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[info]Tópico para dicas de prevenção, riscos e dúvidas sobre diarréia do viajante[/info]

 

Antes de passar uma temporada fora a turismo ou a trabalho, o brasileiro agora pode se proteger contra duas doenças típicas de viajantes: o cólera e a diarréia causada pela bactéria Escherichia coli enterotoxigênica, também chamada de ETEC, responsável por até 50% dos desarranjos intestinais de quem viaja. Conhecida internacionalmente por Dukoral, esta vacina oral efervescente, com sabor framboesa, estimula as defesas imunológicas intestinais e é produzida pela Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do grupo Sanofi-Aventis.

 

 

A ingestão de alimentos e água contaminados é a fonte de contágio do cólera e do ETEC no organismo humano. “Para se evitar essas doenças é preciso tomar cuidado com o que consome numa viagem. Mas, como está fora de seu meio ambiente, o viajante nem sempre encontra água e alimento de qualidade. Por isso é melhor tomar a vacina para se proteger”, afirma o pediatra e infectologista José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, médico responsável pelo setor de vacinação do Instituto Hermes Pardim, em Belo Horizonte.

 

A vacina da Sanofi Pasteur é a única existente contra o ETEC e é indicada para quem vai viajar para qualquer lugar do mundo onde há problemas de saneamento básico. Já no caso do cólera, a vacina é recomendada para aqueles que vão visitar áreas onde existe epidemia ou ameaça de epidemia. Deve-se vacinar quem vai permanecer por longo período nas áreas de risco de infecção da doença. O cólera existe de forma endêmica e epidêmica em Angola, Moçambique, Uganda e Congo (África), Peru, Bolívia, Equador e Guiana Francesa (América do Sul), Nepal, China, Índia, Malásia e Paquistão (Ásia) e países do Leste Europeu.

 

A nova vacina oferece proteção de 60%, chegando até 67% nos três primeiros meses, contra diarréia do viajante e 85% contra cólera durante os seis primeiros meses com 62% durante dois anos. Ela pode ser tomada por maiores de dois anos de idade, exceto gestantes e pessoas com doenças moderada e grave e hipersensibilidade aos seus componentes. A administração deve ser adiada em pessoas com febre ou problemas intestinais agudos. Recomendam-se três doses para crianças entre dois e seis anos e reforço após seis meses. A partir desta idade, bastam duas doses e uma de reforço, após dois anos. O intervalo das doses iniciais não deve ultrapassar seis semanas.

 

A gerente-médica da Sanofi Pasteur, Lucia Bricks, adverte que o organismo precisa de 10 a 14 dias para produzir anticorpos suficientes contra o cólera e o ETEC. Por isso, quem pretende viajar para áreas de risco deve ser vacinado com antecedência. “Como a hepatite A é comum em regiões onde falta saneamento básico, os viajantes não-vacinados para áreas de risco devem ser proteger contra esta doença também”, afirma a médica.

Além da imunização, os especialistas recomendam ao viajante beber apenas líquidos engarrafados industrialmente, nunca tomar nada com gelo, usar copos e canudos, evitar alimentos condimentados, crus ou mal cozidos, comer legumes bem lavados. De preferência, deve-se ingerir apenas frutas que sejam descascadas pelo próprio consumidor.

 

DIARRÉIA DO VIAJANTE

A Eschericheria coli, ou simplesmente E-coli, é uma das bactérias que provoca a intoxicação alimentar tanto em crianças como em adultos. Ao entrar no corpo humano, este microoganismo se aloja no intestino delgado e começa a se multiplicar, expelindo uma toxina que desencadeia a diarréia que, na maioria das vezes, é auto-limitada e suportável. Às vezes, no entanto, pode ser grave e levar o doente à internação ou até a morte.

De acordo com a médica Flávia Bravo, coordenadora da Clínica Vaccini, no Rio de Janeiro, a principal característica do desarranjo provocado pelo ETEC é o surgimento súbito. A diarréia é aquosa e pode durar entre três a cinco dias. O doente tem cólicas, enjôo, mal-estar geral e febre baixa. “Ao ter uma diarréia, a pessoa perde a viagem, seja de turismo ou de negócios, e o investimento que fez não só em dinheiro, como também em tempo”, avalia o médico José Geraldo Ribeiro.

 

CÓLERA

Apenas dois dos 190 sorotipos da bactéria Vibrio cholerae são responsáveis pelo surgimento do cólera - doença de transmissão fecal-oral, predominante em locais com saneamento básico precário. O contágio ocorre pela ingestão de água contaminada de poços, rios e córregos e o consumo de frutos do mar e peixes crus ou mal cozidos, infectados pela bactéria também conhecida por vibrião do cólera.

 

Em alimentos, este microorganismo pode sobreviver por até cinco dias na temperatura ambiente (15 a 40 °C), ou por até dez dias entre 5 e 10 °C. É resistente ao congelamento, embora a sua multiplicação fique mais lenta.

Se não tratado, o cólera severo é a doença mais rapidamente fatal conhecida até hoje. A diarréia é mais grave do que nas vítimas do ETEC, porque é mais volumosa e implica em grande perda de água do organismo. Pacientes relatam ainda disenterias esbranquiçadas, semelhante à cor de água de arroz. “Com a perda rápida de água, o doente evolui em poucas horas para a desidratação grave e diminuição da pressão arterial, podendo falecer”, adverte o infectologista José Geraldo Ribeiro.

 

O cólera tem um período de incubação variável entre um e quatro dias. A partir daí, começam a surgir os sintomas: febre, dor abdominal intensa, diarréia aquosa, eventualmente, acompanhada de vômito e evacuação de fezes com sangue. Apenas 10% dos infectados pelo vibrião do cólera manifestam a doença. Mesmo sem sintomas, a pessoa contaminada elimina a bactéria nas fezes por um período variável entre sete e 14 dias.

 

Entre 1817 e 1923, seis pandemias de cólera assolaram a humanidade, explica a médica Flávia Bravo. Em 1961, uma pandemia começou na Índia, avançou pelo Oriente Médio e pela África, onde se instalou. Nos anos 90, chegou à América Latina, via Peru, e aportou no Brasil em 1996. Todos os casos registrados por essa pandemia foram provocados pelo sorotipo n° 1 da bactéria. Em 1992, começou outra epidemia na Índia, causada por outro sorotipo, o n° 139. Esta epidemia se limitou à Ásia, atingindo o Paquistão e a China.

 

Quando a pandemia de cólera chegou ao Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 12.331 casos, entre 1996 e 2000, a maioria em estados do Norte e Nordeste. A partir daí, foram registrados apenas um ou dois casos por ano. "Acredita-se que hoje o cólera no Brasil existe por conta das crianças. “A maior parte dos adultos das regiões de risco teve a infecção no passado e está naturalmente imunizada, avalia o médico José Geraldo Ribeiro.

 

Em janeiro de 2008, a Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual da Saúde de Pernambuco anunciou ter encontrado quatro amostras de fezes positivas para o vibrião do cólera nas bacias dos rios Una e Ipojuca, abrangendo três regiões distintas: no Agreste (municípios de Senharó e Belo Jardim), Zona da Mata (Palmares) e Grande Recife (Ipojuca). A secretaria examinou centenas de moradores e não encontrou nenhum caso da doença. Em Pernambuco, os últimos casos de cólera ocorreram em 2005, quando quatro pessoas adoeceram em São Bento do Una e um no Recife.

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DUKORAL

 

Dukoral é uma vacina contra o cólera e diarréia dos viajantes. A diarréia dos viajantes pode ser um problema para quem viaja. Tem início súbito, dura entre três e quatro dias e pode levar à desidratação grave.

 

O que é cólera?

Doença causada por água e alimentos contaminados pela bactéria vibrio cholerae.

 

Sintomas?

Diarréia grave e vômitos, podendo levar a desidratação.

 

O que é diarréia dos viajantes?

É uma diarréia causada principalmente pela bactéria Escherichia Coli Enterotoxigênica (ETEC). Também pode ser causada por água ou alimentos contaminados.

 

Sintomas?

Dor abdominal, náuseas, vômitos

 

INDICAÇÕES

Adultos e crianças maiores de 2 anos que estarão visitando áreas em que há risco de infecção por cólera e/ou áreas de grande risco de diarréia causada por Escherichia Coli Enterotoxigênica (ETEC), uma das causas mais comuns da “diarréia dos viajantes”

 

CONTRA INDICAÇÕES

A vacina n ão é recomendada para crianças menores de 2 anos gestantes e mulheres que estejam amamentando, sem orientação médica e pacientes que possuam hipersensibilidade a qualquer componente da vacina

 

REAÇÕES

Raramente pode ocorrer dor de cabeça, cansaço, febre, dores articulares e distúrbios gastrointestinais.

 

EFICÁCIA

Contra cólera: 80-85%

Contra diarréia causada por ETEC ( Escherichia Coli Enterotoxigênica) 60-67%

 

ESQUEMA DE VACINAÇÃO

- Crianças entre 2 e 6 anos: 3 doses com intervalos de um a seis meses. Se ocorrer intervalos maiores, reiniciar a imunização;

- Crianças acima de 6 anos e adultos: 2 doses com intervalo de uma a seis semanas.

 

DOSE DE REFORÇO

- Crianças de 6 anos em diante e adultos: 1 dose após dois anos.

- Crianças de 2 a 6 anos: 1 dose após seis meses.

 

VIA DE ADMINISTRAÇÃO

Oral

 

TEMPO DE PROTEÇÃO

- Cólera: 5 anos

- ETEC: 3 meses

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pra isso nao tem remedio melhor q o bom senso... ou sera q alguem encara aquele suco de balde no Trem da Morte, o ceviche meia-boca no Peru ou ate aquele ovo colorido de padoca aqui em sampa! Tenha do, ne! Tem tb outra dica bem eficaz q recomenda cagar antes de qq longa viagem...

  • Amei! 1
  • Admin
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Suco de Balde do Trem da Morte e Ovo Colorido da padaria de Sampa eu concordo... Agora chamar o Ceviche Peruano de meia boca, generalizandooooo.... Fala sério Jorge Soto (No melhor carioquês possível). A Culinária Peruana é considerada a MELHOR DA AMÉRICA LATINA e o Ceviche Peruano meu amigo, até em boteco lá em Lima você come o que há de melhor. Coisa que nenhum restaurante Peruano da maior capital caipira do Brasil que é São Paulo, não é possível, nem indo comprar peixe fresco no CEAGESP de madrugada MMeuuuuu! :lol::lol::lol:

 

O Melhor Ceviche, que é um prato dos países do pacífico, do qual guerreiam por sua autoria, é o Peruano, e quem o saboreou sabe bem disso. Quem não gostou e nem o provou, talvez é porque não de goste de peixe e frutos do mar CRÚs ou não foi para Lima. Aí tudo bem! Outra coisa... Vai querer comer Ceviche nos Andes também... huahauhauhauhuah!

 

Eu tive a oportunidade de saboreá-lo em vários restaurantes de Lima, desde o centro histórico até Miraflores e não fiquei com diarréia, pelo contrário: É um dos pratos mais saborosos que já provei e virei fã, por isso contesto sua resposta, porquê o senhor não tem "Envergadura MORAL" pra dizer isto sobre o coitado do Ceviche (Momento Rockgol)...... :lol::lol::lol: Justiça há de ser feita! :lol::lol::lol:

  • Membros de Honra
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bem, creio nao ter sido claro: qdo me referi a ceviche meia-boca me refiro a ceviche de rua, de camelô, de barraquinhas, etc.. pq ha uma distincao enorme entre comer num Rodizio e um espetinho mimi, no Viaduto do Chá..

  • 2 anos depois...
  • Membros de Honra
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pra isso nao tem remedio melhor q o bom senso... ou sera q alguem encara aquele suco de balde no Trem da Morte, o ceviche meia-boca no Peru ou ate aquele ovo colorido de padoca aqui em sampa! Tenha do, ne! Tem tb outra dica bem eficaz q recomenda cagar antes de qq longa viagem...

 

Jorge, estou ferrado então porque eu encaro os 3 ::lol4::

 

Tá bom, tá bom, eu tiraria o ovo colorido! Mas o suco de balde eu tomei vários no Peru e na Bolívia, e o ceviche, eu comi até no mercadão de Cusco. Sou meio avestruz!

 

Mas diarréia meeeeeeeeeesmo dá se você comer o macarrão do LeoRJ ::hahaha:: Esse sim eu não encaro mais! ::hahaha:: Falaí Leo!

 

Intééé

  • 1 mês depois...
  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra
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A diarreia do viajante é uma das principais causas de doença dos viajantes.

 

A melhor forma de prevenção passa pela higiene hídrica e alimentar, aprendendo a seleccionar os alimentos e as bebidas mais adequadas e menos susceptíveis de desencadear a doença.

 

Na prática tal significa que nem sempre se pode comer quando, onde e o que queremos.

 

Segue as dicas p/ bebidas:

- Optar por água e bebidas engarrafadas e devidamente seladas;

- Quando tal não for possível ter o cuidado de desinfectar e/ou ferver a água para consumo;

- Evitar o gelo, excepto se feito com água própria para consumo;

- Evitar lavar os dentes com água pouco segura;

- Beber unicamente leite pasteurizado; na falta ferver o não pasteurizado.

- Evitar sumos naturais de fruta (normalmente são acrescentados de água).

 

Segue as dicas p/ alimentos:

- Preferir alimentos bem cozinhados e, se possível, ainda quentes, evitando alimentos crus, em especial os vegetais, assim como os ovos crus, ou mal cozinhados;

- Preferir frutos que possam ser descascados ou desinfectados antes de ser consumidos;

- Evitar adquirir alimentos em vendas ambulantes ou em locais com condições higiénicas duvidosas;

- Não deixar alimentos destapados no quarto atraem mosquitos e correm risco de contaminação.

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