tudo pra 2: U$44 Frutas: s/17 Queijos: s/18 Artesanato (tigelas de cerâmica, índio de madeira, abridor de garrafa): s/50 3 camisetas: s/30 copinho cachaça: s/8 2 taxas na rodoviária: s/2,40 Dia 9 – La Paz Durante a noite, o ônibus foi parado duas vezes, policiais subiram e pediram o passaporte de todos. Chegamos no imigração 7:30 da manhã e abria só ás 8. Depois de sair do Peru, atravessar a fronteira e pé, passar reto o escritório da imigração, voltar, e passar pela imigração Boliviana (ufa!), finalmente voltamos ao ônibus pra seguir viagem. Quando estávamos já perto de La Paz, no distrito de El Alto, o ônibus parou mais uma vez, e apareceu o motorista, dizendo que havia um bloqueio na estrada e teríamos que esperar até às 7 da noite (eram 12:00h) ou... ir caminhando!! À principio caminhar parecia loucura, até porque estávamos com uma mala enorme com as compras que fizemos em Cusco, mas principalmente porque não parecia seguro. Teríamos que passar o bloqueio e pegar uma van pra continuar o resto da viagem. Ficamos com medo de sermos assaltados. Mas então outro ônibus chegou e tinha 5 brasileiros de RN, um argentino e 2 alemães, todos dispostos a caminhar. Caminhamos cerca de 20 minutos debaixo de um solzão, e vimos que o povo não oferecia perigo algum. Não havia polícia, não havia imprensa, não dava nem pra saber qual era a causa da paralisação. Enfim, passamos. Pegamos uma van que nos deixou em outro ponto sinistro de El Alto, todos foram pra rodoviária e eu e André pegamos um táxi pro hostel. Quando chegamos quase não acreditamos, sãos e salvos!! E num quarto para dois!! Descansamos um pouco, almoçamos, tomamos banho. Fomos jantar no Burger King e na volta entramos no famoso Shopping Norte. A maioria das lojas já tinha fechado, mas comprei uns cosméticos (um creme da Clinique para o rosto, uma base Clinique e um curvex Revlon) e vimos as vitrines de tênis com preços maravilhosos!! Chegando no hostel fui correndo mandar e-mail pra minha família, perguntando o número do pé de todos pra poder fazer a festa no dia seguinte. Gastos do dia: Van após bloqueio: U$ 6 (2 passagens) Táxi El Alto - Hostel: U$ 5 Burger King: Bls.65 (2 combos) Cosméticos: Bls.467 Dia 10 – La Paz Compras! Fui sacar dinheiro do meu cartão e... não funcionou! Sorte nossa que na Av. Santa Cruz tem um Banco do Brasil, lá dá pra fazer saque direto da conta, muito bom. Sacamos e fomos pra Rua das Bruxas. Lá compramos artesanato, casacos e presentes. Entramos em várias lojas na Calle Illampu, mas os preços da Fair Play do shopping estavam imbatíveis, não compramos nada lá. Voltamos pro hostel pra descarregar a muamba, almoçamos lá e fomos pro shopping. Ah, o shopping. A família toda ganhou tênis ou mochilas, além de nós dois. Passamos a tarde lá. Foi cansativo, pois não é simples fazer compras lá. Os vendedores não estão muito a fim de vender e as opções são restritas em tamanho e número. Demoramos horrores até encontrar tudo que queríamos, mas valeu a pena. De novo, fomos descarregar no hostel. Antes de jantar, ainda entramos em uma loja de itens pra casa (louças, eletro, acessórios) e jogos de jantas Oxford ou faqueiros Tramontina são um terço do preço daqui. Incrível!! Pena que não estávamos programados pra comprar mais. Jantamos de novo no Mr. Pizza e caímos na cama. Gastos do dia: Casaco lã de lhama + ovelha: Bls. 80 Casaco lã de lhama + ovelha: Bls. 110 Touca lã: Bls.35 2 pares de meias de lã: Bls.25 artesanatos Adela: Bls.100 artesanatos dedoche, álbum: Bls. 300 imãs: Bls.20 loja Fair Play: Bls. 2825 (!!) faca + açucareiro: Bls.206 sapato Fernando: Bls.600 camiseta Si: Bls.80 mochila Dé: Bls. 450 Mr. Pizza: Bls. 40 (2 combos) Hostel: Bls. 357 (duas noites em quarto duplo, dois almoços) Farmácia: Bls. 53 Dia 11 – Retorno Deixamos tudo pronto na noite anterior, então acordamos e em cinco minutos já estávamos no táxi. Nosso vôo era às 8:45h, chegamos lá às 7:00h. Com uma cara de paisagem, a atendente da Aerosur nos diz que o vôo mudou de horário (não ligaram pra vocês?) e estava saindo naquele momento. Ela quis nos encaixar para o dia seguinte, mas nós berramos um Não! em conjunto e fomos encaixados no vôo das 13:00h. Dessa maneira, perderíamos nossa conexão em Santa Cruz, e pior, nosso vôo SP – Floripa pela Gol. Perguntei se não poderíamos tomar um vôo de outra companhia, já que havia dois ou três saindo naquele horário, mas ela disse que a Aerosur não tinha convênio com aquelas. Bom, pelo menos vamos chegar em casa hoje, pensamos. Nos instalamos numa lanchonete Subway e lá ficamos: café da manhã, almoço, lanche pra levar. Na hora de embarcar, quando apresentamos nosso cartão, o carinha fala: "vocês não pagaram a taxa" e eu "Que taxa? As taxas foram pagas junto com as passagens!!" ele diz "Não, não, a taxa do aeroporto, U$25 cada um!!!" Quase tive um treco. Embarcamos naquele avião porcaria deles, e rumamos pra Santa Cruz. Lá chegando, tínhamos meia hora pra passar a imigração e o controle de drogas, o que levou uma hora inteira. Graças a Deus todos os passageiros estavam atrasados com a gente. No controle de drogas, todas as mochilas abertas, artesanatos desembrulhados, até a nécessaire foi olhada. Chegando a São Paulo, queríamos beijar o chão. Queríamos beijar qualquer um que falasse português. A viagem foi uma delicia, mas esse dia... credo!! Pra completar, minha sogra pagor 1000 reais pela troca das nossas passagens na Gol! Agora torcemos pro PROCON nos ajudar a recuperar essa grana com a porcaria da Aerosur. Gastos do dia: Táxi para aeroporto: Bls.55 Ligações telefônicas: Bls.24 Café da manhã Subway: Bls.58 (2 combos) Almoço Subway: Bls. 100 (2 combos + 1 sanduíche que levamos) Táxi Floripa: R$ 35 No total, gastamos cerca de R$4 mil juntos, incluindo passagens e compras. Vale lembrar que não ficamos procurando lugares super baratos pra comer e pra ficar, o Loki com certeza não é dos mais baratos, mas achamos que valia a pena. Grana muito bem investida!! Já pensamos em voltar pra fazer o Salar e o downhill em La Paz. Citar
Membros Elaine Loures Postado Setembro 27, 2011 Membros Postado Setembro 27, 2011 gente, precisando de dicas para rota Santa Cruz de la Sierra a Lima. Fiz uma rota, nunca fui para estes países ainda, e olham se é legal, ou alterar algo, tirar alguma cidade: Santa Cruz/Salar Uyuni/Cochabamba/La Paz/ Copacabana/ Puno/ Cuzco/ Águas Calientes/Macchu Picchu/Lima. de 21 a 31 de outubro de 2011. terei livre do dia 22 a 30/10, pois os outros dias são para ida e volta ao Brasil, pela GOL. Outra coisa: o que é melhor e se tem jeito: santa cruz e ir direto pra Lima e ir descendo passando pela rota acima citada até santa cruz novamente? ou tem outra rota menos cansativa? help-meeeeeeee... outra duvida: onde olho , aqui, ainda no Brasil, ou só é lá mesmo, para entrada em Macchu Picchu? quanto é para entrar lá? quero ficar em MP somente 01 dia. Obrigada. Elaine Citar
Membros Simone Morini Postado Setembro 27, 2011 Autor Membros Postado Setembro 27, 2011 Oi Elaine, Como fiz La Paz - Copa - Cusco - Aguas - Machu Picchu em 10 dias (super corrido, descanso zero), acho que 30 dá e sobra pra vc fazer seu roteiro. Só não sei qual trajeto é melhor, mas o pessoal do site deve te responder. Quanto a entrada pra MP, vc compra pelo site do governo, http://www.machupicchu.gob.pe/, escolhendo a data e que tipo de passeio quer fazer em MP - pra subir Wayna vc deve comprar MAPI - HUAYNA, são só 400 por dia. Se você não quiser comprar já, qualquer agência no Peru e na Bolívia acessa o site e faz a compra por vc, mas vai cobrar uma taxa e como vai estar mais próximo da data é provável que você consiga apenas a entrada pro parque, não pra subir Wayna. Com a subida, são 150 Bls., cerca de 35 reais, o que te dá direito à um dia no parque. Nós ficamos só de manhã, é suficiente, até porque depois das 10h o parque enche e vira a Disney. Espero ter ajudado!! Abraço e boa viagem! Simone Citar
Membros Renan RR Postado Dezembro 5, 2011 Membros Postado Dezembro 5, 2011 Ei Simone, meu nome é Daniella (estou logada pela conta do meu namorado). Primeiramente gostaria de dizer que achei super legal seu relato, sendo muito util para nós. Sua viagem relamente foi bem intensa e apesar de imprevistos fiquei feliz por saber que vcs conseguiram cumprir todos os locais programados. Bem, iremos viajar dia 15 agora e nosso roteiro esta praticamente pronto.. como nossa viagem vai durar o dobro da sua iremos fazer o q vc fez e ainda o salar, o downhill em la paz, ilha del sol em copa dentre alguns detalhes a mais, ainda estamos analisando seriamente a possibilidade de ir em sucre e potosi (inicialmente estava em nosso roteiro) mas retiramos pois mtas pessoas falaram q muitos imprevistos acontecem mesmo e q era arriscado acabar nos prejudicando em cusco (que é o melhor da viagem). Bem vamos a minha pergunta. Precisaremos de voltar de Cusco para La Paz mas ainda n pegamos essa informação concreta com ninguem.. Vc se lembra e poderia me dizer qual agencia te vendeu as passagens (ainda mais por ser mesmo o lugar cama o/), por qual empresa de onibus e qual o horario de saida e chegada do mesmo? desde ja agradeco as informacoes compartilhadas.. Bjs Dani Citar
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