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Tacna

 

Em Tacna foi só de passagem, trocamos dinheiro para Nuevo Soles, fomos a uma feirinha comprar uns quitutes, jantamos e pegamos ônibus até Arequipa.

 

Arequipa

 

Chegamos em Arequipa por volta das 4 ou 5 da manhã, fomos pela “Companhia Flores” a pior que tem, passei muito frio até Arequipa, lá ficamos no Hostel que esqueci o nome agora, mas era de uma senhorinha muito, mas muito legal, chamada Olga, ela era uma velhinha de uns 85 a 90 anos e morava sozinha naquele casarão, somente a tarde vinha uma moça para ajudá-la.

Pegamos 2 quartos com 3 camas em cada + água quente em cada quarto, foi muito bom.

Arrumamos nossas coisas, e quando terminamos já era cedo, mas dormimos que nem sentimos. Acordamos na parte da tarde e fomos procurar um restaurante pra comer, a principio todos caros, encontramos um restaurante de frutos do mar pertinho do nosso hostel, se chamava “Ajo”, uma delicia, e lá que tomamos a nossa primeira Inca Kola, que parece Coca-Cola, tem cor de mijo e gosto de chiclete. De lá o Athos foi a Plaza de Armas pra tirar fotos, a Valéria, Jota e Karol voltaram ao hostel para trocar de roupa e eu e a Laura fomos a internet, no fim todos nos perdemos o dia inteiro. Eu e a Laura procurando a galera e acabamos encontrando o Olavo e sua mais nova amiga que eu esqueci o nome mas ela era da Suiça e fazia programa voluntario em Lima no Peru, fomos com eles tomar um café e comer uns tacos no terraço de um Café na Plaza de Armas ao por do sol, vê se pode, até dona Elizabeth teria inveja!! Demos mais uma volta atrás de passeios e preços e voltamos ao hostel, lá encontramos a galera, o Jota a Valéria e a Karol haviam comprado um passeio de rafting para o outro dia e eu entrei nessa, a Laura e o Athos decidiram não ir e fazer algo diferente. Nessa noite seria nossa 1ª baladinha, combinamos com o Olavo, todos nos reunimos no hostel, bebemos pisco, licor de menta e comemos azeitonas gigantes e roxas que havíamos comprado em Arica, ah aproveitamos também o grau do alcoolismo e dançamos “Las Palomitas”. Olga nos deu a chave do portão do hostel e de lá fomos a “Forum” uma boate lá de Arequipa, eu em particular gostei do ambiente e da música (muito reggeaton) pois já estava acostumado com o ritimo da música, escutei muito em Buenos Aires, o amibente também era magnífico, tinha uma cachoeira, muito espaço pra dançar e pegação, enfim o que aconteceu nessa noite fica em off! Ao amanhecer Olgita aparece desesperada pela chave, entregamos a ela, o cara do rafting passou no nosso hostel e nos pegou, Laura e Athos ficara e eu não sei o que fizeram nesse dia.

Entramos na van cheia de gringos e fomos para as águas geladas do rio arequipa, mas gelada mesmo, fui no bote com o pessoal, ah e para nossa surpresa encontramos o Olavo lá também, nó pagamos 65 soles nesse passeio e o Olavo pagou 80 soles na mesma empresa, a dica é pechinchar. Foram quase 2 horas de descida e uma adrenalina que você nem sente o frio da água, caímos nela, é uma delicia, nunca tinha entrado numa água tão gelada, era cortante!

Lá no rafting conhecemos uma gringa chamada Femke Heijdmann da Holanda, trocamos umas idéias com ela e até dividimos o valor das fotos do rafting que saiu por 30 soles. Chamamos a Femke para almoçar e conversamos bastante com ela, ela nos contou que está a 8 meses viajando sozinha pelo mundo, os últimos locais que ela passou foram Tóquio e Fiji, chique ela né, mas também tem Euro, fazer o que.

De Arequipa o Olavo ia direto a Cuzco pois iria fazer a trilha Salkantay para Machu Picchu, e quando chegamos ao hostel descobrimos que a Laura e o Athos também iriam direto a Cuzco com o Olavo, mas não porque iriam fazer a trilha, mas porque ficaram com medo do dinheiro não dá, e lá se foram eles, a partir de agora era somente eu e os capixabas Jota, Valéria e Karol. Naquela noite o Jota e a Karol foram comprar passagens para Nazca para o dia seguinte e eu estava com muita dor no corpo e mal estar, depois saímos pra comer uma pizza e voltamos pois eu estava muito dolorido, acho que foi pelo esforço no rafting, mas no outro dia acordei zerado.

No outro dia iríamos a Nazca, mas decidimos ficar mais um dia em Arequipa, a cidade é muito boa, passeamos tiramos fotos, e fizemos os cálculos da viagem e descobrimos que não poderíamos mais ser de luxo.com acabou a mordomia, fomos almoçar e entramos numa Polleria pé sujo, pedimos a carta para mulher e com tom de deboxe ela nos respondeu “Polleria”, sim, mas queríamos saber o que tinha, as opções de prato, e ela nos respondeu “Pollo”, mas ficamos com um ódio desta mulher e pedimos pra trazer o que tinha, ela nos trouxe um coxa de frango semi crua, com uma salada murcha, uma batata fita fria e o tal do aguadito, que não passa de uma água verde com um pescoço de frango cru dentro, coisa mais nojenta de tudo. Depois dali ficamos de bobeira na cidade e fomos jantar no “Chifa” que é uma rede de restaurantes japoneses, comi um prato metade Arros Chaufa, metade Tallarin Saltado por 10 soles, e era um prato imenso e delicioso. A noite fomos para Nazca, o Jota e a Karol compraram passagens pela Oultursa, uma ótima empresa e por 75 soles, dormi a noite inteira, aproveitando o espaço do ônibus, chegamos em Nazca pela manha.

 

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1ª Inca Kola, parece Coca Cola, tem cor de mijo e gosto de chiclete!

 

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Plaza de Armas

 

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Plaza de Armas

 

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Baladinha na 'Forum" bem legal!

 

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Indo pro Rafting

 

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Muito legal!

 

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E gelado

 

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No fim, todo quebrado!!

 

Continua>>>> Nazca e Ica

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"sentamos na mesa de uma galera da Nova Zelândia e depois vinheram umas Chilenas, Franceses e Mexicanos, foi uma farra que só, a cachaçada rolou solta, no fim, por um erro da garçonete, as chilenas pagaram a conta e nós voltamos felizes da vida"

 

::bad::

 

 

San Pedro de Atacama

 

Chegada em San Pedro foi pela noite, a primeira impressão é de que é uma cidade de interior bem chata, mas isso era porque estávamos com as mochilas e procurando hostel, o pior é que todos estavam cheios, a moça de um hostel nos indicou um chamado “Hostal Martita” e foi lá que ficamos, pagamos $7.000 a diária, ele é de uma senhorinha bem simpática que só falava “si” e “no”, o nome dela era Martita e ela adorava apagar o fogo que esquentava a água do chuveiro. Chegamos, saímos pra comer e percebemos a diferença, o Chile não é nada barato, depois da comilança voltamos ao hostal e dormimos, sujos mesmo, só a base de lencinhos umedecidos (leve muitos), os corajosos enfrentaram a água naquele frio.

No outro dia tomei um banho mais ou menos, pois a água ainda estava meio gelada mesmo com o fogo ligado, saímos pra conhecer a cidade e ver passeios mas como já estávamos cansados de ver perdras e buracos eu o Jota, Valéria e Karol decidimos ficar mais relax na cidade, enquanto o Athos, Laura e Olavo preferiram escalar vulcões e andar de bicicleta por lá. Trocamos a grana, tomamos café e ficamos de bobeira na internet e na cidade.

No outro dia acordamos cedo pra lavar a roupa suja, que nessa altura já dava nojo. A tarde a Laura e o Athos foram andar de bike pelo deserto do Atacama enquanto o Olavo escalava algum vulcão clandestinamente, combinamos com eles as 7:30 da noite no hostel para jantar, mas a demora foi tanta que nós 4 mesmo fomos jantar em um bar – restaurante. Pedi pra Martita acender o fogo do chuveiro e ela acendeu, mas quando fui banhar a velha tinha apagado o fogo e sumiu, tomei um banho de gato com água gelada, velha sem vergonha!

Bem interessante e badaladíssimo o restaurante em que fomos, comemos um macarrão muito bom, e a Karol flertando com o garçom, Valéria imitando Marília Gabriela e eu e o Jota bebendo muitos Casilleiros Del Diablo, foram 3 garrafas que nos deixaram pobres e resultou em muitos copos quebrados, quando olhamos ao relógio vimos que estava na hora, eu e o jota corremos ao hostel, enquanto as meninas ficaram no bar, encontramos Laura e Athos que já haviam feito uma reserva no restaurante sem nos avisar, mas tudo bem, não tínhamos avisado a eles que íamos sair, depois de uns contra-tempos todos fomos para esse bar que estávamos, conhecemos a Bruna, uma brasileira que estava estudando no Chile e tinha terminado o curso, e como sobrou dinheiro ela decidiu viajar por lá, sentamos na mesa de uma galera da Nova Zelândia e depois vinheram umas Chilenas, Franceses e Mexicanos, foi uma farra que só, a cachaçada rolou solta, no fim, por um erro da garçonete, as chilenas pagaram a conta e nós voltamos felizes da vida.

No outro dia passeamos pela cidade, compramos alguns souvenirs e guloseimas, encontramos com a Bruna de novo, fomos ao hostel com ela e comemos “Chirimoia Feliz” um sorvete bem gostosinho, a noite seguimos para Arica, numa longa viagem mas num ônibus mais descente que os da Bolívia.

 

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Nosso Hostel

 

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Ruas de San Pedro

 

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Por do Sol na cidade

 

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Restaurante bar que fomos

 

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O culpado de tudo

 

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amigos neo-zolandeses

 

continua>>>>> Arica

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Leonardo, muito legal e divertido o seu relato! Pena que estou no trabalho e as imagens não abrem... mas o texto está bem interessante!

Esperamos os próximos capítulos!

 

Um abraço e obrigado por dividir sua experiência conosco!

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Nazca

 

Chegamos em Nazca, ali onde eles dizem q é uma rodoviária, pra mim é um terreno baldio, e eu tava com uma dor de barriga que não consegui e tive q ir no banheiro daquele lugar.. e senhor o que era aquilo? Prefiro nem comentar. Depois que a natureza me chamou voltei para aonde o pessoal estava e tinha um taxista pilantra querendo levar agente pra ver as linhas e tal, e ele falava que gostava do Brasil que o Brasil era isso, aquilo, sabe quando você vê que a pessoa ta forçando, até que a Silvia, uma espanhola que estava lá por perto falou para não irmos com ele, pois uma amiga dela havia sido roubada daquela forma, a Silvia ia fazer o sobrevôo nas linhas de Nazca e pediu para esperarmos o guia dela chegar para chamar alguém de confiança, falamos pra Silvia que só queríamos um lugar para deixar as mochilas e que não íamos voar sobre as linhas e ela nos disse q esse guia dela ia conseguir. A Silva foi uma boa pessoa, mas toda vez que a encontrávamos alguma coisa dava errado, começando daí, o guia dela chegou e chamou um taxista chamado Carlos que nos levou até o aeroporto a pedido da Silvia, pois ela disse que no aeroporto tinha guarda equipagem, mas quando o chegamos lá não tinha nada disso, só para as pessoas que iam voar, depois aparece a Silvia pedindo desculpas e guardando a mochilinha dela. Como não íamos voar as linhas pois estava caro e nublado e naquela altura do mochilão o nosso luxo foi embora, o Carlos nos ofereceu seus serviços para fazer um city tour em Nazca, cobrou 70 soles pros 4, e lá fomos, ele nos levou para ver dois desenhos das linhas de um mirante, falou algumas histórias, nos levou para o museu da Reiche, uma mulher alemã que estudou as linhas de Nazca até morrer (literalmente). As linhas de Nazca são fantásticas, mas só que vistas do alto, eu em particular achei Nazca uma merda, nada pra fazer. No carro a Valéria começou a cantar a música “se nessa casa tem goteira, pinga ne mim, pinga ne mim” só que “pinga” no Peru quer dizer Pênis, pinto, pau, o Carlos fez uma cara de sem graça e ela acabou deixando todos constrangidos, no fim Carlos disse que ela era mau criada. Depois do nosso tour e por sermos parados pela policia e o Carlos ter que pagar propina aos policiais, nós fomos ao terminal pegar o onibus para Ica que saem de meia em meia hora e são 2 horas de viagem até lá.

 

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Voo de teco-teco em Nazca vai ficar pra próxima

 

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Linhas de Nazca

 

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Múmia de uma mulher.. provavelmente dos povos q fizeram as linhas

 

Ica

 

Ahh Ica, chegamos em Ica e pegamos um táxi direto ao Oasis de Huacachina que é lindooo, mas sua beleza foi acabando aos pouco pra gente! Táxi em Ica não deixe que cobre mais de 5 soles, esse valor é para locais mais distantes, para perto tem que ser mais barato ainda.

Eu achei Ica bem legal, principalmente o Oasis de Huacachina, assim que descemos do ônibus pegamos um táxi para lá até inusitado, acho q o motorista era gay porque o táxi dele era cheio de ursinhos, bichinhos fofinho.. enfim chegamos ao Oasis e nos indicaram o hostel “Casa de Arena 1 e 2” pois são duas que existem lá, mas ambas estavam lotadas, na “Casa de Arena 2” até tinha um quarto mas era compartido com 25 camas e banho compartido também, e como não queríamos dividir com tanta gente, resolvemos buscar outro, até que encontramos o “Salve a Tierra” que vou te falar, só fachada, entrei pra ver se tinha vaga, no começo o hostel é lindo, com piscina, uns gringos em volta, bem verdinho, perguntei se tinha vaga para uma mulherzinha, meio japonesa, meio peruana que sempre, mas sempre usava uma saia preta com blusa vermelha e trancinhas no cabelo, ela me disse q tinha um quarto com 4 camas por 25 soles e que se fechássemos ali ela nos daria desconto no passeio das Dunas de Huacachina e as Ilhas Ballestas em Paracas, gostamos e ficamos, mas quando ela foi nos levar pro nosso quarto, começou a nos levar para o findo do hostel em uns corredores estranhos até q abriu a porta do quarto, só que tinha apenas 3 camas, perguntei a ela aonde estava a 4ª cama e ela abriu o armário e lá dentro estava a 4ª cama, e dentro do armário tinha uma outra porta que dava para um outro quarto, sem falar que o teto do quarto era aberto ao ar livre em determinados locais, inclusive o do banheiro, que fedia a algum roedor morto, mas era porque ninguém abria aquele quarto a décadas, chão de madeira que fazia barulho quando andava e camas barulhentas, mas foi lá que ficamos. Fechamos com o próprio hostel os passeios nas Dunas por 35 soles, para sair no mesmo dia em que chegamos, e por 60 soles o passeio até Paracas para o outro dia cedo para ver os leões marinhos. O “Salve a Tierra” faz o passeio as Dunas em dois horários, as 10 da manhã e as 16 da tarde, nós fizemos os da 16 horas, porque chegamos em Ica a tarde e também para ver o por do sol. Fomos almoçar, procuramos e um cara nos ofereceu comida, ele era de um restaurante na margem da lagoa Huacachina, comidinha básica, Tallarin Saltado com batatas fritas, as meninas pediram peixe, só que a carne tava meio escura, mas estava bom, a comida demorou um pouco pra sair, porque tudo que pedíamos, ele ia comprar pois no restaurante dele não tinha, e por isso quase perdemos o nosso passeio, mas conseguimos chegar a tempo, quando voltamos ao hostel para fazer o passeio, passei na beira da piscina, e era nojenta.. não tinha como ver o fundo da piscina de tão suja que estava e tinha um monte de gringo se deliciando nela.. horrível! Pegamos nosso bug para 11 pessoas, nós 4 de brasileiros na ultima fileira e o resto era tudo gringo, e o passeio nas dunas é um máximo, adrenalina pura, muito radical, porém gringos são sem sentimentos, enquanto todos nós brasileiros gritando e berrando feito uns loucos, os gringos da frente estavam caladinhos, e sérios, povo sem sentimento esse!! Depois do passeio, o cara do bug parou e nos deu a prancha para descermos de Sandboarding nas dunas, que são monstruosos de tão alta, até hoje não acredito que fiz aquilo, claro comi um pouco de areia, mas tudo bem, a dica para os meninos é que apertem bem a bermuda ou a calça pra não correr o risco de ficarem sem roupa na hora que forem descer pelas dunas, um francês lá perdeu as calças ao descer, pois as dunas arrancam tudo. Andar nas dunas cancã, e muito, os pés afundam, é uma dificuldade, no final o cara do bug nos levou para ver o por do sol, não muito bonito mas bacana e voltamos ao hostel, pois estávamos todo amilanesas de tanta areia que estava sobre nós. Fomos tomar banho no banheiro estranho do Salve a Tierra e não saia água quente, era bem pouquinho quando saia, uma batalha aquele banheiro, sempre que reclamávamos com a mulher da roupa igual ela dizia que estavam trocando a água da piscina, mas a droga da piscina vivia suja. Nessa mesma noite fomos a uma baladinha underground em Huacachina, lá tudo fecha as 10 horas, achar entretenimento ali, é difícil, mas estou falando de Huacachina e não de Ica. No salão do nosso hotel estava rolando um som e acabou atraindo uns gringos estranhso que dançarama noite inteira, mas eles competiam entre si, uma gordinha que dançava feito um zumbi, uma loirinha que queria ser a Broadway, dançava clássicos da música e duas meninas que no final mostraram os peitos pra ganhar a competição, baladinha bizarra essa.

No outro dia cedo, íamos a Paracas, foi difícil acordar mas conseguimos, a mulher que estava organizando parecia a Marlene Matos, cheia dos nextel, planilhas, toda ocupada, algumas horinhas de viagem até Paracas e quando chegamos esperamos até abrirem o cais para irmos aos barcos, só que ela novamente apareceu, a Silvia, depois que a vimos tudo deu errado de novo, ela nos cumprimentou, toda carinhosa mas logo após veio a informação de que o mar estava um pouco revolto e que não seria possível fazer o passeio, a Marlene Matos chamou todos e disse que levaria em outro lugar, mas a Valéria falou bem alto que não queria ir em outro lugar e que queria o dinheiro de volta, todos ouviram e no fim todos queriam o dinheiro de volta, o que deixou a Marlene Matos puta da vida, ela teve que encontrar um microônibus para nos levar de volta, quando descemos do ônibus ela olhou pra gente e disse com raiva: “Los culpables de todo”, ah e que deu esse apelido de Marlene Matos a ela foi a Valéria.

Nos próximos dias em Ica nos compramos passagens pra Cuzco, e conhecemos o Plaza Vea que fica em Ica mesmo, foi primeiro supermercado estilo Carrefour que encontramos, tinha de tudo e super barato, e ao lado do Plaza Vea tem um restaurante deliciosos e Self-service, comi horrores naquele dia. Com alimentação gastávamos em torno de 20 a 25 soles em um prato bem servido em algum restaurante, no Plaza Vea costumávamos comrpar pão e presunto para comer e gastar menos, e no Self-service foi em torno de 18 soles um pratão de comida. No último dia rodamos um pouco Ica, fomos ao Shopping que fica perto da Plaza de Armas até a hora de pegar o ônibus a Cuzco, que foi o 2º pior pra mim.

Entramos no ônibus para Cuzco, quase 17 horas de viagem também, ônibus apertadinho, minhas pernas estavam presas no banco, tinha que as deixar no corredor, tudo ok até ai, depois um bebezinho começou a berrar no ônibus e isso foi a viagem inteira, de hora em hora ele acordava chorando, tinha também uma menininha no banco da frente que não parava de vomitar, e depois de algum tempinho houve a invasão peruana no ônibus, a galera começou a entrar e sentar e deitar no meio do corredor, minhas pernas não tinham mais espaço, estavam doendo muito, foi um inferno aquela viagem, não dormi, só senti dor, e o ônibus parava naqueles restaurantes de beira de estrada, a mãe da menina que tava vomitndo desceu e comprou um frango pra menina comer e ela vomitou tudo de novo, caos total, até que depois de muito perrengue chegamos a Cuzco. A dica é, se você é alto como eu, compre lugares nas primeiras poltronas.

 

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Oasis de Huacachina

 

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Oasis de Huacachina

 

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Passeio de Bug nas dunas.. iradooo

 

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Nas Dunas

 

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Parece o Saara ou Egito.. só faltou as pirâmedes!

 

Continua... Cuzco > Águas Calientes

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Cuzco

 

A chegada em Cuzco foi pela manhã.. e foi um alivio pra mim. Descemos na rodoviária e uma mulher que trabalhava lá falou para não pegarmos táxi por mais de 3 soles. Dentro do terminal todos os taxistas oferecem serviço, porem por mais de 3 soles, cobram de 5 a 10. Um veio querendo fazer por 10, nós falamos 3 soles e ele disse que só fazia por 3 se fosse Euros... espertinhos, a dica é pegue táxi do lado de fora do terminal, na rua mesmo, é bem mais barato. Fomos até a Plaza de Armas e foi uma saga pra achar hostel, todos em que passávamos estava cheio, e carregar 14kg de mochila nas costas nas ladeiras de Cuzco não é mole. Um guardinha nos ajudou até que conseguimos um hostel chamado Resbalosa que fica na calle suíça, lá pagamos 25 soles a diária pra uma senhora bem mão de vaca porém legal chamada Georgina, ela cobrava qualquer coisa, até usar tomadas no quarto. No primeiro dia botamos as roupas pra lavar e fomos saber como chegar a Machu Picchu, fomos na Inca Rail e na Peru Rail na Praça de Armas saber o valor do trem, mas estava muito caro, decidimos ir pela hidrelétrica e no outro dia íamos comprar os boletos, fomos também conhecer a Mama Africa durante a noite, e é loucura, curtimos bastante naquela noite, conhecemos um gordinho carente que pagou bebidas pra gente, conhecemos brasileiros, peruanos, muita gente legal e chegamos ao hostel amanhecendo, mas no outro dia teríamos que comprar os boletos pra Machu Picchu, levantamos cedo eu Valéria e Karol, o Jota ficou morgado na cama, e fomos ao ponto que vendia as entradas, são dois, um ao lado da praça de armas que só vende no cartão e outro mais distante onde é no dinheiro, e como só a Karol tinha cartão, ela comprou o dela nessa loja perto da praça de armas que estava bem vazia, e o resto iria enfrentar a fila imensa do outro local para comprar, a fila estava grande mesmo e todos nós de ressaca, não foi mole, eles chamavam apenas de 2 em 2 e tinha gente furando fila, foi uma bagunça, até que saímos de lá e a Karol comprou o de todos no cartão dela e depois iríamos pagar pra ela. Almoçamos por 8 soles, entrada, prato principal e sobre mesa em um restaurante ao lado da praça de armas e ficamos com o dia livre. No outro dia também foi livre, compramos passagens de ônibus para Santa Maria e a noite o Jota e a Karol foram novamente ao Mama Africa, mas eu preferi ficar no hostel com a Valéria, afinal no outro dia cedo iríamos pegar a pior viagem de nossas vidas rumo a Águas Calientes.

 

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Estrada até Cuzco

 

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Bem vindos a Cuzco

 

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Cuzco

 

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Boleto de entrada a Machu Picchu

 

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Ruas de Cuzco

 

Saga até Águas Calientes

 

No outro dia íamos até Águas Calientes, para chegar lá tínhamos que ir até Santa Maria, de lá pegar uma van até a hidrelétrica e depois caminhas 2 horas pelos trilhos do trem, tudo bem, na teoria era fácil, fomos ao terminal entramos no ônibus que tinha mais 4 brasileiros e fomos até Santa Maria, uma viagem desgraçada, numa estrada cheia de curvas e pra piorar entraram um monte de peruanos, fedidos, me desculpem, mas fediam muito que a Valéria teve que jogar perfuminho neles enquanto dormiam, e como já não bastasse as 7 horas nesse ônibus apertadinho, quando ele fez uma parada para o banho, umas 5 peruanas, mais fedidas ainda invadiram o ônibus para vender comida, mas elas não se contentaram com uns salgadinhos não, elas vendiam porco assado na bandeja, frango no molho, sanduiche, e mais um monte de parafernália que deixou o ônibus mais fedido ainda, e elas enfiavam a comida na sua cara, loucura, doidera, piração, depois do sufoco, chegamos em Santa Maria, e lá encontramos a Laura e o Athos, eles estavam voltando de Machu Picchu e indo para Puno durante a noite, trocamos idéias e seguimos, procuramos a van até a hidrelétrica e achamos, na verdade eles te acham, não precisa nem buscar, é só ficar parado. Fomos na van com os 4 brasileiros do ônibus e mais 2 franceses, numa estrada do mal, no penhasco mesmo, medo da estrada, quase batemos de frente com um motoqueiro, depois do sufoco chegamos a hidrelétrica, lá tem que assinar um livro e depois entrar, tem umas tendinhas q vendem biscoito, refri e tem um banheiro também, trocamos de roupa lá rapidão pois agora viria as 2 horas e meia de caminhada, os 4 brasileiros que estavam com agente eram todos playboys e riquinhos, foram de mala de rodinha e pretendiam fazer a trilha de havaianas, falamos a eles como era a trilha mas com ar de deboxe eles não deram idéia, fomos na frente e eles ficaram pra trás com suas malas de rodinha, havaianas e bolsa de mão. Caminhamos, caminhamos e parece que não tem fim, chegamos em Aguas Calientes ao anoitecer e eu já estava todo dolorido, cansado e com muita fome, ainda íamos procurar hostel, foi uma luta, mas encontramos um com vaga, pois todos estavam cheios, ficamos no Hostel Angel perto da praça e pagamos 25 soles a diária. Algumas horas depois encontramos os brasileiros que naquela altura já estavam bem humildes.Naquela mesma noite jantamos em um restaurante em frente a praça principal, o carinha que trabalha lá dá “descontos” para brasileiros, ele chega te perguntando qual time você torce, depois fala do flamengo e no fim te convence a ir comer lá. Almoçamos e jantamos lá todos os dias em que ficamos em Águas Calientes, cada refeição por 20 soles. Compre também muita água e guloseimas, quando voltarmos pelos trilhos vamos precisar. Aguas Calientes não tem muito que se fazer, só conhecer mesmo, é uma cidade bem aconchegante. No outro dia compramos por 15 dólares a passagem de ônibus que sai de lá até MP, dá pra ir a pé, mas são mais 2 horas de caminhada e só subida, fatal. Os ônibus para Machu Picchu saem em diversos horários, sendo que o primeiro sai as 5:30 da manhã, íamos nesse primeiro, e tínhamos que acordar cedo. Antes passeamos pela cidade, fui numas feirinhas de artesanatos bem interessantes e o jota e a Karol foram no tal banho termal, tinha visto umas fotos antes e não me interessou muito, é tudo artificial, nada natural, depois que eles voltaram estavam todos fedidos a ovo cozido. Fomos dormir cedo naquela noite, antes ficamos conversando sobre filmes de terror e depois ficamos ouvindo uns barulhos estranhos no hostel, quando acordamos e saímos vimos um travesseiro com pingos de sangue. Tenso!

Acordamos as 3 da manhã e fomos pra fila do ônibus as 4 e acredite, já estava cheia, depois de esperar e esperar, subimos até Machu Picchu finalmente.

 

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Estrada medonha até Águas Calientes

 

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A hidreletrica

 

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A caminhada de 2 horas.

 

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Águas Caliente.. a Bandeira Gay é a bandeira da região de Cuzco...

 

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Fila pra entrar em Machu Picchu

 

Continua>>>> Machu Picchu - Volta a Cuzco - Puno - Fronteira Peru Bolívia

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Machu Picchu

 

Chegando na entrada de Machu Picchu enfrentamos uma outra fila, um pouco maior, por mais que nosso ônibus fosse o primeiro a chegar tem uma galera que vai a pé e chega primeiro, claro eles saem muito, mas muito cedo. Entramos em Machu Picchu, tinha um livrinho de assinaturas no canto, a Valéria achou que era pra assinar, mas daí chegou um cara e deu-lhe uma tirada “solamente para guias”.

Machu Picchu é lindo, mas é um sofrimento pra andar ali, malditos Incas que fizeram aquele lugar cheio de pedras e subidas, posso dizer que voltei com as pernas tonificadas. É um local questionante também, pois foi tudo construído a mão e são pedras imensas empilhadas, é questionante como as pirâmides!

Bom poderia ficar aqui e falar muita coisa do local, mas acontece que não tem muito o q se ver lá, é algo pra ir uma ou duas vezes na vida, apesar da beleza exuberante é tudo igual, pedra e grama. Na saída encontramos a Femke que estava indo pra visitar MP, depois descemos no ônibus até Aguas Calientes, mas pedimos pro motorista nos deixar nos trilhos do trem, pois não íamos voltar a Aguas Calientes já íamos para a hidrelétrica, e novamente foi a caminhada de 2 horas e meia, mas a volta até que foi rápida, chegando na Hidreletrica demorou um pouco mas pegamos um táxi que ali estava até Santa Teresa e de lá pegamos outro táxi até Santa Maria e de lá uma Van até Cusco, só que essa van foi um inferno, era bem apertadinha e quente e tava lotada, mas por sorte não tinha ninguém fedendo, posso dizer que durmi com um certo desconforto mas durmi e até babei no ombro da peruana que estava ao meu lado. Nessa van também tinha uma vaga sobrando e um Casal de franceses que não sabia se ia ou não, no fim o rapaz deixou a namorada sozinha em Santa Maria e entrou na Van, pedidno pra ela pegar o próximo que saísse. Sacana de mais, ele era um loirinho que parecia a Xuxa.

Saimos de Santa Maria era umas 2 e meia da tarde e chegamos em Cusco quase 8 da noite, pois o nosso motorista parava em tudo quanto é buraco, que ódio, minhas pernas presas no banco, todos famintos e o cara sempre parava pra nada. Depois de muito custo chegamos a Cusco.

 

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Amanhecer nas montanhas do lado de Machu Picchu

 

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A trilha da hidrelétrica fica la embaixo, vontade de pular dai pra chegar la mais rápido!

 

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E saiu o sol

 

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A foto clássica

 

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A foto clássica com minha mão

 

Volta a Cuzco

 

Chegamos em Cuzco famintos, com frio e sem dinheiro, o canalha do cara da van nos deixou distante da Plaza de armas e ainda tivemos que caminhar, fomos direto a uma casa de cambio trocar dinheiro pois estava com muita mas muita fome mesmo que umas balinhas não me contentavam, o cara da casa de cambio tava passando nota manchada pra gente, tanto soles como troco em dólar, fizemos um barraquinho lá e ele deu notas limpas, fique atento a isso. De lá fomos direto a uma lanchonete, pedi 2 hamburgers imensos, comi, comi e no fimtava quase passando mal de tanto comer, mas valeu a pena, pra quem estava desde cedo sem comer nada. Depois de tanto comer foi difícil chegar ao hostel que ficava num morro, mas chegamos, naquela noite o Jota e a Karol ainda foram no Mama Africa, doidos.. e eu e Valeria capotamos de sono. Ficamos mais 1 dia em Cuzco, tiramos algumas fotos e descobrimos um restaurante de massas incrível e barato, pena que não lembro o nome mas fica na rua a esquerda do Mama Africa, perto da Plaza de armas, uma delicia, almoçamos e jantamos lá. Compramos passagens para Puno e no outro dia sairíamos cedo. Fui tomar banho e a água quente tinha acabado pois o gerador pifado, Gerogina a dona do hostel nos mandou para uns banheiros no andar de cima que o chuveiro era elétrico, literalmente, tomei um choque que nunca vou esquecer, se não fosse as havaianas teria morrido num banheiro peruano, o céus!! No outro dia cedo pegamos um ônibus para Puno, tomei meus dramins e não vi mais nada.

 

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Plaza de Armas

 

Puno

 

Antes de chegar em Puno eu acordei algumas vezes, e uma foi na hora em que passávamos pela cidade de Juliaca, a primeira coisa que me veio a cabeça foi "Iraque", é uma cidade debaixo da areia, tudo muito seco, sem cor, horrivel, e na entrada ainda tem uma placa escrito "Bienvenidos a Juliaca, Ciudad de los vientos" pura ironia!! Depois chegamos em Puno que mais parece um favelão, feio que dói, só compensa com a visão do Titicaca no fundo, a idéia era ficarmos lá e ir nas ilhas flutuantes de Uros mas nossos soles já estavam acabando e apareceu um cara oferecendo carona pra fronteira para irmos pra Copacabana, como estava tendo festas pátrias na Bolívia e Peru a fronteira fechava as 8 da noite e como nosso fuso horário iria diminuir uma fora nosso tempo estava pouco, decidimos ir. Conosco estava um outro brasileiro que encontramos lá, o Walter, ele estava com uns amigos e ia pra Copacabana com eles, só que festou demais no Mama Africa e acabou perdendo o ônibus. E lá fomos nós para Copacabana na Bolívia.

 

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Puno

 

Fronteira Peru/Bolívia

 

Fomos nós na van apertadinha até a fronteira, depois de algumas horas aparece um engarrafamento, uma bagunça, carro buzinando, gente vendendo comida na rua, sinal de que a Bolívia estava perto, derepente o cara da van para e manda agente seguir a pé, droga, já estava dando 8 da noite e tínhamos que correr antes que a fronteira fechasse naquela bagunça, fomos correndo com as mochilas grandes mesmo, muito difícil pra respirar, alem da altitude tinha muita fumaça de caminhão, chegamos na saída do Peru, carimbamos o passaporte, só que a Valéria e a Karol estavam com a identidade, e o cara queria uma Xerox delas, ai lá vamos nós correndo atrás de uma, achamos, tiramos e entregamos a ele, atravessamos a fronteira mas ainda tínhamos que carimbar a entrada da Bolívia, chegando no posto policial já estava fechando, foi por pouco, entramos preenchemos a entrada e carimbamos o passaporte, eu estava tão cansado que sentei na cadeira do oficial, e ele começou a falar uns negócios, mas eu tava tão cansado que nessa altura nem entendia mais espanhol, só vim entender quando ele falou que queria me manter preso por 70 dias por causa disso, eu sai da cadeira claro. Saimos de lá, pegamos uma van e fomos até Copacabana nas margens do lago Titicaca.

 

http://www.youtube.com/watch?v=DydUpkJSfTY

 

Continua>>>>> Copacabana, Isla del Sol, La Paz e finalmente Stª Cruz novamente!

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Copacabana e Isla Del Sol

 

Chegamos em solo Boliviano felizes da vida, afinal, nossos soles já tinham acabado, só tínhamos bolivianos e voltaríamos a ser de luxo.com, mas em Copacabana é tudo absurdamente caro, e eles ainda cobram em Soles peruanos, são espertinhos, lá tem que maneirar. Chegamos exaustos e bem numa festa que naquela altura eu já não via beleza em nada, todos os hostels cheios, e nós carregando aquela mochila pesada, nos indicarão ir na Calle 6 de Agosto, pois teríamos hostel, no fim encontramos 1, bem no finalzinho da rua, já quase na beira do lago Titicaca, esqueci o nome do hostel mas pagamos 300 bolivianos pra 5 pessoas. Deixamos nossas c oisas lá e fomos procurar o que comer, tudo muito caro, ficamos no Restaurante e Pizzaria La Posta, fomos atendidos por uma senhora bem loucona, cobelos grisalhos, calça jeans e camisetinha de alça, muito gente boa ela, sem falar que o ambiente do restaurante dela era um máximo, eu comi uma lasanha maravilhosa e o pessoal ficou na pizza mesmo, aproveitamos também para tomar uma Paceña, a última tinha sido em Sucre. Depois disso voltamos ao hostel, tomamos aquele banho e fomos dormir. No outro dia o Walter foi comprar nossas passagens de barco até a Ilha do Sol, o Jota queimou o chuveiro do nosso quarto e acabou caindo a luz de todo nosso andar do hostel. O café ficou na base das guloseimas que carregávamos sempre, Coca Cola, Água, Biscoitos, Salgadinhos, Cockies, leve sempre na mochila de ataque. Fomos ao cais para pegar nosso barco e durante o dia tive uma melhor visão da cidade, que se puder descrever com uma palavra seria “LIXO”, muito sujo, tudo muito sem higiene, pessoas vendendo comida no chão, jogando sujeira no lago que é lindo mas infelizmente as margens de Copacabana são sujas e fedidas. Fomos no nosso humilde barquinho que era muito lento, de vardade, todos os barcos passavam por nós, levamos quase 3 horas pra chegar a Ilha do Sol, o nome do nosso barco era “Titicaca” um barco verde com branco, se for não vá por ele. Depois de muito sofrimento naquele barquinho chegamos a parte Norte da Ilha do Sol, e é lamentável, sujo, mas muito sujo, a areia da praia da ilha é cheia de coco de porco que andam solto pelo povoado, metade do pessoal do barco incluindo o Walter decidiram ir a pé da parte norte a sul da ilha, já eu Jota, Val e Karol almoçamos num restaurante e decidimos esperar o barco ir até lá, depois de um tempo embarcamos a parte Sul da ilha, ai sim a coisa muda, é lindo lá, tem hotelzinhos, bar, restaurante, é tudo limpinho e a água um verde esmeralda e logo fica azul turquesa, bem bonito, mas por opção financeira decidimos não passar a noite lá. Lá encontramos os amigos do Walter que estavam esperando ele. Depois que estávamos todos reunidos voltamos a Copacabana, os amigos do Walter num barco super veloz e nós ifelizmente naquele barquinho lento, começou umas ondas altas e o cara do barco falou para equilibrarmos o peso pois o barco podeira virar. Depois de muito sufoco chegamos em Copacabana o Walter comprou passagens para La Paz, pois ele e os amigos dele iriam pra lá, nos despedimos deles e voltamos ao hostel, lá mesmo compramos passagens para La Paz no outro dia cedo. Vimos o por do sol no Titicaca que é lindo, lindo. O chuveiro já estava arrumado, tomamos um banho e fomos no mesmo restaurante da noite anterior jantar, ficamos falando sobre os filmes pornôs do Cine Band Prive e falamos alto pois achamos que não tinha nenhum brasileiro, mas tinha um casal atrás de nós, o Rivaldo e a Mariana, eles eram de Brasília, nós conversamos a noite inteira com eles, demos dicas sobre o Salar e a Ilha do Sol, eles foram no nosso hostel, mostramos nosso roteiro e tal, conversamos muito tempo, depois fomos durmir pois no outro dia íamos cedo pra La Paz.

No outro dia, arrumamos a mochila, comemos nossas guloseimas e fomso pro ônibus, todos torcendo pra não ser ruim e nem ter bolivianos fedidos a cebola e alho, chegamos lá era um ônibus meio que pequeno e as malas iam na parte de cima amarrada com cordas, achamos perigoso e decidimos levar as mochilas conosco, a pior coisa, ônibus pequeno, pessoas aqui é grande e ainda com uma mochila no colo. Aos poucos foram entrando aqueles bolivianos, mas por sorte ninguém estava fedendo, apenas roncando, teve uma hora que tivemos que descer pois tem que atravessar o Titicaca, ai todos tem que deser do ônibus e entrar num barquinho que custa 3 bolivianos, o ônibus vai numa balsa e nos num barquinho, tenso, mas divertido. Depois fomos rumo a La Paz.

 

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Margem do Titicaca em Copacabana.. fedor!!

 

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Isla del Sol parte Norte, Nublado e suja!

 

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Isla del Sol parte Sul, Ensolarado e limpo!

 

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Famosos barquinhos do Titicaca

 

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Por do Sol no Titicaca

 

La Paz

 

A viagem a La Paz era pra ser rápida, mas devido as tais festas pátria que estavam ocorrendo, atrasamos um pouco, isso porque os bolivianos desfilam no meio da auto pista, ou BR como conhecemos no Brasil, fica aquele bando de boliviano tudo fantasiado com aquelas roupas de veludo, desfilando no meio da pista e atrasando quem tá de carro passando. Passamos por umas 4 ou 5 interrupções por causa disso e depois de um tempo chegamos a La Paz. A primeira impressão é horrível, La Paz é um buraco, literalmente, lá no meio fica o centro da cidade e ao redor, nos morros ficam as casas, totalmente no reboco, sem nenhuma cor, a cidade é feia, descendo do ônibus pegamos um táxi até a Plaza Murillo, havia falado com a Laura pelo FaceBook e ela estava no Hostel Loki perto desta Plaza, mas quando chegamos lá não encontramos, na verdade não encontramos nenhum hostel com vagas, a Valéria e a Karol ficaram na praça com nossas mochilas enquanto eu e o Jota demos uma volta pela cidade pra procurar Hostel, fomos na calle Sarganaga, na calle de las brujas, enfim rodamos tudo a procura e nada, e a falta de ar começava, horrível andar naquelas ladeiras, e olha que estávamos sem mochilas, no fim, voltamos muito abatidos e com fome, numa rua ao lado da Plaza de Armas nós vimos um Hotel chamado Hotel Torino, fomos lá e por sorte encontramos um quarto com 4 camas e banho compartido com água quente por 40 bolivianos, ficamos nesse.

Em La Paz nosso dinheiro já estava acabando, eu só estava com alguns bolivianos e 25 dólares pra pagar a taxa de embarque em Stª Cruz pra volta, mas tive que trocar os dólares em La Paz, pois já estava quase sem nada, e por isso optamos por não fazer nenhum passeio e ficar só pra curtir a cidade. No primeiro dia almoçamos e jantamos hambúrguer num Fast Food que encontramos lá, não lembro o nome era alguma coisa relacionado com frango (Pollo) mas isso tem aos montes lá. Compramos umas cartinhas de Uno e jogamos durante a noite no quarto do hotel bebendo Absolut que tínhamos comprado em Ica. No outro dia, tomamos café no restaurante do hotel por 20 bolivianos, pão, geléia, manteiga, suco, bacon, ovo e café, saímos pra tirar fotos, fomos ao cinema e assistimos Piratas do Caribe 4, nesse dia também compramos passagens para o outro dia para StªCruz de La sierra. No outro dia cedo, fomos ao mercado, compramos pão, suco, biscoitos para viagem, refrigerante, montamos nossas mochilas de mão para a viagem, durante a tarde encontramos a Laura, ela nos disse que o Athos já havia ido para o Brasil, pois o retorno dela era primeiro que o nosso e que o Olavo estava escalando um vulcão, o pessoal devia um dinheiro pra Laura desde o Salar, houve um probleminha na hora dos cálculos, mas tudo certo, pagamos e nos despidimos dela, ela ia pra Stª Cruz de avião e nós de buzão. Fomos para o Shopping da cidade passear até dar a hora e depois pro terminal e pegamos nosso bus com destino a Stª Cruz, aonde tudo começou!

 

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Chegando em La Paz

 

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Chegando em La Paz

 

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Calle de las Brujas

 

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Plaza Murillo

 

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Rua do hotel

 

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Museu da Coca, eu não fui, só tirei a foto da placa, pra qm tiver interessado fica na Calle de las Brujas

 

Stª Cruz de La Sierra

 

O ônibus era muito bom, foi um dos mais confortáveis, dois andares, na parte de baixo só tinha boliviano e aquele cheiro insuportável de alho, mas na parte de cima aonde estávamos estava tranqüilo, sem fedor, sem nada, assistimos filmes de terror e depois dormimos, acordamos já perto de Stª Cruz, foram 17 horas de viagem, mas bem tranqüilo, antes de chegar paramos numa barreira militar, e como só havíamos nós de estrangeiros, nos fizeram descer e abrir todas nossas mochilas antes de prosseguir viagem, um saco pois estava tudo tão arrumadinho. Depois de um tempinho chegamos a Stª Cruz, um calor, mas um calor tão grande, era bom pra quebrar o clima frio que foi durante toda a viagem mas lá estava demais, pior que Brasília, pior que Cuiabá, cheguei pingando de suor, pegamos um táxi que nos deixou na Plaza central de StªCruz, aquela com a catedral e fomos com as mochilas procurar hostel pra ao menos tomar um banho, depois de muito tempo encontramos um, bem pé sujo, mas era só pra passar a tarde, pois na madrugada pegaríamos nosso vôo de volta, do lado do hostel fica um restaurante brasileiro aonde eu matei a saudade do feijão com costela, arroz e salada e um copo de coca cola, tudo por 20 bolivianos, meus últimos, agora eu estava zerado, sem dinheiro, Visa Travel Money zero também, apenas com cartão de crédito, mas não era internacional, mesma coisa que nada. Depois de comer fomos andar pela cidade, fomos no shopping mas nem ar condicionado tinha lá, o Jota ia trocar dinheiro, fomos com ele numa casa de cambio, por sorte tinha um ar condicionado lá, e água também, ficamos ali um tempinho só pra refrescar, depois eu e a Valéria estávamos muito cansados e voltamos ao hostel e o Jota e a Karol foram andar mais, chegamos no hostel a Valéria doida foi dormir, naquele calor, era louca, eu fui tomar um banho geladíssimo, o primeiro gelado que eu gostei de toda a viagem, mas assim que sai já estava seco e com calor de novo, meu Deus que cidade inferno aquela, na primeira vez que chegamos não estava assim, depois tirei um cochilo, acordei e fui arrumar as coisas lá do lado de fora, conheci um argentino chamado Gonçalo que estava lá a 1 mês participando de um campeonato de Kung Fu. Depois que o Jota e a Karol apareceram saímos pra jantar, dividimos o dinheiro pois eu e Valéria não tínhamos mais nada, comemos um cachorro quente no Eli’s. Voltamos ao hostel, no caminho já falamos pra um taxista nos buscar lá as 3 da manhã pra levar ao aeroporto, ele cobrou 50 bolivianos, e comos tínhamos pouco fomos trocar nosso restos de pesos chilenos e soles que tínhamos guardado pra levar pro Brasil de lembrança, o Jota havia ido pra Itália e tinha uma nota de 5 Euros de recordação e infelizmente teve que trocar para podermos voltar. No hostel nem dormimos, ficamos jogando uno, conversando fiado, relembrando os bons momentos da viagem que estava por acabar, 3 da manhã chegou rápido que nem percebemos, o taxista bateu no hostel, colocamos nossas coisas no táxi e fomos para o aeroporto internacional de Viru Viru. Já desconfiávamos que a taxa de embarque de volta não estava inclusa e era verdade, brigamos lá na GOL, mas ela disse que a Bolívia não tem convenio com empresas aéreas e tem que pagar a taxa por fora, valor de 25 dólares e só aceita em dinheiro, como naquele momento Karoline era a mais rica, ela pagou pra nós e depois íamos devolver a ela. Encontramos a Laura no aeroporto, o Olavo não estava pois ele ia voltar alguns dias depois. Entramos no avião e estávamos voltando felizes da vida, tomei um dramim e apaguei. (Viciei no Dramim)

 

Guarulhos

 

O vôo fez uma pequena escala em Campo Grande e depois foi para Guarulhos, chegamos as 9 e pouco da manhã, e passamos por todo aquele esquema pra declarar as coisas, e tal, Karol foi no Dutty Free comprar coisinhas e depois nós despachamos as mochilas pros nossos respectivos destinos, eu pra Brasília e o Jota, Valéria e Karol ara Vitória, mas antes de despachar houve uma pequena confusão em que todas as atendentes da GOL saíram ao mesmo tempo, ai chegou uma atendente puta da vida, chamada Kate, ela xingava todas falando q são irresponsáveis, que se fosse com ela não seria assim e tal, loucura. Almoçamos no pizza hut, na mesma mesa que nos conhecemos e conversamos, depois fomos para o portão de embarque, só que o meu era diferente do pessoal, o deles seria feito no embarque internacional e o meu no nacional, isso meio que nos pegou de surpresa, feliz e triste ao mesmo tempo me despedi do pessoal meio que rápido no saguão do aeroporto, afinal eu já tinha toda uma rotina com eles depois de 1 mês. E lá iam eles pra Vitória e eu voltava pra Brasília aonde minha mãe já estava quase dando um troço de saudades!!

 

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Esperando a boa vontade da moça da Gol em nos atender

 

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Último almoço juntos

 

O Fim

 

No fim posso dizer com total certeza que foi a melhor trip da minha vida (até agora), fui com gente que conhecia apenas por MSN, e deu tudo certo, adorei conhecer todos. O Mochilão rendeu muitas alegrias, surpresas e tristezas, tentei transmitir ao máximo aqui pra vocês, mas a verdadeira essência do que é sentido deve ser vivido e não descrito. Fico feliz por voltar a minha Brasília com o sentimento de dever cumprido, pois já estava planejando quebrar minha rotina assim faz muito tempo, por outro lado triste por deixar amigos tão especiais pra trás, no primeiro dia de Brasil acordei muito angustiado e com nostalgia querendo voltar, mas depois percebi que vou voltar a viver momentos inesquecíveis como aqueles e a única coisa que eu não consigo parar de sentir é a vontade de que o tempo traga logo essa resposta!

 

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E é isso pessoal, qualquer coisa ou dúvida podem perguntar, tenho alguns contatos anotados aqui de hostel, restaurantes e passeios. Depois posto uns videos que tenho aqui!

 

Meu msn é leonardo.lima90@hotmail.com FaceBook é Leonardo Lima

 

Até a próxima aventura!

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Fala leonardo tranquilo?

 

terminei de ler tudo..muito boa a trip eim?

 

Realmente esse sentimento de deixar pra tras algumas pessoas que compartilharam esses momentos com vc deve ser muito triste...mas a vida é assim..por mais dificil que seja um reencontro com eles..você sempre vai ter eles nessas lembranças da viagem..e isso que importa.

 

A gente se encontra por ae

 

Abraço

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