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Mochilando no frio de julho pelo PARNA São Joaquim, região de Urubici - SC


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Companheiros,

 

Estive em julho de 2011 no PARNA São Joaquim, na região de Urubici-SC. Fui ao Morro da Igreja, também estive dentro da Pedra Furada, aproveitei pra conhecer as cachoeiras Véu de Noiva, a da Gruta de Nossa Senhora e as que ficam no Arroio do Engenho. A cidade é pequena, simpática e com um povo incrivelmente acolhedor. As paisagens são espetaculares, os cânions gigantescos, a exuberância da natureza bem conservada, a maravilhosa obra natural da Pedra Furada, o gelo pelas trilhas e a harmonia do homem simples enfim em paz com o meio ambiente tão mal tratado no passado pela extração desenfreada da madeira. Vale ressaltar que há por lá centro de informações turísticas rico em material sobre a região, sendo que fui muito bem atendido.

Algumas observações preciso registrar sobre a região, tais como:

- É muito frio mesmo no inverno, sendo que fiquei na região por uns quatro dias, não só para conhecer, como também na esperança de ver neve, o que não aconteceu, mas encarei todas as noites com temperatura abaixo de zero e geada que congelou até o sobre teto da barraca. Acampei no Arroio do Engenho, local muito legal, afastado e mais alto que a cidade, com diversos atrativos, dentre eles camping com estrutura básica, por R$15,00 a diária;

- Cheguei lá de ônibus, foi complicado pra conhecer a região, todos os lugares interessantes ficam muito longe e transporte público não há para esses pontos, ficando você obrigado a alugar uma carro;

- Tem que ter dinheiro, pois só se pode transitar pelo PARNA acompanhado por guia credenciado, foi o que me informaram. Ao procurar por tal serviço, não encontrei passeio algum por menos de R$100,00, o que me frustro em um de meus principais objetivos, a travessia do parque pelos cânions até a cidade de São Joaquim, sendo que me pediram R$450,00 por tal.

O que posso dizer, no geral foi muito bom, pois quem pratica montanhismo e tem pouco dinheiro no bolso, tem que ser artista da flexibilidade, tem que estar pronto para tirar o máximo do mínimo e não se aborrecer porque as coisas não foram do jeito idealizado. O negócio é não se render e não deixar de ir, pois só aqueles se dispõem a ir aonde a maioria não se atreve, é que conhecem o verdadeiro sabor da conquista e da liberdade.

Grande abraço.

Omar.

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Editado por Visitante
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quem pratica montanhismo e tem pouco dinheiro no bolso, tem que ser artista da flexibilidade, tem que estar pronto para tirar o máximo do mínimo e não se aborrecer porque as coisas não foram do jeito idealizado

 

 

Olá omarboechat,

 

Muito bacana seu relato, deve ter sido fantástico curtir o frio do sul. É frustante não poder visitar determinados lugares pq o valor dos guias locais é alto, e a grana muitas vezes não dá... mas como mesmo vc falou o importante é não deixar de ir.

 

Coloca umas fotinhas!!! ::otemo::

 

Abraços!!!!

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  • Membros

Concordo que muitas vezes o valor dos guias é caro, muitas vezes ele é que vai tirar você de uma enrascada. Serração que cobre a trilha, abrigo quando chega uma chuva inesperada, rotas de fuga quando são necessárias, além é claro de todo um trabalho para que os proprietários permitam a passagem ou mesmo a visitação dos turistas em suas terras.

Falo isso porque sou guia e venho me especializando a cada ano para melhor atender os turistas que chegam na minha cidade. Cursos de condução, orientação, resgate e atendimentos de emergência, tem um custo que somente é reconhecido quando uma situação de emergência ocorre e quem lhe tira dela é o seu guia.

Claro que existem pessoas que se dizem guias mas na verdade não passam de oportunistas que por conhecerem uma região se aproveitam disso para tirar alguns trocados.

O importante é verificar se a pessoa que será seu guia tem mesmo capacidade para isto.

Não estou fazendo propaganda, apenas tentando mostrar que o valor pago a um guia de verdade, é sempre um investimento e não um custo.

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  • Membros

Olá sachetjr.

Concordo sobre a importância de guias realmente preparados, não apenas conhecedores da região, mas sim profissionais bem treinados, prontos para todos os momentos e eventuais emergências que possam ocorrer. Também concordo com uma remuneração a altura de todo esforço em se preparar para prestar um serviço de qualidade.

O QUE NÃO ADMITO É A IMPOSIÇÃO, PRINCIPALMENTE POR SE TRATAR DE UM PARQUE NACIONAL, LOCAL ONDE SE DEVERIA SER OBRIGATÓRIO PARA O TRÂNSITO APENAS A IDENTIFICAÇÃO DO VISITANTE E NO MÁXIMO A COBRANÇA DE UM TAXA ACESSÍVEL A TODOS OS BOLSOS, ::carai:: !!!

Perdoe-me, mas fico indignado com imposições descabidas, essas que acabam por elitizar e inviabilizar o acesso dos mortais assalariados a áreas públicas.

Abraço.

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  • Membros

Olá Omar, respeito a sua opinião.

Contudo, volto a dizer que tudo que acontece dentro do parque é de responsabilidade dele, por causa disso é que se exige o acompanhamento do condutor.

Agora no caso de montanhistas acostumados com estas atividades, o que custa entrar em contato com a adm. do parque e se identificar como tal e solicitar a autorização para adentrar nas áreas naturais desacompanhado? Assim eles saberão aonde você está e não serão pegos de surpresa caso alguma coisa aconteça.

A figura do condutor é para dar segurança ao parque e aos visitantes, caso abra mão disso, assine um termo de responsabilidade e pronto.

Esta nossa região é linda demais e deve ser explorada por todos que adoram estar em contato com a natureza. Mas sempre seguindo as regras, afinal até mesmo para entrar na casa de alguém deve-se pedir licença antes.

 

Ps.: Posso lhe garantir que este debate já está trazendo para o parque informações para um melhor ajuste da política de visitação.

 

Abraços

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