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Em março de 2007 comprei bilhetes em oferta para Lisboa da BRA, que logo quebrou. Nessa oportunidade, como não tinha previsão de viajar, comprei a passagem para onde não conhecia, para ver depois o roteiro que faria. Passei então a pesquisar, e descobri a RYANAIR, de vôos low cost, e fiz um roteiro utilizando apenas seus vôos, muitos quase de graça, passando por muitos países europeus.

Saímos ao final de abril, e após ir de Dublin (Irlanda) à Cracóvia ( Polônia), e de lá para Hahn, um aeroporto pequeno a 120 km. de Frankfurt, pegamos um vôo para ESTOCOLMO, pagando praticamente somente as taxas de embarque, cerca de EU 23,00 cada.

Nem percebi que o destino era o aeroporto de Skavsta. Ao desembarcar, busquei o serviço de informações no aeroporto para saber como ir até o centro, e me indicaram um Shuttle, que saia a cada meia hora e levava à Central Station. Estranhei o preço de KS 130,00 (cerca de US 25), mas ao sair percebi a razão: o aeroporto ficava a 100 km. da cidade de Estocolmo. O principal, Arlanda, fica a 45 km., e tem transporte público ao centro. Não havia posto de informações turísticas no Skavsta, nem na Central Station. Encontrei um próximo a esta, mas não tinha sequer mapa da cidade.

Os hotéis por lá são muito caros, e não havia encontrado algum hostel econômico, pois só compensam para quem estiver sozinho, e ainda assim cobram separado pelos lençóis. Por isso, o que encontrei mais em conta foi um hotel Formule-1, da rede Accor (do Íbis), por cerca de EU 60 a diária, que é razoável,mas com banho coletivo, sem qualquer serviço, e ficava afastado do centro. Não conseguia informações de como chegar a ele, até ser auxiliado por uma bela guarda de olhos azuis, a típica loira escandinava, que ligou para sua central para obter informações de como ir ao hotel. Era necessário pegar 2 linhas de metrô, e depois caminhar uns 600 metros. Mas depois descobrimos que bastava pegar a linha para Fruängen, e descer na estação Telefonplan, levando 15 minutos. Quase ao lado desta encontramos um supermercado, onde nos abastecemos. E saindo dela para a esquerda, caminha-se até um viaduto onde pega-se à direita para chegar ao hotel.

Antes de seguir o relato, devo dizer que achamos a cidade tão linda que não é à toa que desfruta o título de a mais bela capital escandinava, e é sem dúvida uma das cidades mais encantadoras do mundo, sendo difícil mostrar sua beleza em poucas fotos. Por isso, voltamos a Estocolmo em 2009, vindos da Noruega, num trem noturno que partiu de Oslo, e ficamos no mesmo hotel, pois além do preço tinha o conveniente de ter uma cama extra sobre a de casal, que seria para criança até 15 anos, mas deixamos nossa filha (adulta) para trás na hora do registro, alegando que ela ficara conhecendo a cidade, e depois entrávamos e saíamos separados.

A cidade é servida por um excelente metrô, assim como linhas de ônibus, integrados, que custam SEK 26 (cerca de US 4,00). Por lá é tudo muuuuuiiiiito caro, pelo que levávamos sanduíches para o meio-dia, pois nem sempre existia um Mc Donald por perto para quebrar o galho. Nos restaurantes, as comidas têm preço especial até as 17 horas, quando saem do trabalho e todos lotam.

Pela manhã, tomamos o metrô e fomos ao centro, buscando um posto de informações pelo endereço, na Hamngatan 27, próximo à estação de metrô Kungsträdgarden, dentro de um shopping. Pegamos um mapa, onde sequer constavam os pontos turísticos (esse tinha que comprar). Aliás, eles cobram até o carrinho do aeroporto!

Aqui está o centro da cidade, para se ter uma idéia de como é toda ela:

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Começamos então a peregrinação. A cidade é lindíssima, cheia de canais que atravessam a cidade e refletem os belos prédios medievais existentes. Os barcos por lá são mais utilizados que os carros. Acho que possuem mais iates que automóveis.

 

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. Para não perder nada, o melhor é ir caminhando mesmo. Mas haja pernas! Começamos pela parte mais tradicional, o Gamla Stam, uma ilha onde se situa a parte mais antiga da cidade, com tudo muito conservado e limpo, ruelas estreitas e sem tráfego, possuindo incontáveis lojas de souvenirs e restaurantes.

 

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Seguimos depois até o Palácio Real, é meio sem graça por fora, e cobram por setor para entrar, pelo que não entramos, pois já vimos muitos outros pela Europa. Assistimos a uma bela troca de guardas ao meio-dia, mas ela só é diária entre julho e agosto, e na segunda vez que fomos, no dia 31 de agosto, não foi a mesma coisa. Mas pelo menos é gratuita!

 

No meio da tarde voltamos ao centro, sempre a pé, para ver a cidade, e fomos a um shopping muito bonito. A cidade tem muitas lojas de grifes, restaurantes chiques (e caros) e incontáveis Mc Donalds e Burger King, únicos lugares para se comer por preço próximos ao do Brasil, cerca de US 10.

Ao entardecer esfria bastante, mesmo próximo ao verão deles, no mês de maio, pelo que voltamos ao hotel pois não tínhamos levado agasalho. Na manhã seguinte pegamos mais um metrô para ir até próximo ao Vasa Museum, onde paga-se KS 80,00 ( cerca de US 15) para ver o navio de 1628 que afundou após navegar apenas 1 km., que havia sido resgatado há alguns anos. É muito interessante, mas encontra-se dentro de um local muito escuro, dificultando fotos ou filmagem. Junto ao museu, fica o DJURGARDEN PARK, muito lindo, que possui um fantástico museu a céu aberto, o Skansen, aberto diariamente, com entrada entre KS 65 e KS 110 (mais cara no verão), que mostra réplicas de construções típicas do interior, como casas de madeiras ou troncos, com os telhados recobertos por vegetação. Existe também uma espécie de vilarejo, que retrata as antigas casas interioranas, como padaria (funcionando), escolas, sapateiros, etc. Possui, ainda, uma área com vários animais da região, como alces, ursos e linces. Um passeio imperdível, ideal para um dia de sol, abre das 10 às 17 h., leva umas 2 a 3 horas para ver tudo.

Vejam umas das casas típicas no Skansen Museet:

 

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Na área do Skansen existe também um mini-zoológico, com animais típicos da região, como estes:

 

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Pretendíamos fazer um passeio de barco pelos canais, que custa KS 130 (US 25) por pessoa, para um tour de 45 minutos, mas estava muito frio, pelo que preferimos caminhar e poupar o dinheiro. Voltamos a pé ao centro, é a melhor forma de conhecer e apreciar a cidade, pois as vistas são belíssimas, e o barco passa muito rápido pelos locais.

Do alto do Djurgarden, tem-se uma bela vista da área central da cidade:

 

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Para quem gosta de museus, o mais interessante é o Nordiska Museet, no Djugarden, próximo ao museu Skansen. Tem exposições sobre a história e cultura suecas, desde 1520 e telas de grandes artistas mundiais. Aberto diariamente entre 10 e 17h., entrada a KS 60, gratuito às quartas a partir das 16 horas, quando fica aberto até as 20 horas.

O Nordiska Museet tem obras de arte muito especiais, como essas esculturas:

 

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COPENHAGEN

Eu havia comprado pelo site http://www.sj.se, os bilhetes de trem de Estocolmo para Copenhagen. Como fiz isso com bastante antecedência, paguei apenas KS 1.152 (cerca de US 180) para duas pessoas, e ainda ganhei a primeira classe. Foi uma decisão muito acertada, pois o trem é magnífico, e o passeio, de cinco horas, sensacional, com lindas vistas durante todo o percurso. Vem só:

 

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Saímos às 8 horas e chegamos às 13:30, e busquei de imediato um posto de informações próximo à estação, na rua em frente, saindo à esquerda uns 200 metros, que estava aberto mas não havia ninguém para atender, por ser domingo, mas consegui um mapa da cidade. Ficamos no hotel Nebo, que havia reservado a EU 80,00 a diária, com excelente desjejum, e que ficava a menos de 100m. dos fundos da estação central, facilitando tudo. Também não havia encontrado por lá um hostel que valesse a pena. Dormíamos até mais tarde, fazíamos um café reforçado, que já servia de almoço, e de quebra “filava” alguns sanduíches para passar o dia (brasileiro típico, eh, eh, eh).

 

Deixamos as coisas no hotel e saímos a caminhar, indo até o Rosenborg Slot, palácio construído em 1577 que foi residência de campo dos reis, com um belo parque em frente. Não pudemos entrar, pois já era mais de 17h. e estava fechado. Também cobram por ala para entrar em tudo, e igualmente caro.

Voltamos caminhando por outro trajeto, costeando uma lagoa, onde fomos apreciando as belas construções em suas margens. Cidade é muito bonita também, mas não tem tantos canais como Estocolmo. Todavia, possui vários museus melhores, inclusive gratuitos.

Vejam a beleza do centro da cidade:

 

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No dia seguinte, fomos até o NYHAVN, um canal que é a parte mais bonita e típica da cidade, com belas casas e restaurantes à sua margem, de onde saem barcos para passeios. Não pegamos nenhum, pois estava frio, eram abertos e muito caros, e dá para fazer tudo a pé, observando melhor e buscando o melhor ângulo para as fotos.

O Nyhavn é um lugar para passear, comer ou passar o tempo tomando uma cerveja, ou café quando está frio. Nessas ocasiões, os bares oferecem umas mantas para os clientes se cobrirem, pois ficam nas mesas externas mesmo, apreciando o canal:

 

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Visitamos posteriormente os principais palácios, Christianborg Palace e Amalienborg Palace e as Igrejas próximas, seguindo o roteiro do mapa, e ao final da tarde percorremos a Stroget, principal via de comércio, para comprar souvenirs.

Ali perto encontramos um restaurante chinês que vendia o china-box, com preço especial até as 17 horas (depois sobe tudo nos restaurantes), a DK 25 ( US 6,00). Logo adiante está a Rundetárn (torre redonda), que é o observatório astronômico mais antigo em funcionamento da Europa, construído em 1642. Paga-se entrada para subir os seus 300 degraus, de onde se tem bela vista de toda a cidade.

 

Outra atração da cidade, é a Kobenhavns Radhaus (Prefeitura), com entrada gratuita de 2ª a 6ª-feira. Próxima a ela existem muitas lojas de souvenirs, mas tem-se de pesquisar muito, pois os preços são bem diferenciados. Encontramos algumas camisetas a preços razoáveis em uma galeria em frente à praça da Prefeitura.

 

Em frente à estação central encontra-se o Tivoli, um belo parque, que abrange uns 5 quarteirões, onde existe também um parque de diversões. Abre todos os dias até as 23 horas, e pode-se pagar pelo uso diário, com direito a todos os brinquedos por cerca de DK 250, ou DK 90 pela entrada mais DK 10 por cada uso deles.

 

Fomos ainda à Christiania, um bairro hippye fundado em 1971, onde ainda vivem cerca de 1.000 pessoas, que fazem algum artesanato, embalados pela criatividade de um baseado, ainda permitido por lá.

Além dos hippyes, existem também os Darks, que se encontram em grupos pela cidade:

 

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Próximo ao Tívoli está também o Nationalmuseet (Museu Nacional), que é muito interessante, com artigos da Pré-história, Idade Média, Renacença e Dinamarca do século 17. E o melhor de tudo, é gratuito.

 

Dali, seguimos ao Staten Museum for Kunst, também grátis, com enorme acervo de obras de arte, desde o século XV. Para quem gosta disso, pode programar um dia inteiro, pois são vários andares. Nós ficamos duas horas apenas para uma visita rápida.

 

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Caminhando pela cidade, encontra-se muitos prédios interessantes, como esta Igreja com a torre em espiral, no caminho para a Christiania:

 

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Continuamos, ainda, até o Castelet, um bonito parque, com um canal, mas que não vale a caminhada, pois é um pouco distante. Por isso, para quem gosta de pedalar, a melhor forma de conhecer a cidade é de bike, pode-se alugar em muitos lugares, ou simplesmente pegar emprestada em alguns pontos do centro, colocando uma moeda de DK 20, que receberá de volta quando devolver. Mas cuidado, a circulação é apenas na zona central, há multa para quem for pego circulando fora da área estabelecida. Outrossim, mesmo caminhando, fique sempre atento, pois os ciclistas têm preferência nas ciclovias sobre os passeios, e se você caminhar por eles vai levar uma xingada.

Vejam só como é um estacionamento de bikes no centro:

 

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No final das contas, mesmo não tendo a exuberância de Estocolmo, a cidade é muito charmosa e vale a visita. Para quem gosta de bike ou é capaz de caminhar o dia inteiro, dois dias inteiros são suficientes para conhecer as principais atrações da cidade.

 

Estávamos encerrando nossa viagem, por isso de Copenhagen pegamos um vôo para Madrid, de onde voltamos para o Brasil.

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