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  • Membros de Honra
Postado (editado)

Antes de qualquer coisa, quero agradecer publicamente o edver carraro pela postagem dele sobre os cânions de Cambará do Sul. Fiz exatamente o que ele fez, a ponto de ficar na mesma pousada e jantar no mesmo restaurante (as dicas foram realmente boas). Edver, meu muito obrigado. A todos que queiram relatos sobre os cânions de Cambará do Sul, saibam que o relato do edver é pioneiro (e praticamente definitivo) aqui no fórum.

 

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Prosseguindo com o aproveitamento de passagens baratas para viajar pelo Brasil, aproveitei para realizar um desejo antigo. Aparados da Serra era um desejo meu de quase 15 anos atrás, nos tempos em que eu era montanhista. Só depois de ter comprado a passagem que vi que agosto e setembro são meses chuvosos na região. Felizmente deu tudo certo.

 

Saímos do Rio na sexta à noite, mas tudo atrasou. O vôo da Webjet saiu com mais de uma hora de atraso. Pra piorar, chegou no terminal antigo do Salgado Filho. Ou seja, tive de ir ao novo fazer o contrato do aluguel do carro, e depois voltar ao antigo para pegar o carro. Pelo menos esse atraso todo deu um resultado bom: não tinha mais carro básico, então me deram um mais completo pelo mesmo preço do básico. Viva! ::otemo::

 

Mas só chegamos ao hotel (Ibis Moinhos) 1 da manhã.

 

Eu tinha alguns lugares listados que queria conhecer, todos perto do hotel: Mulligan, Dado ou Dublin. Os dois primeiros já estavam fechados, o Dublin cobrava entrada e ainda estava rolando um som meio alto. Tivemos de tomar umas cervejas no único lugar aberto da região. Fomos dormir às 3 da manhã -- e isso para acordar apenas 3 horas depois!

 

Sábado:

Acordamos às 6 no sábado e antes das 7 já estávamos na rua. Chegamos a Cambará pouco menos de três horas depois. O carro de pedra amarelo, que fica logo ao lado do portal da cidade, já não está mais amarelo. Mas, claro, paramos por lá para as fotos tradicionais. Naquele dia geou na serra (inclusive em Cambará, mas naquela hora o sol já batia forte e bonito).

 

Ficamos na mesma Fazenda Pindorama, que agora cobra R$ 130 pelo chalé. A proprietária é realmente muito simpática, inclusive nos ajudou a acender a lareira à noite. Apenas acertamos a diária e logo saímos para finalmente tomar um café da manhã na padaria mais próxima e partir para o Cânion Fortaleza.

 

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Sobre as estradas para os cânions:

Pelo relato do edver, avaliei que as estradas até os cânions seriam do mesmo patamar da que leva até as Agulhas Negras, aqui no Rio. Algo como solo lunar. Esperei pelo pior e me surpreendi positivamente: não é tão horroroso assim. É tipo a estrada para Visconde de Mauá (antes de começarem a asfaltá-la). Basicamente, em vez da expectativa de 20km/h de média, foi possível andar a 40km/h.

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Vacilei logo na primeira dica do edver, que era pegar informações na Casa do Turista. Passei batido, nem vi onde era. Tive de ficar perguntando para a galera no parque onde era a trilha que levava à Pedra do Segredo.

 

O que fazer no Fortaleza:

Então, se você também não tem mapa, saiba o seguinte: para o Fortaleza, siga a rua principal de Cambará até o fim. Vai entrar na parte de terra, continue em frente a vida toda. O parque da Serra Geral fica no fim dessa estrada. Continua exatamente como o edver falou, sem estrutura. Depois de entrar no parque, você dirige até o fim, onde haverá um estacionamento. Dali em diante você segue uma fácil trilha (na verdade é o prolongamento da própria estrada) até o mirante, de onde você terá uma vista estrondosamente ESPETACULAR. Ao longo do caminho você verá outras trilhas menores, que você pode -- e deve explorar.

 

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Panorama geral do Cânion Fortaleza

 

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A natureza é bela

 

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Pássaros no cânion: saudável clichê

 

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Ao fundo vc vê a estradinha do Parque da Serra Geral: no meio fica o estacionamento, o resto vc faz a pé.

 

A trilha da Pedra do Segredo já fica um pouco antes. Fica entre a entrada do parque e o estacionamento final. Você verá uma pequena área de estacionamento (possivelmente com carros parados) do seu lado direito (para quem volta para a entrada do parque). É ali, não tem erro. Rapidamente depois de chegar na trilha, você chega ao Rio Tigre Preto. Siga a trilha, caminhe em direção à cachoeira (para a direita) e, para chegar na Pedra do Segredo, você vai precisar cruzar o rio. Pelas pedras, enfiando o pé na água, do jeito que você puder. A trilha segue do outro lado, de onde você tem uma visão melhor da cachoeira e, no fim, estará a Pedra do Segredo.

 

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Cruzando o Rio Tigre Preto, no alto da cachoeira: a trilha segue do outro lado.

 

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A Pedra do Segredo!

 

Depois de dedicarmos um tempo generoso a todo aquele espetáculo, voltamos para a cidade. Passeamos um pouco pela rua principal, conhecemos a igrejinha da cidade (com sérios problemas de infiltração) e logo paramos numa lancheria para um longo reabastecimento (= cerveja). Felizmente estávamos no Sul, então havia Serra Malte! Cerveja com direito a por do sol na pacata cidade. Jantamos cedo no Casarão, onde praticamos a revanche voraz contra o quase jejum do dia.

 

De volta à pousada, tomamos um banho revitalizante e passamos pelo mesmo problema do edver: a chaminé não puxa a fumaça! Primeiro nós não sabíamos acender a lareira sem álcool (coisa de carioca). Lá veio a proprietária da pousada nos ensinar: basta acender o jornal e espalhar fogo pelos gravetos, que devem ficar no meio dos tocos de lenha. Rapidamente a lareira estava acesa. Só que a fumaça tomou conta do ambiente rapidamente também, ahahaha. O sono era tão voraz, entretanto, que deixamos assim mesmo e dormimos. No dia seguinte tudo cheirava a defumado. Aliás, tem coisa (mochilas, botas, etc.) que cheiram até agora!

 

Domingo, Itaimbezinho:

No dia seguinte, acordamos cedo para irmos o mais cedo possível ao Itaimbezinho. Tomamos nosso café, nos despedimos da pousada e lá fomos. Para ir para lá é necessário pegar uma rua à direita, ainda na cidade. Não se preocupe, todo o trajeto até o PN Aparados da Serra está sinalizado.

 

O Parque do Itaimbezinho é mais fácil que o do Fortaleza, é estruturado, as trilhas são bem demarcadas e orientadas logo na entrada pela galera do parque. É diferente do Fortaleza, mas monumental da mesma forma. Achei que tinha um visual menos árido.

 

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Panorama geral do Itaimbezinho

 

Iniciamos o passeio pela Trilha do Cotovelo, mais longa e que proporciona a vista mais ampla. A Trilha do Vértice é mais curta, mas tem melhores ângulos para as cachoeiras. Ambas são bem fáceis. No geral a visita ao Itaimbezinho foi mais rápida, conforme esperado.

 

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Uma das belíssimas cachoeiras do Itaimbezinho

 

Cerca de 13hs da tarde começamos a voltar para Porto Alegre. Como havia tempo de sobra, no caminho paramos em São Francisco de Paula, que nos pareceu ser uma cidade legal. Passeamos um pouco pelo belo lago São Bernardo. O Parque das 8 cachoeiras no chamava, mas achamos melhor voltar. Ficou para uma outra ocasião.

 

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Lago São Bernardo, São Francisco de Paula

 

Na volta até POA ainda tivemos alguns contra-tempos. Pegamos algum trânsito depois de Novo Hamburgo (havia uma enorme feira, cheia de gente, no caminho) e chegamos uma hora antes da decolagem. Até devolver o carro (vai de um terminal ao outro, paga e etc.), demos mole com a hora e, quando fui fazer o check-in, o vôo estava fechado. Eu acabei de fazer o check-in na maquininha 27 minutos antes da hora, ou seja, 3 minutos de atraso (eles fecham o vôo 30 minutos antes)!! ::putz::::putz::

 

Fui desesperado no balcão de check-in (imagine ter de comprar passagens na hora, todo o barato de ter viajado a preços baixos iria para o ralo) e uma santa alma da Gol nos disse que não havia como nos embarcar naquele vôo, mas que nos colocava no vôo seguinte sem custo adicional. Hã? Sem custo adicional?? Muito obrigado!! ::cool:::'>

 

E assim foi mais um fim de semana viajante.

 

Fomos muito afortunados: ::otemo::::otemo::::otemo::

1) Carro: Alugamos um carro básico (1.0, sem ar) e obtivemos um beeem melhor (1.4, ar, direção, etc.) pelo mesmo preço -- os básicos haviam acabado.

2) Tempo: Setembro não é dos melhores meses para se visitar os cânions, ao que me parece. Os índices de chuvas no mês são geralmente altos. Porém, quiseram os deuses viajantes que tivéssemos um fim de semana com tempo espetacular!

3) Gol: Deixamos para fazer o check-in do vôo de volta em cima da hora e perdemos o vôo. Felizmente a Gol nos colocou no vôo seguinte sem custo adicional. Muito obrigado, Gol!

 

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Para ver muito mais fotos desta viagem, no blog da Katia, clique aqui.

Editado por Visitante
  • 2 meses depois...
  • Membros de Honra
Postado

Guilherme, obrigado.

 

Sobre os custos, segue o que eu me lembro -- são custos totais para duas pessoas:

Aluguel carro Unidas, 2 dias: R$ 150

pernoite em POA - hotel Ibis: R$ 170 (deve ser o Ibis mais caro do país, só pq fica no Moinhos!)

pernoite em Cambará -- Fazenda Pindorama: R$ 130 (a memória já tá fraca, mas acho que era +- isso).

[Vc seguramente encontrará pernoites mais em conta -- não era esse meu foco]

 

Ingresso Itaimbezinho: R$ 6/pessoa + R$ 5/veículo (idem acima).

 

Itens que eu realmente não me lembro: comes/bebes, gasolina (um tanque cheio).

 

Aéreo: R$ 150 cada perna, pra cada um, + taxas

  • Membros de Honra
Postado

Olá Mcm!

 

Belo relato. Um FDS muito bem aproveitado em lugares muito bacanas. Só não sabia que os cariocas apreciam Serra Malte com tanta Itaipava dando sopa no Rio. ::lol4::

 

Abraço!

  • 1 ano depois...

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