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Usuários Mais Ativos no Tópico

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Russo,

 

Parabéns pela trip. ::otemo::::otemo::

 

Não estou conseguindo ver as fotos, será que outros usuários também não ? ? ?

 

Maria Emilia

 

Maria Emilia, obrigado pela atenção e pelo apoio! ::cool:::'>

No meus computadores fotos aparecem sem problemas, testei no desktop e no netbook, os dois com Chrome e com Explorer tb.

  • Membros de Honra
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Agora é sério, começa “o miolo ferroviário”. As passagens para cinco trechos, que compramos ainda em Moscou, sugeriram que todos nossos trens devem estar com lotação completa e que justamente este segundo trecho de 2327 km seria o mais difícil fisicamente. No mesmo formato como trecho quarto, noite-dia-noite, e até com 150 km a menos, no entanto, 2 horas mais prolongado (42 h contra 40). Com outro agravante, ainda continuamos na 3ª classe e até nos mesmos lugares 35 e 36, como no primeiro trem. Já no quarto, de Irkutsk a Omsk, conseguimos passagens só na 2ª classe (com ar condicionado) e em cabines diferentes. Mas aquilo será outra história, nesta tarde quente da segunda-feira estamos nós despedindo com imponente e bastante amigável terminal ferroviário de Khabarovsk:

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Não encontramos aqui monumento à locomotiva, mas outro estava presente, com águia imperial de duas cabeças. No céu - rota aérea para Vladivostok:

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Nosso trem 239Э tinha mesmo itinerário que o famoso 001 Vladivostok – Moscou, mas parava em mais lugares e por mais tempo. Na alta temporada os dois operam em dias intercalados. Encontramos o vagão 12 na última posição e até com pintura diferente dos outros (vagão adicional que seguia só até Omsk). Logo, nossos lugares eram últimos no trem inteiro, enquanto ninguém estava nem no sanitário traseiro, nem no corredor de fumantes depois desse.

 

Os 33 e 34 estavam ocupados desde Vladivostok (de onde o trem partiu no horário noturno, bem desconfortável). 34 (superior): um rapaz recém-formado no colégio, ia para vestibular em Novosibirsk. 33 (inferior): uma mulher gorda com filho pequeno, aparentemente naturais da Ásia Central. Para laterais 37 e 38 junto conosco embarcaram mais dois conterrâneos dela, provavelmente, trabalhadores temporários de uma grande empresa construtora.

 

Com temperatura +31C fora, dentro tradicionais termômetros a mercúrio marcaram +35C. E pior, teor de oxigênio estava abaixo de aceitável. O vagão tinha passado por uma reforma, com instalação de ar condicionado e ganhou janelas herméticas, com boa vedação de borracha. O ar condicionado não deveria funcionar em paradas prolongadas, como esta, já que ocorre troca de locomotiva. Mas nem parecia que funcionava em movimento. Os veteranos deste inferninho confirmaram que não funcionava mesmo: “de noite estava bom, mas a tarde ficou quente demais”.

 

Percebemos que eles foram passageiros sem experiência e sem conhecimento dos próprios direitos. Logo que veio a condutora, que guardou cópias das passagens e trouxe nossos jogos de roupa de cama, pedimos as suas chaves especiais e conseguimos destravar parte superior da janela. Esta parte é articulada e permite abertura para dentro, apenas 2-3 centímetros de profundidade, mas por toda a largura. Fizemos ainda uma operação semelhante no duto de ventilação pelo teto, portanto, com início de movimento do trem, o oxigênio começou a entrar e temperatura parou de subir.

 

Passamos pela ponte do Rio Amur... Nas 2 primeiras horas a paisagem foi plana. A rodovia federal seguia em paralelo, quase sempre bem perto. De boa qualidade e com movimento considerável. Muitas flores de campo, alguns pântanos.

 

Paradinha em Birobidzhan, apenas 5 minutos, não vale a pena descer para passeio. Predominam prédios de 3 andares e micro-ônibus coreanos. Nome da cidade escrito em russo e em hebraico, é capital de outro estado, justamente da “República Autônoma dos Judeus”. Bem que esta etnia não se empolgou muito com tal concessão territorial do Stalin e agora representa apenas 1,2% de população do estado, mas o estatuto bilíngue ficou firme. Cidade fundada em 1915, 75 mil habitantes e 75 km até China. Quem terá parada mais prolongada, pode sair para praça do terminal ferroviário e conhecer o monumento aos primeiros migrantes, com carroça e tudo.

 

Depois começou acabaram as planícies, uma longa e suave subida entre montes redondas, típicas desta região (“SOPKI”). Velocidade caiu, vistas melhoraram. Rio ao lado. Nuvens ficaram mais concentradas em alguns pontos. Chuvas locais com trovoadas, mas em áreas pequenas.

 

À noite única parada prolongada, OBLUTCHYE, 15 min. Ainda Estado dos Judeus, bem no final. Lugar interessante, com túneis e curva em 180º . Mas não levamos sorte com plataforma, trem ficou na 2ª, e passarela de acesso estava muito longe. Não conseguimos comprar nada, mas valeu o refresco.

 

Este é o nosso trem visto de trás

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E de frente

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Primeiros 3 vagões – de bagagens extra e de malotes. Depois 9 de passageiros (houve lacunas na numeração), com um vagão restaurante no meio (sem número). Plataforma de boa largura no início e estreitando demais no final.

 

Vista da estação

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A cidadezinha é nada interessante e as florestas no entorno são consideradas como das mais perigosas. Há muitas cobras venenosas pequenas, ursos também incomodam.

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De noite a temperatura ficou bem razoável dentro do vagão também e conseguimos dormir bem (4ª noite da viagem e 2ª no trem).

  • Membros de Honra
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Chegou o dia seguinte. 5º dia da viagem e 1º inteiramente no trem, entre duas noites no mesmo trem...

Portanto, está na hora de dar olhada neste nosso minimundo dentro da 3ª classe.

Vagão № 12 externamente, do lado dos lugares laterais:

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Agora dentro. Os nossos lugares 35 e 36. As coisas na mesa comum são todas da mãe com criança que viajava em frente, no 33. Parede a direita separa já do sanitário traseiro e não dos compartimentos vizinhos, como na maioria dos casos. Bagagens ficam abaixo da cama inferior, ou acima da superior (antes do teto há uma grande prateleira em cima de cada):

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Já olhando desta mesa para outro lado, temos lugares laterais. Um dos trabalhadores de nacionalidade uzbeka dorme no 37, colega dele que ocupava 38 foi fazer uma vizita aos conterrâneos no meio do vagão. A direita já é outro compartimento. A cama №39 no momento esta na posição desmontada, formando 2 poltronas e mesinha no meio. Porta a esquerda dá acesso ao sanitário e corredor traseiros:

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Durante o dia foi esperada uma dúzia de paradinhas, inclusive 5 maiores – entre 15 e 21 minutos.

Pelo menos uma considerada boa para compras das comidinhas locais.

 

1ª parada com direito a ar livre. Estamos longe de tudo, principalmente nossa turma do último vagão (único verde):

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Curtimos vista de trilhos:

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Reparamos uma coisa: agora estamos na outra Rússia, de grandes espaços e pouca gente. Nesta região até transporte entre localidades próximas é diferente. Nem ônibus, nem trens suburbanos... Circula apenas um vagão como nosso, puxado por uma locomotiva grande, como nosso trem inteiro. Pela primeira vista parece aberração, mas na verdade é uma solução racional. Não compensa mandar aqui trens suburbanos, com composições a partir de 4 vagões. E as locomotivas grandes sempre há na reserva de plantão. Já o consumo final de energia elétrica neste não é muito grande, considerando geração nas freadas.

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  • Membros de Honra
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Ao passear até o vagão restaurante, conferimos que o nosso vagão era mesmo mais quente de todos e que houve apenas mais um de 3ª classe nesta metade do trem. Os da 2ª estavam ou com ar condicionado, ou com boa ventilação natural. Sorte merecida para quem deixa viagem para esta época e ainda compra passagens com pouca antecedência, procurando classe mais barata. Mas não foi nada demais, esperamos principalmente belas paisagens e não fomos enganados, curtimos bem. Apenas um pequeno incômodo: para tirar fotos precisamos visitar um dos vagões vizinhos, onde janelas de modelo mais antigo abriram mais. Também são mais acessíveis em corredores da 2ª classe.

 

Serras verdes, muita floresta, rios cristalinos...

As pradarias verdes eram cheias de flores.

Uma infinidade de pequenos lírios amarelos, com alguns vermelhos maiores no meio, mas não só isso:

 

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Chegamos para mais uma estação importante, SKOVORODINO.

De novo 2a plataforma, sem serviços. E nem comprimento era suficiente para nosso vagão adicional.

Por sinal, este trem tinha apenas uma dúzia de vagões, abaixo da média.

Mesmo assim, vale para passear. A nossa condutora, em uniforme azul da РЖД e com crachá, está no meio do povo.

Também aparenta origem asiática, mas não da Ásia Central, provavelmente de um dos povos indígenos da Sibéria.

Ela foi calma, bem educada e bastante atenciosa.

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Agora estamos com outra locomotiva, mas de mesmo modelo novo:

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E segue o nosso filme verde.

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Muitas curvas, onde pode ver outras partes do trem:

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  • Membros de Honra
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Às 14:20 de hora local, o maior evento do dia, troca de locomotiva na estação ЕРОФЕЙ ПАВЛОВИЧ [EROFEI PALVLOVYTCH]. As duas palavras representam dois primeiros nomes do próprio Sr. Khabarov, aquele gigante barbudo que deixamos junto ao terminal de partida, no dia anterior.

 

Com ele, só tem lugares bons. Paramos na segunda plataforma, mas próximo ao simpático terminal. A primeira linha estava quase desocupada e houve anúncio que não haverá trafego nesta durante a nossa permanência:

 

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Houve várias lojas e lojinhas por volta, todas foram atacados pelos passageiros em busca de comida boa e barata e de bebidas geladas com preços bem abaixo do vagão restaurante:

 

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Nossas reservas até que eram suficientes, mas resolvemos enfeitar o almoço próximo com duas coxas-sobrecoxas cozidas de frango caipira, comprados na pracinha de vendedores ambulantes, aqui:

 

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Deu certo, foi muito bom. Pagamos 60 rublos (R$ 3,6) por cada.

 

Entre o terminal e as áreas técnicas da estação houve uma locomotiva antiga, na função de monumento:

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  • Membros de Honra
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Duas horas depois – mais uma parada com bons serviços locais, АМАЗАР [AMAZAR].

Aqui foi o momento infeliz da história. Alguns minutos antes da parada, a nossa vizinha, que viajava com criança de 1,5 anos aproximadamente, de repente ficou triste, olhos com lágrimas. Perguntamos o que foi: saudades do resto da família, medo de uma viagem longa, outras coisas? Ela falava quase nada em russo, mas entendia razoavelmente bem e ficamos com base de nossas perguntas de respostas sim-não dela. Os dorminhocas dos lugares laterais ligaram e começaram a ajudar. Eles foram cidadãos de Uzbequistão e ela viajava com passaporte de Quirguistão, mas era de etnia justamente uzbeka e falavam mesma língua. Logo veio mais uma família uzbeka que viajava na parte central do mesmo vagão e conversa melhorou mais.

 

Entendemos que estava com dor. Ela foi grávida de poucos meses e isto que deu problema. Não aceitava remédios por precaução. Andamos pelo vagão e achamos uma senhora que tinha analgésico indicado para grávidas e para bebes, com devida informação na bula. Mas só alivio de dor não resolve, precisava de atendimento médico com certa urgência. De qq. forma, bem antes de chegar ao destino dela, cidade de Krasnoyarsk (faltava uns 2 dias e noites).

 

Os uzbekos tentaram avisar a condutora, que passou para trancar o sanitário antes de parada na estação. Mas ela estava com pressa e não entendeu direito, apenas prometeu abrir de novo logo que passaremos a área residencial.

 

Descemos em AMAZAR:

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Comércio local fez a festa, principalmente os vendedores de sorvetes:

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Conversamos com calma com a nossa condutora, perguntando sobre plantão médico no trem. Ela ficou emocionada e xingou nossos vizinhos que não foram bem claros na primeira conversa. Bem, nem todos asiáticos se entendem fácil entre si.

 

Fomos juntos ao vagão-chefe e avisamos a administradora do trem. O médico do trem estava trabalhando, depois de primeiros socorros entregava um passageiro, que passou mal no outro vagão, para equipe de resgate, chamada pelo rádio na aproximação a estação. Não foi possível atender mais uma pessoa imediatamente e nem houve necessidade de tanta pressa. Solicitamos outro carro de resgate para estação próxima, em uma hora e meia. Médico do trem comunicou ao hospital local sobre necessidade de procedimento cirúrgico e de cuidados com criança que será internada junto. O menino estava com problemas respiratórios e precisava de medicação também.

 

Na próxima hora de viagem tratamos de preparar nossa paciente para esta mudança de rota. Falamos por telefone com marido dela, que ficou em Vladivostok, e com tia, que esperava em Krasnoyarsk. Ajudamos a separar bagagens em duas partes. O mínimo necessário para levar junto com eles no hospital e o resto, que seguia sob cuidados da condutora e a tia ia buscar na chegada.

 

Pouco antes de trem parar em МОГОЧА [MOGOTCHA], onde ocorreu o desembargue deles, liberei mais espaço para profissionais e me mandei para vagão restaurante. Fiquem tomando uma cervejinha bem devagar, aproveitando o ar condicionado, olhando para janela e pensando sobre várias coisas...

 

Pelo menos uma hora seguimos curso de um rio:

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Com todas devidas curvas:

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Assim terminou o 5º dia e chegou a 5ª noite da viagem, 3ª em trens (sendo 2ª seguida no mesmo). Dia inteiro viajamos dentro de mesmo estado, AMURSKAYA OBLAST´. Neste trecho o poderoso rio Amur define a fronteira entre Rússia e China, a própria capital do estado, Blagoveschensk, fica na beira rio. Mas a ferrovia passava um pouco a norte, pela região mais monhanhosa, mas com solos mais firmes.

 

Tudo tranquilo até a chegada em Tchita. Única agitação noturna – embarcou mais um passageiro. Ele ficou feliz da vida com a vaga, que “apareceu no sistema” justo no momento que tentava comprar passagem no caixa. Já a continuidade da viagem da passageira com criança, que ocupava este lugar 33 antes, foi reprogramada para “dia de conveniência dela”, a cia. ferroviária funciona direitinho neste aspecto também.

 

Como deu para entender, nossos vizinhos neste trecho da viagem não eram “do barulho”. Parece que todos dormiram mais tempo do que ficaram acordados, deu até inveja. O menininho foi bastante tímido. Às vezes brincava com outro, da família do meio do vagão. Sempre sob controle de um dos adultos.

 

Os uzbekos dos lugares laterais já embarcaram cansados e aproveitaram bem as camas. Mais tarde reparei que o baixinho-magrinho, do lugar em cima, puxou a enorme bolsa para mesma cama e ficou sentado junto com ela. Foi um malabarismo, possível só com corpinho como dele. Ele tentou se esconder, para dividir algum fumo de pacote para vários cachimbos. Depois oferecia estes para colega e para outros conterrâneos deles. Saíram para fumar onde foi permitido, voltaram tão quetos como saíram... Não posso afirmar que foi uma droga ilegal. Mesmo se foi, não das pesadas, talvez, algo “popular e tradicional” como mastigar folhas de coca para bolivianos. Em compensação, povos de tradição islâmica não bebem álcool.

 

O jovem do lugar 34 bem que comprou duas latas de cerveja logo na primeira noite, quando veio o carrinho do vagão restaurante. Tomou de vez, um litro no total, e dormiu muito. Eu também estava com sede, mas todas as latas e garrafas já chegaram quentes até nosso pedaço. Depois aquele rapaz ficou mais discreto ainda, às vezes conversava por telefone, ou encontrava com colega dele, de outro vagão.

 

Maior incômodo foi mesmo da porta de acesso ao sanitário e ao corredor traseiro, com fechadura pesada. É verdade, que o carácter de ser humano revela-se por completo no ato de fechar as portas, qq. que sejam características técnicas das mesmas. Algumas pessoas tentaram fazer menos barulho, outras não. Houve gente indecisa... Mas os protetores auriculares ajudaram bem e dormimos bastante para encarar a próxima parada.

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6º dia da viagem.

 

Esta parada não foi prevista no plano inicial. Mas, ao escolher entre horários disponíveis, percebemos que entre Khabarovsk e Irkutsk a fase não é boa. Embarcando a tarde chegaremos a noite 2 dias depois, enfrentando necessidade de achar um hotel logo. Mas existe um trem, com itinerário Tchita – Tchelyabinsk, que chega em Irkutsk de manhã. Portanto, resolvemos quebrar este trecho em duas partes e parar de dia por 8 horas para conhecer mais uma cidade.

 

Depois lembramos um amigo russo residente no Brasil, que falou sobre primo dele que mora em Tchita. Ligamos: pode mandar uma encomenda, estaremos lá. Realmente, viajamos com poucas coisas e contamos com bom apoio em paradas anteriores, era fácil de carregar mais um pacote, que de fato foi enviado. Recebemos dados de contato e antes de chegada trocamos com destinatário mensagens de e-mail e de celular. Portanto pensamos em entregar este pacote logo, receber dicas sobre lugares interessantes e sair caminhando pela cidade.

 

Mas fomos surpreendidos pela recepção calorosa. O primo e a esposa dele pareceram demais com casal de nossos amigos russo-brasileiros, melhor, eles estavam de férias e sem compromissos até a tarde. Fomos convidados para casa, onde tomamos banho e segundo café de manhã. Depois eles nós mostraram cidade quase toda e boa parte da região também.

 

Começamos com um mirante, bem a meu gosto. A cidade fica no planalto, cercada de montanhas maiores. Tchita (russia-diretorio-de-links-t49060-15.html#p592749) é um importante nó ferroviário, juntando a TRANSSIB original e a ramal “China-Leste” que passa em Kharbin (e atualmente transporta boa parte de cargas entre Rússia e China).

 

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  • Membros de Honra
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Agora fotos de carro, em movimento pelas ruas da cidade.

Andamos com jipão chique, Toyota LC Prado 4.7 V8.

Alto e com boa visibilidade.

 

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Saímos da cidade para região dos lagos, a estrada ficou muito ondulada:

 

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Há vários lagos grandes. E tem gente descansando:

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Alguns vendem peixes defumados:

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  • Membros de Honra
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No alto da serra entre cidade e lagos há um lugar muito venerado.

Ponto que separa bacias dos três grandes rios da Ásia: Amur, Lena e Enisei.

Recentemente ganhou até um marco religioso cristão:

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Mas a região é mais budista. Nesta tradição, colocam faixas de lembrança no local:

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Casas móveis tradicionais dos pastores nômades asiáticos.

Estas agora servem como um restaurante de comida regional:

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Almoçamos no outro, mais discreto, já na entrada da cidade.

Mas de mesmo gênero, comida regional com base em carne moída e massas

Foi próximo a este monumento, caminhão dos tempos da 2-a guerra mundial:

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