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Essa viagem se iniciou com "patrocinio" da GOL, que disponibilizou passagens Rio-Salvador a R$180(ida e volta com taxas). Chegando sexta a noite, e voltando segunda de manhã. Perfeito.

 

05/08 - Sexta-feira - Chegada

Cheguei em Salvador por volta das 18h. Peguei alguns mapas no centro de informações turísticas do aeroporto e me dirigi ao ônibus. Muito barato e bastante confortável. Fui conversando com uma soteropolitana que detestava Salvador, e a maneira como é o pessoal de lá. Foi uma experiência meio esquisita, chegar na cidade e de cara conversar com uma pessoa que odeia morar ali. Mas por outro lado foi legal, a moça me deu várias dicas, principalmente de não dar bola pra gente que vem querendo de "dar" coisas e tudo. Havia muito trânsito, e levei quase 2 horas para chegar ao Hostel Porto Salvador.

 

O Hostel Porto Salvador tem uma área de convivência bem legal, e eles colocam música a noite. Mas o quarto não é tão bom assim, achei meio sujo, um pouco fedido, assim como o banheiro que não tinha tampa no vaso (só tábua). Bom, era dormível, digamos assim, mas já fiquei em outros hostels bem melhores neste aspecto. A localização, bem no Porto da Barra, era ótima. O preço também muito baixo: R$ 20 para ficar em um quarto misto, sem direito a café da manhã que eram mais R$ 10.

 

Seguindo a dica da soteropolitada do ônibus, fui em uma feira popular que estava rolando no Instituto Mauá. Haviam umas comidas típicas, e comi um acarajé. Não posso dizer que foi a melhor coisa que já comi, mas certamente estava muito melhor do que aqueles que encontramos aqui no Rio de Janeiro. Haviam também umas meninas (várias) dançando de um jeito muito libidinoso, se esfregando, se beijando... E depois beijavam uns caras também. Não estou sou preconceituoso ou conservador, mas tenho que confessar que achei bem diferente. Também não estou com isso tentando dizer que todo mundo lá é assim (óbvio), apenas foi uma cena meio diferente. Cansado da viagem, retornei ao hostel.

 

06/08 - Sábado - Salvador

Acordei cedo para explorar a cidade. Primeiro tinha que tomar um café da manhã, e tomei um salgado com café com leite por R$ 2 em uma janelinha que vendia várias coisas, na rua do Hostel.

 

Fui caminhando pela praia da Barra, para chegar ao Museu Náutico. Infelizmente começou a chover... Felizmente eu estava com guarda-chuva! O Museu Nautico é muito legal, muito interessante. Recomendo fortemente. De lá, eu fui caminhando até o Museu de Arte da Bahia. Porém descobri que só abria a tarde... Resolvi então pegar um ônibus para ir até o Pelourinho, elevador Lacerda, etc.

 

Chovia, e apareceu uma senhora velhinha que me rendeu o caso mais engraçado da viagem. Primeiro ela me pediu para compartilhar o guarda-chuva comigo, dizendo que não podia molhar os pés. Tudo bem, até que ela era simpática. Ficou tentando pegar um táxi, mas como acho que não enxergava direito, fazia sinal para todos os carros brancos que passavam (os táxis em Salvador são brancos). Finalmente um parou. A velhinha entrou, pediu para ir em algum lugar que não entendi direito, e perguntou se queria um carona. Perguntei se na direção da Praça da Sé, ela respondeu que sim (ou pelo menos foi o que entendi), e sentei no banco de trás (ela foi na frente). A velhinha começou a reclamar com o motorista do filho, da família, não parava de falar... E eu calado olhando as placas das ruas (creio que estávamos na Avenia Oceânica), comecei a desconfiar que estava indo pro lado errado. Quando a velhinha finalmente fez uma pausa, aproveitei pra perguntar pra onde mesmo que ela ia. E ela respondeu: "Quem é esse?". ::lol4:: Pois é, ela não lembrava que eu tinha entrado com ela no táxi, felizmente o taxista tinha visto que ela ofereceu carona porque senão ia ficar uma situação muito chata. Depois de uns minutinhos ela lembrou. Resolvi descer no Iguatemi (que afinal já era bem longe de onde eu queria chegar). Mas não sem antes ouvir mais outra pérola da velhinha (que era médica aposentada). "Esse carioca é gente boa, né? Também se não fosse não tinha problema, sempre carrego meu 38 na bolsa!".

 

De volta ao roteiro turísitco, peguei o Elevador Lacerda (bela vista!), caminhei pela praça da Sé até o Pelourinho. Não curti muito não, pode ter sido o dia de chuva que deixou sem graça. Fui também na Casa de Jorge Amado, o Museu de Culinaria do SESC e um museu de cartões postais, nenhum me empolgou. Almocei em um restaurante do Pelourinho que tinha pratos feitos por R$ 10, muito bem servido e saboroso (pena que demorou mais de 1 hora pra sair). Depois resolvi ir caminhando até o Solar do Unhão, onde funciona também o Museu de Arte Contemporânea. É uma distância razoável para caminhar a pé, e não me senti muito seguro. Lá no Solar existe um caminho muito legal de esculturas ao ar livre feitas dos mais diversos materiais. O Museu em si é um espaço muito bacana, uma pena que a única exposição que lá estava não me agradou.

 

Tive que retornar a pé para a praça da Sé, por algum motivo quase não estavam passando ônibus e também não me senti confortável de ficar parado esperando. Foi uma caminhada cansativa. Nisto já era 17h, eu estava cansado, e desisti de voltar aos outros museus.

 

Peguei um ônibus de volta ao Hostel, o plano para a noite era assistir uma das peças que estavam em cartaz em Salvador por R$ 10, devido ao festival de teatro. Eu acabei conhecendo uma americana muito gente boa, a Ashley, que quando falava português conseguia a façanha de fazê-lo com pouquíssimo sotaque, embora conhecesse poucas palavras. Ela acabou indo pro teatro comigo também. Fomos assistir a peça "As Velhas", no SESC Pelourinho. Excelente! De lá pensávamos em ficar um pouco no Pelourinho, porém quando saímos do teatro notamos que já havia muitos meninos de rua, as vezes em grupos, achamos melhor sair dali (inclusive porque não sabíamos até que hora teria ônibus). Fomos para uma feira que rola sábado no Rio Vermelho (recomendação daquela sotoropolitana que detesta a cidade). Muito bom! Havia música e uma barraquinha com acarajé delicioso, que sempre tinha uma fila enorme. Foi muito bom também conversar com a Ashley e trocar uma idéia sobre a cultura americana, pois não havia tido oportunidade de ter contato mais longo com alguém de lá.

 

Voltamos ao Hostel de táxi.

 

07/08 - Domingo - Praia do Forte

Acordei 8h, peguei o ônibus até o Iguatemi e de lá peguei uma van para a praia do forte. A Ashley foi também, morrendo de sono. Chegamos lá por volta de 11h30 , fui procurar o Hostel Praia do Forte, que eu tinha reservado. Deixei a mochila maior lá (a Ashley ia voltar no mesmo dia). Esse Hostel foi quase 100%, quarto bem limpo, café da manhã incluso e farto, a única coisa meio esquisita é que tinha que pagar R$ 10 para usar Wifi, por toda a estada, mas para usar os computadores do hostel era grátis.

 

Fomos para o projeto TAMAR. Fantástico! Eu sinceramente não sabia que haviam tartarugas tão grandes, além dos tubarões, arraias, tudo vale muito a pena. Depois fomos para as praias e piscinas naturais, também muito legal, varios peixinhos, pequenos siris pretos muito bonitos. Só uma nota de cuidado: quando a maré baixou, vi que haviam vários ouriços do mar escondidos no canto das pedras da piscina natural. Embora não fosse tão fácil pisar neles (porque ficavam meio escondidos), as vezes um se soltava e aí sim se tornava perigosos.

 

Eu me despedi da Ashley, e voltei pro hostel. A noite na praia do Forte creio que não há muito que fazer para quem viaja sozinho. É bonito no entanto para casais, há vários restaurantes bonitinhos e a rua principal em si é bem charmosa. Há também meio que uma casa de show popular, tipo um clube de pescadores, mas me pareceu meio bagunçado, não quis entrar.

 

08/08 - Segunda-feira - Praia do Forte

Esse dia eu tinha planejado só ir embora, mas acordei cedo e acabei descobrindo que era possível alugar uma bicicleta por R$ 10 a hora para chegar no Castelo Garcia. Conversei com o dono do local, e como me disse que geralmente se leva em torno de 1h30, me pareceu razoável. Pedalei até o Castelo Garcia, havia trechos em subida mas nada impossível, ainda mais considerando que eu não andava de bicicleta há muito tempo. Ruínas fantásticas! Fiquei imaginando como seria morar em um castelo na beira da praia... ::otemo::

 

De volta a praia do forte, devolvi a bicicleta e fui pegar um ônibus ou van para Salvador. O próprio ônibus que peguei já passa no Bairro São Cristóvão, onde se pode almoçar barato e depois ir para o Aeroporto (é muito perto, quase do lado).

 

Conclusão

Eu não curti muito Salvador, mas pode ter sido o clima, ou época do ano, e claro só fiquei 1 dia na cidade. Praia do Forte por outro lado foi bem legal, um lugar muito agradável, um pouco parecido com Búzios (RJ) ou Arraial da Ajuda (BA).

 

Posto depois devendo os custos e as fotos! :wink:

  • 2 anos depois...

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